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4 de dezembro de 2018

Lady Marian

Quando Esmeralda morre, confessa toda a verdade, quem ela é, de onde vem e lhe faz prometer que voltará para junto de sua família para reparar o dano que fez tantos anos atrás. 

Marian se encontra em uma encruzilhada, não quer partir da Inglaterra porque está apaixonada por Eric Darlington, herdeiro do Ducado, mas quando ele se compromete com Lady Barbara Stanton, ela decide se afastar do único homem que ama. 
Marian não viajará sozinha, Sofia sua melhor amiga a acompanhará. O que ocorrerá ao chegar a Eilean Doam? Poderá esquecer Eric?

Capítulo Um

Sul da Inglaterra, 1500.
A última pá de areia é colocada no túmulo de Marcus, o homem que me criou, mas não é meu pai. O que sinto é tristeza, pois nunca foi um homem feliz, não era o melhor homem, mas me criou e protegeu sempre que Esmeralda embriagada pelo vinho ficava violenta comigo. Esmeralda... Devo voltar depressa para casa, ela está doente do mesmo mal que morreu seu marido, devo cuidá-la até que o Senhor decida levar-lhe. 
Olho pela última vez donde repousa para sempre Marcus, despedindo-me dele, porque quando Esmeralda também parta para sempre, finalmente serei livre para seguir meu caminho, para encontrar o que tenho sonhado há anos. Corro todo o curto caminho que separa o cemitério da aldeia de nossa pequena cabana, ao abrir a porta o fedor da morte me golpeia, até receio que esteja morta, aproximo-me do catre e posso observar como a enfermidade consumiu à mulher que tenho diante de mim. Sua pele branca e suada, seus gemidos de dor. 
— Esmeralda? — sussurro me sentando a seu lado, ela mal respira com facilidade, entreabre os olhos e me fita. — Já está feito, certo? — sua voz rouca pela febre já não me surpreende. — Parece mentira, nunca o amei e agora a morte nos leva juntos. Fecha os olhos novamente, e pela primeira vez em toda minha vida vejo como as lágrimas fluem por seus olhos fechados. — Finalmente estará livre — sussurra sem abrir os olhos, como se assim pudesse controlar as lágrimas que banham seu rosto emaciado. 
— Marian. — O que? — pergunto temendo que esteja delirando de novo. 
— Seu verdadeiro nome é Marian, é o nome que escolheu sua mãe ao dar a luz, você é filha de Valentina e Sebastien Mackenzie. Não dou crédito a suas palavras, desde muito pequena soube que não eram meus pais, mas Esmeralda dizia ser minha tia e que minha mãe morreu quando nasci. Agora entendo tudo, toda minha vida sonhei com terras longínquas, selvagens, mas bonitas, e sonhava com uma mulher linda, mas que sempre tinha seus belos olhos nublados pela tristeza, e o homem que a protege, em minhas visões, muitas vezes o vi chorar. Eles são meus verdadeiros pais... 
— Por que você fez isso? — pergunto sem compreender. — Eu amava-o mais que a mim mesma. Mas Sebastien tinha entregado seu coração a sua mãe e nada do que eu fizesse mudaria esse fato, assim obtive minha vingança através de você. 
— Roubou-me? — ainda não dou crédito a tudo o que ela me conta... — Com ajuda do Marcus sequestramos sua mãe, eu ajudei a trazê-la ao mundo, e quando você nasceu deixei sua mãe sangrando e partimos te levando conosco. 
— Mas minha mãe vive, eu já a vi! — digo confundida. — Seu cabelo é negro como a noite, e seus olhos azuis como um céu do verão. — Sobreviveu para passar seus dias suportando a dor por te haver perdido, consegui o que queria, mas não fui feliz por isso, ao contrário, ver-te todos os dias é como ver Sebastien, e recordar que perdi algo que nunca cheguei a possuir. Eu passei os primeiros dezoito anos da minha vida longe da minha família, minha terra — um profundo ódio cresce dentro de mim, mas tento dominar esse sentimento, porque Esmeralda está morrendo. 
— Você é neta do Laird Alexander e Brianna Mackenzie, o Laird mais temido das Terras Altas, você pertence a essas terras, selvagens e bonitas ao mesmo tempo, oxalá eu pudesse vê-las mais uma vez antes de morrer, mas temo que minha hora chegou. 
— Por que me conta só agora? — Insisto com os dentes apertados, controlando a vontade que tenho de lhe gritar toda a dor que sinto, controlando a vontade que sinto de feri-la, de destroçá-la como ela fez com meus pais. 
— Nunca acreditei em Deus, mas agora que minha hora se aproxima, quero saldar minhas contas — ofega em busca de ar, cada vez lhe custa mais poder respirar. — Pedir que me perdoe é inútil, tentar reparar o que fiz há tantos anos é impossível, mas dizendo-lhe a verdade te permito que escape daqui. 



Série Ladys
1 - Lady Brianna
2 - Lady Sarah
3 - Lady Valentina
4 - Lady Marian
Série Concluída

24 de abril de 2018

Lady Valentina

Série Ladys
Sebastien ama Valentina MacKenzie desde que a viu pela primeira vez, quando eram crianças, ela é seu anjo, sua luz em suas trevas. 

Dentro das brumas de dor que o assola, Sebastien luta para viver cada dia de uma vez. Marcas interiores ainda sangram e seu anjo poderá curá-lo, mas como deixá-la se aproximar se a si mesmo envergonha seu passado? Com o seu medo de machucá-la o faz afastá-la. Os anos passam e ele acredita que tudo está perdido, que deve viver seus dias rodeado com seus demônios internos. Mas quando Valentina necessita de sua ajuda ele sai desesperado em seu resgate, e o amor e a paixão ressurge entre eles, embora existam pessoas que queiram separá-los. Será que finalmente eles conseguiram seu final feliz?

Capítulo Um
Eilean Doam 1481. Como todos os anos, venho trazer as flores preferidas de minha irmã a seu túmulo. Há seis anos ela se foi, e sinto sua falta como no primeiro dia, ela ainda tinha muito para viver, sempre tive a esperança de que suas previsões não se cumprissem, mas desde o momento que tive diante de mim Valentina MacKenzie sabia que perderia minha irmã. Nunca esquecerei o dia que a vi pela primeira vez, para mim foi como ver um anjo, uma menina de cabelos escuros e olhos claros, em seu olhar pude ver o mesmo que eu sentia, minha alma clamava pela sua e qual foi minha reação? Fugir. Fugir dela e dos sentimentos que despertava em mim, acreditando que desse modo evitaria que minha irmã tivesse razão em sua predição, pensei que desse modo a salvaria como tantas vezes fiz. Equivoquei-me, exato como Marian me havia dito que ocorreria alguns dias antes de fazer quinze anos. Minha irmãzinha foi dormir, mas não voltou a despertar. Ainda escuto os gritos de Valentina me chamando...
— Sebastien! — Escuto Valentina gritar. — Sebastien! Corro para o quarto que ela compartilha com Marian rezando que seus gritos não sejam pelo que penso, todos na casa escutaram os gritos e correm tanto como eu, mas sou o primeiro em entrar e o que vejo me destroça mais que qualquer coisa que tive que suportar. Valentina chora desconsolada tendo entre seus braços uma Marian adormecida e sorridente, sua visão é de muita paz. — Não acorda, diga-lhe que desperte! — ela ainda é tão ingênua, só tem doze anos. Alexander entra correndo e afasta sua filha do corpo sem vida de Marian, é Marie quem leva Valentina do quarto, ainda não posso me mover. Sarah histérica tenta despertar aquela que foi sua filha por seis anos. — James, minha filha não! — grita chorando abraçando e embalando minha irmã.

Meu pai tenta acalmá-la, embora ele também esteja chorando, meu Laird abraça Brianna que chora como sua irmã, os gêmeos estão imóveis sem compreender muito bem por que sua companheira de brincadeiras se foi. Finalmente quando James consegue afastar Sarah, me aproximo, sento na cama e abraço minha irmã, afastando seu cabelo negro de seu rosto pequeno; olho-a durante horas esperando que abra seus olhos, mas ela já não está mais aqui. Partiu para um lugar melhor como há anos atrás me assegurou tranqüilamente que aconteceria; este mundo é muito cruel para uma alma tão pura como era a dela, sempre pensei que minha irmã era um anjo enviado a Terra com um proposito, e tendo completado sua tarefa voltaria para o Céu, para seu lar. A enterramos em sua colina favorita, onde as flores florescem antes que chegue a primavera.

Série Ladys
1 - Lady Brianna
2 - Lady Sarah
3 - Lady Valentina
4 - Lady Marian
Série concluída

17 de março de 2018

Lady Sarah

Série Ladys
Desde que Sarah conheceu James, o cunhado de sua irmã Brianna, apaixonou-se perdidamente, mas não era recíproco. 

Por isso decide esquecê-lo e refazer sua vida. James entregou seu coração a Helen McBree depois de pensar que não voltaria a amar outra mulher que não fosse Brianna, sua cunhada. 
Sem pensar muito, casa-se com ela e assim começa o que ele pensava que seria um amor que durariam para sempre, conhece a felicidade e em véspera do nascimento de seu primeiro filho, a vida lhe arrebata à mulher que ama, fazendo–o sumir na pena e na dor. 
Os caminhos de James e Sarah voltam a se cruzar quando ela decide, depois da morte de seu marido, dedicar sua vida a Deus. James irá até ela em um intento de ressarcir o dano ocasionado no passado. Fará por sentimento de culpa? 
Poderá salvar Sarah de outro erro com sua decisão? Ambos descobrirão que terão que se perderem para encontrarem-se. 

Capítulo Um

Abadia do Melmesbury, Inglaterra 1467. 
Querida irmã, desejo que, à chegada desta carta, tanto você como meus sobrinhos gozem de boa saúde, esta missiva tem um motivo e é te informar que dentro de um mês, finalmente, me ordenarão monja, deixarei de ser uma noviça para consagrar minha vida a Deus, Nosso Senhor. 
Desejo expiar todos meus pecados. Só você e o Senhor sabem pelo inferno que passei junto a meu defunto marido. É meu desejo ver minha família antes de minha ordenação, já que depois desse momento não poderei voltar a vê-los nunca mais, e essa é minha maior dor. 
Espero uma pronta resposta, amo-te Brianna, devo-te minha vida e durante o que dela reste, rezarei por você e sua família. Sarah MacFerson.
 — Tudo isto é sua maldita culpa, James! – grita minha cunhada quando acaba de ler a carta. Eu a olho sem saber de que demônios fala, rompe em pranto e parte deixando a missiva em cima da mesa. Meu irmão parte atrás dela tentando acalmá-la, em seu estado não é bom que se altere. 
Sei que não devo, mas se não ler a notícia que a pôs assim não saberei do que me culpa, surpreendo-me quando leio de onde provém e mais ainda quem a escreve, 
Sarah? Sua irmã Sarah está em um convento desde quando? Defunto marido? Que demônios é tudo isto? Mentiria se dissesse que durante estes cinco anos não pensei na pequena Sarah. 
Quando a conheci tinha quinze anos, eu já tinha conhecido a minha esposa Helen e a partir desse instante nada nem ninguém me importou mais. 
Ela com a ingenuidade da infância se declarou para mim, sentime pressionado e devo reconhecer que não acertei muito em minhas palavras para rechaçá-la; era jovem e não pensei na dor que podia lhe causar. Agora, depois de tanto tempo, pergunto-me o que aconteceu em sua vida, porque está a ponto de ordenar-se monja de clausura, de que pecado fala? Essas respostas só Brianna as tem e estou disposto a escutar o que aconteceu a Sarah MacFerson em todo este tempo. 
— Não, Alexander! Não peça que me acalme, você não sabe o que guardo calada todos estes anos, não sabe o que presenciei quando fui ver minha pequena irmã na casa de MacFerson – gritava furiosa minha pequena cunhada. 
— Pois me conte o que guarda calada durante cinco anos, acha que não percebi? Depois de voltar de visitar sua irmã algo tinha mudado, conheço-te Brianna – responde meu irmão. 
— Apóio meu irmão, Brianna – digo entrando na biblioteca onde os dois se refugiaram.
 — Você não tem nenhum direito de exigir nada, durante cinco malditos anos não se importou com a vida de minha irmã, que continue sendo assim. 
— Tem razão, mas quero saber por que faz cinco anos perdi uma irmã – desde que me casei com a Helen o tratamento de Brianna comigo mudou para sempre. 
— Meu afeto por você mudou no momento que destroçou o coração de minha irmã, obrigando-a a casar-se com um homem vinte anos mais velho que ela, mudou no momento que vi minha irmã amarrada, enquanto seu marido permitia que seu filho a violasse, mudou no momento que tive que matar esse bastardo – disse mortalmente calma. 
— Meu Deus! – sussurrou horrorizado meu irmão. Tenta aproximar-se de sua esposa, mas ela não o permite. — Não me olhem assim! — gritou ela — Era minha irmã que estava sendo violada! 








Série Ladys
2 - Lady Sarah
3 - Lady Valentina
4 - Lady Marian
Série concluída

2 de dezembro de 2017

Lady Brianna

Série Ladys
Lady Brianna de Clarence é obrigada a casar com Alexander Mackenzie, o mais temido Laird das Terras Altas.

Seu rei está punindo seus pais por desobedecer a suas ordens, e agora, dezoito anos depois é hora de pagar o preço.
Alexander Mackenzie odeia os ingleses e, portanto, a mulher que se tornará sua esposa por ordens do rei, enquanto tira seus sonhos de casamento e felicidade com Isabella, a única mulher que possui seu coração desde a adolescência e é sua amante. Alexander e Brianna devem lutar contra si mesmos, pois nenhum deles estará disposto a se render e sucumbir ao desejo.

Capítulo Um

Inglaterra 1462

Lady Brianna, observava como os servos carregavam seus pertences na carruagem que a conduziria a seu novo lar. Depois de dezoito anos, o qual não tinha saído jamais de seu querido país, devia dirigir-se para regiões mais selvagens nas Terras Altas da Escócia, concretamente a Ross-Shire.
Não conhecia nada de seus costumes, só que seus habitantes eram celtas pagãos, selvagens e guerreiros sanguinários que fazia séculos, ingleses e escoceses, professavam-se um ódio desmedido por todas as batalhas que tinham travado entre eles; sempre ambicionando mais terras, mais poder, mais riquezas… Daquele que deve ser seu esposo sabia menos ainda, só que era o Laird do clã Mackenzie.
Pelo pouco que tinha podido averiguar do que se dizia dele, era desumano com seus inimigos, frio e distante até mesmo com o povo de seu clã, sua reputação de guerreiro lhe precedia... que poderia ela esperar dele? O que mais a assustava, era não se acostumar ali.
Era muito diferente de tudo o que ela conhecia, se pelo menos conhecesse seu futuro esposo antes de partir… Mas o Rei Henrique se assegurou que o castigo fosse infligido o mais dolorosamente possível e, o que seria mais doloroso que enviar à primogênita dos Clarence, a um terrível destino? Sua mãe desde que soube da notícia, não fazia outra coisa que chorar, e seu pobre pai tinha tentado por todos os meios impedir tal desatino, mesmo que fosse membro da casa de York, já não tinha o mesmo favor dos nobres de antigamente.
Preferia ser ela à escolhida que alguma de suas irmãs mais novas, ela era mais forte, mais amadurecida. Tinha chegado o momento de partir e devia despedir-se de sua família.
Certamente, jamais voltaria a vê-los e isso encheu seus olhos de lágrimas, não voltar a ver sua mãe nem ver crescer suas irmãs doía terrivelmente. Se despedir de sua mãe e irmãs foi horrível, houve lágrimas e promessas que sabiam que nenhuma delas poderia cumprir, e seu pobre pai que tinha removido céus e terra para salvá-la de tão horrível destino, estava devastado.
Levariam embora seu pequeno girassol, sempre a chamava assim por seu cabelo dourado.
Subiu à carruagem e entre lágrimas viu como pouco a pouco, tudo o que conhecia ia ficando para trás, sua família, seu lar, sua vida… A viagem foi exaustiva, foram quase cinco dias na estrada, quanto mais ainda poderia faltar? Perguntou a um dos soldados que seu futuro esposo tinha enviado para escoltá-la, se faltava muito para chegarem e sua seca resposta foi negativa, assim tinha a esperança de chegar logo a seu destino. Estava rodeada de guerreiros que não dissimulavam o ódio por ela, incomodava-a e assustava ao mesmo tempo.
Não podia mentir, a paisagem era linda, tão verde e cheia de cor, não era tão diferente de seu país. Finalmente, parecia que chegavam a um castelo.
Ela pensou que seria algo menor, mas se impressionou com o tamanho, seria esse o lar de seu futuro esposo? Quando cruzamos o portão, pude ver muita gente reunida no pátio.
Parece que estão me esperando, mas não acredito que seja para me dar uma cálida boas-vindas. Por suas caras, percebo o ódio e ressentimento que nos separa durante séculos, mas o que me assusta, é ver finalmente o senhor destas terras.
Quando a carruagem se detém, desembarco dela sem esperar que ninguém me ajude. Estes bárbaros não entendem de boas maneiras, mas fico paralisada ao ver que se aproxima de mim um homem enorme, porém bonito.
Deus do céu! Na verdade é lindo! De cabelo negro como o carvão e olhos que pareciam do outro mundo de tão azuis, os mais lindos que já vi. Seu corpo parece esculpido em pedra, não usa camisa alguma só seu tartan que pelo pouco que sei, cada clã tem o seu. Seu olhar é frio como o gelo e me olha sem nenhuma emoção. Para ser sincera este homem me dá medo, mas não demonstrarei.
— Demorou moça — me disse com voz rouca e com um sotaque muito forte que me custa entender. — Laird — lhe saúdo por educação coisa que parece que ele, não tem.
Olha-me com fúria e me segura fortemente pelo braço me levando para as escadas que fazia minutos tinha descido. 
Ficamos frente a toda a multidão que até agora, estava em silêncio observando, não sei o que lhes disse em seu idioma e explodiram em gritos que me assustam fazendo com que dê um salto e ele, ri de mim. O olho furiosa e ele parece não gostar, faz mais forte a pressão em meu braço me machucando e ao perceber isso, sorri; é um sorriso maldoso e faz com que um calafrio percorra meu corpo.
Leva-me para dentro do castelo onde estão reunidos todos os servos que a meu parecer são poucos, só vejo duas criadas, um cozinheiro e a que suponho é a ama de chaves. 
Todos me observam e posso ver em suas caras um sentimento diferente aos dos outros habitantes deste lugar...

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