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6 de setembro de 2018

O Cortejo

Série Windham
Percival Windham é um segundo filho e um oficial de cavalaria aclamado e respeitado por seus homens. 

Ele é imensamente atraente e se distrai com as mulheres que parecem se atirar nele em cada turno, até que em uma festa na casa de campo ele conhece a linda e reservada Esther Himmelfarb.
A penas Percy parece ver a inteligência impressionante sob seu comportamento modesto. Percy a vê como a companheira perfeita e ela encontra nele o homem dos seus sonhos.
Capítulo Um

— Fala-se que ele só cheira rapé nos seios nus de suas amantes.
Esther Himmelfarb reorganizou suas cartas e sufocou um bufo às mais ridículas observações de Charlotte Pankhurst.
Herodia Bellamy jogou a rainha de ouros na mesa.
— Fala-se que ele toma banho frequentemente, mas raramente sozinho.
— Uma tarefa árdua — Esther murmurou — dado o tamanho do homem em relação à banheira normal. Sua vez, Lady Zephora.
— Eu sei de fato — Lady Zephora disse suavemente — que tanto Lorde Anthony quanto Lorde Percival foram ordenados por Sua Graça, a mãe deles, para tomar noivas este ano.
Esther continuou estudando suas cartas enquanto as damas catalogavam os muitos atributos positivos do Coronel Lorde Percival Windham.
Seus arrebatamentos correspondiam quase exatamente à lista de Esther das deficiências do homem.
— Ele é tão bonito. — Charlotte murmurou. — E é tudo genuíno — o cabelo dourado, os músculos, a altura.
— Os sonhadores olhos azuis — acrescentou Herodia. — Quando ele olha para você, é como se estivesse tentando transmitir que te ama simplesmente na maneira como olha.
Para não ficar para trás, Zephora declarou o que Charlotte e Herodia sem dúvida tinham ouvido repetidamente de suas mães.
— Sua esposa sempre teria um título de cortesia, e algum dia poderia se tornar a próxima Duquesa de Moreland.
O que no exterior era muito, já que significava a morte do atual duque — um cavalheiro tão vigoroso quanto digno — como também a morte do atual herdeiro ducal, Lorde Pembroke, uma alma justa cujo maior pecado foi ter concebido apenas duas filhas em dez anos de casamento.
— Considere — disse Esther, juntando as cartas — a atual duquesa seria sua sogra quando você se casasse com Lorde Percival. Se ela tem autoridade para chamar oficiais comissionados de seus alojamentos a serviço de Sua Majestade, imagine o poder que teria sobre uma simples nora.
— Lorde Percy não permitiria que ela se intrometesse. — Charlotte fungou. — Você só está com inveja, Esther, porque uma garota sem título ou dote não pode mirar tão alto.
O golpe foi inesperado, já que essas conclusões raramente eram pronunciadas em voz alta. Elas eram aceitas como conhecimento comum, o que geralmente permitia a Esther o presente indireto da privacidade de ser insignificante.
— Esther é bonita, de boa reputação, bem-educada nas artes domésticas e bem-nascida — apontou Herodia. — Pare de ser capciosa, Charlotte, para que os cavalheiros não a ouçam.
Essa repreensão não pareceu a Esther como uma defesa, porque não era. Herodia estava aproveitando uma oportunidade para parecer superior a Charlotte, nada mais.
— Eu posso mirar tão alto quanto queira. — disse Esther, embaralhando o baralho em uma pilha organizada. — Embora mirar sozinha tenha pouca gratificação. Devo repartir novamente?
Enquanto os Lordes Percival e Anthony Windham estivessem na sala conversando com a anfitriã perto da tigela de ponche, Esther teria que permanecer como a quarta no jogo. O jogo — ou o que fingia ser ele — continuou, enquanto Esther fez uma oração silenciosa para que as próximas semanas se passassem tão rapidamente — e da forma mais indolor — possível.
— Eu conheço esse olhar, Percy. — Tony manteve a voz baixa, graças a Deus, porque Lady Morrisette estava a apenas alguns metros de distância, agarrada ao braço de Sua Graça, o Duque de Quimbey.
Percival Windham não parou a sua análise da jovem loira sentada em uma mesa de cartas do outro lado da sala de estar. Ela possuía uma quietude em si, uma serenidade que atraía os olhos mais do que todos os olhares de flerte e peitos empoados na sala.
— Que olhar?
— Você está se apaixonando novamente. Eu já vi isso pelo menos uma dúzia de vezes. Sua Graça se regozijará ao saber disso.
— Eu não me apaixono, Anthony. Eu caio na cama, ou de vez em quando em armários de linho, quartos de vestir privados, castelos isolados, esse tipo de coisa. — Percival tomou um gole de ponche decente e jogou um olhar direto para seu irmão mais novo. — E Sua Graça não escutará nenhum pio de você, a menos que queira que eu a avise sobre um certo encontro que você teve com a Srta. Gladys Holsopple antes de deixar a cidade.
O sorriso de Tony era irremediavelmente indefeso.
— Gladys Holsopple é deliciosa e não se preocupa muito com o apropriado quando ninguém está olhando. Uma fêmea estimável. E você não precisa se preocupar que eu o delate, temos Mannering para isso.
Mannering, o valete que eles estariam compartilhando durante a festa em casa. Percival virou seus pensamentos em uma direção mais otimista e gesticulou um pouco com a taça.
— Quem é a bonita jogadora?
Enquanto parecia arrumar a renda em seu punho, Tony olhou para o outro lado da sala.
— Herodia Bellamy. Com bom dote, dizem que seu pai tem acesso privilegiado ao Bute[1]. Dança bem e não ri.
Tony foi um dos melhores oficiais de reconhecimento já enviados para o Canadá, onde seus talentos foram claramente desperdiçados.
— Não ela. Ela quase tentou entrar no meu quarto na última semana no Heckenbaum. A bonita. — Aquela que fazia até o ato de organizar suas cartas um exercício de graciosidade.
— Lady Zephora Needham. Seu pai é o Conde de Needham, e eles dizem que levam duas horas para arrumar todos os laços no cabelo da menina.
Tony com um humor provocante era um fardo, de fato.
— Não ela, e não aquela fofoqueira zombadora da Pankhurst também. Aquela com o cabelo não empoado. Eu não a vi antes.




16 de abril de 2017

O Cortejo

Série Família Sherbrook
Helen é uma mulher alta ― mais baixa do que Heatherington apenas cinco centímetros ― uma atarefada e resoluta proprietária de sua própria pousada.


Ela adora seu pai, Lorde Prith, e quer encontrar a “lâmpada mágica do Rei Edward” mais do que tudo. É a sua única paixão ― até que ela conhece Heatherington.
Spenser Heatherington, Lorde Beecham, é um mulherengo de renome, um solteirão resoluto, e realmente gosta de sua vida. Quando ela o joga no chão e se senta sobre ele, este finalmente admite que vá sucumbir a ela, mas ela o informa, para seu desgosto, que não quer um amante, quer um parceiro. Mas as coisas funcionam um pouco diferente do que qualquer um dos dois esperava. Na verdade, Heatherington, se sentindo frustrado, toma medidas drásticas para mudar as ideias da moça. Será que eles encontrarão a lâmpada de Helen? Há mais neste tesouro que qualquer um deles sabe? Procurar e descobrir...

Capitulo Um

Londres 1811, 14 de maio, Pouco antes da meia-noite
Lorde Beecham parou abruptamente. Ele virou-se tão rapidamente que quase tropeçou em um grande vaso de palmeira. Ele não podia acreditar. Ele tinha que estar errado. 
Ela não poderia ter dito isso, poderia? Ele olhou para a mulher que acabara de ouvir falar. Ele abriu duas grandes folhas de palmeira e olhou para a biblioteca do Sanderling, uma longa, estreita, sala forrada de prateleiras ao lado do salão. Enquanto a biblioteca estava cheia de tomos escuros, teias de aranha nos cantos sombrios, e apenas um pequeno ramo de velas iluminando as sombras, o salão estava cheio de velas acesas, plantas, e pelo menos duas centenas de convidados, todos rindo, dançando, e bebendo muito do potente ponche de champanhe. 
 A mulher que ele tinha ouvido antes falou novamente. Ele deu um passo mais perto da biblioteca mal iluminada. Sua voz era rica, tentadora, cheia de risos. —Realmente, Alexandra, —ela disse, —não é apenas o simples pensamento da disciplina; só de ouvir a palavra, dizê-la lentamente para si mesma e deixá-la acariciar sua língua quando você a diz, não é o mesmo que conjurar todos os tipos de deliciosas cenas de dominação? Você não pode ver apenas a si mesma? Você está completamente à mercê de outro, essa pessoa está em total controle, e não há nada que você possa fazer. Sabe de uma coisa que vai acontecer e você está temendo isso, o seu coração está batendo, você está com medo, muito medo, mas é um delicioso tipo de medo o que sente. Você sabe, no fundo, que está antecipando o que está por vir. Você mal pode esperar que ele venha, e não há nada que você possa fazer a não ser imaginar o que ele fará com você. 
Ah, sim, sua pele está ondulando com a emoção. Houve um silêncio mortal. 
Espere, foi uma respiração pesada que ouviu? Lorde Beecham, cuja imaginação muito ativa tinha evocado uma visão de si mesmo em pé sobre uma mulher bonita, sorrindo para ela enquanto amarrava suas mãos sobre a cabeça e depois suas pernas, em propagação para sua cama, sabendo que em apenas alguns minutos, ele iria retirar sua roupa, uma linda peça de cada vez, lentamente, muito lentamente, e... 
 —Oh, Deus, Helen. Eu tenho que me abanar. Creio que o meu peito está palpitando. Você é muito boa em criar figuras com as palavras. O que você descreveu soa terrível e maravilhoso. É algo que me faz ficar com água na boca. Também soa como uma grande produção que requer muito planejamento. 
 —Ah, sim, mas isso é parte do ritual. É muito importante que o mesmo seja planejado perfeitamente. Você faz parte do ritual, a parte mais importante, você é a única no controle. Ele requer que você seja constantemente inventiva, que não continue utilizando as mesmas disciplinas com o passar do tempo. Lembre-se, a antecipação de algo desconhecido é uma coisa muito poderosa. Para ser eficaz, a disciplina deve constantemente crescer e mudar. Na maioria dos casos, é eficaz ter outras pessoas por perto para testemunhar a disciplina. Isso faz com que o destinatário fique ainda mais assustado, seus sentidos mais elevados, seus pensamentos mais focados. É um processo incrível. Você terá que tentar. Ambos os lados da mesma. O mais profundo silêncio se seguiu. 
Tentar?








Série Família Sherbrook