Mostrando postagens com marcador Série Contos de Fadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Contos de Fadas. Mostrar todas as postagens

7 de abril de 2013

Milagre De Amor

Série Contos de Fadas 


Miss Linnet Berry Thrynne é Bela... Naturalmente, está noiva de um Monstro.

Piers Yelverton, conde de Marchant, vive num castelo no País de Gales, onde, corre o boato, o seu mau humor arrasa todas as pessoas com quem se cruza.
E também consta que uma lesão deixou o conde imune aos encantos de qualquer mulher.
Só que Linnet não é qualquer mulher.
Ela é mais do que simplesmente formosa: o seu espírito e encanto forçaram um príncipe a ajoelhar-se.
E calcula que um conde se apaixonará loucamente por ela... em apenas duas semanas.
No entanto, Linnet não tem ideia do perigo a que o seu coração é exposto por um homem que poderá nunca devolver-lhe o seu amor.
Se ela decidir ser realmente muito perversa... que preço pagará por domar o coração selvagem desse homem?

Capítulo Um 
  
Era uma vez, não há muito tempo...
Meninas bonitas em contos de fadas são tão banais como seixos na praia.
Pastoras de pele rosada convivem com princesas de olhar romântico e, de fato se contássemos os dois olhos brilhantes de cada donzela, teríamos toda uma galáxia de estrelas cintilantes.
Esse brilho ainda torna mais triste o fato de as mulheres reais raramente estarem à altura das suas homólogas fictícias. Têm dentes amarelados ou pele manchada. 
Têm a sombra de um bigode ou um nariz tão grande que um rato poderia esquiar por ele.
Claro que também há as bonitas. Mas mesmo essas são propensas a todas as doenças que constituem «herança do homem», como disse Hamlet, há muito tempo, num lamento.
Em resumo, é rara a mulher que ofusca verdadeiramente o sol. 
Quanto mais toda essa história de dentes de pérola, voz de cotovia e um rosto tão belo que os anjos carpiriam de inveja.
Linnet Berry Thrynne tinha tudo o que foi mencionado, exceto talvez a pretensão de uma melodia de cotovia. Apesar disso, a sua voz era perfeitamente agradável e tinham-lhe dito que o seu riso era como o toque de sinos dourados, falando-se muitas vezes nas cantigas de verdilhão
Mesmo sem olhar para o espelho, sabia que o seu cabelo e seus olhos brilhavam, e os seus dentes — bem, talvez não brilhassem, mas eram muito brancos.
Era exatamente o tipo de mulher que conseguia levar um moço de cavalariça a feitos heróicos ou um príncipe a atos menos intrépidos como atravessar um denso silvado meramente para lhe dar um beijo. 
Nada disso alterava um único fato: Desde a véspera, não lhe era possível casar-se.
A calamidade tinha que ver com a natureza dos beijos e com aquilo a que se fazia crer que os beijos levavam. Embora talvez seja mais exato falar da natureza dos príncipes. 
O príncipe em causa era Augustus Frederick, duque de Sussex.
Beijara Linnet mais do que uma vez; de fato, beijara-a muitíssimas vezes. E declarara veementemente o seu amor por ela, já para não falar numa noite em que atirara morangos à janela do seu quarto (o que tinha causado uma porcaria horrível e enfurecido o jardineiro).
A única coisa que não fizera fora oferecer-lhe a sua mão em casamento.
— É uma pena eu não poder casar contigo.

Série Contos de Fadas
1 - O Beijo encantado
1.5 - Storming the Castle - sem ebook
2 - Milagre de amor
2.5 - Winning the Wallflower - sem ebook
3 - The Duke is Mine - idem próximos
4 - The Ugly Duchess
4.5 - Seduced by a Pirate
5 - Once Upon a Tower

10 de fevereiro de 2013

O Beijo Encantado

Série Contos de Fadas 


Forçada pela madrasta a ir a um baile, Kate conhece um príncipe... e decide que ele é tudo menos encantado.

Segue-se um esgrimir de vontades, mas ambos sabem que a atração irresistível que sentem um pelo outro não os levará a lado nenhum. Gabriel está prometido a outra mulher
— uma princesa que o ajudará a alcançar as suas ambições implacáveis.
Gabriel gosta da noiva, o que é uma surpresa agradável, mas não a ama.
Obviamente, deve cortejar a sua futura princesa, e não a beldade espirituosa e pobre que se recusa a mostrar-se embevecida.
Apesar das madrinhas e dos sapatinhos de cristal, este é um conto de fadas em que o destino conspira para destruir qualquer oportunidade de Kate e Gabriel poderem ser felizes para sempre.
A menos que um príncipe abdique de tudo o que o torna nobre...
A menos que o dote de um coração indisciplinado triunfe sobre uma fortuna...
A menos que um beijo encantado ao bater da meia-noite mude tudo.

Capítulo Um  

Casa Yarrow,
Residência de Mrs. Mariana Daltry, da sua filha Victoria, e de Miss Katherine Daltry.
Miss Katherine Daltry, conhecida praticamente por toda a gente como Kate, desceu do cavalo a ferver de raiva.
Deve dizer-se que esse estado não lhe era estranho. Antes de o pai morrer, sete anos atrás, sentia-se por vezes irritada com a nova madrasta. Mas só depois de ele ter partido e de a nova Mrs. Daltry — que mantivera esse apelido durante uns escassos meses — começar a dar ordens é que Kate aprendeu realmente o significado de raiva.
A raiva estava a ver os arrendatários da propriedade a serem obrigados a pagar a renda a dobrar, ou a deixar as casas em que tinham vivido toda a sua vida. A raiva estava a ver as colheitas a definharem e as sebes a crescerem de mais porque a madrasta dava com relutância o dinheiro necessário para manter a propriedade. A raiva estava a ver o dinheiro do pai a ser esbanjado em vestidos e chapéus novos e coisas supérfluas... Tantas que a madrasta e a meia-irmã não arranjavam dias suficientes no ano para usá-las todas.
Raiva.
Eram os olhares compadecidos que recebia de conhecidos que já não a encontravam ao jantar. Era a ser relegada para um quarto no sótão, com móveis decadentes que anunciavam o valor relativo que ela tinha entre os residentes na casa. Era a aversão por si própria pelo facto de não conseguir abandonar a casa e resignar-se com isso. Era raiva alimentada por humilhação e desespero e pela certeza absoluta de que o pai devia estar a dar voltas no túmulo.
Subiu pesadamente as escadas da frente arregaçando as mangas para a batalha, como o pai teria dito.
— Olá, Cherryderry — disse ela, quando o seu querido velho mordomo abriu a porta. — Agora faz de lacaio?
— Ela Própria mandou os lacaios a Londres chamar um médico — disse Cherryderry. — Para ser exato, dois médicos.
— Está a ter uma crise, não?
Kate tirou as luvas com muito cuidado uma vez que o cabedal estava a separar-se do forro em volta do pulso. Houvera tempos em que podia realmente ter-se interrogado se a madrasta (conhecida entre o pessoal como Ela Própria) fingia estar doente, mas agora já não. Não, depois de tantos anos de alarmes falsos e vozes a gritarem a meio da noite sobre ataques... Que em geral acabavam por ser indigestão.
Embora, como Cherryderry comentara uma vez, uma pessoa possa ter esperança.
— Desta vez não se trata de Ela Própria. É do rosto de Miss Victoria, acho eu.
O Beijo Encantando – Eloisa James
— A dentada?
Ele acenou com a cabeça.
— Está a fazer descair o lábio, disse-nos a criada dela esta manhã. Também tem um inchaço nesse sítio.
Apesar de se sentir amarga, Kate teve um acesso de compaixão. A pobre Victoria não tinha muito a seu favor para além de uma cara bonita e de vestidos ainda mais bonitos; o coração da sua meia-irmã ficaria despedaçado se ela ficasse desfigurada para sempre.
— Tenho de falar com Ela Própria sobre a mulher do vigário — disse ela, entregando a peliça a Cherryderry. — Ou melhor, sobre a mulher do antigo vigário. Depois da morte dele, mudei a família para a casa mais afastada.
— Caso infeliz — disse o mordomo. — Especialmente num vigário. Parece que um vigário não devia pôr termo à vida.
— Deixou-a com quatro filhos — disse Kate.
— Repare bem, não é fácil para um homem ultrapassar a perda de um membro.
— Bem, agora os filhos têm de ultrapassar a perda dele — disse ela com frieza. — Já para não mencionar o facto de a minha madrasta ter mandado ontem uma ordem de despejo à viúva.
Cherryderry franziu o sobrolho.
— Ela Própria diz que a menina tem de ir jantar com elas esta noite.
Kate parou a meio da escada.
— Ela disse o quê?
— Que a menina tem de ir jantar com elas hoje à noite. E Lorde Dimsdale vem jantar.
— Deve estar a brincar, Cherryderry.
Mas o mordomo abanou a cabeça.
— Ela disse isso. E mais, concluiu que as ratazanas de Miss Victoria também têm de ir, mas por qualquer razão exilou-as para o quarto da menina.
Kate fechou os olhos por um momento. Um dia que tinha começado mal só estava a piorar. Detestava a matilha dos cãezinhos da meia-irmã, afetuosamente, ou não tão afetuosamente, conhecidos por toda a gente como as ratazanas. Também detestava Algernon Bennett, Lorde Dimsdale, o noivo da meia-irmã. Sorria com demasiada facilidade. E odiava ainda mais a ideia de se sentar a jantar en famille.


Série Contos de Fadas
1 - O Beijo encantado
1.5 - Storming the Castle - sem ebook
2 - Milagre de amor
2.5 - Winning the Wallflower - sem ebook
3 - The Duke is Mine - idem próximos
4 - The Ugly Duchess
4.5 - Seduced by a Pirate
5 - Once Upon a Tower
5.5 - With This Kiss

30 de janeiro de 2011

A Maldição do Castelo

Série Contos de Fadas
Na pequena aldeia de Ballybliss os aldeãos estão atemorizados. 

O senhor e seu herdeiro e os cavalheiros do castelo de Weyrcraig, estão mortos e em seu lugar, o castelo foi tomado por um dragão temível que não cessa de fazer pedidos. Só resta uma solução: entregar uma jovem virgem para saciar sua sede de sangue jovem. Entretanto, a única mulher que ainda é virgem na aldeia é a rebelde Gwendolyn Wilder que já completou os vinte e cinco anos. 
Poderá Gwendolyn acalmar a ira do dragão? Ou cairá nas garras do herói que se esconde atrás do disfarce do sanguinário monstro? 
Um dragão com sede de vingança...Bernard MacCullough retornou a seu castelo em ruínas cheio de ira e ódio. Sabe que alguém da aldeia de Ballybliss traiu a seus pais os levando a morte pelas mãos dos ingleses. 
Quer encontrar ao traidor e ter sua vingança. Fazendo—se passar por um temível dragão, manteve aos aldeãos afastados do castelo e protegeu sua identidade. 
Entretanto, quando os homens de Ballybliss entregam como oferenda uma virgem descarada e roliça, seus planos começam a cair por terra e sente a tentação de se deixar levar pelo desejo de conquistar a sua prisioneira.  
Uma virgem disposta a conquistá—lo...Gwendolyn Wilder sonhou sempre em ver o amor de sua infância: Bernard MacCullough, o herdeiro do castelo de Weyrcraig, o homem para quem reservou secretamente sua virgindade, embora todo mundo o tenha dado como morto. Mas agora que os homens de sua aldeia a entregaram ao temível dragão do castelo está descobrindo que o que deveria ser um monstro horrível é um homem na verdade cheios de atrativos e sensual pelo qual estaria disposta a esquecer a seu amado Bernard.  
Comentário revisora Zel: Para pessoas românticas, como eu, esse livro é muito fofo! A História de Gwendolyn e o Dragão lembra a história de vários contos de fadas que conhecemos: a donzela que se sacrifica, o dragão furioso, as irmãs invejosas, os aldeões enfurecidos… Tem momentos engraçadas e quando estava quase perdendo as esperanças, teve seu momento “caliente”. Eu gostei muitíssimo de revisar este livro e espero que você goste também. 

Capítulo Um 

Highlands, 1761 
Passeando pelos parapeitos de sua guarida toda destruída, o Dragão de Weyrcraig reprimia o intenso desejo de jogar para trás a cabeça e soltar um rugido feroz. Tinha ficado muito tempo prisioneiro, preso longe da luz do dia. Só quando as sombras da noite envolviam Weyrcraig podia sair de suas cadeias e rondar livremente pelo labirinto de corredores do castelo. 
 Agora seu domínio era a escuridão, o único reino que sobrara. Contemplando o mar, o ar salubre fazia arder os olhos; mas a fria pontada do ar não penetrava pela armadura de sua pele. Desde que chegara a esse lugar, ficara insensível a quase todas as provocações mais difíceis de resistir. Uma palavra de carinho sussurrada, uma terna carícia, o sedoso calor do fôlego de uma mulher em sua pele já eram tão remotos e agridoces como a lembrança de um sonho. No horizonte estava caindo uma tormenta. 
 Levantou um forte vento, que açoitava as águas do Mar do Norte, dando a aparência de espuma borbulhante, e empurrando gigantescas ondas contra os escarpados. Os relâmpagos teciam sua rede de uma nuvem a outra, jogando um pouco de luz, mas deixando mais negra e impenetrável a escuridão depois. A iminente tormenta refletia sua selvageria como partes de um espelho quebrado. 
Os distantes retumbos dos trovões poderiam ter sido o fantasmal rugido de canhões ou o grunhido apanhado em sua garganta. Procurou em sua alma, mas não conseguiu encontrar nem um só vestígio de humanidade. 
Quando menino tinha temido à besta que dormia debaixo de sua cama, e ao chegar a esse lugar tinha descoberto que ele era a besta. Isso era o que tinham feito dele.

Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
Série Concluída

22 de novembro de 2010

Duelo de Paixões

Série Contos de Fadas


O valente Lorde Bannor de Elsinore necessitava com urgência de uma mulher sensata que cuidasse de seus filhos órfãos e o mantivesse afastado da tentação carnal.

Enquanto isso, a jovem Willow sonhava com um príncipe encantado que a libertasse de sua mesquinha família. Ambos contraem matrimônio, mas nenhum dos dois encontra o que procurava.
Willow se sente como uma intrusa no castelo, com um aprumado marido que não a quer em seu leito.
Logo descobrirá que não é a indiferença o que está no coração do impetuoso guerreiro, a não ser um desejo tão real que acabará por derrubar todos os muros, uma paixão tão ardente que nada poderia apagá-la.
Entre o ardor da batalha
Aceitar uma oferta de matrimônio era a única maneira que tinha Willow de escapar de sua detestável família.
Como ia adivinhar que lorde Bannor, seu bonito marido, já era duas vezes viúvo e pai de uma penca de meninos, legítimos e naturais, dos quais ela teria que cuidar?
Decepcionada e ferida, convencida de que não tinha nenhum atrativo para seu marido, Willow se rebela.
Com feliz assombro, descobrirá que seu inimigo conta com armas secretas e é capaz de converter a rendição no maior dos prazeres.

Capítulo Um

Inglaterra, 1360
Sir Bannor o Audaz corria precipitadamente pelos escuros corredores de pedra do castelo.
O suor lhe escorria sobrancelhas abaixo e o coração pulsava desbocado no peito como um tambor de guerra.
Dobrou a esquina a toda pressa e se escondeu no oco de uma janela afundada no muro, lutando por acalmar a rouca respiração que não o permitia escutar se aproximavam seus perseguidores.
Durante um instante bendito, houve silêncio.
Depois ouviu o implacável golpear de seus pés contra o chão, seguido dos gritos selvagens que pressagiavam sua sorte.
A mão tremente dirigiu-se instintivamente ao punho da espada, antes que recordasse que a arma seria inútil contra eles.
Estava indefeso.
Se qualquer dos homens que tinham brigado a seu lado contra os franceses durante os últimos quatorze anos tivesse visto o calafrio de terror que percorreu seu volumoso corpo naquele momento, teria duvidado de seus próprios sentidos.
Tinham-lhe visto escalar a parede de um castelo sem mais ajuda que suas mãos, se esquivando do azeite que caía ardendo do céu como se tratasse de fogo do inferno. Tinham-lhe visto descer de um salto de seu cavalo e correr em meio de uma chuva mortal de flechas, para recolher a um homem cansado em combate sobre seu ombro e levá-lo a um lugar seguro.
Tinham visto romper a folha de uma espada francesa contra sua própria coxa, sem indício de vacilação a causa da dor, e depois usar essa mesma espada para acabar com o homem que o tinha atacado.
Para deleite do rei Edward, sabia-se que alguns de seus inimigos tinham deposto as armas e se renderam somente ante o rumor de que Sir Bannor se achava no campo de batalha.
Mas nunca antes enfrentou a um adversário tão formidável, tão carente de piedade e de compaixão cristã.
Enquanto passavam em correria diante de seu esconderijo, encolheu-se contra a parede, enquanto movia os lábios silenciosamente em uma oração, para que Deus, que sempre tinha estado ao seu lado nas batalhas, o resgatasse.


Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
Série Concluída