5 de março de 2009
A Virgem Indomável!
Capítulo Um
Kyryan Morgan resmungou uma torrente de imprecações em Gaulês e estremeceu ligeiramente quando o martelo do ferreiro golpeou seu elmo.
- Não é prudente insultar o ferreiro, rapaz – seu amigo Elwy repreendeu-o.
– Não quando ele é o único que pode tirar-lhe o elmo da cabeça.
O ferreiro atingiu o elmo novamente.
- Eu vou exigir daquele cavaleiro uma boa indenização por este transtorno – Kyryan murmurou.
- Desde que consigamos retirar essa coisa da sua cabeça. É bem possível que você se torne conhecido, a partir de hoje, como “Kyryan do Elmo”.
Kyryan grunhiu com mais um golpe do martelo, pensando com seus botões que Elwy provavelmente faria piadas até mesmo no próprio leito de morte.
- Eu lhe disse que esse elmo não lhe servia, o’ r annwyl! – elwy exclamou com uma risada – Ora, ora... aí vem ela.
- Ela quem?
- Você sabe. A garota que o deixou doente de amor.
Kyryan remexeu-se, inquieto. Jamais havia contado a Elwy que considerava a filha de lorde Trevelyan a moça mais linda que já vira.
- Não estou “doente de amor”.
Todavia, pela primeira vez ficou satisfeito por ter o elmo preso na cabeça. Assim, ninguém pôde ver que seu rosto ficara ridiculamente corado.
- Ela vem acompanhada pela criada e deve passar bem por aqui – Elwy insistiu.
- Seu mentiroso!O ferreiro golpeou o elmo com tanta força que Kyryan praguejou ferozmente numa linguagem que o homem não poderia deixar de entender.
Então, para sua consternação e embaraço, ouviu o som de uma risada feminina. Na verdade, uma gargalhada constrangida. Oh, Deus, ele conhecia aquele riso! Escutara-o, maravilhado, na festa da noite anterior. Fora um tormento tentar desviar os próprios olhos de lady Liliana Trevelyan.
Bom dia, cavaleiros.
Oh, por todos os deuses! Teria sido menos doloroso se o ferreiro lhe tivesse martelado a cabeça em vez do capacete.
- Bom dia, cara senhorita! – Elwy retribuiu o cumprimento com reverência.
Kyryan não foi capaz de proferir uma palavra sequer.
- Lamento por seu amigo – Lady Liliana comentou. – Acha que ele conseguirá livrar-se do elmo?
- Ah, sim, cara senhorita – Elwy respondeu.
A voz de lady Liliana era suave, como suave devia ser a sua pele alva, na imaginação de Kyryan. Agradava-lhe sobremaneira que a jovem demonstrasse preocupação a seu respeito. Ah, se ao menos tivesse sido ferido, a situação seria mais heróica e menos risível. A voz de lady Liliana era suave, como suave devia ser a sua pele alva, na imaginação de Kyryan.
Agradava-lhe sobremaneira que a jovem demonstrasse preocupação a seu respeito. Ah, se ao menos tivesse sido ferido, a situação seria mais heróica e menos risível. Não precisava tratar-se de um ferimento grave, claro que não. Apenas o bastante para inspirar alguns cuidados... talvez um ou dois suspiros daquela bela moça.
- ele devia ter abandonado o torneio mais cedo...
- Oh não! – Elwy rebateu. – Kyryan jamais deixa uma luta pela metade, minha prezada lady.
“Kyryan”? Seria possível que Elwy nunca se lembrasse de usar o título adequado, especialmente numa ocasião como aquela? Afinal, eram ambos cavaleiros, embora não possuíssem terras.
- Foi o que percebi – ela replicou. – Fiquei muito impressionada durante as provas. Espero que tenhamos o prazer da companhia de vocês na festa desta noite. Seu amigo merece um jantar especial.
- Nós dois aguardamos ansiosos pela celebração, lady Trevelyan.
Após alguns minutos, durante os quais o ferreiro não cessara de martelar-lhe o elmo, Kyryan ouviu Elwy comentar:
- Elas se foram.
- Ótimo – Kyryan retrucou em tom aborrecido. Contudo, estava longe de sentir-se zangado. Como poderia, quando Liliana Trevelyan falara tão bem sobre ele?
- Se o senhor puder ajudar-me agora, creio que conseguiremos remover este maldito capacete – o ferreiro dirigiu-se a Elwy com rudeza.
- Já não era sem tempo - Kyryan resmungou enquanto o amigo e o ferreiro empurravam o elmo para cima de sua cabeça.
Kyryan inspirou com força, usufruindo uma bem-vinda sensação de liberdade.
- Por Deus, eu não suportava mais o confinamento! Estava ficando louco de claustrofobia! – exclamou, movimentando os ombros para massagear a musculatura dolorida. Seria bom tirar também a cota de malha. Relanceou os olhos pela túnica preta. Estava enlameada, mas inteira. Agradeceu aos céus por aquela pequena graça.
Elwy riu.
- A julgar pela sua cara, eu diria que você precisa de uma boa caneca de cerveja.
1- Alma Guerreira
2- Paixão de Guerreiro
3- Virgem Indomável
4- A Chama do Amor
5- A Esposa Rebelde
6- O Último Desafio
7- A Esposa do Guerreiro
8- A Honra de Um Guerreiro
9- Uma Batalha de Honra
10- A Dama e o Sedutor
11- sortilégio de amor/
12- A substituta/
13-Apelo da Paixão
14- Guerreiro em Missão
Série Concluída
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oi, sou a josceli novamente, adorei este tbm , beijos
ResponderExcluirKyryan Morgan e lady Liliana...afff
ResponderExcluirNo livro Paixão de guerreiro Kyryan é HU AP MORGAN - deve ter sido erro de tradução. Nos demais livros ele aparece como HU.
Kyryan é..é..é...achei-o meio infantil. Não consegue dar atenção devida a Liliana é o tipico adolescente de 18 anos - assim parece. Que não vê um ponto a seguir como adulto. Na nupcia aparece bêbado ao ponto de não consumar o casamento e pensa que ele liga? ruuummmm! E depois outros fatos que dá a entender a falta de maturidade....
Liliana..meu Deus! Esta precisa de ESCOLA DE NOBREZA...A mulher é tão infantil quanto ele...irritante com suas colocações e postura. Por tudo ela queria VOLTAR para a casa de seu pai. Jesuis Cristin eu quase esfolei aos dois!
No entanto me surpreendeu a primeira vez dos dois...foi..foi..foi diferente! kkkkk
No final...como sempre deu certo depois que ela VOLTOU pra casa do pai....e finalmente cai a ficha das infantilidades. hehehehe