Trilogia Lordes Perdidos
Uma promessa para sempre!
Exteriormente, Lauren Fairfield é um modelo de mulher nobre e sofisticada.
Em seu coração, porém, ela anseia por um amor perdido... Por isso Lauren quase desmaia quando descobre que o atraente cavalheiro recém-chegado à Londres, é ninguém mais ninguém menos que Tom Warner, o rapaz por quem ela um dia se apaixonou!
Tom está em Londres para reivindicar o título de conde de Sachse, e também para honrar um juramento feito no passado à uma linda jovem, uma promessa escandalosa que nenhuma dama de respeito ousaria cumprir...
O futuro de Tom é a aristocracia, e Lauren jamais poderia amar um nobre pedante e dominador. Mas a chama que ela um dia acendeu no coração de Tom ainda arde, e ele não descansará enquanto não provar à orgulhosa e relutante beldade que "para sempre" é uma promessa a ser cumprida...
Capítulo Um
Londres, 1880
— Disseram que é diabolicamente bonito. — E também assustadoramente incivilizado!
— Não me surpreendo. Afinal, é americano, não é?
— Na verdade, não. Pode ter crescido na América do Norte, mas o sangue dele é tão inglês quanto o seu e o meu. — Ainda bem. — Ouvi dizer também que ele tem mais dinheiro que a rainha.
— Pois ouso falar que vai precisar de todo esse dinheiro para arranjar uma esposa. Qual de nós desejaria se casar com um selvagem? Quem na verdade? Sentada na sala de estar da casa do padrasto, Lauren Fairfield observava as jovens falando da vida alheia.
Apesar de ter nascido na América do Norte, procurava se portar como uma dama inglesa discreta, não expressando o que realmente pensava sobre tudo aquilo. Não contribuíra com nenhuma palavra àquela conversa ridícula, pura especulação, baseada em mexericos.
O que Lauren sabia era que aquelas jovens fariam exatamente o contrário do que declaravam. Tudo o que mais queriam era se casar com esse selvagem rico, bonito e solteiro. Se o matrimônio não fosse possível, desejariam ao menos viver uma aventura com esse homem.
Lauren tinha de se esforçar para continuar ali, fingindo que estava adorando a inesperada reunião. Lembrou-se de como havia sido difícil que essas mesmas jovens a aceitassem no grupo. Quantas gafes cometera quando ainda não tinha se ajustado aos costumes da sociedade inglesa. A sala foi tomada pelo silêncio por alguns instantes. Finalmente, Lady Blythe estendeu a mão e tocou a de Lauren
— Oh, minha querida, nós a ofendemos ao nos referir à natureza bárbara dos americanos? — Não pretendíamos fazê-lo — Cassandra acrescentou. —Ninguém nem sequer imaginaria que você também é americana, por isso vivemos nos esquecendo desse detalhe. O que eu diria ser um grande elogio. Transformou-se em um exemplo de dama inglesa. As outras moças concordaram imediatamente.
Como elas, Lauren vestia-se de acordo com a moda mais recente: uma elegante saia que acentuava a cintura fina e estreitava os quadris. Suspeitava que essa moda não favorecia Lady Blythe e tampouco Cassandra. As duas não ficavam bem de saia justa.
Que pensamento mais cruel. Lauren não gostava de ficar observando os pontos fracos das conhecidas. Mas como reprimir seu lado americano, que apreciava o pensamento livre? Respirou fundo. Talvez estivesse cansada de se portar como uma dama. Não estava naquela sala por vontade própria. As regras da boa educação a mandavam agir como anfitriã.
As quatro jovens nobres, ricas e ainda solteiras haviam aparecido sem qualquer convite, justificando a inesperada visita com a desculpa esfarrapada de que queriam comentar a novidade que vinha escandalizando Londres inteira. Lauren tinha sido obrigada a recebê-las, já que a mãe e as irmãs estavam fazendo compras.
—Fico profundamente encantada de saber que me têm em tão alto conceito — Lauren respondeu, mais por hábito do que por qualquer outra coisa. Ela e as irmãs tinham passado horas e horas praticando reações fingidas ao ouvirem os falsos elogios na corte, assim as respostas pareceriam pelo menos sinceras.
Algumas vezes, Lauren sentia-se descontente demais com o rumo que sua vida tomara. Tudo parecia fazer parte de uma encenação teatral, com as falas previamente escritas e ensaiadas. Vez por outra, às escondidas, fazia alguma travessura e sentiase refeita com isso.
— Não há nada pior do que um americano não educado. — Quem expôs essa opinião nada simpática foi Cassandra.
Trilogia Lordes Perdidos
1 - Para Amar Outra Vez
2 - Navegando pela Tentação
3 - Paixão Selvagem
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17 de outubro de 2011
21 de outubro de 2009
Paixão Selvagem
Série Vikings
Irlanda e Inglaterra, 910
Ilha do desejo
Mirana é uma mulher mais astuta que muitos homens, e leal a seus princípios. Entretanto, sua vida muda drasticamente no dia em que um guerreiro viking e seus homens invadem Clontarf, uma fortaleza na costa leste da Irlanda, e a leva como refém, para ser usada como garantia contra seu irmão, a quem desejam matar.
Feroz e selvagem como o Mar do Norte durante o inverno, Rorik é o lorde de Hawkfell, uma ilha ao largo da costa leste da Inglaterra.
No entanto, no momento em que leva sua prisioneira para casa, parece que tudo começa a fugir ao controle. E o maior dos problemas que tem de enfrentar não é a sede de vingança de seu povo, que deseja o sangue da refém, nem a ameaça de um assassino à solta, mas sim a atração irresistível e o desejo ardente que sente por Mirana...
Capítulo Um
Clontarf, Irlanda,Fortaleza dinamarquesa, 910
Ao atravessar a prancha sobre a profunda ravina, Rorik olhou para trás e levou o dedo sobre os lábios, indicando a Hafter e Sculla, seus acompanhantes, que fizessem silêncio.
Porém, não havia necessidade de silêncio absoluto, pois raios riscavam o céu noturno, seguidos de trovões que estrondavam mais alto e com mais força do que o encontro dos deuses numa batalha.
A claridade no céu e o tremor da terra eram tão contínuos quanto à chuva torrencial que branquejava tudo ao redor, tornando difícil enxergar dois passos à frente.
Mas Rorik sabia exatamente o que tinha de fazer.
Tudo estava correndo como fora planejado. Ele fez um breve aceno para os dois homens e deu um sorriso.
Einar estava na fortaleza. Tinha de estar.
Uma semana antes Aslak enviara a Rorik a mensagem afirmando que Einar se encontrava ali. Aquela feiticeira, com toda certeza, havia mentido quando gritara do alto da muralha que Einar estava em Dublin, no castelo do rei.
A maldita mulher, provavelmente uma prostituta, devia ser amante de Einar e estava tentando protegê-lo.
Rorik e seus homens alcançaram a porta dos fundos da fortaleza, muito pesada e sólida, capaz de suportar um ataque violento, mas que estava destrancada.
Aslak prometera cuidar desse detalhe.
Rorik empurrou a porta com cuidado, fez sinal para Hafter e Sculla se aproximarem e seguirem-no de perto. Desembainhou a espada e ia entrar quando, de repente, um homem gritou:
— Peguem-no! Ele não tem para onde ir. Não o matem!
Olhando para trás, Rorik viu três homens de espada em punho, atravessando a larga prancha sobre a ravina.
A frente dele havia doze homens também armados, prontos para atacar. Rorik não se importou. Se quisesse, poderia recuar e acabar com os três homens que estavam atravessando a prancha, mas não iria fazer isso.
Estava louco, sedento de sangue e determinado a seguir seu plano.
Sabia que Einar estava entre os doze homens à sua frente.
Como nunca o tinha visto, gritou o nome dele, chamou-o de covarde, de assassino, provocou-o e desafiou-o para uma luta.
— Einar! Einar!
Os guerreiros mantiveram-se bem unidos para esconder Einar, para protegê-lo. Devagar, foram avançando na direção de Rorik, seus escudos e espadas levantados.
Com um grito de fúria, o sangue fervendo nas veias, Rorik atirou-se sobre eles.
Tudo o que o cérebro registrava era o desejo frenético de matar.
Einar devia estar ali.
O covarde usava seus homens como escudo para se proteger.
Mas Rorik iria encontrá-lo e atravessar sua garganta com a espada.
Ouviu um grito de dor, depois outro e mais outro. Não se deteve.
— Einar!
Novamente ouviu a ordem às suas costas.
— Não o matem!
Série Viking
1 - Season of the Sun
2 - Paixão Selvagem
3 - O Lord de Raven's Peak
4 - A Senhora de Falcon Ridge
Irlanda e Inglaterra, 910
Ilha do desejo
Mirana é uma mulher mais astuta que muitos homens, e leal a seus princípios. Entretanto, sua vida muda drasticamente no dia em que um guerreiro viking e seus homens invadem Clontarf, uma fortaleza na costa leste da Irlanda, e a leva como refém, para ser usada como garantia contra seu irmão, a quem desejam matar.
Feroz e selvagem como o Mar do Norte durante o inverno, Rorik é o lorde de Hawkfell, uma ilha ao largo da costa leste da Inglaterra.
No entanto, no momento em que leva sua prisioneira para casa, parece que tudo começa a fugir ao controle. E o maior dos problemas que tem de enfrentar não é a sede de vingança de seu povo, que deseja o sangue da refém, nem a ameaça de um assassino à solta, mas sim a atração irresistível e o desejo ardente que sente por Mirana...
Capítulo Um
Clontarf, Irlanda,Fortaleza dinamarquesa, 910
Ao atravessar a prancha sobre a profunda ravina, Rorik olhou para trás e levou o dedo sobre os lábios, indicando a Hafter e Sculla, seus acompanhantes, que fizessem silêncio.
Porém, não havia necessidade de silêncio absoluto, pois raios riscavam o céu noturno, seguidos de trovões que estrondavam mais alto e com mais força do que o encontro dos deuses numa batalha.
A claridade no céu e o tremor da terra eram tão contínuos quanto à chuva torrencial que branquejava tudo ao redor, tornando difícil enxergar dois passos à frente.
Mas Rorik sabia exatamente o que tinha de fazer.
Tudo estava correndo como fora planejado. Ele fez um breve aceno para os dois homens e deu um sorriso.
Einar estava na fortaleza. Tinha de estar.
Uma semana antes Aslak enviara a Rorik a mensagem afirmando que Einar se encontrava ali. Aquela feiticeira, com toda certeza, havia mentido quando gritara do alto da muralha que Einar estava em Dublin, no castelo do rei.
A maldita mulher, provavelmente uma prostituta, devia ser amante de Einar e estava tentando protegê-lo.
Rorik e seus homens alcançaram a porta dos fundos da fortaleza, muito pesada e sólida, capaz de suportar um ataque violento, mas que estava destrancada.
Aslak prometera cuidar desse detalhe.
Rorik empurrou a porta com cuidado, fez sinal para Hafter e Sculla se aproximarem e seguirem-no de perto. Desembainhou a espada e ia entrar quando, de repente, um homem gritou:
— Peguem-no! Ele não tem para onde ir. Não o matem!
Olhando para trás, Rorik viu três homens de espada em punho, atravessando a larga prancha sobre a ravina.
A frente dele havia doze homens também armados, prontos para atacar. Rorik não se importou. Se quisesse, poderia recuar e acabar com os três homens que estavam atravessando a prancha, mas não iria fazer isso.
Estava louco, sedento de sangue e determinado a seguir seu plano.
Sabia que Einar estava entre os doze homens à sua frente.
Como nunca o tinha visto, gritou o nome dele, chamou-o de covarde, de assassino, provocou-o e desafiou-o para uma luta.
— Einar! Einar!
Os guerreiros mantiveram-se bem unidos para esconder Einar, para protegê-lo. Devagar, foram avançando na direção de Rorik, seus escudos e espadas levantados.
Com um grito de fúria, o sangue fervendo nas veias, Rorik atirou-se sobre eles.
Tudo o que o cérebro registrava era o desejo frenético de matar.
Einar devia estar ali.
O covarde usava seus homens como escudo para se proteger.
Mas Rorik iria encontrá-lo e atravessar sua garganta com a espada.
Ouviu um grito de dor, depois outro e mais outro. Não se deteve.
— Einar!
Novamente ouviu a ordem às suas costas.
— Não o matem!
Série Viking
1 - Season of the Sun
2 - Paixão Selvagem
3 - O Lord de Raven's Peak
4 - A Senhora de Falcon Ridge
Série Vikings
2- PAIXÃO SELVAGEM
Irlanda e Inglaterra, 910
Ilha do desejo
Mirana é uma mulher mais astuta que muitos homens, e leal a seus princípios. Entretanto, sua vida muda drasticamente no dia em que um guerreiro viking e seus homens invadem Clontarf, uma fortaleza na costa leste da Irlanda, e a leva como refém, para ser usada como garantia contra seu irmão, a quem desejam matar.
Feroz e selvagem como o Mar do Norte durante o inverno, Rorik é o lorde de Hawkfell, uma ilha ao largo da costa leste da Inglaterra.
No entanto, no momento em que leva sua prisioneira para casa, parece que tudo começa a fugir ao controle. E o maior dos problemas que tem de enfrentar não é a sede de vingança de seu povo, que deseja o sangue da refém, nem a ameaça de um assassino à solta, mas sim a atração irresistível e o desejo ardente que sente por Mirana...
Capítulo Um
Clontarf, Irlanda,Fortaleza dinamarquesa, 910
Ao atravessar a prancha sobre a profunda ravina, Rorik olhou para trás e levou o dedo sobre os lábios, indicando a Hafter e Sculla, seus acompanhantes, que fizessem silêncio.
Porém, não havia necessidade de silêncio absoluto, pois raios riscavam o céu noturno, seguidos de trovões que estrondavam mais alto e com mais força do que o encontro dos deuses numa batalha.
A claridade no céu e o tremor da terra eram tão contínuos quanto à chuva torrencial que branquejava tudo ao redor, tornando difícil enxergar dois passos à frente.
Mas Rorik sabia exatamente o que tinha de fazer.
Tudo estava correndo como fora planejado. Ele fez um breve aceno para os dois homens e deu um sorriso.
Einar estava na fortaleza. Tinha de estar.
Uma semana antes Aslak enviara a Rorik a mensagem afirmando que Einar se encontrava ali. Aquela feiticeira, com toda certeza, havia mentido quando gritara do alto da muralha que Einar estava em Dublin, no castelo do rei.
A maldita mulher, provavelmente uma prostituta, devia ser amante de Einar e estava tentando protegê-lo.
Rorik e seus homens alcançaram a porta dos fundos da fortaleza, muito pesada e sólida, capaz de suportar um ataque violento, mas que estava destrancada.
Aslak prometera cuidar desse detalhe.
Rorik empurrou a porta com cuidado, fez sinal para Hafter e Sculla se aproximarem e seguirem-no de perto. Desembainhou a espada e ia entrar quando, de repente, um homem gritou:
— Peguem-no! Ele não tem para onde ir. Não o matem!
Olhando para trás, Rorik viu três homens de espada em punho, atravessando a larga prancha sobre a ravina.
A frente dele havia doze homens também armados, prontos para atacar. Rorik não se importou. Se quisesse, poderia recuar e acabar com os três homens que estavam atravessando a prancha, mas não iria fazer isso.
Estava louco, sedento de sangue e determinado a seguir seu plano.
Sabia que Einar estava entre os doze homens à sua frente.
Como nunca o tinha visto, gritou o nome dele, chamou-o de covarde, de assassino, provocou-o e desafiou-o para uma luta.
— Einar! Einar!
Os guerreiros mantiveram-se bem unidos para esconder Einar, para protegê-lo. Devagar, foram avançando na direção de Rorik, seus escudos e espadas levantados.
Com um grito de fúria, o sangue fervendo nas veias, Rorik atirou-se sobre eles.
Tudo o que o cérebro registrava era o desejo frenético de matar.
Einar devia estar ali.
O covarde usava seus homens como escudo para se proteger.
Mas Rorik iria encontrá-lo e atravessar sua garganta com a espada.
Ouviu um grito de dor, depois outro e mais outro. Não se deteve.
— Einar!
Novamente ouviu a ordem às suas costas.
— Não o matem!
3- A SENHORA DE FALCON RIDGE
Normandia, 922
Um plano infalível
Quando Chessa, princesa da Irlanda,
foi raptada por Ragnor de York, Cleve se empenhou em resgatá-la, pois fora ele quem negociara o casamento dela com William da Normandia, e sua palavra estava em jogo. Mas uma tempestade levou Chessa e seus raptores a Hawkfell Island, e a situação se complicou...
Quando Cleve chegou a Hawkfell Island, ficou surpreso ao descobrir que Chessa não queria se casar com Ragnor, nem com William. Ela queria se casar com ele!
No entanto, a paixão que unia Cleve e Chessa seria posta à prova, porque antes de fugirem juntos para Falcon Ridge, o lar de Cleve, eles teriam de enfrentar a fúria de dois homens poderosos, além de outros perigos que os aguardavam ao longo do
caminho...
Capítulo Um
Fazenda Malverne, Vestfold, Noruega, ano de 922.
Cleve teve o sonho pela primeira vez no terceiro aniversário de sua filha. Era uma noite de pleno verão, quando não escurecia totalmente, e a atmosfera se mantinha em um cinza-escuro suave até o amanhecer.
Viu-se no alto de um penhasco estreito, escutando os sons e aspirando o ar quente e úmido. Mais abaixo, corria uma cascata ruidosa, que se estreitava em um trecho da encosta antes de se abrir com violência sobre um paredão de meia altura e despencar a perder de vista.
Ao seu redor, árvores frondosas e flores amarelas e púrpuras, que pareciam brotar das rochas. Grandes pedras arredondadas e rochas fragmentadas espalhavam-se pelo matagal.
Uma névoa fina desceu sobre ele e o fez estremecer de frio. Em uma reação instintiva, Cleve apertou a capa de lã em torno do corpo.
Um pônei negro, com uma estrela branca na testa, o esperava lá embaixo.
Embora fosse pequeno, parecia ter o tamanho ideal. Nem o animal, nem a região rochosa, nem a névoa lhe eram desconhecidas. O cenário e o aroma doce e suave comprimiam-lhe a garganta.
A pele de lobo solta nas costas do pônei ficou torta quando ele montou.
Em seguida, ele disparou pela cam¬pina onde se multiplicavam flores brilhantes, as quais espalhavam no ar seu cheiro adocicado.
A névoa fina e gelada cessou, e o sol apareceu, esplendoroso. O calor logo se tornou intenso, e ele sentiu o suor molhando a testa.
O pônei chegou até a extremidade da campina e virou em uma trilha rumo ao Leste. Então ele deteve o animal e o fez seguir na direção oposta.
O suor ardia em seus olhos e molhava suas axilas. A idéia de ir para o Leste o deixava com dor no estômago.
Queria fugir para bem longe, para não ver...
Mas o quê?
Sacudiu a cabeça de um lado a outro. Não queria voltar, mas não havia alternativa.
De repente, ele estava lá, olhando a enorme residência de madeira com telhado de colmo e ripas.
Uma fortaleza. O silêncio imperava apesar de homens e mulheres estarem trabalhando nos campos, carregando lenha, cuidando das crianças. Não se ouviam risos, conversas, nem brincadeiras.
De repente escutou vozes vindo de dentro da fortaleza, mas não quis entrar.
Os sons se tornaram mais altos quando a enorme porta de madeira foi aberta.
Apesar da fumaça proveniente da lareira funda e central, ele pôde ver os homens afiando os machados e polindo os elmos.
Mulheres teciam, costuravam e cozinhavam. Embora tudo parecesse normal, ele quis fugir dali, mas não pôde.
Então ele a viu: loira, de cabeça baixa, pequena e indefesa.
Série Viking
1. Season of the Sun (1991)
2. Paixão Selvagem
3. O Lord de Raven's Peak
4. A Senhora de Falcon Ridge
Irlanda e Inglaterra, 910
Ilha do desejo
Mirana é uma mulher mais astuta que muitos homens, e leal a seus princípios. Entretanto, sua vida muda drasticamente no dia em que um guerreiro viking e seus homens invadem Clontarf, uma fortaleza na costa leste da Irlanda, e a leva como refém, para ser usada como garantia contra seu irmão, a quem desejam matar.
Feroz e selvagem como o Mar do Norte durante o inverno, Rorik é o lorde de Hawkfell, uma ilha ao largo da costa leste da Inglaterra.
No entanto, no momento em que leva sua prisioneira para casa, parece que tudo começa a fugir ao controle. E o maior dos problemas que tem de enfrentar não é a sede de vingança de seu povo, que deseja o sangue da refém, nem a ameaça de um assassino à solta, mas sim a atração irresistível e o desejo ardente que sente por Mirana...
Capítulo Um
Clontarf, Irlanda,Fortaleza dinamarquesa, 910
Ao atravessar a prancha sobre a profunda ravina, Rorik olhou para trás e levou o dedo sobre os lábios, indicando a Hafter e Sculla, seus acompanhantes, que fizessem silêncio.
Porém, não havia necessidade de silêncio absoluto, pois raios riscavam o céu noturno, seguidos de trovões que estrondavam mais alto e com mais força do que o encontro dos deuses numa batalha.
A claridade no céu e o tremor da terra eram tão contínuos quanto à chuva torrencial que branquejava tudo ao redor, tornando difícil enxergar dois passos à frente.
Mas Rorik sabia exatamente o que tinha de fazer.
Tudo estava correndo como fora planejado. Ele fez um breve aceno para os dois homens e deu um sorriso.
Einar estava na fortaleza. Tinha de estar.
Uma semana antes Aslak enviara a Rorik a mensagem afirmando que Einar se encontrava ali. Aquela feiticeira, com toda certeza, havia mentido quando gritara do alto da muralha que Einar estava em Dublin, no castelo do rei.
A maldita mulher, provavelmente uma prostituta, devia ser amante de Einar e estava tentando protegê-lo.
Rorik e seus homens alcançaram a porta dos fundos da fortaleza, muito pesada e sólida, capaz de suportar um ataque violento, mas que estava destrancada.
Aslak prometera cuidar desse detalhe.
Rorik empurrou a porta com cuidado, fez sinal para Hafter e Sculla se aproximarem e seguirem-no de perto. Desembainhou a espada e ia entrar quando, de repente, um homem gritou:
— Peguem-no! Ele não tem para onde ir. Não o matem!
Olhando para trás, Rorik viu três homens de espada em punho, atravessando a larga prancha sobre a ravina.
A frente dele havia doze homens também armados, prontos para atacar. Rorik não se importou. Se quisesse, poderia recuar e acabar com os três homens que estavam atravessando a prancha, mas não iria fazer isso.
Estava louco, sedento de sangue e determinado a seguir seu plano.
Sabia que Einar estava entre os doze homens à sua frente.
Como nunca o tinha visto, gritou o nome dele, chamou-o de covarde, de assassino, provocou-o e desafiou-o para uma luta.
— Einar! Einar!
Os guerreiros mantiveram-se bem unidos para esconder Einar, para protegê-lo. Devagar, foram avançando na direção de Rorik, seus escudos e espadas levantados.
Com um grito de fúria, o sangue fervendo nas veias, Rorik atirou-se sobre eles.
Tudo o que o cérebro registrava era o desejo frenético de matar.
Einar devia estar ali.
O covarde usava seus homens como escudo para se proteger.
Mas Rorik iria encontrá-lo e atravessar sua garganta com a espada.
Ouviu um grito de dor, depois outro e mais outro. Não se deteve.
— Einar!
Novamente ouviu a ordem às suas costas.
— Não o matem!
3- A SENHORA DE FALCON RIDGE
Normandia, 922
Um plano infalível
Quando Chessa, princesa da Irlanda,
foi raptada por Ragnor de York, Cleve se empenhou em resgatá-la, pois fora ele quem negociara o casamento dela com William da Normandia, e sua palavra estava em jogo. Mas uma tempestade levou Chessa e seus raptores a Hawkfell Island, e a situação se complicou...
Quando Cleve chegou a Hawkfell Island, ficou surpreso ao descobrir que Chessa não queria se casar com Ragnor, nem com William. Ela queria se casar com ele!
No entanto, a paixão que unia Cleve e Chessa seria posta à prova, porque antes de fugirem juntos para Falcon Ridge, o lar de Cleve, eles teriam de enfrentar a fúria de dois homens poderosos, além de outros perigos que os aguardavam ao longo do
caminho...
Capítulo Um
Fazenda Malverne, Vestfold, Noruega, ano de 922.
Cleve teve o sonho pela primeira vez no terceiro aniversário de sua filha. Era uma noite de pleno verão, quando não escurecia totalmente, e a atmosfera se mantinha em um cinza-escuro suave até o amanhecer.
Viu-se no alto de um penhasco estreito, escutando os sons e aspirando o ar quente e úmido. Mais abaixo, corria uma cascata ruidosa, que se estreitava em um trecho da encosta antes de se abrir com violência sobre um paredão de meia altura e despencar a perder de vista.
Ao seu redor, árvores frondosas e flores amarelas e púrpuras, que pareciam brotar das rochas. Grandes pedras arredondadas e rochas fragmentadas espalhavam-se pelo matagal.
Uma névoa fina desceu sobre ele e o fez estremecer de frio. Em uma reação instintiva, Cleve apertou a capa de lã em torno do corpo.
Um pônei negro, com uma estrela branca na testa, o esperava lá embaixo.
Embora fosse pequeno, parecia ter o tamanho ideal. Nem o animal, nem a região rochosa, nem a névoa lhe eram desconhecidas. O cenário e o aroma doce e suave comprimiam-lhe a garganta.
A pele de lobo solta nas costas do pônei ficou torta quando ele montou.
Em seguida, ele disparou pela cam¬pina onde se multiplicavam flores brilhantes, as quais espalhavam no ar seu cheiro adocicado.
A névoa fina e gelada cessou, e o sol apareceu, esplendoroso. O calor logo se tornou intenso, e ele sentiu o suor molhando a testa.
O pônei chegou até a extremidade da campina e virou em uma trilha rumo ao Leste. Então ele deteve o animal e o fez seguir na direção oposta.
O suor ardia em seus olhos e molhava suas axilas. A idéia de ir para o Leste o deixava com dor no estômago.
Queria fugir para bem longe, para não ver...
Mas o quê?
Sacudiu a cabeça de um lado a outro. Não queria voltar, mas não havia alternativa.
De repente, ele estava lá, olhando a enorme residência de madeira com telhado de colmo e ripas.
Uma fortaleza. O silêncio imperava apesar de homens e mulheres estarem trabalhando nos campos, carregando lenha, cuidando das crianças. Não se ouviam risos, conversas, nem brincadeiras.
De repente escutou vozes vindo de dentro da fortaleza, mas não quis entrar.
Os sons se tornaram mais altos quando a enorme porta de madeira foi aberta.
Apesar da fumaça proveniente da lareira funda e central, ele pôde ver os homens afiando os machados e polindo os elmos.
Mulheres teciam, costuravam e cozinhavam. Embora tudo parecesse normal, ele quis fugir dali, mas não pôde.
Então ele a viu: loira, de cabeça baixa, pequena e indefesa.
Série Viking
1. Season of the Sun (1991)
2. Paixão Selvagem
3. O Lord de Raven's Peak
4. A Senhora de Falcon Ridge
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