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30 de janeiro de 2012

Seduzida pelo Highlander

Série Highlanders
No amor e na guerra 

O poderoso Laird Lachlan MacDonald conquistou tantos homens no campo de batalha como as mulheres no quarto, onde é praticamente imbatível. 

Mas um encontro desafortunado com uma bruxa sedutora o amaldiçoou para sempre. 
Agora, quer encontrá-la novamente ... 
Em perigo e desejo Lady Catherine é uma moça bonita de origem nobre ou plebeia, ela não sabe. 
Sofrendo de amnésia, está desesperada para encontrar a verdade sobre quem realmente é ... ou, pelo menos, encontrar alguém que inspire uma memória intensa ou emoção. 
Quando põe os olhos em Lachlan MacDonald, Catherine tem um sexto sentido de que ele pode desbloquear a chave para seu passado e talvez até o seu coração. 
Mas como ela poderia saber que a paixão que desperta no coração deste guerreiro poderia consumi-los e destruir a ambos? 
Comentário revisora Maristela: Mais um super super lançamento!! A historia é comovente, e merece os melhores elogios. Um romance lindo, com cenas bem picantes que vão deixa-las, louca por um pedainho do nosso herói!!! que todas tenham uma ótima leitura!! 

Capítulo Um 


Solar de Drumloch, Fronteiras escocesas, Outubro de 1721 

Do diário da senhora Catherine Montgomery. 
Eu decidi que hoje, já que o tempo está bom, vou escrever a minha primeira entrada no círculo de pedras. Eu não posso explicar, mas algo sobre este lugar me conforta, e eu preciso muito de conforto. Foram quatro meses desde o meu retorno. 
Apesar de que retorno não é a palavra adequada para o que aconteceu. 
Ainda não me lembro nada da minha vida de antes, apesar dos muitos esforços do médico e das tentativas incansáveis de me curar. 
O médico está ao mesmo tempo perplexo e entusiasmado, e estou começando a pensar que ele ficará desapontado se me curar da minha doença. 
Ele franze a testa para mim quando digo isso, mas sinto como se meu espírito estivesse no lugar errado, como se eu tivesse tomado posse do corpo de outra mulher e tomei tudo o que ela tinha como se fosse meu. 
Eu me sinto como uma charlatã, e às vezes me pergunto se é isso que sou, uma impostora, embora minha Avó e meu primo John me assegurem diariamente que sou ela. Lady Catherine Montgomery. 
Filha de um conde escocês. Uma mulher que desapareceu há cinco anos. 
 Dizem que meu pai foi um herói de guerra, e que morreu lutando pelos escoceses na rebelião recente (do lado dos jacobitas, que eu supostamente apoiei apaixonadamente). 
Não me lembro de nada disso. Tudo o que sei de mim é o que me foi dito, e o que experimentei desde a primavera, quando fui descoberta por um fazendeiro na Itália, escondida em uma barraca vazia, com fome e tremendo. 
As Freiras me levaram, e de certa forma, renasci naquele convento, trouxeram-me de volta a saúde, questionaram-me incansavelmente e, finalmente, identificaram-me como a herdeira de Drumloch, há muito desaparecida. Sou realmente ela? Eu não sei. 
Os retratos de Catherine Montgomery mostram uma menina gordinha e muito jovem. 
Não sou nem gorda, nem tão jovem. 
Faltam seis semanas para o meu vigésimo quinto aniversário, eles me disseram. 
E não sou mais inocente. O médico do convento confirmou. 
Eu não sei como me sentir sobre isso. Às vezes, me perturba, quando imagino o que não me lembro. Em minha mente, ainda sou virgem. 
Eu também sou muito magra, motivo pelo qual alguns dos servos não me reconheceram. 
Todos eles concordam que eu tenho o mesmo cabelo de Catherine, um tom bastante incomum de vermelho, mas, além disso, alguns deles acreditam que não faço nada como ela. 
Eles foram imediatamente demitidos. 
Mas e se eles estiverem certos? Às vezes sinto como se minha avó estivesse escondendo algo de mim. Ela diz que não é assim, mas eu suspeito. 
Será que alguma parte dela precise simplesmente acreditar que eu sou sua neta, mesmo sabendo que não sou? Afinal de contas, ela já perdeu seu filho, o herói de guerra que foi meu pai. 
Eu sou tudo o que restou dele. 
Se sou, de fato, a herdeira. 

Série Highlanders
0.5 - O Rebelde
1 - Capturada pelo Highlander
2 - Reivindicada pelo Highlander
3 - Seduzida pelo Highlander
4 - Return of the Highlander
5 - Taken by the Highlander

18 de dezembro de 2011

Reivindicada pelo Highlander

Série Highlanders
Com seus cabelos dourados e rugido feroz, Angus “The Lion” MacDonald é o mais temível guerreiro que Lady Gwendolen já viu, e ela é sua conquista mais gloriosa. 
Capturada em um ataque surpresa no castelo de seu pai, Gwendolen é agora forçada a dividir sua cama com o homem que derrotou seu clã. 
Mas, apesar dos encantos avassaladores de Angus, ela se recusa a entregar sua inocência sem luta ... Prisioneiro da Paixão.
Com sua beleza estonteante, ousadia, e um sorriso que desarma os homens, Gwendolen é a mulher mais irritante que 
Angus já tinha conhecido e a mais inebriante. Forçando-a a se tornar sua noiva vai unir seus dois clãs em um só. 
Mas o desejo de conquistar o coração de Gwendolen vai requerer toda a sua habilidade como amante. 
Noite após noite, o seu toque a consome em fogo. 
Beijo após beijo, vão se perder em sua fome e sua paixão. Mas, como o corpo de Gwendolen trai seu amor crescente por Angus, um inimigo secreto pretende trair a ambos... 

Nota Revisora Ana Paula G: Desde que li o primeiro livro, "Capturada pelo Highlander, fiquei de olho neste Angus..kkkkkkkkkkkk...O melhor amigo do Duncan McLean e que o trai no final,entregando-o para os ingleses. 
Num determinado trecho do primeiro livro, tive a impressão de que o Angus morria pelas mãos do próprio pai por esta traição...Mas como vemos,não foi o que aconteceu... 
Bem,gurias, passei a semana envolvida com este livro! 
É lindo, gostei mais do que o primeiro da série.Uma história maravilhosa, com uma química perfeita entre o casal , faz a gente viajar!!! 
Não tem erro, leiam e divirtam-se...Adoreiiiiiiiiiii!!!! 

Capítulo Um 

Castelo de Kinloch Terras Altas,Escócia, julho 1718 

Despertou do sonho assustada poucos minutos antes do cerco começar. Gwendolen MacEwen sentou-se com um suspiro e voltou os olhos para a janela. 
Foi apenas um sonho, disse a si mesma lutando para acalmar sua respiração. 
Mais tarde ela chamaria isso de premonição, mas por agora, estava certa de que era apenas os truques do sono causando esse terror no seu coração. 
Desistindo de dormir, ela jogou as mantas de lado, sentou-se na beira da cama e pegou o roupão para aquece-la contra o frio da madrugada. 
Levantou-se e foi para a janela, atraída por um tênue brilho de luz no horizonte. 
Um novo dia começou. Finalmente. 
Fechou os olhos e fez uma oração silenciosa para que seu irmão, Murdoch, voltasse para casa de suas viagens. 
Os MacEwens necessitavam de um chefe, e se ele não voltasse em breve para reivindicar seu direito de primogenitura, ela temia que alguém o fizesse, depois de escutar algumas conversas de descontentamento na aldeia. 
Tinha ouvido as reclamações de sua serva, cuja irmã era casada com o dono da cervejaria. 
E depois do sonho que acabou de ter ... O alarme tocou de repente, no pátio. 
Desacostumados a ouvir tal clamor dentro do castelo quando ainda dormiam, Gwendolen se afastou da janela. 
O que em nome de Deus ...? Ele explodiu de novo, pela segunda vez. 
Depois uma terceira. Uma faísca de alarme disparou em seu sangue, pois ela sabia o significado desse sinal. 
Estava vindo das muralhas, e falava de perigo. Gwendolen correu para a porta, abriu-a, e subiu correndo as escadas da torre. 
─ O que está acontecendo? - Ela perguntou para o guarda, que estava andando sem parar, através do frio da manhã. 
Podia ver sua respiração irregular no ar. 
O guarda apontou. ─ Olha lá, Senhorita MacEwen! 
Ela levantou-se na ponta dos pés e inclinou-se ao longo das muralhas, olhando através da luz da manhã para as sombras em movimento no campo. 
Era um exército avançando, aproximando-se rapidamente a partir da floresta. 
lguns vinham a pé, outros montados. ─ Quantos homens?- Perguntou Gwendolen. 
─ Duzentos, pelo menos - respondeu ele ─ Talvez mais. 
Ela afastou-se da parede e olhou-o. ─ Quanto tempo nós temos? ─ Cinco minutos na melhor das hipóteses. 
Gwendolen se virou e viu outro membro do clã, que surgiu da escada da torre com um mosquete em suas mãos. 
Ele parou, em pânico, quando a viu. ─ Eles vieram do nada - explicou. ─ Estamos condenados com certeza. Deve fugir, Senhorita MacEwen, antes que seja tarde demais. 
Irritada, Gwendolen avançou, pegou-o por sua camisa, e sacudiu-o com força. 
─ Repita essas palavras de novo, senhor, e eu vou ter sua cabeça! - Ela virou-se para enfrentar o outro homem. ─ Vá e alerte o administrador. 
─ Mas. ─ Faça isso! 
Eles não tinham um líder. Seu pai estava morto, e seu laird atual era um bêbado que não estava dentro das muralhas do castelo, por que estava passando as noites na aldeia com alguma rameira, desde a morte de seu pai. 
Seu irmão ainda não tinha retornado do Continente. 
Eles tinham apenas seu administrador, Gordon MacEwen, que era um gerente brilhante com livros e números, mas não era nenhum guerreiro. 
─ Sua arma está carregada?- Ela perguntou rapaz. ─ Você tem pólvora suficiente? 
─ Sim. 
─ Então, aponte e defenda o portão! 

Série Highlanders 
0.5 - O Rebelde
1 - Capturada pelo Highlander
2 - Reivindicada pelo Highlander
3 - Seduzida pelo Highlander
4 - Return of the Highlander
5 - Taken by the Highlander
 

7 de novembro de 2011

Capturada pelo Highlander

Série Highlanders
Lady Amélia Sutherland preferia morrer antes de entregar-se a um homem como Duncan MacLean.
Ele era o guerreiro mais feroz de seu clã, assim como também um inimigo jurado dos ingleses, a pátria de Amélia… e nesta noite está de pé ao lado de sua cama.
Com seu abrasador olhar, tensos músculos e o brilhante metal de seu machado de guerra, MacLean veio matar ao noivo de Amélia.
Mas uma vez que vê a encantadora e inocente noiva, decide tomá-la em lugar de assassinar ao noivo.

Roubar a sua jovem prometida é a vingança perfeita para o homem que assassinou ao verdadeiro e único amor de Duncan.
Mas Lady Amélia é bem mais que um peão neste jogo de vinganças e lutas… essa valente e formosa mulher chega profundamente à alma de Duncan e isso é ainda mais poderoso que a fúria de um guerreiro.
Mas quando Lady Amélia se dá conta que está apaixonando-se por seu captor e se rende a seus braços... é quando começa a verdadeira batalha.

Comentário revisora MissBella: Livro prá lá de bom, daqueles que tem horas que você quer agarrar e beijar o mocinho por ser tão gostoso e valente e matar a mocinha por ser tão certinha .
A bendita não sabe o que quer da vida se é o guerreiro ou o cavalheiro.
Vai entender cabeça de mulher rsrsrsrs...
Achei o Duncan extremamente sensual ,cheio de promessas e insinuações que fazem com que você suspire varias e varias vezes durante a leitura...Mais que recomendado.
Aguardando ansiosa pela continuação que promete ser melhor ainda...

Capítulo Um

Forte William, As Terras Altas Escocesas.
Agosto, 1716
Monstruoso e poderoso, mostrando os dentes como uma besta selvagem, o Açougueiro se ergueu de seu arremesso no combate e olhou o chão, para o soldado inglês sem vida, caído a seus pés.
Sacudiu o cabelo úmido para afastar de seu rosto, logo se ajoelhou e tirou as chaves do bolso do cadáver.
O Açougueiro continuou caminhando silenciosamente pelo corredor frio dos barracões, ignorando o fedor de suor rançoso e rum, enquanto procurava a escada que o levaria até seu inimigo.
A fria névoa da morte fluía através dele, armava-o de crueldade, impulsionando-o a ir à parte superior das escadas, onde se deteve do lado de fora da pesada porta de carvalho do quarto de oficiais.
O Açougueiro fez uma pausa breve para estar atento à inoportuna aproximação de algum outro tenaz guarda, mas não havia outro som além do ruído de sua própria respiração entrecortada, e das batidas de seu coração, enquanto saboreava o momento tão esperado da vingança.
Ajustou o escudo a suas costas, e logo apertou a manga do recortado machado de guerra Lochaber  em sua mão.
Sua camisa estava imunda com sujeira e suor de dias na sela e de noites passadas dormindo na grama, mas tudo havia valido a pena, porque o momento tinha chegado.
Era hora de reduzir seu inimigo.
De matar as lembranças do que tinha ocorrido na horta, naquele frio dia de novembro. Esta noite ia matar por seu clã, por seu país e por sua amada.
Não teria misericórdia. Golpearia, e o faria rápido.
Com mão firme inseriu a chave na fechadura, logo entrou no aposento e fechou a porta detrás dele.
Esperou um momento para que seus olhos se acostumassem à escuridão, logo se moveu silenciosamente para a cama onde dormia seu inimigo.
Lady Amélia Templeton sonhava com uma mariposa, revoando sobre um campo nebuloso de urze, quando um débil ruído fez que se revolvesse na cama.
Ou possivelmente não fora um ruído, e sim um pressentimento.
Uma sensação de fatalidade.
Seu coração começou a pulsar, e abriu os olhos.
Era o pesadelo.


Série Highlanders
0.5 - O Rebelde
1 - Capturada pelo Highlander
2 - Reivindicada pelo Highlander
3 - Seduzida pelo Highlander
4 - Return of the Highlander
5 - Taken by the Highlander

6 de novembro de 2011

O Rebelde

Série Highlanders

Corre o ano de 1715 e a Rebelião Jacobita continua nas Terras Altas Escocesas.

Ele é Alexander MacLean, um temível guerreiro das Highlands lutando por seu verdadeiro rei escocês.
Ela é Elizabeth Curtis, uma bela mulher inglesa que vestiu o uniforme de um soldado inglês e ergue uma espada como um guerreiro experiente no campo de batalha.
Inimigos jurados e paixões se chocam… em Rebelde.

Nota de revisão: Achei este livro interessante.É apenas o prólogo da Trilogia Highlander.
É uma história curta, sem grandes momentos. Apenas nos apresenta alguns personagens da série,mas de uma forma muito vaga. Serviu para distrair.

Capítulo Um

Campo de Serrifmuir, seis milhas a noroeste do Castelo Stirling.
13 de novembro de 1715.

Diante do som das gaitas de fole e as ordens de seu chefe, Alex MacLean pegou sua espada e começou a correr, voltando ao norte da colina.
Um frenesi selvagem e a sede de sangue explodiu em suas veias e alimentou seu corpo com selvagem força e determinação, enquanto ele e os jovens jacobitas membros do clã avançavam sobre o fogo à esquerda de Argyll.
Suas linhas colidiram em um duro golpe de corpos e armas, e de repente estava lutando em um vermelho mar de caos e sangue.
Homens gritavam e investiam, disparando uns contra os outros a curta distância, amputavam-se membros e se cortavam em pedaços entre si.
O sangue salpicava seu rosto, enquanto introduzia sua espada em um soldado, depois em outro.
A adrenalina esquentava seus instintos.
A fúria cegava-o. Seus músculos tensos com cada estocada e cada golpe.
Profundamente consciente de tudo o que estava acontecendo ao seu redor, levantou seu escudo para impedir a penetrante ponta de uma baioneta.
Caindo sobre um joelho, apunhalou o ‘casaca vermelha’ no ventre.
Finalmente, na distância, mais à frente do delírio do combate, os Dragões do Governo começaram a retirar-se, refugiando-se através de sua própria infantaria.
A fúria era muito para eles. Alex ergueu sua espada.
—Ao ataque! —gritou, com um profundo e ensurdecedor acento irlandês
— Pela Coroa Escocesa!


Série Highlanders
0.5 - O Rebelde
1 - Capturada pelo Highlander
2 - Reivindicada pelo Highlander
3 - Seduzida pelo Highlander
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5 - Taken by the Highlander

29 de janeiro de 2011

Meu Herói Particular

Série Herdeiras Americanas
Sequestrada ao chegar a terra inglesa vinda da sua América natal, Adele esperava ansiosa que a resgatassem. Mas quem vem em sua ajuda montado em um corcel não é seu noivo, o galante Harold, mas o primo deste, Damien. Um homem muito diferente dos aristocratas ingleses que Adele conheceu até agora: atraente, audaz, amante da vida ao ar livre e aventura... E com uma longa reputação como mulherengo. Enquanto retornam ao castelo de Harold, em uma viagem de três dias de estalagem em estalagem, ambos têm que fazer um grande esforço. Adele, por recordar que é uma moça séria, obediente e desejosa de cumprir seu compromisso de casamento. Damien, para ser digno da confiança que seu amado primo depositou nele. Mas quando a força da atração é tão grande, as convicções duram pouco. Quando tudo volta para seu lugar, ambos fazem o impossível para não ficar de novo a sós.

Capítulo Um

Alguma parte do norte da Inglaterra

Três dias. Já tinham transcorrido três longos dias e nesse momento estava começando a chover.
Adele levantou-se da capa cheia com palha que lhe servia de cama e dirigiu-se à janela entre as tábuas rangentes. Olhasse na direção que olhasse a única coisa que via sempre era uma infinita extensão de ondulantes colinas rochosas cobertas aqui e ali por grama, e nesse momento tudo estava sob um zangado céu cinza, pelo qual giravam nuvens que ameaçavam uma iminente tormenta. Grossas gotas começaram a golpear fortemente no vidro.
Estivesse onde estivesse essa parte do mundo era árida e solitária. Não tinha visto nem uma só pessoa, e nem sequer uma solitária cabra ou ovelha. Não se via nenhuma árvore até onde podia ver, e o vento soprava constantemente; açoitava a casinha de pedra situada na colina dessa abandonada e triste colina, estremecia com suas rajadas os painéis da janela e entrava assobiando pela chaminé. A porta do estábulo não deixava de bater, abrindo-se e fechando-se todo o santo dia. Isso, junto com o cheiro de mofo e a umidade dessa habitação, bastaria para tornar louca qualquer pessoa.
Fechou fortemente a mão em punho. Tinham-na tirado de sua rota introduzindo-a em águas traiçoeiras e desejava estar de volta em sua vida tranqüila.
Ainda tinha uma nova vida por viver. Nem sequer sabia se Harold, ou qualquer homem, em todo caso, a desejaria por esposa depois disso, porque não tinha idéia do que lhe tinha feito seu seqüestrador. A única coisa que sabia era que em algum momento a despiu, porque quando despertou levava um vestido puído de tecido caseiro de outra pessoa; debaixo, uma saia, uma camisola e meias de cor marfim, mas nem espartilho nem sapatos. Não sabia o que lhe tinha ocorrido a sua camisola de dormir, nem por que teve que despi-la. Para lhe pôr essa roupa para que chamasse menos à atenção enquanto a levava a essa casa, talvez? Esperava que esse fosse o motivo.
Fez uma respiração lenta e profunda, resolvida a manter a cabeça fria. Não podia entregar-se ao pânico nem descontrolar-se. Isso não lhe faria nenhum bem. Nesses dias tinha tentado tudo para escapar dessa habitação; tinha golpeado, empurrado e remexido a porta; tinha gritado pedindo auxílio, e empregado toda sua força para abrir a janela; tudo inútil. A única coisa que ficava por fazer era esperar que ocorresse algo, algo que lhe permitisse agir. Ou que alguém a encontrasse. Com certeza sua mãe andava procurando-a, e a polícia estaria investigando.
Justo nesse momento ouviu abrir a porta da casa abaixo e uns passos pesados ao entrar alguém. Ouvia-os soar através do duro chão. A porta fechou-se com um golpe. Seu coração acelerou-se. Talvez essa fosse à oportunidade que estava esperando.
Foi posicionar-se no centro do quarto e ficou ali quieta, escutando. Havia mais de uma pessoa. Ouviam-se vozes.
Isso não era a rotina habitual. Sempre era uma só pessoa que entrava na casa para deixar-lhe comida e água. O que estaria ocorrendo?



Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel

28 de janeiro de 2011

Um Romance Indiscreto

Série Herdeiras Americanas
CHEGOU PROCURANDO UM FUTURO RESPEITÁVEL...
Clara chegou a Londres seguindo os passos de sua irmã Sophie e de outras jovens norte-americanas, que procuravam elevar o status de sua família casando-se com algum aristocrata inglês com muitos títulos e necessitado de dólares. A alta sociedade inglesa recebia a estas jovens do outro lado do oceano com uma mescla de curiosidade e ressentimento, de maneira que Clara tem que andar com cuidado para não dar pé a nenhum escândalo. Mas embora haja chegado procurando respeitabilidade, seu coração lhe pede aventura, paixão e risco... como o que supõe o homem mais atraente e com pior reputação de toda a Inglaterra.

... MAS O ESCÂNDALO RESULTOU SER MUITO MAIS SEDUTOR.
Seger Wolfe, marquês do Rawdon, não está nunca com a mesma mulher em uma semana. E só o faz com mulheres casadas. São algumas de suas regras de ouro, as mesmas que lhe permitiram seduzir a meio Londres e evitar qualquer compromisso. Entretanto, nos momentos de solidão, seu coração sente falta de um amor mais profundo e verdadeiro, como o que conheceu anos atrás.
Seger sempre se arranja para deixar de lado esses pensamentos. Até que o destino põe em seu caminho uma jovem a qual nunca deveria haver-se aproximado. Quando Seger pensa com a cabeça, sabe que deve resistir à tentação... mas ao que parece seu corpo toma suas próprias decisões.

Nota da Revisora Edith:
A mocinha se apaixona por um sedutor libertino. Para conquistar seu amor tem de enfrentar um fantasma do passado, mulheres atrevidas e principalmente as intrigas da madrasta do mocinho e sua sobrinha.
Enquanto isso, vão temperando com noites ardentes.
Eu não gosto muito de intrigas mas até que estas foram interessantes. O mocinho e mocinha tem de vencer sua desconfiança e é claro, conseguem fazer isso de um jeito legal.

Capítulo Um

A Temporada de Londres
Maio de 1883

Minha queridíssima Adele:
chegou por fim o momento; já tenho virtualmente em cima meu primeiro baile em Londres.
Não pode imaginar como me tremem as mãos ao pensar que não encaixarei, que todos me atravessaram imediatamente e verão que não sou uma deles.
Claro que espero que não me ocorra isso, porque desejo fazer parte da sociedade daqui, desfrutar dos passeios diários a cavalo pelo Rotten Row, recepções, almoços, noitadas no teatro.
Até o momento foi uma experiência exaustiva mas gloriosa, Adele, embora deva reconhecer que me frustrou um pouco a superficialidade das pessoas que conheci.
Sim, já sei que isso era de esperar. Ao fim e ao cabo estou na Inglaterra, e aqui a gente é extremamente reservada. Suponho que minha frustração tem suas raízes no que me ocorreu com Gordon há dois anos. Devo ser uma raridade. Sinto ânsias de aventura, e meu coração a deseja, entretanto, sei como pode ser perigosa.
Bom Deus, acredito que devo me empenhar em deixar atrás e esquecer esse engano se quiser viver uma vida decente e virtuosa. É de esperar que meu coração não se tornou muito complicado para este lugar tão diferente.
Às vezes me é difícil simplesmente esboçar um sorriso e me comportar como uma garota bonita, que é o que se espera de mim. Desejo algo mais profundo; algo mais sincero, franco.
Certamente, isto vai ser um desafio.
Sua irmã que a quer
Clara

Já atrasada para seu primeiro baile em Londres, que ia ser evidentemente o mais importante de sua vida, Clara Wilson estava na porta da saleta de estar de sua irmã, observando à senhora Gunther, sua acompanhante que estava junto à escrivaninha de mogno revisando um montão de convites empilhados em uma bandeja de prata.
- Estou certa de que é uma destas, tem que ser - disse a senhora Gunther, fazendo um movimento brusco com o qual caíram umas quantas cartões sobre a escrivaninha.
A senhora Gunther era uma mulher leal, de sólidos princípios, a única pessoa digna, em opinião de sua mãe, para confiar o papel de sua acompanhante e dama de companhia em Londres.
Era uma distinta matriarca na sociedade dos Estados Unidos, e procedia de uma prestigiosa família com dinheiro "muito velho", mas, por desgraça, sua memória já não era o que tinha sido em outro tempo.
- A casa estava em... Belgrave Square ou por aí perto - continuou a senhora.
- Me lembro quando Sophia explicou.
Seus pequenos saltos ressoaram sobre o chão de mármore e logo se afundaram no macio tapete quando Clara atravessou o quarto para ir olhar por cima do ombro de sua acompanhante.
Estava certa de que essa noite havia um bom número de bailes "por aí perto" do Belgrave Square.
Tinham que encontrar logo o convite, porque estavam atrasadas .
- Posso fazer algo para lhe refrescar a memória, senhora Gunther?
A senhora Gunther continuou passando convite após convite. Todos pareciam iguais: cartões retangulares marfim, com grandiosos títulos impressos em caprichosas letras de imprensa, e todos estavam dirigidas a Sophia, a irmã mais velha de Clara.
Há três anos, Sophia foi a primeira herdeira norte-americana que se casara com um duque.
Tanto ela como James, seu marido, eram imensamente populares entre os assíduos visitantes do Marlborough House, e jamais havia escassez de reuniões sociais às quais ir em qualquer momento dado. Logicamente, isso tornava mais difícil ainda a tarefa de encontrar o convite correto.

Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel

27 de janeiro de 2011

Nobre de Coração

Série Herdeiras Americanas
James vê em Sophia, uma rica herdeira americana, uma saída para a situação de seu título. Sem contar o enorme desejo por ela.
Sophia procura mais que um título, quer amor e paixão. Mas, ao envolver-se com James, envolve-se também em segredos e mistérios e tem que enfrentar animosidade e orgulho. Mas suas armas são a inteligência, a franqueza e a bondade. Seu desejo é fazer da família de James uma verdadeira família da qual faça parte.
E neste processo mostra-se o que é a verdadeira nobreza.

Nota da revisora Edith:
De início achei que o livro não tinha muito futuro. Mas a mocinha me surpreendeu. Primeiro ela se impõe à mãe do mocinho. Depois ao próprio mocinho. Este a fere muito mostrando seu lado frio, indiferente e calculista. Na realidade, ele teme levar-se pelos sentimentos e repetir a crueldade de seu pai e de seu avô. A mocinha, em lugar de reagir com frustração e raiva ou fugindo, enfrenta-o e acaba se impondo. Claro, no final ele capitula e se entrega ao amor. Mas é claro que não para aí sua intervenção e ela o leva procurar resolver os problemas familiares.
Gostei de como acontece isso.

Capítulo Um

A Temporada de Londres de 1881
Sem poder fazer outra coisa a não ser suspirar resignada, Sophia Wilson compreendeu que, sem dar-se conta, não só se jogara do outro lado do oceano para Londres, mas também de uma frigideira com azeite fervendo para uma fogueira de chamas de grandes rugidos. Estava a ponto de entrar no Mercado do Casamento.
Entrou com sua mãe no abarrotado e elegante salão londrino revestido por tapeçarias de seda, ornamentado com ramalhetes de rosas atados com fitas e por outras inumeráveis quinquilharias inúteis, muito artisticamente dispostas, para fazer da ociosidade perfeita a única opção. Apertando com força seu leque na mão enluvada, preparou-se, terminado já o curso intensivo de um mês em etiqueta inglesa, para ser apresentada ao conde e à condessa de Nosecuantos, e com submissão pôs seu melhor sorriso no rosto.
Não foi tão terrível, não é? - disse-lhe em voz baixa sua mãe depois da apresentação, passeando a vista pelo salão com olhos avaliadores.
Sophia quase podia ouvir os pensamentos de sua mãe ao formular em sua cabeça a estratégia para essa noite: "Um conde aqui, um marquês ali...".
Então sentiu sobre ela o peso da responsabilidade como um imenso lustre de ferro pendurado por um só parafuso, pronto para cair a qualquer momento. Era uma herdeira americana, e estava em Londres para assegurar à sua família a aceitação na alta sociedade de seu país e, em últimos termos, mudar-lhes a vida para sempre. Estava ali para casar-se com um nobre inglês.
Ao menos isso foi o que prometeu a sua mãe quando a fuga se tornou a sua única esperança. Porque esse ano tinha recusado quatro propostas de casamento, excelentes na opinião de sua mãe, que não parava de repetir enquanto a pobre mulher começava a bater a cabeça contra a parede. O último cavalheiro recusado tinha sido nada menos que um Peabody, e, santo Deus, as bodas de uma Wilson com um Peabody teria sido um "êxito" sem igual. Teria assegurado um convite aos bailes do Patriarca. A senhora Astor, "a" senhora Astor, poderia inclusive ter feito uma visita aos burgueses Wilson, coisa que, logicamente, teria detestado tal matriarca da alta sociedade.
E todo esse desespero por um bom casamento se devia ao fato de que sua família era uma das muitas que procuravam introduzir-se na impenetrável sociedade nova-iorquina. "Arrivistas", chamavam-nas; os "novos ricos". Essas famílias sabiam o que eram, e todas queriam entrar nessa sociedade.
Abatida, Sophia contemplou a multidão de pessoas desconhecidas reunidas no salão, escutando distraidamente as calmas e reservadas risadas inglesas, se é que poderia chamar aquilo de risada. Suas irmãs certamente não as considerariam risadas.
Suspirando, disse para si mesma que era muito importante encontrar um homem ao qual pudesse amar, antes que acabasse a Temporada. Havia feito um trato com sua mãe para que a pobre mulher não voltasse a ficar doente. A única coisa com a qual conseguiu que sua mãe aceitasse sua recusa à proposta de Peabody, sem ter outro "ataque" que fizesse necessário chamar o médico, foi a promessa de conseguir um peixe mais gordo. E como os peixes mais gordos só se encontravam em Londres, peixes gordos com títulos e nada menos, ali estavam elas.
–Me permitam lhes apresentar a minha filha, a senhorita Sophia Wilson - disse sua mãe ao apresentá-la a um grupo de senhoras, cada uma com as filhas a seus lados.

Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel

13 de agosto de 2010

Marcas do Destino





Quando o pai de Madeline Oxley informou-a de que Adam Coats a pedira em casamento, ela pensou que fosse um sonho. Afinal, sempre acreditara que Adam fosse apaixonado por Diana, sua irmã! 

 Feliz, Madeline viajou ao encontro de Adam. Mas ao chegar à América descobriu que tudo não passara de um plano maquiavélico de seu pai. 
Desolada, Madeline resolveu voltar para casa; porém, para sua surpresa, Adam decidiu que ela deveria ficar e se casar com ele! Mas qual seria a verdadeira razão para ele ter mudado de idéia?

Capítulo Um

Yorkshire, Inglaterra, 1775
Madeline Oxley agasalhou-se melhor com o manto e atravessou a charneca obscura e úmida, na volta ao seu lar. Espiou através da névoa que escondia a pequena casa de pedra incrustada no vale, a pocilga também erguida com fragmentos de rocha e as outras edificações. Parou, assustada.
“Oh, não podia ser!” Madeline piscou devagar e olhou novamente. Era a mais pura verdade. Tratava-se da carruagem de seu pai estacionada no pátio. Ele voltara.
Nervosa, sentiu a respiração acelerar-se. Não gostava de surpresas. Nos últimos dias, com a ausência do pai, desfrutara a satisfação de ser livre. Na verdade, o pai não a constrangia no sentido de ir e vir conforme sua própria determinação. la sempre fora livre para fazer o que quisesse. Madeline pensou em liberdade no sentido mais estrito da palavra. om o pai fora de casa, não tivera de preocupar-se com as costumeiras expressões de censura e desapontamento. Um olhar que sempre a atingia como uma pancada e normalmente na hora das refeições, quando ambos se encontravam.
Suspirou, resignada. Desceu a colina e atravessou o jardim pavimentado com pedras arredondadas. Passou pelo galinheiro, pela cocheira e rodeou o coche vazio parado diante da entrada. Abriu o fecho do manto e entrou em casa. O calor das chamas fortes que crepitavam na lareira da sala de estar tocou-lhe as faces coradas pelo frio.
Ela ouviu o ruído da porta fechar-se atrás de si. Tirou o manto, dobrou-o e entrou na sala. O pai estava sentado diante da lareira.
— Olá, papai. Como foi a viagem a Thirsk?
Ele dobrou uma carta, guardou-a no bolso do colete e fitou-a por cima dos óculos de aros dourados.
— Muito agradável. E muito mais proveitosa do que eu poderia imaginar.
— Que ótimo. O que aconteceu por lá? — Madeline procurou manter o tom alegre e descontraído.
— Tenho a impressão de que um fardo foi retirado de minhas costas. Recebi uma oferta muito generosa de um homem que eu não via há muitos anos.
Curiosa, mas inquieta, Madeline engoliu em seco.
— Que tipo de oferta?
O pai ergueu a cabeça, como se estivesse à procura das frases corretas para a resposta.
— Sente-se, Madeline. Precisamos trocar algumas palavras.
Madeline sentiu uma opressão no peito. Uma sensação que a acompanhava sempre que o pai queria "trocar algumas palavras" com ela. Ainda com o manto dobrado no braço, Madeline sentou-se na poltrona em frente à do pai.
— São boas notícias para nós dois. — Ele recostou-se no espaldar estofado e cruzou as pernas. — Minha filha, acredito que, apesar de tudo, apareceu-lhe uma oportunidade para casar-se. Irrecusável, diga-se de passagem.
Madeline retesou-se e passou a língua nos lábios secos.

— Eu poderia saber...