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9 de outubro de 2011

O Príncipe Negro

Série Dark Gothic
Perigosa paixão... 

O destino levou Jane Heatherington a conseguir um emprego na residência de Aidan Warrick. 

Ela conhece os rumores que correm a respeito de seu patrão: um homem misterioso e escuso, que pode parecer um anjo caído do céu, mas que, ao que tudo indica, tem um pacto com o demônio... 
Afastada da família e dos amigos, a única companhia de Jane é um homem em quem ela não pode confiar...
Um homem que guarda segredos, que desaparece misteriosamente na noite e que olha para ela com uma paixão que ela ao mesmo tempo teme e deseja...E a medida que o perigo ronda a região, e algo terrível está prestes a acontecer, Jane se pergunta se está apaixonada pelo príncipe dos seus sonhos... ou por um homem insano e sem coração... 

Capítulo Um 

O desespero não era uma boa companhia no caminho. Jane Heatherington observava o horizonte, sentindo o medo corroê-la. 
O céu era uma massa plúmbea de nuvens acima da linha da água e o oceano atingia a praia com uma força que prenunciava a tempestade. 
Aspirando a penetrante maresia, cerrou os punhos. 
As bordas das delicadas conchas rosadas enfiaram-se nas palmas de suas mãos, enquanto lutava para superar a profunda tristeza. 
O fardo às vezes se tornava difícil de carregar. 
Fora ingênua ao acreditar que os cruéis gracejos do destino tinham acabado anos atrás. 
Meneou a cabeça. Não. Não podia culpar o destino.
O verdadeiro responsável era seu pai, que havia destinado ambos à incerteza e ao desespero. Quanto dinheiro? Quinhentas libras.
Ainda assim, o destino estava presente, espreitando, rindo, jogando com ela. 
Não seria sua presença ali, naquela manhã, um acaso maléfico? 
Havia menos de meia hora deixara a hospedaria de seu pai, precisando de alguns momentos a sós para entender, para aceitar as terríveis escolhas que ele tinha feito, e as nefastas conseqüências que enfrentariam.
Caminhava pela praia, sem destino, procurando apenas acalmar suas preocupações e medos. Estremeceu, observando dois homens agitados, na arrebentação.
Eles esperavam que as ondas os empurrassem para a frente, como oferendas, simples manchas escuras que tomavam forma conforme se aproximavam.
Na realidade, o desespero era uma péssima companhia, mas a morte era pior. 
Cruzando os braços sobre o peito, observou um contorno escuro que chegava cada vez mais perto.
Conseguiu, por fim, discernir a figura humana que flutuava, o rosto mergulhado na água, os braços estendidos e as longas mechas de cabelos emaranhados boiando como um halo de cobre. 
Era uma mulher. E estava morta.

Série Dark Gothic
1 - Muito Além do Desejo
2 - O Mistério de Manobrier
3 - O Príncipe Negro
4 - His Wicked Sins
5 - Seduced by a Stranger
6 - Dark Embrace

10 de agosto de 2011

O Mistério De Manobrier

Série Dark Gothic
Localizado no topo de uma colina, o Castelo Manorbrier está envolto em escuridão e rumores: 
Jamais algum serviçal sobreviveu tempo suficiente... 
Há morte naquele lugar... Além disso, há o sombrio lorde da mansão... um homem fascinante, mas perigoso... Emma Parrish não se assusta facilmente com diz-que-diz-que ela conseguiu escapar de um destino terrível para ocupar o cargo de preceptora no Castelo Manorbrier. 
Ajudar a criar o filho de Anthony Craven é sua última chance de construir uma vida própria, e ela está decidida a não fugir, mesmo quando sente que está sendo observada, quando ouve sussurros estranhos, até mesmo quando se sente irremediavelmente atraída pela beleza sedutora e perigosa de lorde Craven...O mal permeia os corredores sombrios da lúgubre mansão.
Todas as noites Emma vê uma luz misteriosa na torre circular, onde ela foi advertida para nunca pôr os pés e para manter distância. 
Mas certas curiosidades... e desejos... anseiam por ser satisfeitos. 
E, à medida que Emma se sente cada vez mais atraída por aquele homem misterioso, mais ela se aproxima de uma sinistra verdade... 

Capítulo Um

Viajar em um dia como aquele era uma tarefa apenas para os confusos ou desesperados. Exalando um breve suspiro, Emma Parrish recostou-se no assento da velha carruagem. 
A esperança e a coragem que a fizeram tomar a decisão de deixar Shrewsbury enfraquecia sob o peso do esgotamento e das muitas horas passadas sem nenhuma companhia, a não ser os próprios pensamentos desordenados. 
Uma chuva torrencial desabava sobre a carruagem, fazendo com que as rodas altas derrapassem perigosamente no barro da estrada. 
De repente, um violento solavanco a fez escorregar no banco e bater o ombro de encontro à lateral do veículo. 
O cheiro de mofo inundava o ar, poluindo a respiração de Emma. 
Esfregando o ombro dolorido, ela curvou-se para a frente, descansado uma das mãos na estrutura da janela. 
O contato com a armação sólida a impediu de deslizar pelo assento rachado. 
Passado algum tempo, a chuva amainou, reduzindo-se a um chuvisco fraco. 
Emma espiou a paisagem molhada através da janela, esperando obter um relance da zona rural por onde trafegavam. 
O céu triste estendia-se até onde a vista alcançava, em um pálido e infinito tom de cinza. 
Então, uma brecha entre as nuvens permitiu que um único raio de sol do entardecer descesse, penetrando a escuridão para tocar a terra. 
Um calafrio percorreu-lhe a espinha. Ao longe, tendo como pano de fundo aquele raio solitário de sol, encontrava-se uma construção rústica, um castelo lúgubre sobre uma colina solitária. Escuridão na luz. Manorbrier. 
Sua escolha e seu futuro. 
Um sussurro de inquietação importunou seus sentidos, fazendo sua pele arrepiar e o coração disparar. 
O fim da viagem estava próximo, embora qualquer conforto a ser encontrado naquele pensamento viesse carregado de apreensão. 
Ela fugira da certeza de um destino que se recusava a suportar para a possibilidade de um que poderia vir a ser ainda pior. 
E assim viajou em um dia como aquele. Para um lugar como aquele. 
Para a casa do homem que era...

Série Dark Gothic
1 - Muito Além do Desejo
2 - O Mistério de Manobrier
3 - O Príncipe Negro
4 - His Wicked Sins
5 - Seduced by a Stranger
6 - Dark Embrace

9 de agosto de 2011

Muito Além do Desejo

Série Dark Gothic
Londres, 1820
Tome cuidado... Ele tem segredos sombrios... E pode ser muito perigoso...
A advertência ecoava na mente de Darcie quando ela chegou à residência do dr. Damien Cole. Desesperada, Darcie procurara emprego numa casa noturna de Londres, mas para sua sorte... ou não... ela fora recomendada para trabalhar como governanta de um conhecido médico local.
Coisas misteriosas acontecem na casa do atraente dr. Cole. Criadas desaparecem, visitantes estranhos chegam no meio da noite, e é expressamente proibido o acesso ao laboratório anexo ao casarão... Até o dia em que Damien descobre as habilidades de Darcie para desenho e a convida para trabalhar como sua assistente. As longas horas compartilhadas sob o mesmo teto despertam entre ambos uma inesperada... e irresistível... paixão. No entanto, quanto mais Darcie se envolve com Damien e seus segredos, mais difícil se torna saber se ele é um dedicado doutor... ou um homem implacável...

Capítulo Um

Uma cortina de névoa se elevava sobre as pedras úmidas da rua Hanbury, incorporando os cheiros fétidos das entranhas da cidade. Darcie Finch arrepiou-se ao receber lufadas de vento nos cabelos e no rosto. Acelerou o passo sobre os pedregulhos molhados. Segurou sua velha pasta de couro contra o peito, procurando em vão proteger os sentidos dos maus odores.
Ruídos do descarregamento de gado de corte perpassaram pelo ar, vindos de um abatedouro próximo. Pela manhã, as pedras da rua estariam molhadas, não da chuva ou da neblina, mas do filete de sangue bovino que se formaria.
O som cavo de mugidos a assustou. Venceu o pânico por meio de um suspiro profundo, depois de sentir medo equi­valente ao dos animais. Darcie não pôde evitar a comparação com seu próprio e triste destino. A diferença era que ela o havia escolhido, enquanto as reses tinham sido condenadas sem piedade nem julgamento, nascidas para o sacrifício.
Novamente Darcie soltou o ar dos pulmões, com um assobio. Depois, fez convergir seu foco mental. Escolhas sem­pre existiam, e ela havia feito as suas. Melhor aceitar a res­ponsabilidade do que brandir o punho contra o destino, reclamando da carga a suportar.
Os pés já lhe obedeciam mecanicamente. Suas botas pi­saram o cascalho da rua enquanto ela esfregava os dedos sobre a cicatriz que lhe enrugava a pele da mão esquerda. Destino? Steve havia falado da sorte como se esta fosse uma velha amiga, ou talvez uma inimiga mortal. Para ele, o des­tino um dia lançaria todos na mesma vala. Da mortalha e do caixão só escapariam os indigentes selecionados para a mesa dos professores de anatomia, na verdade homens insensíveis que rondavam hospitais públicos e apressavam o fim dos agonizantes sem família, em nome do ensino da ciência médica.
Afastando o pensamento mórbido, Darcie projetou o cor­po à frente. Trágica e deplorável era a vida que a esperava, mas não pior que a de outras garotas como ela. Suspirou suavemente. Antes, acreditara em sonhos e contos de fada, tecera uma fina teia de privilégios e fantasias. Agora, acha­va-se diante da crua realidade, contando apenas com seu charme e inocência.
Subitamente, Darcie entrou em alerta. Frêmitos gelados rodearam seu coração. A certeza de que não estava sozinha na via estreita lhe assoberbou a mente. Podia pressentir al­guém ali, dotado de más intenções. Ansiosa, esquadrinhou a escuridão e procurou identificar a causa de seu desassossego.
O temor era um remanescente dos dias em que Darcie tivera uma vida boa, longe dos becos degradados da cidade. De novo ela tateou a cicatriz da mão, lembrança de Steve e de um instante de violência. Pensou nele como a boa pessoa que havia sido, antes de perder a fortuna. Seu padrasto, além de rico, era então um homem de caráter.
Mais alguns passos, e Darcie chegaria ao mercado. Tra­vessia perigosa, embora conhecesse o caminho. O ferimento passou a doer, como se ela abrigasse agulhas debaixo da pele. Deveria ter tomado a direção oposta, escolhido uma rua mais segura, fora dos limites do bairro de Whitechapel. Agora era tarde.
Recostada na porta de um prédio, ela vasculhou as som­bras. Nada nem ninguém em meio à densa névoa. Mas pôde sentir uma presença ali. Por experiência própria, sabia ser prudente levar em conta os sentidos. Poderia imaginar um pobre trabalhador voltando para casa, mas seus instintos colocavam-se contra essa hipótese.

Série Dark Gothic
1 - Muito Além do Desejo
2 - O Mistério de Manobrier
3 - O Príncipe Negro
4 - His Wicked Sins
5 - Seduced by a Stranger
6 - Dark Embrace

15 de junho de 2011

Anjo Do Pecado




Na pacata aldeia de Yorkshire, erguem-se os muros do consagrado Colégio Burndale, onde o perigo espreita nos cantos escuros.

Um misterioso assassino, com predileção por mulheres loiras, atacou novamente, desta vez pondo o fim a vida de duas professoras, deixando todos em polvorosa, imaginando quem será a próxima vítima...

Elizabeth Canham acabou de entrar neste cenário, ao aceitar o emprego de professora no conceituado colégio.

Sua vida tranquila e organizada sofre a maior das reviravoltas, não só por passar a fazer parte do grupo de risco, mas também ao conhecer Griffin Fairfax, o pai de uma de suas alunas.
O olhar penetrante de Griffin a seduz, e é impossível negar a atração entre ambos...
Griffin parece ser um pai amoroso e dedicado, um cavalheiro perfeito.
Mas quando Elizabeth descobre um detalhe perturbador relacionado àquela série de crimes - que todas as vítimas tinham algum tipo de ligação com Griffin - ela fica imaginando se será mera coincidência, ou se aquele homem pode ser um assassino charmoso e sedutor, para quem tantas mulheres perderam o coração... e a vida...

Capítulo Um

Stepney, Londres, 15 de janeiro de 1813

Respingos vermelhos pintavam uma paisagem horrenda nas paredes da taverna do Cisne Negro.
Henry Pugh, o policial do distrito, rodeou o cadáver rígido, anotando mentalmente o arco de sangue que se espalhava por todo lado e a poça coagulada aos seus pés.
Escura e viscosa, refletia a luz bruxuleante da vela e enchia o ar de um cheiro pesado e ao mesmo tempo adocicado e acre.
Ele nunca vira tanto sangue assim.
Porém, aquele era o primeiro dia de Henry na delegacia de polícia de Shadwell, e ele nunca tinha visto um assassinato cruel.
Lá fora, na rua, o vigia noturno gritou as horas. Meia-noite e meia.
Erguendo a vela, Henry correu os olhos pelo chão, notando as pegadas ensanguentadas que seguiam pelo corredor.
Então, concentrou-se de novo no morto, William Trotter, o dono do Cisne Negro.
Estava caído de costas, esparramado sobre os degraus que levavam ao bar, os olhos arregalados, as feições retorcidas numa expressão de surpresa.
Pelo que parecia, fora atacado por trás, provavelmente sem ter sabido quem era o assaltante.
Pedaços de cérebro e osso salpicavam as roupas do estalajadeiro, a madeira do degrau e a parede ao lado.
Sua cabeça fora esfacelada, e sua garganta cortada.
Filetes de sangue desciam pela escada e pelo chão, juntando-se e empoçando a uma curta distância.
Henry agachou-se. O cheiro de dejeto humano o atingiu, e ele recuou, consternado de testemunhar tamanha humilhação.
A morte não fora nem suave nem digna.
Uma coisa feia, aquilo. Uma coisa muito feia.
O carregador de carvão, Jack Browne, inquilino no número 34 da alameda New Gravei, tinha corrido para chamar Henry depois de bater e tocar a sineta da porta do sr. Trotter, que não aparecera para abrir.
Ao ouvir a história, Henry havia imaginado que Jack ficara trancado para fora e que os Trotter tinham ido para cama mais cedo do que costumavam.
A sra. Trotter era exigente quanto ao horário, e os inquilinos, a maioria marujos que alugavam um quarto por um período curto, sabiam que, se chegassem tarde, a porta estaria trancada.
Estranho para uma hospedaria manter tais regras, mas era assim no Cisne Negro.
As suposições de Henry tinham se comprovado amargamente erradas.

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