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4 de julho de 2012

Fogo da Paixão

Trilogia do Fogo
Lembranças que atormentam...

A alta sociedade londrina está fervilhando com o mais recente escândalo. Julia Whitney, bem-nascida porém sem um tostão, está morando na casa de um nobre rico com idade para ser pai dela. Quando Adam Hawthorne, o misterioso conde de Blackwood, fica conhecendo a encantadora e intrigante dama, ele quer convencê-la a mudar de "protetor"...
De repente, o estimado guardião de Julia é assassinado, e ela se torna a única suspeita do crime. Forçada a fugir, Julia cai nos braços de Adam, que lhe oferece refúgio da lei, embora não de uma paixão avassaladora. Embora perdidamente apaixonada, ela sabe que o honrado conde jamais se casaria com uma mulher com a reputação manchada pelo escândalo. Mas será que Julia está subestimando a força e a profundidade do
amor daquele homem?...

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, abril de 1806

Os sons da batalha rugiam em sua cabeça... Tiros de mosquete, estrondo de canhões, chumbo quente rompendo carne e ossos, homens chorando de medo e desespero.
É um sonho! — ele gritou, mentalmente, tentando acordar daquele pesadelo...
Mais um, entre tantos que o atormentavam durante o sono.
Adam Hawthorne, o quarto conde de Blackwood, lutou para despertar... E conseguiu. Sentou-se em sua enorme cama de baldaquino, com o coração descompassado, o suor umedecendo-lhe o torso nu, os cabelos negros colados à nuca.
Apesar do frio, Adam empurrou o acolchoado de plumas até a cintura e estremeceu. Estava acostumado a noites assim... E sofria com essas imagens terríveis havia mais de seis anos, imagens que ele tomava como uma espécie de penitência por sua atuação na guerra.
Passou a mão pelo rosto e saltou da cama. As primeiras luzes do amanhecer penetravam no quarto, por uma fresta entre as cortinas de veludo. Despejou água na bacia de porcelana, sobre a cômoda, e lavou-se. Vestiu calças de pele de gamo, uma camisa branca de mangas largas e calçou um par de botas espanholas de cano alto.
Então desceu até a estrebaria, nos fundos da casa, pronto para a cavalgada matinal.
Angus McFarland, seu cavalariço, um escocês grandalhão e corado, antigo sargento dos Gordon das Terras Altas, o aguardava, segurando as rédeas de Ramsés, o garanhão premiado de Adam
— Tome cuidado, major. Este garoto está inquieto, hoje.
— Então, faremos um a boa corrida. — Adam bateu carinhosamente no pescoço lustroso do animal. — É isso que você quer, não, meu amigo?
O cavalo era dócil, negro, de reluzente pelagem e tinha uma constituição perfeita. Quando Adam o vira, em Tattersalt’s, não poupara despesas para ficar com ele. Fora o único prazer que concedera a si mesmo desde que, inesperadamente, herdara o título e a fortuna de Blackwood.
Acariciou o focinho macio do animal, depois ofereceu-lhe um torrão de açúcar, que retirou do bolso.
— Um pouco de ar fresco sempre faz o mundo parecer melhor — comentou.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída

3 de julho de 2010

Discretamente Sedutora

Trilogia do Fogo

Medo de amar

Impulsiva e rebelde, Kitt Wentworth não tinha intenção de obedecer ao pai, nem de se submeter a um marido. Uma traumática experiência do passado fora suficiente para destruir todas as suas ilusões românticas, e ela não pretendia nem mesmo se apaixonar. Contudo, nunca imaginou que pudesse despertar o interesse de um homem como Clay Harcourt... 
Como filho ilegítimo de um duque, Clay não se chocava com pequenos escândalos. Casamento não fazia parte de seus planos, mas a natureza espontânea de Kitt o atraía como uma chama na escuridão, e os mexericos em torno dela o levavam a querer protegê-la. Quando Clay arquitetou uma armadilha para induzi-la a se casar com ele, Kitt não conseguiu deixar de se render à paixão que sentia por aquele homem. No entanto, um terrível segredo do passado a impedia de entregar seu coração ao atraente libertino que lhe despertava os mais ardentes desejos...

Capítulo Um

Londres, Inglaterra 1805

— Desmiolada, eis o que ela é. Rebelde e insolente demais para que algum homem respeitável queira se casar com ela.
Com as sobrancelhas grisalhas erguidas em reprovação, lady Dempsey levou ao nariz seu monóculo cravejado de brilhantes, a fim de examinar a jovem em questão.
— Houve um tempo em que ela era a queridinha das altas-rodas — a mulher continuou. — O pai deve estar terrivelmente desapontado.
— Sem dúvida — concordou lady Sarah, meneando a cabeça. — Pelos rumores que ouvi, é bom que a pobre mãe dela não esteja viva para ver.
Atrás de uma coluna, dentro da mansão do conde de Winston, no bairro nobre de Mayfair, Clayton Harcourt estudou o objeto de escárnio das duas senhoras. Fazia quatro anos que ele conhecia Kassandra Wentworth, ou Kitt, desde que ela fora apresentada ao círculo casamenteiro da sociedade londrina. Agora, às vésperas de completar vinte e um anos, Kitt ficara exposta tempo demais para constituir um atrativo. Seu pai, o visconde Stockton, decidira pôr um fim à incômoda situação.
Clay a analisou como fizera nos últimos meses: com franco interesse masculino. A seu ver, ela era uma incrível mistura de mulher e menina, inocentemente sedutora, com seios exuberantes, grandes olhos verdes e magníficos cabelos acobreados. Quando ria, nada havia de infantil no som, que atestava uma feminilidade vicejante e uma candura confortadora.
Não que Clay lhe revelasse sua admiração. Sempre que se encontravam face a face, os dois eram como água e óleo. Como dissera lady Dempsey, a jovem era teimosa e independente. Precisava de um marido forte que a domasse. Sem planos para casar-se, Clay não seria essa pessoa. — Ela é mesmo especial, não? — A voz do pai de Clay soou ao lado dele, mas seus olhos permaneceram em Kitt.
— De fato, é impulsiva e voluntariosa. Muito ousada para o gosto dos pretendentes.
— Tem razão, filho. Talvez seja por isso que eu gostei dela desde que a conheci.
Clay então olhou para seu pai: Alexander Barclay, sexto duque de Rathmore, o nobre que generosamente cobria seus gastos, e até lhe dedicava afeição, mas que se negava a conceder-lhe a legitimidade do sobrenome.
— O senhor tem um bom olho para a beleza, Vossa Graça.
— Isso e mais — o duque concordou, servindo-se de uma dose de conhaque. — Stockton quer vê-la casada. Acho que já lhe falei.
— Vendo como o senhor e o visconde se entendem nos negócios e como se alinham politicamente na Câmara dos Lordes, creio que gostaria de agradá-lo.
— Refere-se à minha sugestão de cortejá-la? Para o homem certo, Kassandra Wentworth será a esposa perfeita.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída

2 de julho de 2010

Coração de Gelo

Trilogia do Fogo
Inesperada paixão!

Para fugir de uma vida de pobreza como filha de um arrendatário de terras, Ariel Summers fez um pacto com o diabo: ela se tornaria amante do conde de Greville, em troca de estudos e aulas de etiqueta.
Ariel não previa, entretanto, a morte precoce do conde e a poderosa atração que viria a sentir pelo filho ilegítimo dele, e herdeiro, Justin Ross.
Justin não tinha intenção de exigir pagamento da linda jovem que seu pai tão perversamente planejara arruinar. Mas aquela mulher tentadora lhe despertava um forte fascínio, e ele jurou a si mesmo que a seduziria.
Contudo, Justin se surpreendeu ao descobrir que a apaixonante Ariel lhe provocava emoções que ele acreditava estarem soterradas para sempre. Agora, a desconfiança e a traição ameaçam a frágil felicidade que os dois encontraram, e Justin precisa convencer Ariel de que não é o homem desalmado que ela o julga ser...

Capítulo Um

Surrey, Inglaterra, 1800
Agachada atrás da cerca viva que se estendia ao longo da magnífica Mansão Greville, Ariel Summers observava a carruagem preta desfilando com o brasão do conde reluzindo em dourado. Apoiada no estofado estava lady Barbara Ross, filha do conde, que ria com os amigos como se não se importasse com o resto do mundo.
Ariel imaginou-se em vestidos confeccionados na mais fina das sedas, os matizes variando entre rosa, lavanda e o verde mais iridescente. Fechando os olhos, sonhou usar um vestido dourado, com os cabelos do mesmo tom caindo em cachos perfeitos sobre os ombros desnudos. Nos pés o mais formoso dos sapatos.
Um dia terei a minha própria carruagem, além de um vestido diferente para cada dia pensou suspirando, pois sabia que seu desejo não se realizaria em um futuro próximo.
Quando a carruagem desapareceu, levantou o vestido surrado e correu de volta para casa. Estava atrasada e, àquela hora, seu pai ficaria furioso se soubesse por onde andara. Podia até levar uma surra.
Rezou para que ele estivesse no campo. No entanto, ao levantar a cortina de couro que servia de porta para a cabana em que vivia, Whit Summers a aguardava. Gemeu de dor quando ele pegou seu braço com força, puxando-a para dentro. Ao levantar os olhos, não se surpreendeu com o estrondoso tapa que levou no rosto.
— Eu avisei que não a queria vagando por aí! Pedi que fosse entregar a roupa para consertar e que voltasse para cá o mais rápido possível. Onde estava? Aposto que espionando as damas em suas carruagens, não é? Por que teima em sonhar com algo que nunca poderá ter? É melhor encarar a realidade, menina.Você é e nunca deixará de ser a filha de um lavrador. Agora, vá trabalhar.
Ariel não reclamou e tratou de se afastar rapidamente da fúria do pai. Do lado de fora, respirou fundo e deixou que a brisa fizesse esvoaçar seus cabelos. A face ainda doía pelo tapa, mas sabia que este fora merecido.
Disparou em direção à horta, e o avental subiu com o vento, cobrindo seu rosto de linhas suaves. Abaixou-o, pensando que tudo nela refletia sua teimosia. Por mais que o pai insistisse no contrário, tinha plena convicção de que um dia se tornaria uma lady. Ele, porém, não conseguia vislumbrar outro futuro que não aquele que havia herdado. Era muito diferente dela, que tinha jurado se fazer merecedora de uma vida melhor do que aquela.
Considerava-se dona do próprio destino. Apesar de o pai enegrecer seu caminho, haveria de encontrar uma luz para guiá-la.
Depois de a mãe ter falecido, trabalhava desde a alvorada até o entardecer. Começava o dia varrendo o chão de terra batida da cabana, depois cozinhava o que colhia, cuidava da horta e ajudava o pai nos trigais. Planejava fugir assim que possível daquela rotina extenuante e sem fim. E seus anseios não se limitavam a preces apenas, pois tinha um plano bem elaborado para atingir seu objetivo.
Como fazia uma vez por mês, Edmund Ross, quarto conde de Greville, passava o dia inspecionando seus campos e visitando arrendatários. Aquele dia em especial estava muito quente. O sol parecia uma esfera chamuscante lançando seus raios impiedosos sobre a terra, cozinhando raízes, castigando os campos. Ele preferia cavalgar em vez de seguir em um coche, e a cobertura sombreava sua elegante figura, protegendo-o do calor. Recostado no estofamento de couro, deliciou-se com a brisa que soprava do Norte.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída