20 de setembro de 2010

Além do Nevoeiro das Highlands

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Série Highlanders Paranormais
















Capítulo Um

Escócia, 1° de abril de 1513
Sidheach James Lyon Douglas, terceiro Conde de Dalkeith, deslizou silenciosamente sobre o solo. As gotas d’água fluíam de seu cabelo úmido para seu peito largo, unindo-se num só riacho entre as ondulações duplas de músculos em seu abdômen. O luar brilhou debilmente através da janela aberta e lançou uma luminosidade prateada sobre sua pele de bronze, criando a ilusão de que tinha sido esculpido em aço fundido.
A tina por trás dele ficou fria e esquecida. A mulher na cama também estava fria e esquecida. Ela sabia disso.
E não lhe agradou nem um pouco.
Muito formoso para mim, pensou Esmeralda. Mas por todos os Santos, o homem era um gole de veneno, e outro sorvo fresco e longo de seu corpo a única cura para a toxina. Pensou nas coisas que fizera para ganhá-lo, compartilhar sua cama, e -Deus a perdoasse- as coisas que faria para ficar ali.
Quase o odiava por isso. Sabia que ela mesma se odiava por isso. Ele deve ser meu, pensou. Olhou-o andar pelo quarto espaçoso até a janela, que abriu entre as colunas de granito caneladas que se encontravam num arco a uma altura de vinte pés sobre sua cabeça. Esmeralda sorriu com desprezo às costas dele. Tonto -abrir essas janelas sem defesa nem cuidado- ou arrogante. Para que, se podia ficar na maciça cama com colchão de plumas, queria olhar fixamente através do arco rosado um céu aveludado e esburacado de reluzentes estrelas?
Ela o surpreendera olhando dessa mesma maneira essa noite, quando entrou de um só golpe nela e excitara essa fome sem fim em seu sangue, com sua virilidade dura como uma pedra, que só ele possuía. Ela tinha choramingado sob ele no mais grandioso êxtase que alguma vez experimentou e ele agora estava olhando para fora da janela, como se ninguém mais estivesse ali com ele.
Estava contando as estrelas?
Canções obscenas silenciosamente recitadas para impedir-se de cair rendido e dormir?
Ela o tinha perdido.
Não, Esmeralda jurou, nunca o perderia.
-Hawk?
-Hummm?
Ela alisou o lençol de seda lavanda através de seus dedos trêmulos.
-Vem de novo à cama, Hawk.
-Estou inquieto esta noite, doçura-. Ele brincou com o talo de uma grande flor azul pálida. Uma meia hora antes ele tinha corrido as pétalas cobertas de orvalho ao longo de sua pele de seda.
Esmeralda retrocedeu ante sua admissão de que ainda tinha energia para esbanjar. Sonolentamente saciada, ela poderia ver que seu corpo ainda era atravessado da cabeça aos dedos dos pés com seu vigor inquieto. Que tipo de mulher deveria tomar -ou a quantas- para deixar a esse homem adormecido em fascinada satisfação?
Mais mulher do que ela, e deuses, quanto isso a ofendia.
Sua irmã o tinha deixado mais saciado? Sua irmã, que tinha esquentado sua cama até que ela, Zeldie,  encontrou uma maneira de tomar seu lugar?
-Sou melhor do que minha irmã?-. As palavras escaparam-lhe antes que pudesse detê-las. Mordeu os lábios e esperou sua resposta ansiosamente.
Suas palavras distraíram o olhar fumegante do homem da noite estrelada, através da larga extensão do dormitório, para descansar na acalorada cigana de cabelos como asa de um corvo.

Série Highlanders Paranormais
1 - Além do Nevoeiro das Highlands
2 - Para Domar um Highlander
3 - O Toque de um Highlander
4 - O Beijo do Highlander
5 - O Highlander Sombrio
6 - O Highlander Imortal
7 - O Feitiço do Guerreiro
8 - Em Seus Sonhos
Série Concluída

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