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13 de setembro de 2015

A Herdeira

Série Montgomery Saga
Jamie Montgomery, cavaleiro elisabetano empobrecido, fica eufórico ao ser escolhido para escoltar Axia, a herdeira dos Lancaster, até o castelo de seu futuro marido.

Se ela se apaixonar por ele — como a devotada irmã mais velha de Jamie anseia -, suas dificuldades financeiras estarão resolvidas.
Mas Axia, que passou a vida vigiada de perto pelos servos do pai, não é a flor tímida e mimada que Jamie imagina. Ela é travessa e teimosa, e aproveita todos os momentos preciosos de liberdade antes de casar com o homem escolhido por seu indiferente e excêntrico pai. Depois de comunicar a Jamie que nem pense em lhe declarar o seu amor — como parece ser o hábito de todos os homens pobres e bonitos —, Axia transforma-lhe a vida num inferno quando foge para ir à feira, monta num cavalo rebelde e por pouco não quebra o pescoço, e faz o impossível para atrasar a viagem.
Embora não ouse admitir, a idéia de se casar com um estranho a assusta muito.
Certo dia, Jamie percebe estar saboreando as palavras mais ousadas de Axia como se fossem o néctar mais raro... e que está perdidamente apaixonado por essa linda moça, tão audaciosa e enlouquecedora. A partir daí, terá que preparar um plano arrojado para obter a liberdade de Axia... e conquistar o seu arrojado e destemido coração!

Capítulo Um

Inglaterra 1572
- Herdeira de Maidenhall! - Joby mal conseguia se conter enquanto olhava para Jamie e Berengaria, respectivamente o irmão e a irmã mais velha, sentados juntinhos um do outro na mesa superior. Sua beleza já não a deslumbrava mais como quando era criança. O pai costumava erguê-la nos braços acima da cabeça, bem no alto, prometendo-lhe que, quando crescesse, seria tão bonita quanto a irmã, Berengaria.
Mas ele mentira. Mentira a esse respeito ou, como acabou acontecendo, sobre tantas outras coisas. Mentira ao afirmar que nunca lhes faltaria comida e um lugar quente e confortável para morar. Mentira ao jurar que a mãe logo pararia de falar com o povo dos espíritos.
Mas, principalmente, mentira quando garantira que viveria para sempre.
Joby sacudiu a cabeça e o cabelo castanho cacheado, e olhou para o irmão com olhos brilhantes. O cabelo fora cortado depois que derrotara alguns garotos enquanto brincavam de espadachim; em retaliação, eles haviam lambuzado a sua cabeça com mel quente e pez de pinheiro. Agora o cabelo crescia em cachos brilhantes, e ela achava que era um dos seus traços mais bonitos.
”A herdeira de Maidenhall”, ela repetiu. Jamie, pense em toda aquela maravilhosa fortuna. Você acha que ela toma banho numa banheira de ouro? Será que usa esmeraldas quando vai se deitar?
“ Nada ela usa, senão a cama”, resmungou Rhys, um dos dois escudeiros de Jamie. Aquele pai dela a mantém tão trancafiada como o seu ouro.
Rhys emitiu um pequeno grunhido quando Thomas, o segundo escudeiro, deu-lhe um chute por baixo da mesa.
Joby sabia muito bem que o pontapé era para silenciar Rhys, pois todos pensavam que, com doze anos, ela não sabia nadica de nada e não queriam que mudasse. Joby não ia contar o que sabia ou deixava de saber; na sua opinião as restrições atuais eram suficientes à sua liberdade. Se qualquer um dos adultos presentes descobrisse exatamente o quanto sabia realmente, começariam a querer descobrir onde havia aprendido o que devia ignorar.
Os olhos de Jamie brilhavam.
— Esmeraldas talvez não. Mas, quem sabe, uma camisola de seda.
— Seda — repetiu Joby sonhadoramente com a cabeça apoiada na mão. — Italiana ou francesa?



Série Montgomery Saga
1- O Leão Negro 
2- A Donzela
3- A Herdeira
 
 

1 de março de 2015

A Herdeira






Estela Brome nunca imaginou que o doce sonho de participar de um baile, dançar com atraentes rapazes e depois receber um emocionante pedido de casamento caminhasse ao lado de um sórdido sentimento de ambição.

Desencantada, logo percebeu que os elogios que recebia não eram para a meiguice de seu sorriso ou o brilho de seus olhos azuis. 
A notícia de que herdara enorme fortuna fazia os caça-dotes se aproximarem com um único objetivo: seu dinheiro! 
Estela só tinha uma saída: desistir da fortuna para ter a chance de conhecer o verdadeiro amor.

Capítulo Um

1885
— Sinto muito, mas a resposta é não! Apesar do tom muito baixo da voz, as palavras soaram firmes e determinadas.
Lorde Charles Monte olhava para Estela com franca perplexidade.
— Está me dizendo que se recusa a aceitar meu pedido de casamento?
Estela se limitou a assentir com um movimento de cabeça.
— Será que não percebe que assim que meu tio morrer, o que não deve demorar a acontecer devido a seu precário estado de saúde, eu herdarei seu título de duque?
— Muitas pessoas já me disseram o mesmo — Estela respondeu com um sorriso.
— E assim mesmo continua recusando. Posso saber o por quê?
— Porque não te amo e sinto que você também não me ama.
— Não é verdade — lorde Charles se apressou a contradizê-la. — Eu te amo, Estela. Se não gostasse de você, não desejaria tê-la como esposa.
Seguiu-se um longo silêncio, interrompido por fim, por Estela.
— Teria pensado em pedir minha mão em casamento caso eu não fosse rica?
O embaraço de lorde Charles não lhe passou despercebido. No entanto, como se seu caráter o obrigasse a se mostrar autêntico e responder com igual sinceridade, respondeu:
— A verdade, Estela, é que minha família não daria sua aprovação caso eu resolvesse me casar com alguma moça que não tivesse dinheiro.
— Eu tinha certeza que o motivo era esse. O fato de eu ser muito rica os convenceu de que eu seria uma boa duquesa.
— Sua concordância os faria felizes. Quanto a mim, Estela, sinto realmente que poderia dar certo entre nós.
Ela tomou a negar.
— Não me casaria com você sem que estivéssemos apaixonados um pelo outro.
— Tenho certeza de que poderei ensiná-la a me amar.
— E durante todo o tempo pensaria no quanto nosso casamento foi providencial. Não, Charles, não pode ser, Eu não suportaria conviver com a idéia de que foi o meu dinheiro e não a minha pessoa quem te atraiu. Não suportaria me tomar apenas a chave do sucesso de seu tão esperado ducado.
Lorde Charles se levantou da cadeira e se pôs a andar de um lado para o outro da sala.
— Quando resolvi procurá-la, hoje, não imaginei nem por um momento que viéssemos a entabular uma conversação tão difícil e constrangedora.
— Eu estava ciente da razão de sua visita — Estela confessou — , por isso achei melhor usar de franqueza.
— Mal consigo acreditar que esteja falando sério. E a primeira garota que já conheci que não ambiciona um título de nobreza. Qualquer outra mulher daria tudo para se tomar uma duquesa.
— Então sou uma exceção — Estela declarou com uma pitada de ironia na voz. — Melhor para você. Dessa forma encontrará uma noiva muito em breve. Tenho certeza de que há muitas garotas prontas para aceitá-lo, mesmo que um título de duquesa seja a única coisa que tenha a lhes oferecer.


30 de abril de 2012

A Herdeira

Série Família Sherbrook

Sinjun tem dezenove anos, é abençoada com os olhos azuis dos Sherbrooke, uma personalidade cativante e um senso de humor maravilhoso. 

E está terrivelmente entediada com a temporada de bailes em Londres... até que avista Colin Kinross, o conde escocês de Ashburham, do outro lado do salão. 

Ao ouvi-lo comentar com um amigo que precisa encontrar com urgência uma moça rica para se casar a fim de salvar suas finanças, Sinjun prontamente se apresenta como resposta às preces do rapaz... 
Sinjun, então, faz a última coisa que imaginara que um dia tivesse coragem de fazer: contrariando todas as expectativas de sua família, ela vai para a Escócia, para começar uma nova vida num castelo antigo e misterioso, que contém mais revelações e surpresas do que ela esperava encontrar 

Capítulo Um 


Londres, 1807 

Sinjun o viu pela primeira vez no meio do mês de maio em uma reunião oferecida pelo duque e duquesa de Portmaine. 
Ele devia estar a alguns metros dela. Não conseguiu desviar o olhar. 
Dobrou o pescoço para continuar com uma boa visão quando ele parou diante de um grupo de damas, inclinando-se com respeito diante de uma delas. 
Era alto, Sinjun deduziu, já que a jovem dama chegava apenas ao ombro do rapaz. 
Continuou com o olhar fixo nele, sem saber por que e sem se importar tampouco com esse comportamento estranho até que sentiu uma mão pousar em seu braço. 
Mas não queria perder o rapaz de vista. Caminhou à frente. 
Ouviu a voz de uma mulher atrás de si, mas não se voltou. 
Ele sorria para a jovem, e Sinjun foi tomada por uma estranha sensação. Aproximou-se mais, circulando a pista de dança. 
Ele agora estava muito próximo e era definitivamente alto como Douglas, o irmão dela, e igualmente forte, os cabelos mais escuros que os do irmão, e os olhos... Oh, bom Deus, um homem não devia ter olhos daquela cor! 
Eram de um azul-escuro, mais escuro que o colar de safira que Douglas havia dado a Alex em seu aniversário. 
Se apenas estivesse próxima o suficiente para poder tocá-lo, colocar os dedos naqueles fios negros de cabelos... Soube naquele momento que seria feliz olhando para ele pelo resto de sua vida. 
Decerto era um pensamento maluco, mas mesmo assim verdadeiro. 
Esse homem tinha atributos masculinos. Sim, tinha um corpo atlético, forte e rijo, e era talvez mais jovem que Ryder, que acabara de completar vinte e nove anos.
Uma voz insistente lhe alertou que abrisse os olhos e parasse com toda essa bobagem. 
Afinal, era apenas um homem e, sendo assim tão bonito, possuiria também o mesmo problema de caráter que sempre acompanhava a boa aparência. 
Isso, ou pior. Não teria inteligência alguma. Talvez até tivesse algum dente podre. 
Mas não, não era verdade, porque ele jogou a cabeça para trás e riu, e aquela risada dava sinais de grande inteligência. 
Ah, quem sabe ele fosse um bêbado ou um jogador, ou um patife ou coisa do tipo. 
Ela não se importava. Continuou com os olhos fixos nele.
Sensações estranhíssimas invadiam seu corpo, sensações que não entendia bem. 
Finalmente a conversa entre ele e a jovem dama findou, e ele se curvou e se afastou em direção a um grupo de cavalheiros. 
O grupo seguiu para a sala de jogos, para grande desapontamento de Sinjun. 
Alguém bateu em seu braço de novo. Era Alex, sua cunhada. 
— Você está bem? Está aí parada como uma estátua. Eu a chamei, mas nem pareceu me ouvir.
 — Oh, sim, estou muito bem. — Ouviu uma risada masculina e soube que era a dele, pura e ressonante. Encheu-se de excitação, e algo que não soube definir bem, mas que era poderoso.
— Sinjun, que diabos está acontecendo com você? Está doente ou algo assim? 
Naquele momento Sinjun decidiu manter a boca fechada, o que não era de seu costume. Além do mais, o irmão se reunira a ela e à esposa. 
O conde Douglas Sherbrooke observou a irmã. Sinjun parecia estranha. 
Distraída, o que era uma novidade. 
Ela era como um lago de águas límpidas, seus pensamentos e sentimentos sempre visíveis no rosto expressivo, mas agora ele não conseguia ter a menor idéia do que lhe passava pela mente. Isso o aborrecia. 
Era como se não conhecesse mais a própria irmã. Tentou então a neutralidade.