6 de julho de 2018

O Trapaceiro

Série Guardiões das Highlands
O que não havia para amar?

Sir Thomas Randolph, Conde de Moray, não era apenas um dos mais importantes e mais ricos homens do reino, ele também era encantador, devastadoramente bonito e o sobrinho favorito do rei Robert Bruce.
Ainda assim, quando Isabel – Izzie - Stewart conheceu o cavalheiro, ficou feliz por ele ser o noivo de sua prima e não o seu. Ele levava muito a sério sua aparência e parecia estar fazendo o papel de cavaleiro "perfeito". Por sua experiência, homens que eram bons demais para ser de verdade geralmente não eram. Mas quando Izzie começa a se perguntar se suas primeiras impressões poderiam estar erradas, ela descobre um homem complexo e convincente que está longe de ser perfeito e mais sedutor do que ela jamais teria imaginado.

Capítulo Um

Edimburgo, Escócia, março de 1314 
Eu vou matá-la. Como ela faria sua prima pagar por isso? Era tudo que Isabella Stewart podia pensar enquanto se afastava da Abadia de Holyrood com Sir bom demais para ser de verdade. Bem, por uma hora ― que Deus a livrasse ― ouviria o que Sir Thomas Randolph pensava que ela queria ouvir, isso era demais para suportar, mesmo em nome da amizade. Não que o cavalheiro estimado parecesse muito interessado em encantá-la ou impressioná-la neste momento.
Um olhar disfarçado debaixo de suas pestanas para seu companheiro claramente sombrio lhe disse que ele não estava mais feliz por ser forçado a estar em sua companhia tanto quanto ela. O sorriso de “tente não se apaixonar por mim” que ele não tirava do rosto, era insuportável.
Aversão era provavelmente uma palavra muito forte para descrevê-lo, mas quando Izzie chegou em Edimburgo há quatro dias e encontrou o homem que esperava se casar com a sua prima, ele e Izzie não tinha exatamente se dado bem um com o outro.
Provavelmente por culpa de Izzie. Ela não conseguiu esconder a sua diversão na sua saudação grandiosa. Que vergonha, tinha sentido como se estivesse assistindo a um jogador em um palco representando a fantasia do belo cavaleiro mais perfeito e romântico de armadura brilhante montado em seu magnífico cavalo e ajoelhado diante de sua senhora. Era demais.
Claramente, Randolph (apesar de seu novo título de conde de Moray, todos o chamavam de Randolph) não tinha visto o humor da situação e tinha ficado com algum ressentimento pela sua reação, se suas costas rígidas, mandíbula tensa e o olhar gelado significavam alguma coisa. Poderia ser perfeito e teve que admitir que seu rosto estava muito perto da perfeição, mas ele parecia saber disso e levava isso muito a sério para o seu gosto.
O que era irônico, já que nos quatro dias que o conheceu ela duvidava ter ouvido um pensamento verdadeiro sair de sua boca. Ele tinha uma grande capacidade de dizer a coisa certa, ou melhor, o que pensava que o outro queria ouvir, o que era inegavelmente adorável, mas mais uma vez a fazia se sentir como se estivesse assistindo a uma apresentação.
Uma performance magnífica sem dúvida, mas uma performance do mesmo jeito. Ainda assim, havia algo inegavelmente cativante sobre sua personalidade maior do que a sua vida e sua descarada arrogância e, como todo mundo, não conseguia tirar seus olhos da sua prima. Sir Thomas Randolph era um grande herói em perspectiva ― um homem que se tornaria uma lenda ― e todos sabiam disso. Então, por que Randolph estava levando Izzie para ver os rochedos conhecidos como Costelas de Sansão no parque da Abadia de Holyrood e não a sua prima Elizabeth, com quem estava quase comprometido?
Boa pergunta! E Izzie tinha a intenção de que sua prima lhe respondesse assim que retornasse. Izzie suspeitava que tinha algo a ver com o belo amigo de Elizabeth, Thomas MacGowan. Mas seria melhor que sua prima descobrisse qual dos dois Thomas queria ― de preferência antes que Izzie tivesse que cobri-lá novamente.
Um passeio desconfortável pelo parque era mais do que suficiente. Pelo menos eles não estavam sozinhos, embora fosse assim que ela se sentia. Como o sobrinho preferido do rei Robert Bruce, Sir Thomas Randolph era um dos mais importantes e mais ricos homens do reino e o séquito de homens ao seu redor refletia isso.
Embora provavelmente houvesse provavelmente três dezenas de guerreiros ao seu serviço, apenas um punhado os tinha acompanhado hoje. Os homens, no entanto, estavam a uma distância discreta atrás deles. Aparentemente, eles não tinham sido informados da mudança de planos, pensou com um sorriso irônico. Não era mais o passeio romântico e almoço em uma cesta que Sir Thomas tinha convidado a sua prima.
No entanto, Izzie não tinha dúvida de que a maioria das mulheres da corte ― incluindo muitas casadas ― daria seu olho para estar em seu lugar. E, de bom grado, ela trocaria de posição com qualquer uma delas.
O silêncio constrangedor era insuportável. Mas sobre o que eles poderiam falar? Não tinham nada em comum. Ela franziu a testa. Exceto pela música.
Não a surpreendeu que ele cantasse, o cavaleiro respeitoso em armadura brilhante não poderia cantar uma canção de gesta em uma história de cavaleiros?








2 comentários:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!