Usando nada além de uma camisolão masculino Fleur Monley acordou para se encontrar na cama do libertino mais charmoso e imprudente da Inglaterra.
Mas foi uma bala perdida, não paixão, que a colocou à mercê de um homem tão infame e bonito quanto era famoso por ser talentoso nas artes do amor. Acreditando ser imune a qualquer sedução, Fleur achou que estava perfeitamente segura para fazer a ele uma proposta que nenhuma mulher comum ousaria fazer: metade de sua fortuna pela liberdade que ganharia por ser a esposa dele... apenas no nome.
Capítulo Um
Desesperadamente precisando de fundos, Dante Duclairc poderia fazer pior do que o "casamento de nome" proposto por essa beleza idealista, ingênua demais para saber o perigo em que estava. Mas a coisa mais precipitada que ele já fez foi dizer a si mesmo que seria capaz de resistir ao convite para pecar que essa sensual inocente despertaria a cada passo... ou que ele seria capaz de protegê-la tanto dos implacáveis inimigos que buscavam a ruína dela... quanto do seu próprio perigoso desejo.
A ruína total provoca a busca da alma, mesmo no menos reflexivo dos homens.
Dante Duclairc estava contemplando essa descoberta indesejável quando ouviu o cavalo lá fora. Abriu a porta do chalé, para encontrar um médico muito irritado, em pé, sob o luar, na soleira.
Morgan Wheeler olhou severamente por cima dos óculos. — É melhor que seja muito grave, Duclairc. O administrador do seu irmão me tirou para fora da cama.
— É muito sério, e lamento que o seu sono tenha sido interrompido.
— Ninguém disse que você tinha vindo para Laclere Park. Por que você não me chamou?
— Só o administrador sabe que estou aqui, então você tem que jurar manter esta visita em segredo. Eu deveria ter mandado vir um cirurgião, mas você é o único médico na região que podia confiar em ser discreto.
Morgan suspirou profundamente e entrou na humilde morada.
— Por que você me mandou vir?
— Há uma mulher lá em cima que precisa da sua atenção.
Morgan pousou a mala e tirou o sobretudo. — Ela está sozinha aqui?
— Exceto por mim.
— Porque é que essa mulher precisa de mim?
— A senhora foi baleada.
Morgan estava a arregaçar uma manga. Ele parou, braço estendido e os dedos esticados.
— Você tem uma visita de uma senhora que foi baleada?
— De raspão, na verdade.
— Onde ela foi baleada? Desculpe-me, de raspão?
— Nesta casa. Acidentalmente. Nós estávamos jogando um pequeno jogo e…
— Eu quis dizer, onde está a ferida?
— Na região inferior traseira do seu tronco.
— Desculpe-me? Você está dizendo que atirou na nádega da sua amante?
— Sim. Venha para cima.
— Um momento, meu bom amigo. A minha vida monótona diverte-se com a sua emoção há anos, mas isto é demais. Você, secretamente, trouxe uma mulher, uma senhora, para um chalé no campo, na propriedade do seu irmão visconde, onde se envolveu em algum ritual depravado, que resultou em ela ser baleada nas nádegas. Tenho os fatos essenciais corretos?
— O seu braço está machucado e ela também bateu com a cabeça.
— Não gosto de você ficando duro assim, Duclairc. Você me surpreende e me decepciona.
— Garanto-vos que isto foi um acidente. Um pequeno jogo que deu errado.
— Como? O quê? A minha imaginação me falha. Tento imaginar isso, mas…
Capítulo Um
Desesperadamente precisando de fundos, Dante Duclairc poderia fazer pior do que o "casamento de nome" proposto por essa beleza idealista, ingênua demais para saber o perigo em que estava. Mas a coisa mais precipitada que ele já fez foi dizer a si mesmo que seria capaz de resistir ao convite para pecar que essa sensual inocente despertaria a cada passo... ou que ele seria capaz de protegê-la tanto dos implacáveis inimigos que buscavam a ruína dela... quanto do seu próprio perigoso desejo.
A ruína total provoca a busca da alma, mesmo no menos reflexivo dos homens.
Dante Duclairc estava contemplando essa descoberta indesejável quando ouviu o cavalo lá fora. Abriu a porta do chalé, para encontrar um médico muito irritado, em pé, sob o luar, na soleira.
Morgan Wheeler olhou severamente por cima dos óculos. — É melhor que seja muito grave, Duclairc. O administrador do seu irmão me tirou para fora da cama.
— É muito sério, e lamento que o seu sono tenha sido interrompido.
— Ninguém disse que você tinha vindo para Laclere Park. Por que você não me chamou?
— Só o administrador sabe que estou aqui, então você tem que jurar manter esta visita em segredo. Eu deveria ter mandado vir um cirurgião, mas você é o único médico na região que podia confiar em ser discreto.
Morgan suspirou profundamente e entrou na humilde morada.
— Por que você me mandou vir?
— Há uma mulher lá em cima que precisa da sua atenção.
Morgan pousou a mala e tirou o sobretudo. — Ela está sozinha aqui?
— Exceto por mim.
— Porque é que essa mulher precisa de mim?
— A senhora foi baleada.
Morgan estava a arregaçar uma manga. Ele parou, braço estendido e os dedos esticados.
— Você tem uma visita de uma senhora que foi baleada?
— De raspão, na verdade.
— Onde ela foi baleada? Desculpe-me, de raspão?
— Nesta casa. Acidentalmente. Nós estávamos jogando um pequeno jogo e…
— Eu quis dizer, onde está a ferida?
— Na região inferior traseira do seu tronco.
— Desculpe-me? Você está dizendo que atirou na nádega da sua amante?
— Sim. Venha para cima.
— Um momento, meu bom amigo. A minha vida monótona diverte-se com a sua emoção há anos, mas isto é demais. Você, secretamente, trouxe uma mulher, uma senhora, para um chalé no campo, na propriedade do seu irmão visconde, onde se envolveu em algum ritual depravado, que resultou em ela ser baleada nas nádegas. Tenho os fatos essenciais corretos?
— O seu braço está machucado e ela também bateu com a cabeça.
— Não gosto de você ficando duro assim, Duclairc. Você me surpreende e me decepciona.
— Garanto-vos que isto foi um acidente. Um pequeno jogo que deu errado.
— Como? O quê? A minha imaginação me falha. Tento imaginar isso, mas…