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9 de março de 2019

Série Família Sherbrook

11-O Príncipe de Ravenscar

Perto de Saint Osyth Na costa sul da Inglaterra
Março 1831
A noite estava tão negra como os sonhos do diabo, nem mesmo o fantasma de uma lua, e nem uma única estrela para perfurar através das espessas nuvens de chuva. Era uma noite perfeita.

Julian tinha amarrado seu cavalo castrado, Cannon, a um ramo magro de um carvalho curvado solitário e fez o seu caminho cuidadosamente para baixo no caminho sinuoso, íngreme e estreito para a enseada escondida. Uma caminhada que ele tinha feito inúmeras vezes nos anos antes de ele deixar a Inglaterra. Era bom estar de volta. Ele bateu os braços contra o frio, o vento saindo do canal e batendo contra seu casaco grosso, para aquecer a seus ossos. Quando ele finalmente chegou à saliência sombreada no penhasco, ele acendeu a lâmpada e ergueu-a, balançou três vezes, um sinal que ele próprio tinha estabelecido muitos anos antes.


10- A Filha do Feiticeiro
Quando Ryder Sherbrooke encontra uma criança espancada quase até à morte em um beco em Eastbourne, ele a levou à casa de Brandon. 

Ela não falou durante seis meses. Suas primeiras palavras, curiosamente, foram uma canção aterradora: Eu sonho com beleza e noites escuras Eu sonho com força e poder febril Eu sonho que não estou sozinha outra vez Mas, eu sei de sua morte e do seu pecado grave. Ah, e o que representaria esta música estranha que, aparentemente, foi impressa no cérebro da criança? Ela se denomina Rosalind de la Fontaine... uma vez que não se lembra quem é. Em sua primeira temporada em Londres, em 1835, sob a égide da Sherbrookes, ela conhece Nicholas Vail, o 7º Conde de Mountjoy, recém-chegado de Macau. Acontece uma fascinação instantânea de ambas as partes, mas por razões diferentes. Com Grayson Sherbrooke, eles são levados até uma cópia antiga de um misterioso livro escrito por um feiticeiro do século XVI. O livro é escrito em um código desconsertante que nem Grayson, nem Nicholas, conseguem ler. Mas Rosalind consegue fazer isso, sem problemas. Coisas estranhas começam a acontecer. Tanto Nicholas quanto Rosalind sabem que aquelas coisas estão relacionadas com o livro antigo e, talvez, até mesmo com o passado dela, particularmente com a música que ela cantou, pela primeira vez, como uma criança. A urgência cresce quando eles percebem que Rosalind é a chave para um mistério secular.

9- Portão de Lyon
Cinco anos após Jason Sherbrooke trocar a Inglaterra por Baltimore e os Wyndhams (The Valentine Legacy), maiores vencedores em corridas de cavalo da região, acordou certa manhã com o rosto feio de Horace, o pug de sua amante, olhando para ele, e soube que era hora de ir para casa.

Jason quer criar cavalos de corrida, principalmente o seu próprio puro sangue, Dodger, que é mais rápido do que um batedor de carteiras de Baltimore. Quando seu irmão gêmeo, James, o leva para Lyon's Gate, uma antiga e renomada fazenda de cavalos de corrida, perto da casa de sua família, Jason sabe, do fundo de sua alma, que quer essa propriedade mais do que qualquer coisa. Infelizmente, Hallie Carrick (Night Storm) quer Lyon's Gate tanto quanto Jason, e ela está totalmente preparada para lutar de forma desonesta contra ele para obtê-la. Agora a vida e o destino metem uma mão, e os dois se veem envolvidos com algo totalmente inesperado.








Série Família Sherbrook

9 de outubro de 2018

Rival

Série Família Sherbrook
A saga Sherbrooke continua com James e Jason Sherbrooke, os gêmeos idênticos tão parecidos com a sua tia Melissande, que irrita profundamente o pai dos rapazes, o conde. 

James, vinte e oito minutos mais velho do que o seu irmão é o herdeiro. Tem uns profundos e sólidos princípios, apaixonado estudante de astronomia, gosta de montar a cavalo e, ao contrário do seu irmão Jason, gosta de aprender os prós e contras da administração das propriedades que um dia vai herdar. Nunca se lança cegamente numa aventura, assim como a sua vizinha, Corrie Tybourne Barrett, que ele conhece desde que eram pequenos, e a qual nunca tinha visto limpa. Há muito tempo atrás, cansado das suas travessuras e do seu desdém, e depois de uma tentativa de jogá-lo por um penhasco, deulhe uns açoites. Uma história um pouco desalentadora para ambos. Mas quando o conde, Douglas Sherbrooke recebe ameaças de morte, que levam diretamente para o seu passado e a George Cadoudal, morto há bastantes anos, tudo apontando para uma história em particular, Corrie, James e Jason vão unir forças para descobrir o que está acontecendo.

Capitulo Um

Northcliffe Hall - Agosto, 1830
James Sherbrooke, Lorde Hammersmith, vinte e oito minutos mais velho que o seu irmão, perguntava-se se Jason estaria nadando no Mar do Norte pela costa de Stonehaven. O seu irmão nadava como um peixe, sem se importar se a água congelava as suas partes, ou se o aconchegava num banho quente. Ele diria enquanto se sacudia como o seu cão Tulipán, “Bem, James isso não importa, não é verdade? É bastante parecido a fazer amor. 
Pode estar numa praia arenosa com as ondas frias mordicando os dedos dos seus pés, ou dando voltas num colchão de penas no final, o prazer é o mesmo.” James nunca tinha feito amor numa praia arenosa, mas presumia que o seu gêmeo tinha razão. Jason tinha um modo de dizer a coisa que te divertia mesmo enquanto concordavas.
 Jason tinha herdado esse dom, se isso era realmente o que era, da sua mãe, quem uma vez tinha dito enquanto olhava amorosamente a James, que tinha dado à luz uma prenda de Deus e que agora era o momento de apertar os dentes e dar à luz a outra prenda. 
Com estas palavras tinha ganho olhares de puro assombro dos seus filhos e, claro, conformidade, a tal ponto que o seu pai tinha dado a ambos uma olhadela de profunda antipatia, tinha bufado e falou: “Mais umas prendas do diabo.” “Meus preciosos rapazes,” dizia ela, “é uma pena que sejam tão formosos, não é verdade? Isso incomoda realmente o vosso pai.” 
Eles olhavam-na fixamente, e uma vez mais concordavam. James suspirou e afastou-se do penhasco que dava para o Vale Poe, uma adorável extensão de verde ondulante, salpicada com árvores de ácer e lima, divididos por antigas cercas. 
O Vale Poe estava protegido por todos os lados por baixas colinas Trelow; James sempre acreditara que algumas dessas extensas colinas rodeadas eram antigos túmulos. Ele e Jason tinham criado inúmeras aventuras sobre os possíveis habitantes desses túmulos; Jason sempre tinha gostado de ser o guerreiro que vestia peles de urso, pintava a cara de azul e comia carne crua. Entretanto, James era o curandeiro, que mexia os dedos e fazia com que o fumo subisse em espiral para o céu, e fazia chover chamas sobre os guerreiros. James deu um passo atrás. 
Uma vez tinha caído desse mesmo penhasco, porque ele e Jason tinham estado lutando com espadas, e Jason tinha esmagado a sua espada contra a garganta de James, e James tinha-se agarrado à garganta e tinha-se sacudido; tudo drama e nada de estilo, tinha-lhe dito Jason mais tarde. Tinha-se desequilibrado e tinha caído pela colina, com os gritos do seu irmão. “Estúpido e condenado chorão, não se atreva a matar —se! Foi somente uma ferida no pescoço!” 
Ele tinha rido mesmo enquanto aterrava no fim da colina. Forte. Mas graças a Deus tinha sobrevivido somente com hematomas no rosto e nas costelas, o que tinha feito que a sua tia Melissande, que estava de visita a Northcliffe Hall, esbravejasse enquanto lhe passava as mãos pelo rosto. 
“Oh, meu querido rapaz, deve cuidar do seu seleto e perfeito rosto, e eu deveria sabê-lo, já que é como o meu.” O seu pai, o conde tinha falado para o céu, “Como pode ter acontecido uma coisa semelhante?” 








Série Família Sherbrook


No Castelo de Pendragon

Série Família Sherbrook
Quando seu primo Jeremy Stanton-Greville, a quem Meggie adora em silêncio desde os treze anos, lhe quebra o coração, ela embarca em um matrimônio apressado com Thomas Malcombe, o conde de Lancaster, um homem desiludido pelas más experiências com as mulheres no passado. 

Thomas leva a sua mulher a Pendragon, um velho castelo na costa sul oriental da Irlanda. É um lugar lúgubre, repleto de gente excêntrica, mas Meggie, que se esforça por conquistar o seu marido, a contra gosto dele, até que descobre que ela está ali por razões que poderiam conduzir a um desastre.

Capítulo Um

Corridas de gatos. Circuito McCaulty, próximo de Eastbourne, Inglaterra. 
Uma tarde de sábado ensolarado, abril de 1823 – Senhor Raleigh tire o Pequeno Tom do caminho do Senhor Cork! Por todos os diabos, ele está atrapalhando–o! 
Alguém tirou do caminho o Pequeno Tom justo a tempo, dois segundos mais tarde e o Senhor Cork o haveria feito em picadinho. Pequeno Tom era a grande esperança do senhor Raleigh, mas ainda não estava pronto para a competição dessa categoria. 
Pequeno Tom, negro como um parente do diabo e de diminutas patas brancas, não tinha mais que um ano, ainda não era um adulto nem estava bem treinado. 
Sem dúvida, quando os corredores já haviam saído disparados e haviam passado a velocidade de um raio, o senhor Raleigh voltou a colocar Pequeno Tom na pista, lhe deu uma palmada nos traseiros e lhe falou algo no ouvido. Esse murmúrio, sem dúvida, era a promessa de uma ração com pedaços de fígado de frango. Ao imaginar o saboroso que seria esse manjar até chegar a seu estômago, Pequeno Tom saiu propulsado para diante. Meggie Sherbrooke estudou os corredores, e com as mãos a modo de corneta voltou a gritar:
 – Por todos os diabos, Senhor Cork, corra! 
Não deixe que lhe alcance Mascarado II! Pode fazê–lo, corra! O reverendo Tysen Sherbrooke costumava passar por alto os momentos ocasionais em que sua filha recorria à blasfêmia predileta dos Sherbrooke, posto que era bastante apropriada para a corrida. Ele também gritou: – Corra, Senhor Cork, corra! Cleópatra, pode fazê–lo, vamos, bonita, vamos! 
O Senhor Cork, que fazia seis meses havia entrado na idade adulta, era um corpulento felino tigrado, de riscas alaranjadas no lombo e na cabeça, e com o ventre e as patas brancos como a neve, era tão forte como Clancy, o macho campeão do senhor Harbor. Senhor Cork corria atraído unicamente pelo aroma de uma truta; de uns três quilos de peso e sempre morta, graças a Deus. O peixe estava temperado com umas gotas de limão acabado de espremer e pendia da mão de Max Sherbrooke, situado na linha de meta. 
O garoto a fazia oscilar a modo de metrônomo e assim mantinha a atenção do Senhor Cork no peixe. Certamente, quando não se encontrava no período de treinamento, o bichano passava muitas manhãs parado junto à mesa da sala de jantar e deixava pairar acima uma coberta de riscas alaranjadas, agitando–a com um balanço preguiçoso. 
Com ele anunciava que estava pronto para que lhe servissem um delicioso lanche de bacon crocante, ou quem sabe uma tigela de leite, ou ambas as coisas, no caso de que seu benfeitor se sentisse generoso. Cheia de admiração, lady Dauntry disse que o Senhor Cork que era corpulento e forte, e que tinha as pernas musculosas, era puro poder e poesia em movimento. Lady Dauntry era a mestre–de–cerimônias desde os quatorze anos e jamais havia deixado de comentar as corridas. Inclusive aquelas que não acompanhava. Detestava a corrupção do circuito. No ano de 1823, havia um rumor de que existiam tentativas de adulterar os resultados das corridas. 
Por ela, todos os gatos se submetiam a uma estrita vigilância. Mary Rose, a mulher escocesa que havia se casado com Tysen fazia oito anos, gritou com uma vozinha aguda e cândida: 
– Corra, Cleo, bonita, corra! – Em seguida gritou a todo o pulmão: – Pode seguir seu ritmo, Alec! Corra, garoto!
 






16 de abril de 2017

A Noiva Escocesa

Série Família Sherbrook

Artimanhas do Destino!

Viúvo e com três filhos aos trinta e um anos de idade, Tysen Sherbrooke acaba de ser nomeado o novo barão Barthwick, do Castelo de Kildrummy, na Escócia.

Devoto, ponderado e de espírito honrado, o mundo limitado e sóbrio de Tysen vira de pernas para o ar quando ele se vê envolvido numa série de problemas, tendo de enfrentar pessoas que de bom grado lhe cortariam a garganta.
É quando entra inesperadamente em sua vida a bela Mary Rose, uma jovem marginalizada por ser filha ilegítima, uma mulher nobre e corajosa, que precisa de proteção.
E logo Tysen se vê contemplando a possibilidade de fazer bem mais do que apenas protegê-la...

Capítulo Um

Northcliffe Hall 15 de agosto de 1815
Tysen Sherbrooke olhou o gramado pelas grandes janelas da sala de Northcliffe com a testa franzida.
— Eu sabia que estava na linha de sucessão do título, Douglas, mas havia tantos herdeiros antes de mim que nunca imaginei que pudesse acontecer de fato.
Na verdade, não penso em Kildrummy há uma década. O último neto, Ian, morreu mesmo?
— Sim, seis meses antes do avô.
Parece que caiu de um penhasco no Mar do Norte.
O advogado acha que a morte de Ian acabou provocando a morte do velho Tyronne.
Bem, ele já tinha oitenta e sete anos, e provavelmente não precisava mais do que um empurrãozinho... Isso significa que você, Tysen, agora é o barão Barthwick.
É um título antigo, que remonta ao século XV, quando os homens importantes eram todos barões. Os condes vieram mais tarde, e foram considerados arrivistas por muito tempo.
— Eu me lembro bem do Castelo de Kildrummy — disse Tysen. — Fica no litoral, ao sul de Stonehaven, com vista para o Mar do Norte.
É um lugar bonito.
Não é como os antigos castelos medievais escoceses, muito altos e sem janelas: é uma construção mais recente, do final do sécuo XVII, creio.
Parece que o castelo original foi destruído em uma dessas intermináveis lutas entre clãs.
O novo tem telhados de duas águas, muitas chaminés e quatro torres.
O andar térreo tem um imenso pátio interno.
— Ele parou um instante, vendo tudo aquilo do ponto de vista do menino que era quando conhecera o lugar. Seus olhos brilhavam quando falou:
— A região é ainda selvagem, como se Deus tivesse olhado para baixo e decidido que ali não iria haver construções nem grandes estradas.
Há mais despenhadeiros do que se pode contar e apenas um caminho, estreito e sinuoso, que conduz ao castelo. Há também uma colina íngreme e rochosa, terminando em precipício à beira de uma praia, e muitas flores silvestres.
Douglas pensou que aquele havia sido um discurso bastante poético para um homem sério e, às vezes, até seco como seu irmão.
E ficou feliz por perceber que Tysen não só se lembrava muito bem de Barthwick, como também parecia gostar bastante de lá.
— Lembro-me de que você foi para lá com papai, quando tinha... Quanto? Dez anos?
— Isso mesmo. Foi um dos melhores momentos da minha vida.
Douglas não ficou surpreso com a resposta. Não era comum que um deles houvesse tido o pai só para si.
Sempre que pudera contar com a atenção do conde, sentira-se abençoado por Deus. Ainda sentia saudades do pai, um homem que amara os filhos e conseguira tolerar sua difícil esposa com um sorriso e um encolher de ombros.
Suspirou. Quantas mudanças!
— Já que você agora é o titular de um baronato medieval, suponho que terei de deixá-lo sentar-se à cabeceira da mesa.
Tysen não chegou a rir. Não tinha rido muito desde que decidira se tornar um homem de Deus, aos dezessete anos.
Douglas se lembrou do irmão deles, Ryder, dizendo a Tysen que, entre todos os homens que viviam naquela terra inculta, os sacerdotes eram os que deveriam ter o maior senso de humor, já que, obviamente, Deus o tinha.
Bastava olhar para todos os absurdos que os rodeavam.
Será que Tysen nunca havia observado o ritual de acasalamento dos pavões? Bastava olhar para o príncipe regente, aquele palhaço que, de tão gordo tinha de ser içado para entrar e sair da banheira.
Mas seu irmão Tysen era um homem sério; seus sermões eram magnânimos e profundos, sempre deixando implícito que Deus era um feitor severo e que não perdoava com facilidade os erros dos homens.
Tysen tinha agora trinta e um anos de idade, e todos os traços dos Sherbrooke: era alto, bem proporcionado, com os cabelos castanhos tendendo para o loiro e olhos da cor do céu no verão.
Ele, Douglas, era diferente, com sua cabeleira negra e olhos escuros.
Porém Tysen não tinha o mesmo amor pela vida que os irmãos tinham; nem a mesma alegria inata, ilimitada; ou a crença de que o mundo era um lugar agradável.
— Acho que devo viajar para a Escócia e ver como estão as coisas por lá — ele disse num suspiro.
— Sempre tenho tantas coisas para fazer aqui, entretanto nosso tio-avô Tyronne merece um herdeiro que, pelo menos, veja se a propriedade está sendo bem administrada. Não que eu tenha muita experiência nessa área, mas posso aprender.
— Sabe que eu vou ajudá-lo, Tysen. Quer que eu o acompanhe até Barthwick?
Ele meneou a cabeça, recusando a oferta.
— Não, Douglas, eu agradeço muito, porém é minha a responsabilidade. Conheço um cura que pode assumir minhas funções por algum tempo. Você se lembra de Samuel Pritchert, não?Claro que sim, pensou Douglas. Não havia como esquecer aquele homem tão austero e arrogante.


O Cortejo

Série Família Sherbrook
Helen é uma mulher alta ― mais baixa do que Heatherington apenas cinco centímetros ― uma atarefada e resoluta proprietária de sua própria pousada.


Ela adora seu pai, Lorde Prith, e quer encontrar a “lâmpada mágica do Rei Edward” mais do que tudo. É a sua única paixão ― até que ela conhece Heatherington.
Spenser Heatherington, Lorde Beecham, é um mulherengo de renome, um solteirão resoluto, e realmente gosta de sua vida. Quando ela o joga no chão e se senta sobre ele, este finalmente admite que vá sucumbir a ela, mas ela o informa, para seu desgosto, que não quer um amante, quer um parceiro. Mas as coisas funcionam um pouco diferente do que qualquer um dos dois esperava. Na verdade, Heatherington, se sentindo frustrado, toma medidas drásticas para mudar as ideias da moça. Será que eles encontrarão a lâmpada de Helen? Há mais neste tesouro que qualquer um deles sabe? Procurar e descobrir...

Capitulo Um

Londres 1811, 14 de maio, Pouco antes da meia-noite
Lorde Beecham parou abruptamente. Ele virou-se tão rapidamente que quase tropeçou em um grande vaso de palmeira. Ele não podia acreditar. Ele tinha que estar errado. 
Ela não poderia ter dito isso, poderia? Ele olhou para a mulher que acabara de ouvir falar. Ele abriu duas grandes folhas de palmeira e olhou para a biblioteca do Sanderling, uma longa, estreita, sala forrada de prateleiras ao lado do salão. Enquanto a biblioteca estava cheia de tomos escuros, teias de aranha nos cantos sombrios, e apenas um pequeno ramo de velas iluminando as sombras, o salão estava cheio de velas acesas, plantas, e pelo menos duas centenas de convidados, todos rindo, dançando, e bebendo muito do potente ponche de champanhe. 
 A mulher que ele tinha ouvido antes falou novamente. Ele deu um passo mais perto da biblioteca mal iluminada. Sua voz era rica, tentadora, cheia de risos. —Realmente, Alexandra, —ela disse, —não é apenas o simples pensamento da disciplina; só de ouvir a palavra, dizê-la lentamente para si mesma e deixá-la acariciar sua língua quando você a diz, não é o mesmo que conjurar todos os tipos de deliciosas cenas de dominação? Você não pode ver apenas a si mesma? Você está completamente à mercê de outro, essa pessoa está em total controle, e não há nada que você possa fazer. Sabe de uma coisa que vai acontecer e você está temendo isso, o seu coração está batendo, você está com medo, muito medo, mas é um delicioso tipo de medo o que sente. Você sabe, no fundo, que está antecipando o que está por vir. Você mal pode esperar que ele venha, e não há nada que você possa fazer a não ser imaginar o que ele fará com você. 
Ah, sim, sua pele está ondulando com a emoção. Houve um silêncio mortal. 
Espere, foi uma respiração pesada que ouviu? Lorde Beecham, cuja imaginação muito ativa tinha evocado uma visão de si mesmo em pé sobre uma mulher bonita, sorrindo para ela enquanto amarrava suas mãos sobre a cabeça e depois suas pernas, em propagação para sua cama, sabendo que em apenas alguns minutos, ele iria retirar sua roupa, uma linda peça de cada vez, lentamente, muito lentamente, e... 
 —Oh, Deus, Helen. Eu tenho que me abanar. Creio que o meu peito está palpitando. Você é muito boa em criar figuras com as palavras. O que você descreveu soa terrível e maravilhoso. É algo que me faz ficar com água na boca. Também soa como uma grande produção que requer muito planejamento. 
 —Ah, sim, mas isso é parte do ritual. É muito importante que o mesmo seja planejado perfeitamente. Você faz parte do ritual, a parte mais importante, você é a única no controle. Ele requer que você seja constantemente inventiva, que não continue utilizando as mesmas disciplinas com o passar do tempo. Lembre-se, a antecipação de algo desconhecido é uma coisa muito poderosa. Para ser eficaz, a disciplina deve constantemente crescer e mudar. Na maioria dos casos, é eficaz ter outras pessoas por perto para testemunhar a disciplina. Isso faz com que o destinatário fique ainda mais assustado, seus sentidos mais elevados, seus pensamentos mais focados. É um processo incrível. Você terá que tentar. Ambos os lados da mesma. O mais profundo silêncio se seguiu. 
Tentar?








Série Família Sherbrook

28 de outubro de 2016

Louco Jack

Série Família Sherbrook
Em Mad Jack vai encontrar duas das pessoas mais puras na Londres de 1811.

Mad Jack é, na realidade Winifrede Levering Bascombe, que, felizmente, tem seu nome mudado muito rapidamente na história. 
Ela chega a Londres disfarçada de valete com as tias, Mathilda e Maude, para implorar o auxílio de Lord Cliffe, Grayson St. Cyre.
Entre vários acontecimentos engraçados, St. Cyre descobre o engano de 
Jack, e também descobre sentimentos que ele nunca imaginou que possuía. No meio de toda a risada, no entanto, esconde-se um segredo mortal que está pronto para saltar e esmagar Jack e Gray.

Capítulo Um

St. Cyre Town House, Londres, 1811, 25 de março

Grayson Albemarle St. Cyre, Barão de Cliffe, lia a única página mais uma vez, em seguida, a amassou em sua mão e jogou na lareira. Enquanto observava o papel dobrar lentamente em torno das bordas e explodir em chamas brilhantes, ele pensou, algumas cartas, não possuem muitas palavras, mas a maioria são cruéis e malévolas.
Saiu da sala de estar e foi pelo longo corredor em direção à parte de trás de sua casa. Abriu a porta para a biblioteca, a sua sala, tudo sombrio e quente, cheia de livros e pouco mais. As pesadas e escuras cortinas de veludo dourado estavam firmemente fechadas para a noite, o fogo estava baixo e lento porque nenhum dos funcionários sabia que ele estaria vindo para aquela sala naquele momento.
Todos pensavam que tinha saído cinco minutos antes para visitar sua amante.
Pensou na carta maldita e amaldiçoou, mas não tão fluentemente quanto seu pai fazia quando estava tão bêbado que mal conseguia andar. Sentou-se em sua mesa, pegou um pedaço de papel da gaveta de cima, mergulhou a pena no tinteiro, e escreveu:
Se eu receber uma outra ameaça de você, vou tratá-lo como merece. Eu vou bater em você até que fique sem sentido e deixá-lo em uma vala para morrer.
Assinou suas iniciais GSC e lentamente dobrou o papel, deslizando-o em um envelope. Caminhou até a elegante mesa espanhola, que estava contra a parede no hall de entrada, e colocou o envelope na antiga bandeja de prata, que seu mordomo, Quincy, limpava todos os dias, à uma hora da tarde, sem falhar.
Ele se perguntou, quando andou na fria e clara noite de início da primavera, para o apartamento de sua doce Jenny o que aconteceria agora.
Provavelmente nada. Homens do tipo de Clyde Barrister eram covardes.
Não havia nada mais a dizer, maldita. Estava ofegante de raiva com ela, a pequena cadela ingrata. Ele não se conteve. Levantou a mão para bater nela, em seguida, se segurou. — Se eu bater em você, Carlton irá perceber e, talvez, não a queira.
Ela gemeu, sua cabeça para baixo, seu cabelo longo disperso, emaranhado e suado caindo dos lados de seu rosto.
— Finalmente calada, não é? Eu nunca pensei que iria vê-la muda como uma árvore. É refrescante por uma vez não ter que ouvir suas queixas e ver esses seus olhares. Silêncio e submissão são muito charmosos em mulheres, em você especialmente, embora só agora o esteja vendo pela primeira vez. Bem, talvez tenha acabado, eh? Sim, você finalmente desistiu. Não vai contra mim.
Ela não disse uma palavra. Quando ele pegou seu queixo com a mão e forçou sua cabeça para cima, havia lágrimas em seus olhos. Mas ainda assim ele franziu a testa. Olhou duro para ela, ainda respirando agitado por seu ritmo e gritos. Mas seu rosto já não estava tão corado como tinha estado um minuto antes, e sua voz não tremeu de raiva quando falou. —Você vai se casar com Sir Carlton Avery. Ele vai voltar amanhã de manhã. Vai sorrir timidamente para ele e dizer-lhe que é uma honra se tornar sua esposa. Dei-lhe a minha bênção. Os preceitos de casamento estão acordados. Tudo está feito.








Série Família Sherbrook

30 de abril de 2012

A Herdeira

Série Família Sherbrook

Sinjun tem dezenove anos, é abençoada com os olhos azuis dos Sherbrooke, uma personalidade cativante e um senso de humor maravilhoso. 

E está terrivelmente entediada com a temporada de bailes em Londres... até que avista Colin Kinross, o conde escocês de Ashburham, do outro lado do salão. 

Ao ouvi-lo comentar com um amigo que precisa encontrar com urgência uma moça rica para se casar a fim de salvar suas finanças, Sinjun prontamente se apresenta como resposta às preces do rapaz... 
Sinjun, então, faz a última coisa que imaginara que um dia tivesse coragem de fazer: contrariando todas as expectativas de sua família, ela vai para a Escócia, para começar uma nova vida num castelo antigo e misterioso, que contém mais revelações e surpresas do que ela esperava encontrar 

Capítulo Um 


Londres, 1807 

Sinjun o viu pela primeira vez no meio do mês de maio em uma reunião oferecida pelo duque e duquesa de Portmaine. 
Ele devia estar a alguns metros dela. Não conseguiu desviar o olhar. 
Dobrou o pescoço para continuar com uma boa visão quando ele parou diante de um grupo de damas, inclinando-se com respeito diante de uma delas. 
Era alto, Sinjun deduziu, já que a jovem dama chegava apenas ao ombro do rapaz. 
Continuou com o olhar fixo nele, sem saber por que e sem se importar tampouco com esse comportamento estranho até que sentiu uma mão pousar em seu braço. 
Mas não queria perder o rapaz de vista. Caminhou à frente. 
Ouviu a voz de uma mulher atrás de si, mas não se voltou. 
Ele sorria para a jovem, e Sinjun foi tomada por uma estranha sensação. Aproximou-se mais, circulando a pista de dança. 
Ele agora estava muito próximo e era definitivamente alto como Douglas, o irmão dela, e igualmente forte, os cabelos mais escuros que os do irmão, e os olhos... Oh, bom Deus, um homem não devia ter olhos daquela cor! 
Eram de um azul-escuro, mais escuro que o colar de safira que Douglas havia dado a Alex em seu aniversário. 
Se apenas estivesse próxima o suficiente para poder tocá-lo, colocar os dedos naqueles fios negros de cabelos... Soube naquele momento que seria feliz olhando para ele pelo resto de sua vida. 
Decerto era um pensamento maluco, mas mesmo assim verdadeiro. 
Esse homem tinha atributos masculinos. Sim, tinha um corpo atlético, forte e rijo, e era talvez mais jovem que Ryder, que acabara de completar vinte e nove anos.
Uma voz insistente lhe alertou que abrisse os olhos e parasse com toda essa bobagem. 
Afinal, era apenas um homem e, sendo assim tão bonito, possuiria também o mesmo problema de caráter que sempre acompanhava a boa aparência. 
Isso, ou pior. Não teria inteligência alguma. Talvez até tivesse algum dente podre. 
Mas não, não era verdade, porque ele jogou a cabeça para trás e riu, e aquela risada dava sinais de grande inteligência. 
Ah, quem sabe ele fosse um bêbado ou um jogador, ou um patife ou coisa do tipo. 
Ela não se importava. Continuou com os olhos fixos nele.
Sensações estranhíssimas invadiam seu corpo, sensações que não entendia bem. 
Finalmente a conversa entre ele e a jovem dama findou, e ele se curvou e se afastou em direção a um grupo de cavalheiros. 
O grupo seguiu para a sala de jogos, para grande desapontamento de Sinjun. 
Alguém bateu em seu braço de novo. Era Alex, sua cunhada. 
— Você está bem? Está aí parada como uma estátua. Eu a chamei, mas nem pareceu me ouvir.
 — Oh, sim, estou muito bem. — Ouviu uma risada masculina e soube que era a dele, pura e ressonante. Encheu-se de excitação, e algo que não soube definir bem, mas que era poderoso.
— Sinjun, que diabos está acontecendo com você? Está doente ou algo assim? 
Naquele momento Sinjun decidiu manter a boca fechada, o que não era de seu costume. Além do mais, o irmão se reunira a ela e à esposa. 
O conde Douglas Sherbrooke observou a irmã. Sinjun parecia estranha. 
Distraída, o que era uma novidade. 
Ela era como um lago de águas límpidas, seus pensamentos e sentimentos sempre visíveis no rosto expressivo, mas agora ele não conseguia ter a menor idéia do que lhe passava pela mente. Isso o aborrecia. 
Era como se não conhecesse mais a própria irmã. Tentou então a neutralidade.


A Noiva Endiabrada

Série Família Sherbrook

Ryder Sherbrooke é um conquistador galante e divertido, e que tem um segredo. 

Quando ele viaja para a Jamaica a fim de solucionar um intrigante mistério nos canaviais de sua família, um outro enigma se apresenta na forma de Sophie Stanton-Greville, uma jovem de dezenove anos que está determinada a seduzi-lo. 
E Ryder desconfia que não é por causa de seu charme irresistível. 
Sophia sempre teve absoluto controle sobre os rapazes, até conhecer Ryder. 
Seu vizinho, obviamente, é diferente dos outros. 
Ele, por sua vez, confiante e seguro como qualquer homem bom conhecedor das mulheres, trata de logo deixar claro para Sophie quem está no comando. 
Segundo os rumores, ela divide a cama com três amantes.
Será aquela jovem encantadora tão audaciosa como parece? 
Será que ela é uma mulher sedutora... ou uma garota inocente com um terrível segredo? 

Capítulo Um 

Montego Bay, Jamaica Junho de 1803. 
Dizia-se que ela colecionava amantes. 
Três constavam de sua lista atual: o pálido e franzino Oliver Susson, solteiro, advogado, rico, avançando rapidamente para a meia-idade; o fazendeiro Charles Grammond, com esposa e quatro filhos, dono de uma grande plantação de cana-de-açúcar, vizinho a Camille Hall, onde ela morava com o irmão e o tio; e lorde David Lochridge, o filho mais novo do duque de Gilford, banido da Inglaterra por participar de três duelos em três anos consecutivos, matando dois homens e ferindo o último, além de tentar dilapidar em mesas de pôquer a herança que a avó lhe deixara e da qual tomara posse ao completar a maioridade, sete anos antes. 
Ryder Sherbrooke ouviu atentamente cada detalhe a res¬peito de cada um daqueles homens em sua primeira tarde em Montego Bay. Era surpreendente, porém, que nada se expli¬casse sobre a notória mulher, cujos favores eram tão ostensi¬vamente disputados. Gold Doubloon poderia ser chamado de bar, de clube e de café. Construído em um único piso, ao lado da igreja de St. James, o local parecia ser o ponto de encontro preferido dos cavalheiros daquela ilha, ao que o movimento indicava. Ryder cogitava se o sucesso do empreendimento não se resumia a uma estratégia simples, mas eficaz do proprietário. Segundo ele, todas as lindas jovens que circulavam por entre as mesas com sorrisos e notável cordialidade, ou eram suas filhas, ou sobrinhas ou primas. 
Fosse isso verdade ou não, ninguém se atrevia a questionar. 
Em boas-vindas, Ryder fora convidado a provar uma cerveja artesanal, escura e espessa, que o fizera relaxar e se sen¬tir confortável, de volta mais uma vez à terra firme, de onde não acreditava que precisaria ter saído. Não fosse a insistência quase desesperada de Samuel Grayson, o administrador da fazenda de cana-de-açúcar que sua família possuía naquele fim de mundo, para que alguém viesse em seu socorro, Ryder não teria deixado a excitação de sua vida na Inglaterra e o convívio com seus entes queridos. 
Mas fora preciso tomar uma atitude altruísta e enfrentar sete semanas em alto-mar por águas turbulentas, até desembarcar no meio de um verão insuportável que fazia de cada respiração uma agonia. 
Não que ele preferisse ter permanecido em Northcliffe Hall, no lugar de Douglas. 
Por ser o irmão mais velho, fora Douglas a herdar o título de conde com todos seus atributos, mais a exigência de se casar com uma moça da escolha da família. 
Assim, enquanto Douglas se esforçava por se adaptar à nova vida de casado, Ryder empreendia uma viagem para verificar se havia algum fundamento nessas histórias sobrenaturais e malignas que estavam ocorrendo em Kimberly Hall, segundo o supersticioso administrador.


12 de setembro de 2010

A Noiva Trocada

Série Família Sherbrook


A irmã errada... ou a irmã certa?

Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, decidiu que chegou a hora de se casar e ter um herdeiro.
E quem melhor do que a deslumbrante Melissa Chambers para ser sua esposa e mãe de seu filho?
Entretanto, quando surge um imprevisto que o obriga a viajar, ele pede a seu primo, que o ajude a se casar com ela por meio de uma procuração...
E qual não é sua surpresa, ao retornar, e encontrar à sua espera, em lugar de Melissa, a irmã dela, Alexandra!
Desde os quinze anos de idade, Alexandra é apaixonada pelo charmoso conde, e sem querer, de repente ela se vê casada com o objeto de seus mais românticos sonhos juvenis!
Embora o casamento tenha sido um engano, uma vez que a intenção de Douglas era casar-se com sua irmã. Alexandra, porém, não perderá a oportunidade de conquistar o coração do teimoso Douglas, e provar ao marido que ele se casou com a irmã... certa!

Capítulo Um

New Romney, Inglaterra Maio de 1803
— Eu a vi ontem à noite! A Noiva Virgem!
— Oh, não! É verdade, Sinjun? Jura que viu o fantasma?
Dois suspiros foram seguidos de gritos de medo e excitação. As vozes diminuíram, mas ele ainda ouvia os risinhos e as exclamações entusiasmadas conforme as moças se afastavam da porta do escritório.
Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, fechou a porta com firmeza e caminhou até a escrivaninha.
O maldito fantasma! Até quando os Sherbrooke estariam condenados a suportar as narrativas fantasiosas daquela menina?
Relanceou para a pilha de papéis na mesa, suspirou e sentou-se, olhando para o vazio de cenho franzido.
Vinha repetindo o gesto com freqüência nos últimos tempos, pois era bombardeado todos os dias com lembretes insistentes a respeito do mesmo assunto entediante: precisava se casar e providenciar um herdeiro.
Estava ficando velho e cada minuto representava um peso sobre sua virilidade. Segundo diziam primos, tios e os criados mais antigos, ele completaria trinta anos no dia de São Miguel.
Mas não podiam considerá-lo um ancião!
Fitou o relógio de pêndulo sobre a lareira.
Onde estaria Ryder? Como era possível que seu maldito irmão não se lembrasse das reuniões na primeira terça-feira de cada trimestre, às três horas?
A entrada abrupta de Ryder, somente cinco minutos além do horário, com os cabelos revoltos pelo vento e trazendo o cheiro de cavalos e do mar para dentro do cômodo, apaziguou os ânimos do conde.
Afinal de contas, o pobre tinha vinte e seis anos. Deveriam permanecer como aliados.
— Lindo dia, Douglas! Estava cavalgando com Dorothy nos despenhadeiros... Vou dizer, que espetáculo.
Ryder sentou-se diante do irmão mais velho, cruzou as pernas e escancarou um sorriso satisfeito.
— Conseguiu ficar sobre o cavalo?
Os olhos do rapaz se iluminaram e seu sorriso se alargou.
— Bem, se você insiste em manter estas reuniões trimestrais, Douglas, preciso me ocupar e fazê-las render.
— Com Dorothy Blalock? — Douglas ironizou.
— A viúva Blalock é suave e perfumada, e sabe agradar um homem. Sem falar que também é cuidadosa.
— Devo admitir que ela é uma boa amazona.
— E não são apenas os cavalos que ela monta bem, se é que me entende — Ryder completou, cínico.
Somente devido ao seu autocontrole Douglas conseguiu refrear um sorriso. Afinal, era o conde de Northcliffe, o chefe dos Sherbrooke.
— Vamos começar logo — Douglas pediu, mas Ryder não se deixou enganar, tendo percebido a curva nos lábios do irmão mais velho.
Douglas recusou o conhaque que lhe foi oferecido e passou a ler a papelada diante de si.
— Ao fim deste trimestre, então, você conta com quatro filhos e quatro filhas. O pobre Daniel morreu no inverno e a queda de Amy não parece ter deixado seqüelas. É isso?
— Terei outro filho em agosto. A mãe parece saudável e forte.
Douglas suspirou.
— Muito bem. Qual o nome dela? — Depois que Ryder o forneceu, perguntou: — Está certo agora?