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9 de maio de 2011

Ilha dos Sonhos

Série Akoran
Nos braços de um Príncipe...

O país dos sonhos de Joanna Hawkforte tornou-se um símbolo de seu pior pesadelo. Nove meses atrás, seu irmão embarcou numa perigosa viagem a Akora, e Joanna nunca mais teve notícias dele.
Acreditando que ele esteja aprisionado, ela arquiteta um plano desesperado para encontrá-lo...
Filho de um lorde inglês e de uma princesa akoriana, Alex Darcourt passou alguns meses na Inglaterra, numa missão secreta.
Agora ele está a caminho de sua terra natal, e de um destino desconhecido numa nação ameaçada e inquieta.
Mas a descoberta de uma passageira clandestina no navio transforma sua viagem numa grande complicação.
Joanna não tem ideia dos riscos que está correndo, e Alex espera conseguir
protegê-la em um mundo no qual ela não será bem-vinda.
O maior desafio, no entanto, será protegê-la de seu próprio desejo, e de uma paixão proibida que poderá colocar a ambos em grande perigo...

Capítulo Um

19 de junho, 1811 Londres
Estava quente e abafado demais.  Não que Alex se incomodasse com o calor.  Ao contrário, havia poucas coisas de que ele gostava mais do que se deitar sem roupas numa praia deserta e sentir o sol aquecendo seu corpo.  Mas a atual circunstância era um pouco diferente.
O pior de tudo era o cheiro.
A combinação de odores advindos de dois mil corpos, todos exageradamente perfumados, sobrecarregava o ar, mas o aroma de cera derretida das velas dos candelabros de cristal espalhados pelo salão aumentava a sensação de sufocamento.  O cheiro se impregnava na pesada tapeçaria azul, enfeitada com flores-de-lis em homenagem à realeza francesa exilada, cuja presença provia ao príncipe regente uma frágil desculpa para exibir sua última extravagância. As janelas altas estavam abertas, deixando entrar não só uma brisa refrescante, como também o odor das ruas de Londres e da multidão que nelas se aglomerava.
Poucos, se as duas mil pessoas podiam assim ser caracterizadas, haviam recebido o cobiçado convite para ver a recente decoração de Carlton House. Durante semanas, as súplicas frenéticas dos excluídos assombraram os que temiam uma catástrofe social.
Alex teria ficado feliz em conceder seu convite a qualquer um que desejasse participar do evento. Mas não tivera escolha.  Era obrigado, por bem ou por mal, a permanecer naquela festa, nem que fosse por mais algumas horas.
Sem dúvida, era difícil concluir o que era pior: o calor, o odor fétido, o burburinho dos convidados que queriam se fazer ouvir, ou os esforços dos músicos que tocavam apesar de não haver ninguém dançando. Mas, assim que chegou ao salão, Alex ganhou a atenção de uma morena charmosa.
Lady Eleanor Lampert ficara viúva de um lorde abastado com quem se casara antes de completar dezessete anos, sendo que ele tinha setenta.
Obviamente, o nobre conhecia os riscos de tal união. O coitado falecera seis meses depois, uma tragédia que, segundo os boatos, devia-se à fogosa esposa. Na atual condição de viúva, lady Lampert se mantinha muito ocupada. Não almejava um segundo casamento, pois prezava a própria independência e escolhia seus parceiros com cuidado.
Alex a considerava uma amante talentosa, uma qualidade que lhe servia muito bem.
Uma mulher agarrada ao seu braço era aceitável a curto prazo; mas uma dama agarrada à sua vida era outra história.


Série Akora
1 - Ilha dos Sonhos
2 - A Princesa de Akora
3 - Brumas de Akora
4 - Fonte de Sonhos
5 - Fonte de Segredos
6 - Fountain of Fire

10 de novembro de 2010

Fonte de Segredos

Série Akora
Uma misteriosa mulher, um homem corajoso, e um mundo à beira da destruição. 
A persistente e bela.

Persephone escolheu viver na ilha de Deimatos, no legendário reino de Akora. Ela guarda um segredo que não se atreve a compartilhar com ninguém, incluindo o aristocrata Inglês, que por acaso encontrou sua erma casa 
Hawkforte Gavin, filho de um conde Inglês e uma princesa de Akora, descobriu por conta própria um segredo perturbador: o vulcão que deu origem à sua amada ilha está acordado novamente, ameaçando a todos ... incluindo Persephone. Enquanto os dois se esforçam para salvar Akora, uma ardente atração torna-se impossível de negar. Mas o destino permitirá que o casal cumpra seu dever para com a sua casa... e satisfaça o desejo que sentem um pelo outro? Quando os pecados do passado colidem com os perigos do presente, só o amor pode cumprir a promessa de um antigo legado ...

Capítulo Um

Verão de 1837
Gavin Hawkforte estava arrastando o bote por cima da linha da maré quando de repente se deteve e se ergueu para olhar ao seu redor. Apesar de achar-se em uma borda deserta situada a quilômetros de distância de qualquer forma de vida humana, tinha a sensação de que alguém o observava; um repentino pressentimento que alertou todos seus instintos e fez que levasse a mão ao punho da adaga sujeita em sua cintura. Entretanto, não havia ninguém à vista naquele trecho de praia banhado pela luz reverberante do sol de meio-dia.
Com o torso descoberto, embelezado apenas com a saia branca vincada própria dos guerreiros akoranos, acabou de amarrar o bote e se incorporou para estirar-se e liberar-se assim do esgotamento produzido pelo longo tempo que teve que remar da ilha vizinha. Não soprava vento aquele dia. O ar se mantinha imóvel e pesado no Deimos e sobre toda Ákora: o reino fortaleza envolto em halos de lenda e mistério que ele, até sendo o herdeiro de um título nobiliário na Inglaterra, considerava seu verdadeiro lar.
Em qualquer caso, aqueles pensamentos deveriam esperar outro momento. A praia perfilava numa curva dourada que acariciava s água azul celeste do mar Interior. Entre as palmeiras cresciam matagais baixos e arbustos repletos de avermelhadas flores de hibisco. Era uma vista formosa que não traduzia a temível história daquele lugar.
Descalço como estava, com um par de paus de madeira muito grandes para sustentar a bolsa onde guardava o equipamento, Gavin pôs-se a andar praia acima. Ao chegar à linha das árvores, deteve-se para calçar as sandálias antes de retomar a caminhada. O terreno não demorou para tornar-se pedregoso, cheio de saliências de uma vasta rocha negra que parecia ter sido extraída diretamente da terra, como assim era.
Voltou-se por um instante e, uma vez mais, percorreu a praia com seus olhos cor de avelã. A bordo do Fobos, do que tinha partido, apenas se divisava ao longe; depois dele, conseguia distinguir a massa esfumada que correspondia ao istmo do Tarbos. As três pequenas ilhas do mar Interior eram tudo o que ficava do coração submerso de Ákora, os restos de uma noite de fogo e terror de fazia milhares de anos, quando uma explosão vulcânica arrasou a ilha: um desastre, uma desgraça, que, contudo, tinha gerado o mundo que ele conhecia e amava; o mundo que tinha sob seus pés, ao alcance de sua mão; o mundo que temia perder.

Série Akora
1 - Ilha dos Sonhos
2 - A Princesa de Akora
3 - Brumas de Akora
4 - Fonte de Sonhos
5 - Fonte de Segredos
6 - Fountain of Fire


9 de novembro de 2010

Fonte de Sonhos

Série Akora
Uma nova geração se apresenta na Ilha mítica de Akora... 

Niels viaja para a Inglaterra para descobrir o paradeiro de vários marinheiros americanos que desapareceram e que acredita-se estarem encarcerados na ilha mítica de Akora. 
Uma vez na Inglaterra pede ajuda a Sir Alex Darcourt, mas o que encontra é a rebelde Amelia Darcourt, e uma paixão avassaladora que o faz dividido entre o dever e o desejo. 
Bonita, leal e tenaz como foram seus pais antes dela, Amelia Darcourt não está absolutamente preparada para o irresistível visitante americano de sua família. O bonito jovem não só é um digno rival para seu engenho, mas também para seu coração. 
Porém, Amelia mal acabava de descobrir que a atração era mútua, quando se intera de um segredo que poderia destruir sua felicidade. Acaso o homem que tanto a atrai poderia ter um motivo oculto para corresponder a seus sentimentos? Um motivo relacionado com a amada ilha cujo sangue maldito corre por suas veias?

Capítulo Um

Londres, na primavera de 1837

A luz, que penetrava pelas grandes janelas do piso principal da mansão, aparecia e desaparecia entre os ramos frondosos das árvores que se balançavam com a brisa tranqüila que provinha do rio. Era quase meia-noite. No jardim murado que rodeava a casa, um mocho abandonou silenciosamente seu habitat natural. Movendo apenas as asas, planeou sobre o campo aberto antes de descer com rapidez para apanhar a um camundongo desventurado.
O homem que esperava na escura sombra que proporcionavam os arbustos contemplou a caçada e esboçou um pequeno sorriso. Também ele caçaria logo. Várias horas antes tinha conseguido aproximar-se da casa o bastante para comprovar que a família estava jantando. Olhou-os um instante por uma das janelas: o príncipe Alexandros; sua mulher, a princesa Joanna, seu sobrinho o príncipe Andreas; e sua filha, a princesa Amelia. Todos pareciam relaxados e de bom humor, alheios ao acontecimento de que seu privilegiado mundo estava a ponto de trocar.
O homem que permanecia escondido atrás dos altos matagais que cresciam justo ao pé dos altos muros de pedra se movia de forma a evitar que se esgotassem os músculos. A noite era fria e úmida, embora ele, que tinha suportado condições muito mais duras, apenas o sentia.
Era um homem alto, magro e atlético. Para a tarefa daquela noite se embelezou com a roupa própria de um trabalhador de escritório londrino, a de um homem respeitável com um bom salário de contador possivelmente, ou de ajudante de advogado; de um homem nem tão rico nem tão pobre para chamar a atenção. O tom escuro das calças e o paletó, fabricados em uma lã lisa, mas resistente, camuflavam-no na sombra. Elevou o pescoço do paletó para ocultar-se mais ainda e levava tão apertado o chapéu de feltro que quase lhe tampava os olhos, que, segundo alguns, eram da tonalidade do aço.
Não levava consigo arma alguma embora, em honra à verdade, ainda partiria com vantagem frente à maioria dos oponentes providos. Em caso de que os guardas dessem com ele, queria oferecer o aspecto de um bêbado inofensivo que estivesse perambulando por onde não devia. Para isso, melou de terra o paletó e as calças, com a intenção de mostrar o resultado de subir pelo muro algo ébrio; também guardava uma garrafa de uísque médio vazia no bolso do paletó.
Embora, por isso parecia, a mutreta não ia ser necessária. Embora fosse certo que não havia em Londres moradia melhor vigiada, as patrulhas rondavam a intervalos regulares e eram, portanto, previsíveis. Isso era o esperado. A segurança que circundava a casa estava programada para isolar e proteger a seus inquilinos da onda de agitação popular que rugiam por todo Londres com certa periodicidade, e não de um só homem que tratasse de acessar ao recinto.

Série Akora
1 - Ilha dos Sonhos
2 - A Princesa de Akora
3 - Brumas de Akora
4 - Fonte de Sonhos
5 - Fonte de Segredos
6 - Fountain of Fire

5 de outubro de 2010

A Princesa de Akora

Série Akora

Uma paixão proibida

É a primeira viagem da princesa de Akora para o exterior.
Deslumbrada com tudo que se relacione à Inglaterra, a exótica beldade está ansiosa por conviver com a sociedade londrina e conhecer um autêntico cavalheiro inglês.
Mas o homem intrigante que Kassandra encontra na casa de seu irmão é bem diferente do que ela imaginava.
Forte e autoritário como um guerreiro akoriano, ele pouco tem a ver com o rapaz educado e sensível que Kassandra esperava conhecer... e, no entanto, é tudo de que ela precisa. Pois a viagem de Kassandra está prestes a colocá-la frente a frente com o homem dos seus sonhos e com seu medo mais aterrador...

Capítulo Um

Royce caminhava sozinho pelos jardins da casa ancestral.
Os derradeiros raios do sol poente derramavam um brilho dourado sobre as folhas das árvores e sobre o gramado, como que a se despedirem do dia que findava.
Ao cintilar das primeiras estrelas no céu límpido, Royce contemplou a imensidão do mar, sobre o qual a lua acabara de desenhar uma longa e cintilante trilha prateada. Na quietude daquele momento, a estranha sensação de estar à beira de algo vago e irreal, embora de suma importância, apoderou-se dele.
A experiência foi tão poderosa e irresistível que ele ergueu uma das mãos, como que a tatear a substância de que ela era feita.
Tivera um dia cansativo e estava fatigado e, talvez por essa razão, ao inalar o olor de pedra e mar com a mão ainda estendida, tivesse a nítida impressão de captar no ar um aroma cítrico de limão...
O ar da noite estava impregnado do perfume de jasmim, tomilho e oleandro, tecendo aquela fragrância tão familiar a Kassandra desde que nascera, ali em Akora, ao mesmo tempo lar e prisão.
Como desejaria deixar aquele lugar e, no entanto, quanta saudade sentiria se o fizesse! Suspirando, ela apoiou os braços cruzados sobre o parapeito da janela alta do palácio e repousou sobre eles a cabeça, os olhos fixos no oceano, onde o luar desenhara uma longa e cintilante trilha prateada.
Para onde apontaria aquela rota argêntea, para qual dos futuros possíveis, ali, além da próxima respiração, do momento seguinte?
Via-se estranhamente incapaz de visualizar o futuro, coisa que sempre lhe havia sido tão fácil fazer.
No entanto, podia senti-lo... Tomada repentinamente por uma sensação intensa e desconhecida, estendeu uma das mãos e, por não mais de um segundo, sentiu o toque de uma outra mão, forte e máscula. 
Através das solas finas dos chinelinhos de seda, ela sentia a maciez do tapete persa em contraste com a lisura do piso de madeira encerada sobre o qual caminhava, ao longo do corredor que se estendia de seus aposentos até a escadaria.

O corrimão arredondado era liso e frio sob a palma de sua mão.
A casa cheirava a óleo de limão, pétalas de rosa e água de lavanda, usada para perfumar as roupas de cama e mesa. Era possível perceber também um leve odor acre de vinagre, uma vez que todos os escoadouros tinham sido higienizados no dia anterior, como era hábito fazer semanalmente.
A luz acinzentada da aurora tornava imprecisos cantos e arestas, esfumaçando cores e formas que se tornariam nítidas com a chegada da luz do sol da manhã.
À hora do crepúsculo, então, quando as lamparinas fossem acesas, cores e formas de novo se recolheriam, recatadas, às sombras.
Kassandra acabara de passar sua primeira noite em Londres, tendo se maravilhado a cada momento, desde que pisara no cais em Southwark.
Um primeiro vislumbre da cidade, alcançado do rio Tâmisa, havia lhe provado quão limitada e insignificante era a Londres de sua fantasia quando comparada à assombrosa realidade daquele lugar.
Da mesma forma, o número incalculável de pedestres que enchiam as ruas, os cheiros variados e nem sempre agradáveis, e o rumor intenso e constante da cidade haviam superado qualquer possível expectativa.
E como poderia ter imaginado a grande cidade como realmente era, estando na distante Ilius, sua terra natal? Mas afinal estava lá, no lugar que sempre almejara conhecer.


Série Akora
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24 de setembro de 2010

Brumas de Akora

Série Akora
Castelos na Bruma

Criada na fortaleza de Akora, as lembranças de Brianna de sua vida antes da morte trágica dos pais são obscuras e fugazes.
Embora acolhida pela elite de Akora, Brianna quer conhecer sua verdadeira identidade, e a verdade sobre o pavor que ela tem de ser culpada pela morte dos pais.
No entanto, enquanto a busca por respostas a leva até os confins da Inglaterra, uma paixão arrebatadora, que ela não sabia ser possível existir, poderá mantê-la em Akora para sempre...
Forte e bonito, Atreus é um guerreiro poderoso, cujo clã governa Akora há séculos. Um ritual secreto o elegeu o rei de seu povo, e lhe revelou uma visão da encantadora Brianna como a mulher com quem ele deverá se casar.
Temendo que ela nunca retorne de sua jornada, Atreus iça velas para ir à sua procura.
Porém, um inimigo traiçoeiro está à espreita, e em breve o corajoso casal terá de unir seus corações e compartilhar seus mais sombrios segredos para salvar, não só a sua pátria, como o amor intenso que começou a florescer entre ambos!

Prólogo

O mundo parecia envolto em uma atmosfera de sonho, quando uma figura solitária passou despercebida na bi¬blioteca da casa de Londres, Brianna bateu a porta devagar e se certificou de que estava fechada, antes de pegar a tocha para acender um dos lampiões e, com sua luz, esquadrinhou as estantes. Ao encontrar o que buscava, retirou o livro e o colocou sobre uma mesa próxima.
A capa era de couro marroquino, com o título em relevo: A História de Essex. Brianna conhecia a obra, que achara logo após sua chegada à Inglaterra meses antes. Depois, havia acompanhado a tia para ajudar no nascimento do filho de Alex e Joanna. Agora estava de volta para o seu próprio bem... e por causa do livro.
Lentamente, ela o abriu. Era um tomo pesado e grosso com reis, rainhas, batalhas e, com freqüência, remontava à época de Alfred, o Grande. Contava muito sobre Hawkforte e a poderosa família que o governava. Mas também falava sobre outros lugares, incluindo o chamado Holyhood.
Havia uma pintura do solar de Holyhood, um desenho de linhas simples que descrevia uma casa graciosa. Brianna o examinou, enquanto fragmentos de memória lhe vinham à mente.
Estivera naquela casa, em algum lugar perdido no tempo, antes da terrível tempestade que levara a vida de seus pais, deixando-a órfã, sem nome, atirada pelas ondas na costa de Akora.
Se fechasse os olhos e pensasse na casa, ouviria o som distante de vozes chamando.
De repente, sentiu muito frio, mas o frio arraigado em seu coração continha uma minúscula faísca de luz. Seu espírito se apegou a isso, sentindo a faísca crescer e o calor voltar a aquecê-la. Tinha os braços apertados ao redor do peito, porém eles pareciam estranhos, como se fossem os braços de outra pessoa, mais fortes, tornando-a poderosa.
Naquele abraço havia proteção e muito mais, entretanto na casa... A casa guardava um segredo, a chave para des¬vendar um mistério que a apavorava e ao mesmo tempo a tentava. Olhou o desenho mais uma vez e sentiu dentro de si o peso da decisão.
Ele podia senti-la novamente, quase como quando a sentira na estrada entre aquele mundo e o outro. Era a mulher que flutuava no ar, chamando seu nome, reduzindo a velocidade da sua jornada em direção à morte e ao além.
Ele a reconhecera. Ela havia estado ao seu lado antes, no fundo das cavernas durante o processo de seleção, quando muito, lhe fora revelado. Fitara-a apenas de relance, mas jamais a tinha esquecido.
Sim, conhecia, conhecia sua face e sua voz, seu cheiro e seu toque, sabia como ela se sentia naquele exato momento, quase como se a estivesse abraçando.
Mas não sabia seu nome. Até que despertou e viu o brilho prateado de suas lágrimas e a glória ígnea dos seus cabelos.
Ela era sua. Disso tinha certeza. Mas ela não sabia... não ainda.



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