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22 de dezembro de 2020

Série Um Natal para recordar

01- Eu Decido

Andrew, Lorde Drake, foi excluído do testamento de seu pai por causa de sua maneira dissoluta de viver. Para ser readmitido, Andrew decide fingir que mudou seus hábitos perversos. Como parte de seu plano, ele quer convencer seu pai de que está cortejando uma mulher respeitável com a intenção de se casar com ela. O problema é que não conhece nenhuma mulher decente, exceto a irmã solteirona de seu amigo, a Srta. Caroline Hargreaves. Ele chantageia a relutante Caroline para ajudá-lo, e assim começa o engano de Natal.







18 de junho de 2019

Série Os Vallerands

2- Somente o teu Amor 

Celia Vallerand, recém-casada com um aristocrata, reza para que a libertem das garras dos sangrentos piratas que a raptaram quando ia em um barco a caminho de Nova Orleans. 

Apesar da escassa estima que sente pela vida, e dando por certa a morte de seu amado esposo, a bela e reservada mocinha francesa teme acima de tudo o elegante corsário que arriscou sua vida para possuí-la: o mais famoso pirata do Caribe, a quem todos chamam de Griffin. Embora não queira reconhecer, Celia sente que o rude renegado desperta nela desejos tão perigosos como irresistíveis. Porém ele é, na realidade, um homem aprisionado em uma trama de mentiras, que esconde um segredo que poderia privá-lo do amor da jovem que acendeu sua paixão e escravizou seu coração...



1- Um Casamento entre estranhos

Nova Orleans, início do século XIX. 

Lysette Kersaint, uma resoluta crioula fugindo de um padrasto violento e um casamento de conveniência, encontra proteção na casa de Maximilien Vallerand, um notório libertino que, segundo rumores, assassinou sua esposa adúltera.
A atração entre Max e Lysette não demora a nascer, mas eles devem enfrentar os mistérios do passado de Max.

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Série Os Vallerands
1- Um Casamento entre estranhos
2- Somente o teu Amor


29 de abril de 2017

Irresistível

Ela era solteira, intocada e tinha quase trinta anos, mas, a romancista Amanda Briars, não estava a fim de passar seu próximo aniversário sem fazer amor com um homem.
Quando ele apareceu em sua porta, ela acreditou que ele era seu presente, contratado para uma noite de paixão.
Terrivelmente bonito, irresistivelmente viril, ele a tentou de maneiras que ela nunca imaginou serem possíveis, mas, algo o impediu de realizar completamente seu sonho.
A determinação de Jack Devlin de possuir Amanda tornou-se maior quando descobriu sua verdadeira identidade. Mas, educada com esmero, Amanda desejava respeitabilidade mais do que ela admitia, enquanto Jack, filho bastardo de um nobre e empresário mais famoso de Londres, recusou-se a viver de acordo com as regras da sociedade. No entanto, quando o destino conspirou para que se casassem, seus mundos colidiram com uma força apaixonada inesperada… mas que ambos desejavam.

Capítulo Um

Amanda sabia exatamente que o homem que estava em pé na porta era um prostituto. Desde o momento em que o fez entrar na casa com gesto de quem proporciona asilo a um convicto fugitivo, ele não deixou de olhá-la em silêncio, confuso.
Era óbvio que carecia da capacidade mental necessária para dedicar-se a uma ocupação de nível mais intelectual. Mas, era evidente que um homem não necessitava possuir inteligência para fazer aquilo para o qual o haviam contratado.
— Depressa — sussurrou Amanda, puxando com ansiedade o musculoso braço do homem. Fechou a porta com um golpe atrás dele — Acha que alguém viu você? Não havia previsto que se apresentaria na porta principal. Os homens de sua profissão não sabem guardar certa discrição?
— Minha... profissão — repetiu ele, desconcertado.
Agora que o tinha a salvo dos olhares públicos, Amanda se permitiu observá-lo de cima abaixo. Apesar de sua aparente escassez de intelecto, era notavelmente elegante. Na realidade, era belo, se é que podia aplicar-se semelhante adjetivo a uma criatura tão masculina.
Possuía uma constitução robusta, apesar de ser magro, com uns ombros que pareciam abarcar toda largura da porta. Seu cabelo negro e brilhante era espesso e estava bem cortado. Seu bronzeado rosto brilhava graças a uma barba bem feita. Tinha um nariz longo, reto e uma boca sensual.
Também um par de notáveis olhos azuis, de um tom que Amanda estava certa de não ter visto antes, à exceção, talvez, na loja onde o farmacêutico local fabricava tinta, cozinhando plantas índigo e sulfato de cobre durante vários dias, até que produziam um azul tão intenso e profundo que se aproximava do violeta.
Sem dúvida, os olhos deste homem não possuíam o ar angelical que em geral, se poderia associar a tal cor: era astuto, curtido, como se tivesse contemplado com muita frequência o lado desagradável da vida que ela não chegou a conhecer.
Para Amanda não foi difícil compreender por que as mulheres pagavam para gozar da companhia daquele homem. A ideia de alugar aquela criatura masculina de poderoso olhar, para que fizesse o que lhe ordenasse, era extraordinária. E tentadora.
Amanda se sentiu envergonhada da secreta reação que experimentou ao vê-lo, dos estremecimentos frios e quentes que percorreram todo seu corpo, do intenso rubor que tingiu suas faces.
Tinha se resignado a ser uma digna solteirona... 




29 de agosto de 2016

Escute o Seu Coração

Série Apostadores
Lydia Craven é uma jovem independente, que sabe que não haver possibilidades de se casar por amor, e por isso decide se casar com um homem bom, por quem sente um certo carinho e juntos compartilham uma grande afinidade pela matemática, ciência que Lydia ama de verdade. 

Ela sabe que encontrar um amor como aos do seus pais é impossível, e por isso decidiu agir com a cabeça e não com o coração. Jake Linley passou anos apaixonado por Lydia Craven, e acredita que ela não suporta a sua presença, pois sempre que se encontram acabam por discutirem torridamente. 
Para infelicidade de Jake, Lydia aceita a proposta de casamento de Lord Wray. Desanimado e infeliz, pensa ter perdido Lydia para sempre e que jamais poderá ser sua. Mas o destino planejou outro final para essa história... 

Capítulo Um

Havia duas formas de escolher um marido: com a cabeça ou com o coração. Sendo uma jovem sensata, Lydia Craven escolheria naturalmente o primeiro. O qual não queria dizer que não importasse seu futuro marido. Na realidade, gostava muito de Robert, Lorde Wray, o qual era bom e afável, com um encanto tranqüilo que nunca ficava nervoso. 
Era bonito de uma maneira acessível, seus traços refinados proporcionavam um par de inteligentes olhos azuis e um sorriso que era empregado em certo modo com diplomacia. Não havia duvida na mente de Lydia de que Wray nunca se oporia a seu trabalho. De fato, compartilhava com seu interesse pela matemática e a ciência. E se dava bem com sua família; sua pouco convencional e unida família, que tinha sido abençoada com uma enorme riqueza, mas que possuía uma medíocre linhagem. Iam muito a favor de Wray para que pudesse passar por cima tão facilmente a ascendência desprezível de Lydia,era como ela pensava ironicamente, um possível dote de cem mil libras poderia ser um saboroso condimento incluso para o mais plebeu dos pratos. 
Desde que Lydia completou dezoito anos, e dois anos antes, tinha sido perseguida por uma legião de caçadores de fortunas. Entretanto, tinha herdado sua própria e considerável herança, Wray não tinha necessidade do dinheiro de Lydia; outro ponto a seu favor. Todos aprovavam a união, inclusive o super protetor pai de Lydia. A única objeção tinha vindo de sua mãe, Sara, que tinha parecido vagamente perturbada por sua determinação de casar-se com Wray.
 —O conde parece ser um homem bom e honorável— havia dito Sara enquanto ela e Lydia caminhavam pelos jardins da propriedade Craven em Herefordshire. —E se ele for o único no qual puseste seu coração, diria que tem feito uma boa escolha… 
— Mas… - tinha insistido Lydia. Sara ficou olhando pensativamente a abundante e fértil plantação de dourados botões de ouro e lírios amarelos que cobriam o cuidadoso passeio. Tinha sido um dia quente de primavera, o pálido céu azul realçado com pequenas nuvens.
 —As virtudes de Lorde Wray são indiscutíveis —havia dito Sara— Entretanto, não é a classe de homem com quem imaginava que te casaria. —Mas Lorde Wray e eu somos muito parecidos —tinha protestado Lydia
— Para começar, ele é o único homem que conheço que gosta de ler meu artigo sobre geometria multidimensional. 
—É obvio, ele deve ser admirado por isso. —havia dito Sara, seus olhos azuis brilhando com uma repentina e irônica diversão. Embora Sara fosse uma mulher inteligente por direito próprio, ela tinha admitido livremente que os avançados raciocínios matemáticos de sua filha estavam fora de seu próprio entendimento. —Entretanto, eu esperava que algum dia encontrasse um homem que pudesse equilibrar sua natureza com um pouco mais de calor e irreverência do que Lorde Wray parecia possuir. 
É uma garota tão séria, minha querida Lydia. —Não sou tão séria. —tinha protestado. Sara tinha sorrido. —Quando era pequena, tentei em vão que fizesse desenhos de árvores e flores, e em troca você insistia em desenhar linhas para demonstrar a diferença entre os ângulos obtusos e os ortogonais. Quando brincávamos com blocos e começava a construir casas e cidades com eles, você me mostrava como construir uma pirâmide diedra. 
—Está bem, de acordo. —tinha resmungado Lydia com um relutante sorriso— Mas isso só serve para demonstrar porque Lorde Wray é perfeito para mim. Ele adora as máquinas, a física e a matemática. De fato, estamos pensando em escrever junto um artigo sobre a possibilidade de que os veículos funcionem com propulsão atmosférica. Sem necessidade de cavalos! 


Série Apostadores
1- Quando Você Chegou
2- Sonhando com Você
3- Escute o Seu Coração
Série Concluída


30 de julho de 2016

Amar para Sempre

Série Berkley-Faulkner 
Alex Faulkner, duque de Stafford, conhece Mireille Germain na luxuosa mansão de Sackville, em Hampshire, durante uma caçada.

William Sackville, o anfitrião de meia-idade, deixa entrever a seus amigos e conhecidos que ela é sua amante quando, na realidade, sua relação não é mais que uma farsa.
Mira vive há dois anos na mansão, mas sua presença é puramente ornamental. 

Sackville é um homem poderoso com um segredo a ocultar, por isso, quando encontra Mira, não duvida em lhe oferecer amparo em troca de sua conivência na mentira. Ela aceita, pois tem algo a ocultar.
Mira e Alex sentem-se inevitavelmente atraídos desde o primeiro momento, e apesar da reticência de Mira em revelar seus segredos, Alex está destinado a descobrir tudo... Mas a jovem e gentil francesa está decidida a manter ocultas suas origens, assim como a verdadeira natureza da relação que a une a Sackville.

Capítulo Um

Chamava-se Mireille Germain, mas ninguém o sabia em Sackville Manor. Na realidade, ninguém na Inglaterra sabia. Imaginava ser um grande problema que alguém conhecesse sua verdadeira identidade, algo que resolveu deixando aquele nome em seu país natal, a França. Aqui era Mira, um nome que gostava muito mais.
Apoiando os cotovelos no batente da janela da torre, inclinou-se para frente e desfrutou da brisa e da esplêndida vista que a altura do lugar lhe oferecia. Divertia-lhe observar a chegada dos convidados de lorde Sackville; damas e cavalheiros de alta linhagem que passavam o tempo pavoneando-se, um costume do qual Mira zombava abertamente, até que lorde Sackville a tomou sob sua tutela. Agora tinha melhores maneiras, mas apesar da rigorosa educação recebida, alguns de seus velhos costumes e crenças estavam muito arraigados para que pudesse mudá-los. Tinha crescido em um mundo muito diferente desse, em que a falsa cortesia da classe privilegiada era considerada algo desprezível.
Uma nova carruagem se aproximou da mansão e percorreu o comprido caminho arborizado do portão. O veículo trazia as cores azul marinho e negro, muito vistosas. Segundo os rumores que circulavam em Sackville sobre os convidados que assistiriam à caçada, o azul e o negro eram as cores dos Falkner. Quando a carruagem com elegantes cavalos parou bem diante do pórtico, Mira inclinou a cabeça um pouco mais, concentrando seus olhos cor de café na figura de Alexander Falkner, duque de Stafford, que neste momento descia do veículo.
Aparentava menos idade do que tinha imaginado e era muito elegante, tinha a pele morena e o cabelo escuro cortado na altura da nuca. Endireitou o casaco com porte arrogante e se encaminhou para a frente da carruagem. Em um homem menor, aquela caminhada teria sido considerada uma ostentação, pensou Mira sorrindo levemente, enquanto fixava o olhar nele. Esse homem estava rodeado de vitalidade e fortaleza que o tornava muito atrativo. Nestes dias, estava muito na moda que os homens adotassem a romântica palidez que caracterizava Byron.
A maioria dos cavalheiros pareciam indolentes e melancólicos, como se estivessem cheios de um desejo desesperado, mas este homem em particular parecia carecer de tais pretensões.
Mira apoiou o queixo nas mãos, enquanto o observava estender uma mão morena em volta de um dos cavalos e acariciar seu pescoço, com um gesto distraído. Sorriu por algo que havia dito o cocheiro e seus dentes brilharam em contraste com a pele escura.
Seria realmente este homem o lorde Falkner que tanto sofreu com a morte de seu primo? Não parecia ter sofrido uma grande perda recentemente. Sackville disse que Falkner lamentava profundamente o assassinato do primo, mas Mira decidiu que aquele devia ser outro dos típicos exageros de Sackville. 

Em sua curta vida viu muito frequentemente a morte e as sombras, mas não havia rastros de aflição no rosto de lorde Falkner.
Apareceram dois lacaios de Sackville com perucas empoadas com talco e uma imponente pomposidade; inclinaram-se ante Falkner e abriram as portas.
Depois que ele entrou na casa, chegaram mais carruagens com diversos convidados ricamente adornados, mas Mira os observou sem muito interesse, pois ainda tinha a mente no moreno recém-chegado.
William Sackville recebeu Alec na biblioteca, com uma bebida na mão e um sorriso no rosto. Esta expressão de prazer e bom humor era algo que oferecia muitas vezes, e por que não fazê-lo? Salvo uma esposa e herdeiros que perpetuassem sua linhagem, tinha tudo o que um homem podia desejar, uma propriedade bem administrada, muitos amigos, estabilidade financeira e o respeito de todos os que o conheciam.
Seus principais interesses, a política e as caçadas, eram bem conhecidos por seus amigos e mudavam conforme as estações do ano: toda primavera ia a Londres para representar Hampshire nas sessões do Parlamento, e a cada outono se retirava para caçar em sua propriedade.


Série Berkley-Faulkner
1 - Onde a Paixão nos leve
2 - Amar para Sempre
Série concluída

27 de junho de 2016

Sonhando com Você

Série Apostadores
No refúgio de sua casa no interior da Inglaterra, Sara Fielding escreve as histórias com que todos sonham. 
Agora, com um novo livro e uma inata imaginação empurram essa jovem bem educada e de aparência frágil a adentrar no perigoso mundo de Derek Craven. De mero batedor de carteiras nas ruelas de Londres a proprietário da casa de jogos mais exclusiva da capital. A fulgurante ascensão de Craven o converteu em um dos homens mais ricos da Inglaterra e também o de coração mais duro. 

Capítulo Um

A solitária figura de uma mulher estava parada nas sombras. Apoiada contra a parede de uma ruinosa pensão, seus ombros encurvados como se estivesse doente. Os duros olhos verdes de Derek Craven oscilaram sobre ela quando saiu do beco dos fundos da casa de jogos clandestinos. 
Semelhante vista não era insólita nas ruas de Londres, sobre tudo nos bairros pobres, onde o sofrimento humano era visível em toda sua variedade. Aqui, a uma distância curta, mas significativa do esplendor de St James, os edifícios eram uma massa desmoronada de sujeira. A área estava infestada de mendigos, prostitutas, estelionatários, ladrões. Seu tipo de gente.
Aqui não se encontraria nenhuma mulher decente, especialmente depois do pôr do sol. Mas se era uma puta, estava vestida estranhamente para isso. Sua capa cinza se separava na frente para revelar um vestido com gola alta feito de pano escuro. 
A mecha de seu cabelo presa debaixo de seu capuz era de um castanho pouco definido. Era possível que esperasse por um marido errante, ou possivelmente era uma empregada que se perdeu.
As pessoas olhava furtivamente à mulher, mas passavam por ela sem romper o passo. Se permanecesse aqui muito mais tempo, não havia dúvida que seria violada ou roubada, inclusive agredida e assassinada. Um cavalheiro iria em sua direção, perguntar por seu bem-estar, expressar preocupação por sua segurança?
Mas ele não era nenhum cavalheiro. Derek deu a volta e se afastou, cruzando o pavimento ruinoso. 
Ele tinha crescido nas ruas, nascido nos bairros pobres, cuidado desde a primeira infância por um grupo de esfarrapadas prostitutas, e educado em sua juventude por criminosos de todo tipo. 
Estava familiarizado com os esquemas utilizados para aproveitar-se dos imprudentes, dos poucos e eficazes momentos que se demora para roubar um homem e esmagar sua garganta. Com freqüência usavam mulheres em tais complôs como cobaias ou como vigilantes, ou inclusive assaltantes. 
Uma suave mão feminina podia fazer muito dano quando segurava em torno de um porrete de ferro, ou quando usava uma meia carregada com uma libra ou dois de peso.
Finalmente Derek se deu conta de passos perto dele. Algo neles causou um formigamento ao longo de sua coluna. Dois passos pesados, pertencentes a homens. Deliberadamente mudou o passo, e eles se adaptaram para igualar-se. Estava sendo seguido. Possivelmente tinham sido enviados por seu rival Ivo Jenner para provocar danos. Praguejando silenciosamente, Derek começou a virar uma esquina.
Como esperava, eles andaram de pressa. Rapidamente deu a volta e agachou sob o golpe de um punho apertado. Confiando no instinto e nos anos de experiência, mudou seu peso para uma perna e repartiu golpes sinistro com seu pé, atirando um golpe no estômago de seu atacante. O homem soltou um ofego surdo de surpresa e cambaleou para trás.
Voltando-se de repente, Derek se equilibrou contra o segundo homem, mas era muito tarde... Sentiu o ruído surdo de um objeto metálico sobre suas costas e um impacto cego sobre sua cabeça. Atordoado, caiu pesadamente ao chão. Os dois homens avançaram lentamente sobre seu corpo crispado.
-Anda rápido.


Série Apostadores
1- Quando Você Chegou
2- Sonhando com Você
3- Escute o Seu Coração
Série Concluída


4 de abril de 2016

Quando Você Chegou

Série Apostadores
Impulsiva e selvagem, a bela Lily Lawson se delicia em chocar a afetada sociedade de Londres,

— E irá quebrar qualquer regra para expor sua independência. E agora ela está determinada a resgatar sua indefesa irmã de um indesejado casamento que está por vir com Lorde Alex Raiford, o arrogante Conde de Wolverton.
Através de honrados e ilegais meios, a teimosa e criadora de problemas tem um escandaloso sucesso. — Mas seu belo adversário, não está acabado. Um hábil apostador, o Lorde Alex contra ataca o desprezo de Lily com carinho, e se defende de suas furiosas farpas com palavras gentis e um suave, sensual toque. Ele decidiu fazer a impetuosa moça pagar um preço alto por sua interferência. — Com seu corpo, sua alma... E seu teimoso, resistente coração.

Capítulo Um

— Maldita seja, maldita seja! Aí vai esse traste! Cada rajada de vento arrastava uma corrente de palavras más que escandalizavam os convidados da festa, reunidos na cobertura do navio. O iate se achava ancorado no meio do Támesis, e o ato se celebrava em honra do Rei Jorge. Até esse momento a festa tinha estado um tanto opaca, embora elegante, já que correspondia a todo mundo que tinha gabado as excelências do magnífico iate de Sua Majestade. 
O iate, com sedas, madeira de mogno de primeira qualidade, matizadas com lustre de vidro, esfinges douradas e leões esculpidos em cada esquina era um autêntico palácio flutuante ideal para o tempo livre. 
Os convidados tinham bebido muito para manter esse estado de ligeira euforia capaz de substituir um sentimento de alegria real. Provavelmente a multidão ali reunida teria sido melhor se não estivesse tão fraca a saúde do Rei. A recente morte de seu pai, junto a um penoso ataque de gota, estava passando por um estado de desânimo que não era habitual. 
O Rei procurava rodear-se de gente capaz de proporcionar a alegria e diversão necessárias para aliviar sua sensação de solidão. Por esse motivo, conforme diziam, queria expressamente a presença da senhorita Lily Lawson naquela festa em seu navio. Tal como tinha dito, uma jovem lânguida, viscondessa, era só questão de tempo para a senhorita Lawson começasse a causar alvoroço. E como de costume não despojou absolutamente.
— Que alguém o agarre maldita seja! 
— Ouviu Lily gritar por cima do rumor das risadas. — O fluxo está afastando do navio! — Os cavalheiros, vendo-se livre por fim do tédio, precipitaram-se para o lugar de onde provinha o alvoroço. As damas protestaram ao ver seus cônjuges correrem em direção à proa, onde Lily, pendurada no corrimão, contemplava um objeto que flutuava na água. 
— Meu chapéu favorito — Explicava Lily em resposta à sucessão de perguntas, assinalando o chapéu com um ligeiro movimento de sua delicada mão. O vento o levou! — Voltou-se então para a multidão de admiradores, dispostos a consolá-la. Mas ela não desejava amostras de simpatia, mas sim que recuperassem o chapéu. Olhou os rostos um a um, sorrindo com picardia. 
— Quem irá se comportar como um autêntico cavalheiro e me trazer o chapéu. — Tinha atirado o chapéu pela murada de propósito, e via que os cavalheiros, suspeitavam que aquilo não fosse mais que um estratagema, mas não interrompia seus galantes oferecimentos. 
— Me permita — Gritava um. 
— Não — Dizia outro ao mesmo tempo em que despojava teatralmente do chapéu e do casaco. 
— Insisto em ser eu quem tenha o privilégio. Imediatamente iniciou uma discussão, já que ambos estavam decididos a satisfazer os desejos de Lily. Mas, precisamente nesse dia as águas estavam agitadas, e bastante frias para pegar um bom resfriado. E, ainda mais importante, a imersão significaria estragar um traje muito caro. Lily contemplava a rivalidade que tinha provocado com um sorriso. Os homens seguiam gesticulando e proferindo frases cavalheirescas. Alguns deles disposto a recuperar o chapéu. 
— Vá .


Série Apostadores
1- Quando Você Chegou
2- Sonhando com Você
3- Escute o Seu Coração
Série Concluída




6 de fevereiro de 2016

Onde a Paixão nos leve

Série Berkley-Faulkner



A bela jovem Rosalie Belleau foi levada a um aristocrático mundo de luxo e complexas intrigas quando o mais notório e atrativo libertino de Londres, lorde Randall Berkeley, a sequestra acreditando que ela estava disponível para qualquer homem que a desejasse. 

Mas antes que Randall compreendesse seu engano, ficou marcado por seu desejo… E perdido seu coração para essa moça tão diferente de qualquer outra que tenha conhecido antes. 
Rosalie e lorde Randall, não sabiam nada um do outro… Até que as chamas da paixão iluminaram seu caminho através de um labirinto de perigo… Para chegar às deslumbrantes alturas do êxtase…

Capítulo Um

Para um coração jovem sedento de paixão e aventuras, aquela não era vida. Não havia nada que alterasse a rotina dos longos e entediantes dias de trabalho de Rosalie Belleau, não recebia as carícias de um amante, não desfrutava de nenhuma noite de risadas e danças, muito menos o sabor do vinho ou o efeito embriagador da liberdade ocasional. 

Não tinha outro recurso para escapar da monotonia senão por seus sonhos. Mais lamentável ainda, era sua imaginação empobrecida que com muita dificuldade não saberia com o que sonhar se não fosse por Elaine Winthrop, que lhe falava de uma existência que Rosalie só poderia invejar. 
Elaine, só um ano mais jovem que Rosalie, mas muito mais experiente, trazia-lhe fofocas e descrições esplêndidas dos bailes aos quais assistia os personagens deslumbrantes que lhe apresentavam e os numerosos prazeres que reservava Londres.
Embora a temporada estivesse a ponto de acabar e o verão já se apresentava com explendor, o ritmo febril de Londres apenas tinha diminuído e Rosalie ardia com a febre da juventude frustrada. 
Não era capaz de mudar sua situação e lhe faltava paciência para aguentar seu destino estoicamente. Devagar, tranquilizou-se com o morno e úmido ar primaveril e se afundou em suas fantasias. 
Um dia, sonhava Rosalie, despertaria pela manhã e os dias já não seriam cinza como até então, mas sim de uma cor intensa. Um dia, o sangue correria por suas veias com a doçura do champanhe. Um dia fugiria de sua prisão invisível e encontraria alguém a quem amar, um homem que a adoraria e respeitaria, que lhe permitiria ser amiga, mulher, companheira e amante. 
Um homem com o qual compartilharia seus sonhos, um homem que despertaria nela as emoções mais intensas e a acompanharia pelo mundo lhe ensinando suas maravilhas, absorvendo cada imagem e som. Um dia, tudo mudaria.
Quando esse dia chegou, não teve nada haver com o que ela tinha esperado.
Rosalie quase nunca encontrava tempo para conversar a sós com sua mãe Amille, mas quando surgia uma oportunidade, ambas a apreciavam e desfrutavam com prazer. A sua relação era bem especial, já que podiam falar não só como mãe e filha, mas também como amigas. Amille era a pessoa mais importante no mundo de Rosalie, e entendia as necessidades, perguntas, anseios e medos de sua única filha embora fossem muito diferentes dos seus próprios. 
De aspeto eram muito parecidas, duas mulheres miúdas e morenas, mas muito diferentes por dentro. Amille via a vida com um enfoque pragmático, enquanto que Rosalie era uma idealista, e quando fez vinte anos compreendeu de forma intuitiva que as causas de suas diferenças estavam além da idade e da experiência.
Amille era estável como uma rocha e amava a ordem. Embora instruída, necessitava de imaginação, enquanto que as emoções e os pensamentos de sua filha sempre pareciam levantar voo ou despencar no precipício.
 Por muito que Rosalie se esforçasse em controlar suas ânsias pouco ortodoxas, sabia que estava condenada pela vida a procurar emoções fortes e dar rédea solta a seus sentimentos.












Série Berkley-Faulkner
1 - Onde a Paixão nos leve
2 - Amar para Sempre
Série Concluída

18 de abril de 2015

Rendição



Laura Prescott, uma aristocrata bostoniana conhece o verdadeiro significado do que é se entregar quando se apaixona terna e apaixonadamente por um estranho: Jason Moram, seu marido.









Capítulo Um


Novembro de 1880, Boston.
Quão último esperava Jason Moram quando abriu a porta de sua biblioteca era a visão de sua esposa sendo beijada por outro homem. Talvez a esposa de alguém mais recorresse a encontros clandestinos, mas não a dele. Não havia segredos em Laura... Ou ao menos isso tinha pensado ele. Seus olhos negros se entrecerraram enquanto a sensação desconhecida dos ciúmes lhe congelava a boca do estômago.
O casal se separou de um salto logo que se abriu a porta. A leve música de Strauss se escutava flutuando da festa, dissipando qualquer ilusão de privacidade que os dois pudessem ter tido. Laura levou as mãos às bochechas pela surpresa, mas que não ocultou o fato de que tinha estado chorando.
Jason rompeu o silêncio com uma voz zombadora.
-Não é uma anfitriã atenta, querida. Alguns dos convidados estiveram perguntando por ti.
Laura alisou o cabelo castanho e se recompôs com uma velocidade milagrosa, assumindo sua habitual máscara inexpressiva.
-Não pareça tão ansioso, Perry, - disse ao outro homem, que tinha avermelhado a um tom escarlate. -Jason entende um beijo entre amigos, - seus olhos verdes piscaram em direção a seu marido. -Não é assim, Jason?
-Oh, entendo tudo a respeito dos... Amigos, - respondeu Jason, apoiando o ombro contra a porta. Nunca o tinha visto tão perigoso como nesse momento, seus olhos negros tão duros e brilhantes como diamantes. -Talvez seu amigo possa ser o suficientemente amável para nos permitir um pouco de privacidade, Laura.
Isso foi todo o impulso que Perry Whitton necessitou para escapar. Murmurando alguma desculpa, deslizou-se pela porta, puxando a gola alta e engomada de sua camisa, para facilitar o fluxo de sangue a seu rosto.
-Whitton, - meditou Jason, fechando a porta atrás da figura em retirada. -Não é a opção mais óbvia para um enlace romântico, não?
Perry Whitton era um solteiro tímido, de meia idade, amigo de algumas das mulheres mais influentes na sociedade de Boston. Tinha inumeráveis amizades femininas, mas nunca mostrou um interesse romântico por nenhuma delas. A aparência de Whitton era agradável, mas não ameaçadora, suas maneiras interessantes, mas não coquetes. Qualquer marido se sentiria completamente seguro em deixar a sua esposa em companhia de Whitton.
-Sabe que não se trata disso, - disse Laura em voz baixa.
Perry tinha sido um conhecido dos Prescott durante anos, o beijo tinha sido um gesto de simpatia, não de paixão. Quando Laura lhe deu a boas-vindas à festa, Perry tinha visto a tensão em seu rosto e a infelicidade sob suas cortesias sociais.
-Está tão bonita como sempre, - disse-lhe Perry amavelmente, - mas me atreveria a dizer que há algo que lhe preocupa.
Assim era em efeito. Laura não tinha intenção de lhe confiar seus problemas com Jason, mas para seu horror, deu-se conta que estava a ponto de chorar. Teria preferido morrer antes de fazer uma cena emotiva. Entendendo seu dilema, Perry a tinha levado a um lugar privado. E antes que pudesse dizer uma palavra, ele a tinha beijado.
-Jason, certamente não pode pensar que há sentimentos românticos entre Perry e eu, - disse em um tom cauteloso.
Estremeceu de inquietação quando seu marido se aproximou dela e lhe agarrou os braços.
-Você me pertence, - disse com voz rouca.- Cada centímetro teu - seus olhos percorreram o traje de noite de cetim que usava. – Seu rosto, seu corpo, cada pensamento. O fato de que eu não queira participar de seus favores não quer dizer que te permitirei que os conceda a qualquer outro homem. É minha e só minha.




2 de novembro de 2014

O Principe dos Sonhos

Série Os Stokehurts
Um rico e amargo exilado, o homem mais perigoso e desejável de toda a Inglaterra, ele deseja possuir uma beleza orgulhosa e obstinada que é prometida a outra pessoa. Mas ganahr a bela mão de Emma Stokehurst, através de ameaças e determinação, não faz nada para preencher os espaços vazios no coração de Nikolas, até que a magia da paixão leva o bonito e atormentado príncipe de volta a uma época passada de esplendor e sonhos românticos. Por lá o seu destino o aguarda numa vida distante. E, no toque terno de uma mulher extraordinária, dolorosamente familiar, mas gloriosamente novo, ele deve buscar a esquiva promessa do êxtase... e finalmente aprender a amar.

Capítulo Um

Londres, 1877
- Estas esperando a alguém? - disse uma voz de homem rompendo o silêncio que reinava no parque.
Tinha um ligeiro acento russo que a Emma parecia encantador e melodioso. Voltou-se com fingida indiferença e viu o príncipe Nicolas surgindo das sombras.
Com sua pele bronzeada, seu espesso e loiro cabelo e seu imprevisível caráter, Nicolas parecia mais um tigre que um aristocrata. Emma nunca tinha conhecido uma mescla tão perfeita de beleza e ferocidade. Conhecendo sua reputação sabia que devia lhe temer. Mas também sabia dominar aos animais selvagens. Frente a uma fera quão último teria que fazer era demonstrar que se tinha medo. Assim, relaxou-se e se sentou mas comodamente no banco de pedra que estava em um isolado rincão da enorme propriedade.
- Em qualquer caso não é a ti - respondeu secamente - O que faz aqui?
- Tinha vontades de dar um passeio - declarou com um largo sorriso deixando ver uns dentes brilhantes.
- Preferiria que te passeasse em outra parte. Tenho um encontro.
- Com quem? - perguntou o príncipe deslizando as mãos em seus bolsos sem deixar de dar voltas ao redor dela.
- Vá - te Nicolas.
- Me responda.
- Vá - te!
- Com que direito me dá ordens? Esta é minha casa, querida menina.
Nicolas se deteve uns passos dela, era muito alto e um dos poucos homens aos quais Emma não ultrapassava em altura. Suas mãos eram grandes e seus ombros largos, uma sombra escondia seu rosto deixando sozinho à vista o brilho dourado de seus olhos.
- Não sou uma menina, sou uma mulher.
- Já o vejo - disse brandamente Nicolas.
Seus olhos se passearam pelo corpo da jovem olhando com detalhe as curvas escondidas sob um singelo vestido branco. Como de costume não levava nada de maquiagem. Seu cabelo, de um magnífico tom avermelhado com reflexos de bronze e canela, estavam recolhidos para cima em um coque mas algumas mechas rebeldes lhe acariciavam a cara e o pescoço.
- Estas encantadora esta noite - disse ele.
- Me economize seus galanteios! - respondeu Emma rindo - como muito sou bonita e sei muito bem. Não vale a pena me fazer machuco na cabeça com forquilhas e me comprimir as costelas com um espartilho até o ponto de não poder respirar. Eu gostaria mas poder passear todos os dias com botas e calças como os homens. Quando não se pode ser formosa é melhor não insistir.
Nicolas não a contradisse, mas tinha uma opinião completamente distinta nisso. O encanto único da Emma sempre lhe tinha fascinado. Era uma mulher decidida, cheia de energia, com uns maçãs do rosto altos, uma boca sensual e um nariz cheia de sardas. Era magra e tão alta que Nicolas só a ultrapassava por uns centímetros.
Pareciam feitos um para o outro e entretanto ninguém parecia dar-se conta. Mas Nicolas por sua parte sabia desde por volta de anos, desde que se viram pela primeira vez. Emma era então uma menina amalucada com uma cabeleira de fogo. 
Aos vinte anos se converteu em uma jovem cuja franqueza lhe chegava à alma. Recordava às mulheres que tinha conhecido na Rússia, mulheres de caráter que se pareciam muito pouco às insípidas européias que freqüentava desde fazia sete anos.
Consciente de seu insistente olhar Emma lhe fez uma careta um pouco infantil.
- Dá-me igual ser vulgar - afirmou isso - hei tido a oportunidade de comprovar que a beleza pode converter-se em um terrível inconveniente. Agora, de verdade, é preciso que vá Nicolas. Estando você perto nenhum homem se atreverá a acercar-se a mim.
- Seja quem é que esperas, não ficará mais tempo que os outros.
- Este sim- lançou ela com desafio.
- Alguma vez ficam - insistiu ele com desenvoltura - Rechaças a todos à medida que se apresentam, por que o faz?
Emma avermelhou violentamente e apertou os lábios. A flecha tinha acertado o alvo. Para já três temporadas que tinha sido apresentada em sociedade, se não se comprometia logo seria rapidamente considerada com um caso desesperado e acabaria sendo uma solteirona.
- Não sei porque necessito um marido - replicou - Eu não gosto da idéia de pertencer a alguém. Deve pensar que sou muito pouco feminina, não é assim?
- Parece-me muito feminina.
- É um elogio ou te está burlando por mim? - perguntou ela arqueando suas douradas sobrancelhas - contigo sempre é difícil sabê-lo.
- Nunca rio de ti Emma. De outros sim, mas de ti nunca.
Ela emitiu um suspiro de perplexidade.
Nicolas se aproximou dela, ficando sob a luz.
- Agora vais voltar comigo para dentro e te reunirá com os outros convidados. Além de ser o anfitrião, sou primo longínquo teu, não posso te deixar aí fora sem acompanhante.
- Não tente alegar um parentesco longínquo entre nós, só é um parente de minha madrasta, nós não temos nenhum vínculo de sangue.
- Somos primos por aliança - insistiu ele.
Emma esboçou um sorriso. Como membros da mesma família podiam falar sem fingimentos, chamar-se por seus nomes e conversar sem necessidade de um acompanhante.
- Como deseja, Sua Alteza.

Série Os Stokehurts
1 - O Anjo da Meia-noite
2 - O Príncipe dos Sonhos
Série Concluída

1 de novembro de 2014

O Anjo da Meia-noite

Série Os Stokehurts

A cidade inteira exigia sua morte. Seria executada ao amanhecer acusada de assassinato.

As provas eram determinantes, tinham encontrado Tasia coberta de sangue ao lado do cadáver do seu prometido, o príncipe Mikhail. Mas Tasia não se lembrava de nada.
Graças à ajuda de uma criada consegue fugir encontrando refúgio na Inglaterra como professora da filha de lorde Stokehurst.
Sua vida dá um giro de 180 graus. Adeus à rica herdeira comprometida com um príncipe de sangue real, destinada a reinar sobre uma legião de criados. Agora a criada era ela e devia servir a um homem acostumado a obter tudo o que deseja incluindo a própria Tasia.
E ela não era indiferente ao charme de seu chefe.
Poderia fugir eternamente de seu passado e dos ditames de seu coração?

Capítulo Um

Londres, Inglaterra
Lady Ashbourne retorcia as mãos com nervosismo.
- Tenho uma ótima noticia para lhe dar Luke, encontramos uma dama para ser a governanta de Emma. Uma maravilhosa jovem, inteligente e com uma educação irretocável perfeita em tudo. Tem que vê-lo por ti mesmo.
Lorde Lucas Stokehurst, marquês de Stokehurst sorriu com ironia.
- Eis o motivo por ter sido convidado a vir aqui hoje. E eu que acreditei que era por minha encantadora conversa.
Fazia cerca de meia hora que estava bebendo chá e falando tolices no salão dos Ashbourne no Queen´s Square.
Charles Ashbourne, seu melhor amigo desde que estudaram juntos em Eton, era um homem encantador, dotado com um estranho talento: sempre via o melhor de cada pessoa, qualidade que não compartilhava Luke. Ao saber que seu amigo estava passando o dia em Londres o tinha convidado a lhe visitar quando acabasse com seus compromissos.
Assim que pôs os pés em sua casa, Luke soube que queriam lhe pedir um favor.
- É perfeita - repetiu Alice - Não é verdade Charles?
Charles assentiu com entusiasmo.
- Certamente querida.
- Saiu tudo tão mal com a governata anterior - continuou Alicia - que tentei encontrar uma boa substituta. Sabe o muito que quero a sua filha e o muito que ela se lembra de sua mãe.
Titubeou um momento.
- OH Deus, não queria te recordar a Mary!
O sombrio rosto de Luke continuou imperturbável. Tinham passados vários anos desde a morte de sua mulher, mas ainda sofria quando alguém pronunciava seu nome. E seria assim até o último dia de sua vida.
- Continue – disse em tom neutro – Fala-me desse modelo de virtudes.
- Chama-se Karen Billings, embora tenha vivido a maior parte de sua vida no estrangeiro, escolheu viver na Inglaterra. Viverá conosco até que lhe encontremos um trabalho adequado. Em minha opinião, é o bastante amadurecida para proporcionar a Emma toda a disciplina que necessita, e ao mesmo tempo é o bastante jovem para ganhar a simpatia da menina. Assim que a veja compreenderá que é exatamente o que necessita, estou segura disso.
- Muito bem.
Luke terminou seu chá, esticou suas longas pernas e disse:
- Me mande suas referências, darei uma olhada assim que tenha tempo.
- Bem… há um pequeno problema.
- Um pequeno problema? - repetiu Luke levantando as sobrancelhas.
- Não tem nenhuma carta de recomendação.
- Nenhuma?
O pescoço de Alicia se tingiu de rosa por cima das rendas do vestido.
- Prefere não falar de seu passado. Por desgraça não posso te dizer por que, mas confie em mim.
Depois de um breve silêncio Luke começou a rir.
Era um homem bonito de uns trinta e cinco anos com o cabelo negro e os olhos muito azuis. Entretanto seu rosto era mais atrativo por sua virilidade que por sua beleza, a expressão de sua boca era severa e seu nariz um pouco maior do que o habitual. Tinha o sorriso levemente irônico de um homem que não leva a si mesmo a sério e eram muitos os que tentavam imitar seu cínico encanto. Quando ria como agora, a alegria não alcançava realmente a seus olhos.
- Já ouvi o bastante Alicia. Certamente deve ser uma excelente governanta, um tesouro. Assim espero que outra família se aproveite desta joia.
- Antes de te negar, fale ao menos com ela.
- Não. Só me resta Emma e quero o melhor para ela.
- Miss Billings é a melhor.
- Só é uma protegida sua - objetou Luke com ironia.
- Charles…

Série Os Stokehurts
1 - O Anjo da Meia-noite
2 - O Príncipe dos Sonhos
Série Concluída

24 de setembro de 2014

Amor vem a Mim







A elite de Concord está a ponto de admitir um novo membro: a jovem Lucinda Caldwell, uma bela moça mimada em excesso por seu pai.

Parece ter tudo muito claro na vida: casará-se com seu amor de infância, o homem destinado a convertê-la em uma brilhante organizadora de encontros sociais.
Mas não é esse o destino que a espera, a não ser acabar nos braços de um cavalheiro sulino, Heath Rayne, que, desde que a viu, não pôde deixar de pensar nela e de desejar que seu noivado terminasse.
E agora que Lucinda é dele, a única coisa que deseja é dedicar-se a ela por completo. Entretanto, o passado de Heath impedirá que as coisas sejam tão fáceis...

Capítulo Um

Heath levantou as lapelas de seu casaco e amaldiçoou entre dentes ao sentir o vento gelado no pescoço. Era seu primeiro inverno na Nova Inglaterra, e estava começando a compreender que não era o lugar mais adequado para alguém do Sul.
Pisou com suas botas as endurecidas camadas de neve que tinham ido acumulando-se depois das recentes tormentas.
Tinha nevado tanto, tinha esfriado tantas vezes, que temia que toda aquela neve não desaparecesse por completo até o mês de junho.
Apesar de ir vestido com pesadas roupas de lã, como um autêntico nortista, qualquer um poderia haver-se dado conta de que não levava muito tempo ali. ~
Sua pele era escura, com o permanente bronzeado próprio de alguém acostumado ao calor e ao sol do Sul. Media mais de um metro e oitenta, estatura que não destacava especialmente em Kentucky ou Virginia. Mas era muito mais alto que os magros e compactos homens da Nova Inglaterra, e, além disso, olhava fixamente com seus olhos azuis, o qual parecia incomodá-los. 
Em sua terra os estranhos se saudavam ao cruzar-se pela rua; no Norte, parecia que não se tinha o direito de olhar alguém nos olhos se não fosse de sua família, velho amigo ou compartilhava com ele algum negócio. Perguntou-se por que as pessoas de Massachusetts não se davam conta de quão estranhas eram. 
Não havia explicação alguma para sua frieza e sua rigidez, nem para aquele condenado senso de humor de que faziam ornamento. Talvez fosse coisas do clima.
Seus pensamentos lhe fizeram sorrir —um cálido e brilhante sorriso que, tempos atrás, tinha cativado às mulheres do condado de Henrico—, e apertou a mão, coberta com uma luva, ao redor da tocha enquanto ia em busca de lenha. 
Estava acostumado a esgotar com rapidez a madeira e o carvão em seu empenho por manter aquecida a pequena casa que tinha comprado à primavera anterior. Fazia tanto frio fora que lhe resultava difícil assobiar, mas mesmo assim se entreteve interpretando uma aceitável versão de “All Quiet along the Potomac Tonight”, uma das melodias mais populares durante a guerra. 
Tinha-a composto um nortista, mas uma boa canção era uma boa canção fosse quem fosse seu autor.
Seus passos diminuiram e seu assobio se esfumou quando lhe pareceu escutar um tênue ruído proveniente do rio. 
Vivia um pouco acima da beira, assim que o tranquilo som chegou até ele flutuando, levado pela brisa, dispersando-o entre as árvores e fazendo que resultasse difícil escutá-lo com claridade. Mas quase podia assegurar que se tratava da voz de uma mulher.
Não podia morrer, não desse modo, nesse lugar. Ter atravessado o rio gelado por esse ponto em vez de caminhar os trezentos metros que faltavam até a ponte tinha sido uma completa estupidez, mas ela não merecia algo assim; de fato, ninguém o merecia. 
Depois do sobressalto inicial de ver-se atravessar a superfície e cair na água, Lucy tinha lutado violentamente com os pedaços de gelo que flutuavam a seu redor, incapaz de encontrar um ponto de apoio até que suas mãos deram com um dos extremos do buraco em que havia caído. 
Nesses escassos cinco segundos, a água tinha impregnado em suas roupas e o frio lhe chegava até os ossos. Tudo tinha acontecido com grande rapidez, em um abrir e fechar de olhos. 
O ar lhe saía do mais profundo de seus pulmões enquanto se esforçava por sair da água, mas suas luvas de cachemira escorregavam sobre o gelo uma e outra vez. Cada vez que uma de suas tentativas fracassava, afundava-se até o queixo.
—Que alguém me ajude! So... socorro! —Falhou-lhe a voz ao olhar para a paisagem nevada que se estendia além da costa, cercada pela neblina de fumaça que saíam das chaminés das casas próximas. Gritar não ia adiantar, e, além disso, a fazia perder forças, mas seguiu fazendo-o, intercalando palavras e soluços—. Estou em... a água... que alguém... ajude-me...



31 de agosto de 2012

Apaixonados ao Entardecer

Série Hathaways

Como um amante dos animais e da natureza, Beatrix Hathaway sempre achou o ar livre mais confortável do que no salão.
Mesmo tendo participado anteriormente da temporada de Londres, a beleza clássica de Beatrix de espírito livre nunca foi atrativa e por isso não foi seriamente cortejada ... e ela se resignou com o destino de nunca encontrar o amor.
Chegou o momento da não convencional irmã Hathaway se contentar com um homem simples, apenas para evitar o celibato.
O Capitão Christopher Phelan é um soldado bonito e ousado que planeja se casar com a amiga de Beatrix, a vivaz Prudence Mercer, quando retornar da guerra no exterior.
Mas, como ele explica em suas cartas a Pru, a vida no campo de batalha escureceu a sua alma e está se tornando claro que Christopher não vai voltar como o mesmo homem.
Quando Beatrix descobre a decepção de Pru, ela decide ajudar respondendo as cartas de Christopher para ela.
Logo a correspondência entre Beatrix e Christopher se transforma em algo gratificante e profundo ... e quando Christopher chega em casa, ele está determinado a reivindicar a mulher que ele ama.
O que começou como um engano inocente por parte de Beatrix resultou na agonia de um amor não correspondido e uma paixão que não pode ser negada...

Capítulo Um


Hampshire, Inglaterra
Oito meses antes

Tudo começou com uma carta. 
Para ser preciso, foi à menção do cão. 
– E o cão? – Perguntou Beatrix Hathaway – O que diz do cão?
Sua amiga Prudence, a beleza reinante do condado de Hampshire, levantou a vista da carta que tinha sido enviada por seu pretendente, o capitão Christopher Phelan.
Apesar de não ser próprio de um cavalheiro manter correspondência com uma moça solteira, dispôs–se o envio de cartas de ida e volta com a cunhada de Phelan como um intermediário.
Prudence lhe enviou um gesto fingido.
– Realmente, B, mostras muito mais interesse em um cão e nunca pelo capitão Phelan.
– O Capitão Phelan não necessita de meu interesse – disse Beatrix pragmática – Ele tem a atenção de cada senhorita casadoura de Hampshire. Além disso, optou por ir à guerra, e estou segura de que ele está tendo um momento encantador pavoneando–se por aí com seu elegante uniforme.
– Não é absolutamente elegante. – foi a resposta sombria de Prudence – De fato, seu novo regimento usa uniformes terríveis, muito ordinários, de cor verde escura com adornos negros, e não o ouro ou o cordão trançado absolutamente. E quando lhe perguntei por que, o capitão Phelan disse que era para ajudar aos fuzileiros a ficar escondidos, o que não tem sentido, pois como todo mundo sabe, um soldado britânico é muito valente e orgulhoso para ocultar–se durante a batalha. Mas Christopher, quer dizer, o capitão Phelan disse que tinha algo que ver com... OH! Usou uma palavra francesa.
– Camouflage? – perguntou Beatrix, intrigada.
– Sim, como soube?
– Muitos animais têm formas de se camuflarem eles mesmos para não ser vistos. Camaleões, por exemplo. Ou a forma em plumagem de um mocho pintalgado é para ajudar a que se mesclem com a casca de sua árvore. Dessa maneira…
– Céus, Beatrix, não inicie outra conferência sobre os animais.
– Vou parar se me falar sobre o cão.
Prudence lhe entregou a carta.  

Série Hathaways
2 - Seduza-me ao Amanhecer
3 - Tentação ao Pôr-do-sol (Não será traduzido)
4 - Manhã de Núpcias (Não será traduzido)
5 - Apaixonados ao Entardecer
Série Concluída