Mostrando postagens com marcador O Casamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O Casamento. Mostrar todas as postagens

8 de julho de 2009

O Casamento

Série Lairds' Fiances
Viajando da Inglaterra para a Escócia para se casar com um highlander. Lady Brenna resignou-se ao casamento arranjado. Mas quando um bando de guerreiros ferozes e pintados a capturou no caminho, ela, sem medo, aceitou casar com seu líder - o irritável Connor MacAlister. Ela não tinha como saber que sua captura foi apenas o primeiro ato de vingança contra o seu prometido, inimigo de Connor. Brenna não nutria ilusões de que seu marido estava apaixonado por ela: depois de um casamento apressado na floresta. MacAlister assegurou-lhe que poderia voltar para casa depois de lhe dar um filho. Mas ela não podia negar que uma vez havia se declarado a MacAlister - dez anos atrás, quando era apenas uma criança, e ao visitar o castelo de seu pai a encantou com seu sorriso deslumbrante e inesperado. Agora, enquanto ela se propõe a conquistar o valente chefe que acabou por adorar, um legado de vingança enlaça Brenna em uma furiosa guerra de clãs - e apenas sua fé em seu galante herói pode salvá-la.

Scotland, 1103
Capítulo Um

Brenna desceu a cabeça e ficou em silêncio.
Tinha estado vadiando atrás dos leitões fazia menos de uma hora, até que o porquero voltou a colocar à mãe na pocilga, e o fedor que despedia Brenna era um preço ínfimo em troca da diversão que tinha desfrutado.
A tortura mal acabava de começar.
Apesar de que havia se banhado só uma semana antes, foi obrigada a fazê-lo ovamente, e para completar a pleno dia. A esfregaram da cabeça aos pés, e tão a fundo que teve que gritar.
Elspeth não teve a menor consideração com suas queixas, e Brenna finalmente se cansou de protestar. Praticamente não reclamou sequer quando Elspeth lhe pôs um vestido azul e umas sapatilhas muito apertadas.
Depois beliscou sem piedade suas bochechas para que tomassem cor, escovou e frisou seu cabelo loiro, quase branco, e depois a arrastou até o vestíbulo.
Teve que passar depois pela inspeção de sua mãe antes que a deixassem em paz.
Sua irmã maior, Matilda, já estava sentada à mesa, junto de sua mãe.
Ali estava também a cozinheira, supervisionando os últimos toques do jantar junto de sua senhora.
— Não quero conhecer aos convidados hoje, mamãe. É muito aborrecido para mim.
Atrás dela apareceu Elspeth e lhe apertou com força o ombro.
— Cala. Não deve se queixar Deus não gosta das mulheres queixosas.
— Papai se queixa todo o tempo, e Deus lhe dá o mesmo — disse Brenna
— Por isso papai é tão grande. Só Deus é maior que papai.
— De onde você tirou semelhante bobagem?
— Papai me disse. Agora quero ir para fora outra vez. Não voltarei a correr atrás dos leitões prometo.
— Você ficará aqui, onde possa vigiar-te. Hoje você se dará bem.
Se não , você sabe o que te ocorrerá, não é assim?
Brenna assentiu. — Terei que ir lá abaixo — disse, repetindo obedientemente a ameaça que tinha ouvido uma e outra vez.
A menina não tinha nem idéia de que era o que havia «lá abaixo»; só sabia que era algo horrível, e não queria conhecê-lo.
De acordo com o que dizia Elspeth, se Brenna não modificava sua penosa conduta, jamais alcançaria entrar no paraíso, e todo o mundo, inclusive sua própria família, queria ir ali.
Sabia exatamente onde estava o paraíso porque seu papai lhe tinha dado dados muito precisos: justo ao outro lado do céu.
Pensava que podia chegar em gostar-lhe, mas na verdade a questão lhe tinha sem cuidado.
Nesse momento só lhe importava uma coisa: não queria ser esquecida novamente. Ainda tinha pesadelos pelo menos uma vez por semana, aproxima do que sua mãe costumava chamar os «desventurados incidentes».
As aterrorizadores lembranças ainda espreitavam, no fundo de sua mente, no lugar onde, segundo todo mundo, as jovens arrojavam suas preocupações, e ali esperavam o momento oportuno para atirar-se sobre ela na escuridão e assustá-la.
Seus gritos, certamente, despertavam a sua irmã.
Enquanto Elspeth estava ocupada tranqüilizando à pequena Faith, Brenna tomava sua manta e a arrastava até a alcova de seus pais.
Se seu papai se encontrava fora de casa, realizando alguma das importantes tarefas que o rei encomendava só aos súditos leais como ele, ela se deslizava dentro do enorme leito, e encostara-se junto de sua mamãe.
Quando papai estava ali Brenna se sentia a salvo, porque seus sonoros roncos a arrulhavam até que dormia. Os demônios não tratavam de colocar-se pela janela, e os pesadelos a esqueciam, não a acossavam quando estava junto de seus pais.Os horrores não ousavam se aproximar.
— Por favor, mãe, diga a Brenna que, quando cheguem os convidados,mantenha a boca fechada — pediu Matilda
— Tudo o diz é gritos a propósito. Quando abandonará esse desagradável costume?
— Em breve, querida, em breve — respondeu sua mãe, distraidamente.
Brenna se aproximou de sua irmã, Matilda era autoritária por natureza, mas agora que seus irmãos varões se encontravam longe de casa, aprendendo a ser tão importantes para o rei como seu pai,essa condição natural tinha se agravado.
Estava envolvida tão fastidiosa como Elspeth.
Sua irmã tinha o dever de cuidá-la quando seus irmãos varões não estavam em casa. Mas Brenna a irritou. Ela sabia quanto odiava Brenna que lhe lembrasse o que lhe tinha ocorrido.
— Sim, querida — assentiu sua mãe— Tempo e paciência.
Mattie deixou escapar um audível suspiro.
— Realmente, mamãe, como você pode ficar tão tranqüila? Não se sente um pouco culpado? Inclusive eu posso compreender que você esqueça a um de teus filhos uma vez, mas duas vezes? É um milagre que a menina continue aceitando.
Elspeth se antecipou, para oferecer sua opinião.
— Por isso temo que jamais consiga esposo para essa milady.
Brenna tapou os ouvidos com ambas mãos. Detestava que a ama-de-leite se referisse a ela como «essa». Depois de tudo, ela não era um leitão.
— Conseguirei marido — gritou.
Nesse momento entrou Joan no vestíbulo, em cima da hora para escutar o grito de sua irmã:
— Que você fez esta vez, Brenna?
— Nada.
— E então por que você está aí sentada, em penitência? Quase sempre você está apegada a mamãe, a envolvendo com sua loucura. —Diga que você fez. — Respondi a mamãe com insolência.
—Diga, papai te conseguiu esposo, Joan?
— Conseguir esposo? — repetiu Joan. Não se animou a rir, por temer ferir os sentimentos de Brenna, mas não pôde evitar o sorriso —Suponho que sim — admitiu.
— Você colaborou ?
— Não. Conhecerei meu esposo no dia em que me case com ele.
— Você não tem medo que seja feio? — sussurrou Brenna.
— Seu aspecto não tem importância, papai me assegura que será uma aliança poderosa — sussurrou sua irmã como resposta.
— E isso é bom ?— Oh, sim. Nosso rei deu sua aprovação.
 


Série Lairds' Fiances
1 - A Noiva
2 - O Casamento
Série Concluída