Série Familia Beresford
Andrew Robert Beresford é o libertino mais famoso de todo o sul da Inglaterra.
Suas conquistas são escândalos contínuos em Whitam Hall, e além disso, produzem uma terrível dor de cabeça no patriarca dos Beresford.
É um conquistador, e nenhuma mulher é capaz de resistir a seu olhar e sorriso maliciosos.
Rosa de Lara e Guzmán acredita na liberdade e na igualdade de todo o ser humano e, para escapar da tirania do duque de Fortaleza, planeja a forma de seduzir o jovem inglês que lhe roubou o coração: Andrew Beresford.
Sua alegria e sua impulsividade lhe mostram um mundo que ignorava que existisse, entretanto a guerra está a ponto de estourar...
Comentário revisora Déia : Como eu tinha uma enorme curiosidade sobre o final do primeiro livro, estava louca pra ler este do Andrew..rsrsrs.
A heroína realmente é chatinha, meio metida.Mas o Andrew supera as expectativas.Muito sedutor e como a Ana Mayara também acho que o ‘conquistador’ dos Beresford merecia coisa melhor.
Enfim, é livrinho!!!Boa leitura!! Ansiosissima pelo terceiro da série!
Capítulo Um
Condado de Hampshire, Inglaterra, 1835.
Um dedo masculino percorria o contorno das costas nua da mulher.
Desenhou uma flor e continuou a descida até a curva do quadril.
Ela moveu a cintura, ao sentir a cócega do dedo brincalhão, mas não mudou sua postura lânguida.
—É um homem travesso. — A voz feminina soou ansiosa — Mas eu adoro tudo o que me faz. — Andrew sorriu de forma maliciosa, enquanto lhe acariciava a curva do quadril de forma muito mais atrevida
— E é insaciável. — Suas palavras o fizeram estreitar os olhos, durante alguns segundos.
À sua mente, acudiu uma lembrança que lhe resultou extremamente dolorosa: a imagem de uma mulher que significara tudo para ele, e que, em pagamento pelos profundos sentimentos que albergava por ela, tinha-o usado a seu desejo e logo o deixado, sem se importar nem um pouco com o amor que lhe professava. Piscou para tentar afastar o sentimento de desgosto que o embargara, durante uns instantes.
Sua companheira notou a leve hesitação de sua mão em sua pele e apoiou os cotovelos no colchão para olhá-lo.
Seus azuis olhos brilhavam com um desejo que não tinha diminuído nem um pouco nessa tarde libidinosa.
—Não deve preocupar-se, meu marido não chegará até manhã.
Sua voz apagou em Andrew a lembrança, mas, assim que ela terminou de dizer essas palavras, ouviu-se a carruagem que tomava o caminho de entrada à mansão.
As rodas moviam os seixos no caminho e os lançavam contra as esculturas que adornavam o percurso até a casa. O som resultava inconfundível.
—Charles terá adiantado sua volta! — A voz da mulher soou assustada, mas Andrew lhe piscou os olhos um olho para tranquilizá-la.
Ouviram o grito do chofer, que deteve os cavalos em frente à porta principal. Andrew recolheu suas roupas espalhadas pelo chão a toda velocidade.
Vestiu primeiro as calças e, sem fechar os botões da camisa, a pôs também, assim como as botas.
—Detesto ter de deixar você de forma tão apressada, mas devo ir. — A mulher o beijou nos lábios, que ele abriu para ela de maneira premeditada.
—Sentirei saudades, amor, não duvide. Até que a veja de novo, o tempo será eterno e tedioso.
Andrew lhe segurou o queixo, para aprofundar seu beijo de despedida.
—Nos veremos durante a próxima viagem de seu marido. Avançou até o balcão e abriu a alta janela.
Por fortuna, uma das paredes do amplo quarto dava a um jardim lateral; a distância até o seguinte balcão não era muita, e a trepadeira parecia resistente.
Era fácil deslizar por ela e cruzar o jardim até a taipa, para depois saltá-la.
Tinha-o feito infinidade de vezes. Sabia que era arriscado manter uma relação com lady Hill, mas a impetuosidade da dama era uma tentação que não podia resistir.
Embora cada vez fosse mais difícil manter encontros clandestinos, e temia ter chegado o momento de terminar a aventura e passar a outras reservas ainda não exploradas.
Agarrou a trepadeira e assegurou os pés, à medida que ia baixando; a camisa aberta enganchou em um espinheiro, e Andrew soltou uma maldição em voz baixa, quando teve de rasgar o tecido, mas já havia chegado quase ao final e salvou a distância, até o chão para logo pôr-se a correr em direção oposta à casa. Já podia ver o muro e a árvore por onde tinha de subir.
Tinha o cavalo preso do outro lado. Deu um salto e apoiou o pé direito na parede para dar impulso e agarrar um galho grosso.
O cálculo fora perfeito, porque o peso de seu corpo o fez oscilar sobre sua cabeça e pôde segurá-lo com a outra mão sem dificuldade. Balançou-se, até que conseguiu elevar-se e ficar dobrado sobre o galho.
Em questão de segundos, sentou-se nela a escassos centímetros da borda do muro; de onde estava, podia ver sua montaria, que pastava tranquilamente à luz da lua.
Então, Andrew girou o rosto para a casa e viu a silhueta feminina através da janela aberta; esqueceu-se de fechá-la.
Contemplou o rosto irado de lorde Hill e a forma possessiva em que agarrou o braço de sua mulher e a arrastou até o leito. Imaginou o que viria a seguir e, de repente, sentiu remorsos.
Soube que tinha de recomeçar.
Série Família Beresford
1 - Me Ame, Canalha
2 - Me Beije, Canalha
3 - Seduzindo um Canalha
Série Concluída