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22 de fevereiro de 2015

Submissa ao Guerreiro

Série MacLerie

Aidan MacLerie é bravo, destemido e leal ao clã, mas seu coração continua insatisfeito. Até conhecer a deslumbrante Catriona MacKenzie. 

Por ser uma mulher casada, Aidan jamais teria permissão para possuí-la. 
Mesmo assim, busca sua total rendição a cada beijo. 
Quando o marido de Cat é derrubado no campo de batalha, ela fica sem recursos e com a reputação em farrapos. 
Aidan é o único homem com poder para protegê-la. 
Cat precisa apenas se submeter ao seu coração de guerreiro…

Capítulo Um

Ela não era o tipo de mulher para a qual olharia, mesmo assim, chamou sua atenção.
Aidan MacLerie decidiu parar para matar a sede num poço no meio do vilarejo antes de seguir para o castelo. Seus homens tinham continuado montanha acima para encontrar suas esposas e famílias, que os aguardavam, enquanto Aidan parou para descansar. 
Adorava o vilarejo ao redor do castelo, pois costumava encontrar companhia feminina ali e raramente se desapontava.
Ele a observou se aproximar pela borda do balde, no qual tomava água. Ela não parecia estar passeando ao movimentar os quadris exuberantes ao atravessar o pátio até o poço, vinha abraçada a um balde, pressionando-o contra os seios que ele imaginou serem fartos como os quadris. Pelo lenço que usava na cabeça, ficou claro que era uma mulher casada, ou talvez o seu tipo favorito… uma viúva.
Podia se divertir com uma viúva. Além disso elas eram experientes na arte do amor e na maneira como encaravam o mundo que as rodeava, ou seja, não tinham ilusões quanto a importância de um caso amoroso em suas vidas.
Ao chegar mais perto ela sorriu, o que o deixou enrijecido e pronto para o prazer.
Ah, sim, ela seria diferente de suas companheiras de cama, mas teriam muito prazer. Sem dúvida a possuiria.
— Bom dia — ele a cumprimentou sorrindo quando ela chegou mais perto do poço. — Deixe-me ajudá-la com isso — ofereceu, estendendo a mão para pegar o balde.
— Obrigada, milorde — disse ela numa voz doce que fez o desejo espiralar por dentro dele.
A voz era feminina e tinha o tom da luxúria, assim como o restante do corpo dela. Ela gritaria o nome dele assim que a penetrasse, conduzindo-a ao ápice do prazer. Aidan se distraiu jogando o balde dentro do poço e puxando-o cheio em seguida.
— Você sabe quem sou eu? — perguntou ele. Aidan não se lembrava de tê-la encontrado antes.
— Sim, milorde — disse ela, pegando o balde das mãos dele. — Você é o filho mais velho do conde.
— Aidan — se apresentou ele, ansioso por ouvi-la pronunciar seu nome. Sentiu a masculinidade endurecida e o sangue correr mais rápido nas veias, antecipando o que estava por vir. — Meu nome é Aidan.
— Sim, milorde — respondeu ela, afastando-se depois de inclinar a cabeça com cortesia.
Mas ele não tinha intenção alguma em deixá-la escapar antes de descobrir seu nome.
— Estou em desvantagem, senhorita, pois você sabe quem sou, mas e eu não me lembro de tê-la conhecido.
— Nunca nos encontramos, milorde. Sou Catriona MacKenzie — respondeu ela, encarando-o.
Foi quando ele percebeu que talvez ela fosse mais velha do que pensara, possivelmente até mais velha que ele.
— O que uma MacKenzie está fazendo em Lairig Dubh?
A família MacKenzie tinha sido adversária dos MacLeries por um bom tempo, até que o irmão de Aidan se casara. Rob Matheson tinha forçado as duas famílias a negociarem as desavensas, o que aliviou a tensão dos dois clãs mais poderosos das Terras Altas.
— Eu me casei com Gowan MacLerie — disse ela simples e direta, o que teria desanimado qualquer homem.
Menos Aidan.
Gowan era um dos homens de Rurik e bem mais velho que Aidan. Ele era também um treinador habilidoso de guerreiros e se ausentava de Lairig Dubh com frequência, seguindo para outras propriedades do conde.
Aidan sorriu, sentindo as possibilidades a seu favor aumentarem a cada minuto. Sem qualquer intenção de deixá-la partir, estreitou a distância que os separava e pegou o balde das mãos dela.
— Permita-me carregar isso para você.
Num primeiro momento, pela maneira como ela comprimiu os lábios adoráveis e o fuzilou com os olhos azuis, parecia que iria rejeitar a ajuda. Mas depois de hesitar brevemente, ela se virou e o conduziu por um caminho estreito que levava na direção de um grupo de chalés de camponeses.
Aidan não perdeu a oportunidade de estudar a sra. Catriona MacKenzie andando a sua frente. Mechas de cabelo castanho escapavam do lenço dela, e Aidan precisou lutar contra a urgência de soltá-los. 
Imaginou se o cabelo cairia em cascata sobre o lindo traseiro que balançava com o caminhar. Usando o balde para esconder o que pretendia fazer, ele afrouxou as calças, já que a ereção não iria ceder, pelo menos não até encontrar uma maneira de levar a sra. MacKenzie para a cama, despi-la e levá-la a se abrir para tocá-la intimamente.
Ela tomou o caminho da esquerda até parar diante do último chalé de uma série. Olhando ao redor, Aidan procurou ouvir se alguém se aproximava. Não era sempre que procurava mulheres casadas, mas também não as ignorava, principalmente aquela a quem já havia decidido assediar. 
Trataria de ser discreto e não envergonhá-la ou ao marido sem necessidade, mas não tinha dúvidas de que iria possuí-la. E logo.
Ela se virou para encará-lo, esticando o braço para pegar o balde. Em vez de estender o balde a ela, Aidan o colocou no chão e tomou-lhe uma das mãos estendidas, levando-a a boca. Ao se contrair, ela deu a entender que tinha ficado nervosa, mas logo se recompôs.
— Muito obrigada pela ajuda, milorde — agradeceu ela, tentando manter a distância mesmo que ele lhe segurasse o pulso.
— Até uma próxima vez, senhora — sussurrou Aidan...

O Segredo do Conde

Série MacLerie

Uma guerra de palavras. Uma batalha pelo amor.

O conde de Treybourne não se daria por vencido em uma discussão com um jornalistazinho insignificante. 

Assim, ele foi a Edimburgo, disfarçado como o simples Sr. Archer, para descobrir a verdadeira identidade de seu "rival". Um plano infalível... Até ele se ver distraído pela bela Srta. Anna Fairchild.
Erudita e solitária, ela não tinha qualquer interesse em se casar, embora sentisse uma estranha afeição pelo charmoso e enigmático cavalheiro. 
Mas, com seus próprios segredos a guardar, Anna fazia um jogo perigoso que poderia ameaçar a tênue ligação entre eles. Entre mentiras e desejos, poderia o amor florescer?

Capítulo Um

Londres, Inglaterra
— Maldução!
As pilhas de papéis de suas diversas participações comerciais que estavam sobre a escrivaninha de mogno se espalharam e caíram no chão quando ele atirou a edição mais recente da Scottish Monthly Gazette sobre o móvel. 
Uma raiva incomum cresceu dentro dele, que não resistiu e pegou a revista de volta para dar mais uma última olhada. Com certeza não havia lido o editorial direito. Obviamente, o autor não citara seu nome. Claro que não.
Ainda assim, após uma leitura cuidadosa, David Lansdale viu que sua raiva tinha, ao menos em parte, razão de ser; na segunda página, na coluna editorial, estava não apenas o seu título, conde de Treybourne, mas também observações espúrias contra os argumentos apresentados em seu próprio artigo, no mês anterior, na respeitável Whiteleaf's Review.
— Milorde?
David ergueu o olhar e viu o mordomo à porta de seu estúdio.
— Não quero ser incomodado, Berkley.
— Compreendo, milorde — replicou Berkley com uma mesura respeitosa —, mas lorde Ellerton está aqui e não parece disposto a ir embora sem falar com o senhor.
Ele já deve ter visto isso, pensou David, olhando de relance para a edição mais recente da Gazette. E não importava o quanto seu amigo tentasse demonstrar solidariedade, sempre soava como se estivesse tripudiando.
— Então você deve tentar demovê-lo da idéia de maneira mais convincente, Berkley. Não quero saber de visitantes neste momento. — Deixando transparecer seu desagrado, ele reiterou: — Nada de visitantes. - Berkley, o mordomo perfeito, aproximou-se da papelada espalhada sobre a escrivaninha e pelo assoalho à sua volta. Abaixou-se para recolhê-la.


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

17 de fevereiro de 2015

Guerreiro Domado

Série MacLerie

Laird Connor MacLerie é implacável, um fato que a esposa Jocelyn, sabia muito bem. 

Principalmente quando se trata de arranjar casamentos para os membros do seu clã. 
Embora eles tenham encontrado felicidade e paixão, Jocelyn foi comprada como uma noiva para Connor e não quer ver outra mulher na mesma situação.
Ela planeja um casamento em seus termos, mas só será bem sucedida se conseguir domar o seu marido!

Capítulo Um

Broch Dubh Keep
Lairig Dubh — Oeste da Escócia — Verão de 1370
— Há um ladrão aqui em Lairig Dubh.
Connor MacLerie, líder do clã e conde de Douran, verificou seu cofre mais uma vez. O cadeado não cedeu nem quando ele o balançou, provando que era seguro, mas as manchas no pó ao redor da caixa eram uma prova de que alguém tinha estado ali.
Connor se virou para seu homem de confiança, Duncan, que cuidava dos assuntos financeiros do clã MacLerie, e Rurik, responsável pela segurança do clã, em tempos de paz ou guerra. Os dois reagiram conforme o previsto.
— Aqui? Debaixo dos nossos narizes? — indagou Rurik ao se aproximar por cima do ombro de Connor para olhar onde estavam todos os documentos importantes e registros do clã MacLerie. Rurik era o único homem mais alto que Connor. — Nay, ninguém entra no castelo sem minha aprovação.
— Está faltando alguma coisa? — perguntou Duncan, cruzando os braços. Sempre pragmático, levantou o queixo e avaliou o cadeado. — Eu revisei alguns acordos na semana passada.
— Nay, não notei nada, Duncan. Foi a mesma coisa de antes, tudo foi mexido, mas não levaram nada. Está intacto.
Connor tinha perguntado inclusive a Jocelyn se faltava alguma chave no seu molho, mas ela negara.
— Isso não faz sentido algum. — Duncan meneou a cabeça. — Por que invadir com o perigo de ser preso se não queriam levar nada.
— Ou, então, não encontraram o que procuravam — comentou Rurik. — Quantas vezes isso já aconteceu?
Connor fez um sinal para que o seguissem até um canto dos aposentos dele e de Jocelyn antes de responder.
— A primeira vez foi há alguns meses, mas pensei que tivesse sido eu mesmo. Mas com essa é a quarta vez, e a última foi há poucos dias.
— Teremos muitos visitantes no vilarejo e no castelo por causa da festa de casamento amanhã. A coincidência é suspeita — acrescentou Rurik, franzindo o cenho.
— Fique alerta, Rurik. Ninguém deve entrar nesses aposentos. Vou mudar isto…
A porta abriu num repente, e Jocelyn entrou com os olhos arregalados e quase sem ar.
Apesar de casados havia quase duas décadas, a beleza dela ainda impressionava Connor. O cabelo castanho tinha mechas de fios grisalhos, e seus olhos verdes brilhavam vívidos. As gestações tinham alterado o corpo dela um pouco, mas ele ainda reagia a sua simples presença. Entretanto, com a idade chegando, ele temia que o desejo fosse diminuir, algo que Jocelyn não deixaria de comentar. Deus o livre, aye, seu corpo jamais o trairia.
— Jocelyn? — perguntou Connor.
Ela parecia assustada e sorriu ao encontrar todos ali, mas não foi muito convincente.
— Aconteceu alguma coisa?
— Nay, Connor. Bom dia, Duncan. Rurik… — cumprimentou ela os outros dois, meneando a cabeça, mas não entrando no quarto. Não olhou diretamente para o marido, o que o deixou desconfiado. — Seu tio estava procurando por você há pouco. Vocês se encontraram? — perguntou ela, ainda sem encará-lo.
— Nay, mas vamos encontrá-lo agora.
Duncan e Rurik entenderam que a pequena reunião havia terminado e saíram do quarto. Jocelyn entrou logo em seguida e olhou ao redar.
— Alguma coisa mais? — perguntou ele, desejando possuí-la ali mesmo.
— Nay, só isso — respondeu Jocelyn, dirigindo-se para a porta de novo.
Alguma coisa estava definitivamente errada.
Connor estava quase certo de que ela notara o quanto ele estava excitado, mas ou tinha fingido não perceber, ou o tinha evitado. Eram raras as vezes em que ela recusava um convite daqueles.
Jocelyn não chegou até a porta porque ele a puxou e a abraçou pela cintura, beijando-a com volúpia, as línguas se encontraram para um bailado único. 
Preocupada que estava, ela chegou a resistir, mas logo correspondeu ao beijo, enlaçando-o pelo pescoço. Aos poucos seus lábios fartos se aqueceram, e ela se deixou levar pela paixão. Jocelyn sempre despertara a luxúria de Connor independentemente de hora ou lugar.
Como se a quisesse devorar, ele embrenhou os dedos pelo cabelo longo, deliciando-se com aquela boca bem desenhada. O sabor dos lábios era doce, como se ela tivesse terminado de comer os quitutes que a cozinheira havia preparado para o casamento do dia seguinte.
No entanto, nada era tão tentador quanto o sabor da pele de Jocelyn. Assim, parou de beijá-la para percorrer o pescoço dela com a ponta da língua, deixando um rastro em brasa por onde passava. Com as mãos em concha, aprisionou-lhe os dois seios, prendendo os mamilos entre os dedos através do vestido. Não demoraria muito para se livrarem das roupas e se amarem ali mesmo. Mas foram interrompidos bruscamente por batidas fortes na porta.
— Connor! — o chamou Rurik, subindo as escadas.
Com o calor que envolvia seu corpo e o coração transbordando de tanto amor, Connor quase permitiu que o beijo apaixonado fosse visto por Rurik… Duncan… 

2 de dezembro de 2014

Tentação Perigosa

Série MacLerie

Amaldiçoado por tragédias do passado, Athdar MacCallum, laird das Terras Altas, se dedica a liderar seu povo. 

Ele jurou nunca mais se casar. Até ser totalmente subjugado pela beleza inocente dos olhos de Isobel Ruriksdottir... a vulnerabilidade de Athdar a atrai. Isobel percebe um ponto fraco por trás da fachada destemida do chefe do clã. 
Mas a reputação dele se transforma em um obstáculo. Ceder à tentação os colocará em perigo. Ainda assim, é impossível ignorar o desejo de arriscar tudo em nome da paixão.

Capítulo Um

Lairig Dubh, Escócia — 1375 d.C.
— Olhe! Veja! Ali está ele.
O sussurro animado chamou a atenção de Isobel. Sua amiga Cora raramente tomava conhecimento do sexo oposto, de modo que aquilo era algo inusitado, especial. Ela se virou para ver quem a amiga estava olhando.
Athdar MacCallum, irmão da esposa do laird, Jocelyn, atravessou o pátio, em direção ao torreão.
Pelo andar decidido, sem olhar para a direita, nem para a esquerda, tinha negócios a tratar com o laird e não queria ser retardado em sua tarefa. Ainda assim, sua beleza chamava atenção.
— Ele está de partida — disse ela. Diante da expressão inquiridora da amiga, assentiu com a cabeça. — Meu pai mencionou isso esta manhã.
— Será que ele vai ficar pelo menos para jantar? — perguntou Cora, olhando-a de perto, enquanto aguardava a resposta.
Isobel queria demonstrar seu excitamento tanto quanto Cora, no entanto se conteve. Se mostrasse seu interesse em Athdar, logo o pai ficaria sabendo e os problemas começariam. A simples menção do nome do laird era suficiente para deixar seu pai extremamente aborrecido. E aborrecido não era como que ela, ou qualquer um, gostaria de vê-lo.
O meio nórdico, meio escocês filho do conde de Orkney não tolerava pessoas estúpidas e, em algum momento, no passado, antes mesmo de ela nascer, Athdar fizera algo muito estúpido, que o pai dela jamais esquecera. Não importava que Athdar fosse jovem e com tendência a atos impetuosos. Não importava que tivesse sofrido por seu erro de julgamento. E não importava que o resultado tivesse trazido Jocelyn MacCallum para Lairig Dubh, como esposa do senhor do castelo. Tudo o que importava para o seu pai era que houvera uma falha no caráter de Athdar e, possivelmente, ainda havia. Isobel se afastou do caminho e encarou Cora.
— Não sei. Não fico prestando atenção quando ele chega ou parte.
Conquanto, se pudesse, o faria.
Durante os dois últimos anos, vira suas várias primas namorando e se casando. Havia atingido uma idade considerada núbil e o único homem que lhe chamara a atenção fora Athdar. Oh, não tinha nada a ver com aquele corpo forte, musculoso, os penetrantes olhos castanhos ou a forma como o cabelo comprido, da mesma cor, emoldurava-lhe os ângulos másculos do rosto. Enxugando o suor da testa com as costas da mão, Isobel percebeu que andara notando demais os atributos físicos de laird MacCallum!
Havia também o fato de que ele a intrigava. Sempre respeitoso, lhe dirigia a palavra como se ela tivesse uma mente e não se afastava como a maioria dos outros rapazes. Alguém capaz de fazer frente ao seu pai não seria ruim. Athdar era um homem justo e competente, de acordo com o conde; e compassivo, segundo sua irmã.
Isobel podia sentir a tristeza generalizada que existia dentro dele, e isso mexia com algo bem no fundo de sua alma. Desejava poder consolá-lo. Em vez de assustá-la, isso a atraía. Ela estremeceu ao fitá-lo novamente.
Cora percebeu sua reação, porque piscou os olhos e a encarou. Em seguida, sorriu e assentiu com a cabeça.
— Acho que você não é tão indiferente a laird MacCallum como deseja que eu acredite.
— Ele é parente por parte de meu pai — retrucou, esperando que Cora desse o assunto por encerrado. Enxugando as mãos úmidas de suor no vestido, jogou o cabelo sobre os ombros e pegou a mão da amiga. — Venha, temos tarefas para fazer antes do jantar, Athdar ficando ou não.
Aquilo pareceu ter surtido efeito. A amiga sabiamente deixou o assunto morrer, enquanto laird MacCallum caminhava já na metade do pátio, à frente delas, que também se dirigiam à torre. 
Sua mãe estava ajudando lady Jocelyn, no solar, o que lhe dava uma boa desculpa para segui-lo até o interior da torre. Com o coração acelerado, tentou manter a antecipação de trocar algumas palavras com ele, sob controle. E teria conseguido se alguém, atrás delas, não o tivesse chamado pelo nome. 
Athdar parou e se virou para ver quem o chamou. Ao fazer isso, seus intensos olhos castanhos recaíram sobre ela.
Qualquer tentativa de continuar a se comportar como se a atenção de Athdar fosse habitual em sua vida se esvaiu, quando ele lhe piscou e sorriu. Parando onde estava, tentou lembrar-se de respirar. 
Cora não reparou, por isso prosseguiu um ou dois passos, antes de perceber que a deixara para trás. Isobel forçou o ar a entrar e sair dos pulmões e o fitou, retribuindo o sorriso. 
Estava tentando pensar em algo expressivo para lhe dizer, quando Ranald surgiu e se colocou entre os dois.
— Estou praticando no campo de treinamento, Dar. Vá até lá, quando terminar a conversa com o laird.

28 de setembro de 2014

Amor Renegado

Série MacLerie
O primo de Robert Matheson sequestrou Lilidh MacLerie a fim de torná-la sua refém e assim usá-la como moeda de troca. 

Mas a mulher que já fora dona do coração de Rob estava longe de ser uma prisioneira qualquer... ainda que ele tivesse sido obrigado a renegá-la. 
Com o toque de Rob ainda vivido em suas lembranças, e alheia ao fato de que não fora escolha dele rejeitá-la, Lilidh jamais pudera esquecer o homem que lhe mostrara face dura do amor.
Agora, frente a frente com seu algoz, para Lilidh aquele temível líder não passa de um estranho. 
No entanto, algo em Rob a excita na mesma medida em que a aflige.

Capítulo Um

Lilidh Maclerie, filha mais velha do laird MacLerie e conde de Douran, olhou para fora de sua janela e tentou analisar suas opções. Esse horário silencioso entre o fim do dia e o começo da noite era o seu favorito, quando ela precisava tomar decisões e fazer escolhas. 
Lembrar agora que tomara a decisão que a levara para esse tempo e lugar a fez refletir. Talvez devesse esperar até de manhã, em vez disso.
Virando-se da janela e olhando ao redor da câmara grande e bem mobiliada, soube que tinha pouco tempo ou opção… novamente. O pergaminho permanecia onde ela deixara, e Lilidh ergueu-o, inclinando-o, de modo que a luz de diversas velas possibilitasse a leitura. Pelo que parecia a centésima vez, falou as palavras e não conseguiu decidir o que mais escrever, quando tão mais era necessário.
Para o conde e a condessa de Douran, começava a carta, usando os títulos formais deles, primeiro. Pai e mãe, em seguida.
E então, as palavras desapareciam.
Como Lilidh poderia explicar o sofrimento particular por trás da morte muito pública de seu marido, apenas dois meses atrás? A morte de MacGregor fora mantida em segredo, até que o herdeiro dele, o irmão mais novo, fosse aprovado, pelos mais velhos do clã, como chefe. 
O propósito de Lilidh com o casamento — unir ambos os clãs e produzir um herdeiro para os MacGregors — fracassara. Todavia, mesmo como uma jovem inocente entrando naquele matrimônio, ela entendia que as coisas não eram o que deveriam ter sido entre ela e Iain MacGregor.
O pergaminho em sua mão moveu-se na corrente de ar quente, criada pelo calor das velas, e relembrou-a que essa tarefa também não estava terminada. 
Sentando-se à mesa, ergueu a pena, bateu-a de leve no tinteiro, de modo que não respingasse, e escreveu as palavras que tanto a embaraçariam quanto a humilhariam aos olhos de seus pais e do clã.
Eu me encontro precisando de seu conselho em relação à situação de minha posição aqui na casa de Iain MacGregor, com a família dele. Como sua viúva, embora sem esperança de produzir um herdeiro, eu sei…
O que ela sabia? Casara-se com ele sob um contrato negociado por seu tio e assinado por seu pai. Sua parte do dote de noiva estava protegida para seu uso, e ela tivera a escolha de permanecer ali, como parte do clã de seu marido, ou retornar para seu próprio clã. 
Seu tio se certificara de protegê-la no contrato, mas dar-lhe tal opção tornava as coisas mais difíceis do que se ela tivesse simplesmente recebido ordens do que fazer.
Se Lilidh permanecesse, haveria outro casamento arranjado para ela, com um homem elegível, a fim de manter os elos fortes entre os clãs. Se voltasse para casa, outro enlace se daria, mas ela também enfrentaria o desapontamento de sua família por seu fracasso. E sem ter como explicar, e sem ter com quem falar sinceramente sobre aquilo, o que poderia dizer?
Lilidh mergulhou a pena na tinta fresca e posicionou sua ponta sobre o pergaminho.
Estava sendo tola. Seus pais a amavam e a aceitariam de volta, com ou sem explicação. Sua mãe era a única com quem Lilidh podia conversar sobre assuntos pessoais. Como fizera antes de seu casamento, mesmo se aquela conversa não explicasse o que tinha acontecido, ou, mais precisamente, o que não tinha acontecido entre marido e esposa.
Olhando para a chama da vela, ela repirou fundo e exalou, e fez a única coisa sensata que poderia: pediu permissão para voltar para casa.
Encontro poucos motivos para permanecer aqui, e peço a permissão de vocês para retornar a Lairig Dubh assim que uma escolta puder ser arranjada. Eu lhes pediria conselho em outros assuntos importantes, mas hesito em colocá-los nesta carta.
Pai, por favor, envie uma resposta, dizendo se isso é de seu gosto.
Mãe, por favor, mantenha-me em suas orações, e peça ao Todo-Poderoso para olhar por mim durante este período de teste.
A carta era curta, mas direta, e não havia muito mais a dizer. Lilidh esperou que a tinta secasse, e então enrolou a carta, selando-a com o anel que seu pai lhe dera no seu aniversário, um ano antes. 
Ela a enviaria no dia seguinte, por um dos servos dos MacLeries que a acompanhara para lá. Esperava em breve ter uma resposta de seus pais, e então saberia o que o futuro lhe reservava.
Mas como podia explicar que, embora fosse noiva e viúva, nunca havia sido esposa?

23 de fevereiro de 2014

Amor Proibido

Série MacLerie 

Seu guerreiro proibido... 

Ciara Robertson sempre amou Tavis MacLerie. 
Com o coração partido, foi obrigada a presenciar o matrimônio dele com outra mulher. 
Agora que, finalmente, alcançou a idade certa para se casar, ela se joga aos pés de Tavis. 
Ele sabe que a inocente Ciara acredita estar apaixonada, mas considera que ela merece um companheiro melhor. 
Sua dolorosa experiência lhe provou que ele tem mais valor como guerreiro do que como marido. 
Com os sonhos estilhaçados, Ciara não tem opção senão aceitar o casamento com outro pretendente. Designado para conduzi-la até seu noivo, o coração de Tavis dói mais a cada passo do caminho... 
Será ele capaz de entregar a mulher que o ama? 

 Capítulo Um 

Lairig Dubh, Escócia... Primavera, 1370 d.C.
Ciara Robertson estava sentada longe da mesa, quase rio can­to da sala que o padrasto escolhera para a reunião. Era um apo­sento grande e confortável, mas não oferecia muito aconchego. As janelas estavam abertas, permitindo que a brisa fresca da primavera entrasse. Comida e bebida foram oferecidas, porém de forma econômica. Aquilo não se tratava de hospitalidade, e sim de negócios.
Ela não fitava os olhos de ninguém, e a maioria dos homens presentes provavelmente pensava que ela era uma serva espe­rando ordens. Mas Ciara não era serva... Era a filha mais velha do pacificador MacLerie, Duncan, e estava sendo treinada por ele, mesmo agora.
Como ele instruíra, ela ouvia cada palavra dita, observava as expressões daqueles que falavam, e até o jeito como eles se sen­tavam ou gesticulavam, para entender quem continha o verdadeiro poder naquelas discussões. “Nem sempre é o mais velho, o mais rico ou o mais barulhento”, ele lhe dissera muitas vezes.

O ver­dadeiro poder geralmente dispensa atenção. O verdadeiro poder delega aos subordinados e estabelece o limite para eles. O verda­deiro poder fala baixo e exerce seu controle com cuidado.
Agora, ouvindo e observando, ela acreditava que o irmão MacLaren mais novo era aquele que estava tomando as decisões nessa série de negociações para um acordo de trocas com os MacLerie. Embora outro homem, mais velho e mais calmo, dis­cursasse sobre a posição de MacLaren, estava claro para ela que ele não estava no comando.
A reunião continuou por algumas horas, cada lado esclare­cendo e expondo, e, diversas vezes, Ciara teve de reprimir um sorriso enquanto observava o padrasto trabalhar... Pressionan­do aqui, elogiando ali, alimentando egos, instigando um ou ou­tro para conseguir os melhores termos para os MacLerie. 
No momento que eles concordaram em concluir o acordo pela ma­nhã e parar para a refeição noturna, Duncan, o pacificador, tinha guiado os MacLaren para os caminhos que queria que eles se­guissem e fecharia o acordo no dia seguinte. 
Ela levantou-se, fez uma cortesia para todos que partiam e esperou pelo padrasto, a fim de discutir o dia de trabalho.
Ciara entendia como ele trabalhava, pois ele não tomava no­tas durante as conversas, mas se lembrava de cada palavra e cláusula concordada por ambas as partes. 
Ele anotaria os pen­samentos e planos antes de falar com qualquer pessoa, portanto ela agiu como criada então, servindo cerveja em canecas e dando-as aos MacLerie que permaneciam na sala agora. 
O tio, o laird e o ajudante do laird esperaram o pai dela reunir os pensamentos e falar sobre como levar aquelas negociações a uma conclusão bem-sucedida.
Alguns minutos se passaram, e era bom estender as pernas e andar um pouco depois de ficar sentada, quieta, por tanto tempo. Ficar sentada e quieta não era o comportamento habitual dela. O olhar do laird a seguiu, mas, quando Ciara o encontrou, ele sorriu e desviou os olhos. 
O padrasto dela, o único pai que ela conhecera, levantou a cabeça e pigarreou, sinalizando que esta­va pronto agora para discutir o progresso do dia, ou a falta des­te, com eles. Ele surpreendeu-a com as primeiras palavras:
— Ciara, dê-me as suas impressões das conversas de hoje. — Ele sorriu para ela de maneira tranquilizadora e assentiu com um gesto de cabeça para que ela começasse.
As palavras ficaram presas na garganta de Ciara quando ela tentou falar alguma coisa útil, alguma coisa pertinente, agora que tinha sido questionada. 
Falar em particular, dar a opinião dela e fazer observações nunca havia sido um problema, de for­ma alguma. Ela apreciava um debate inteligente com o homem que a criara como se ela fosse filha dele, após se casar com a mãe dela, e Ciara nunca temera as próprias palavras. 
Agora, todavia, com o laird e o ajudante observando e esperando, as palmas das mãos começaram a suar e a mente ficou em branco.
— Você acha que o laird irá concordar com o meu pedido de estender os termos deste acordo? — perguntou ele, claramente guiando-a na resposta. Ciara tirou as outras pessoas presentes dos pensamentos e respondeu como se estivesse falando somen­te com Duncan.
— Eu acho que o laird está disposto a estendê-lo, mas suspei­to de que o irmão dele, não. E será o irmão dele quem tomará a decisão. — E se ela estivesse enganada? E se as observações dela estivessem completamente erradas?
Duncan a olhou com intensidade antes de voltar os olhos para o laird. Connor MacLerie podia ser intimidador quando assim desejava, e, no momento, a expressão dele tornou-se séria e carrancuda. Ela cometera um erro? Ciara passou uma das mãos na testa, onde pequenas gotas de transpiração começavam a se reunir ali também.
— Eu não lhe disse, Connor? — O pai de Ciara perguntou para o laird. Teria ela estragado tudo na primeira vez que tivera permissão para opinar? Como poderia contar para a mãe, que a apoiara em sua educação e a encorajara ao longo deste caminho nem um pou­co ortodoxo para uma jovem mulher? Se ela fracassasse agora...

31 de outubro de 2009

Guerra de Paixões

Série MacLerie
Uma aliança perigosa… e irresistível 

Marian Robertson resgatou aquela menina e destruiu sua reputação.
Agora, para cuidar de sua família, devia casar-se com o duro guerreiro que estava negociando a trégua entre os clãs de ambos… e teria que pôr em perigo seu coração para proteger a verdade.
Duncan, representante do clã MacLerie para lutar pela paz, viu-se obrigado a se casar com a «prostituta Robertson».
O que Duncan não esperava era que o valor e o caráter de sua esposa fossem irresistíveis.
Mas, estaria disposto a pôr em perigo sua honra para libertá-la do passado…?

Capítulo Um

—Eu ouvi dizer que tem seios brancos como o leite que lhe enchem a mão.
—Ou a boca! —gritou alguém mais atrás.
—Pois eu ouvi que como te rodeia com as pernas é capaz de te levar às portas do paraíso —disse o mais jovem do grupo —E que seu cabelo é uma cascata de cachos de cabelo negros que lhe chega até a cintura.
Duncan teve a impressão de ouvir uma nota de nostalgia na voz de um moço a ponto de entrar na maturidade.
—Que nada. Tem o cabelo claro, muito loiro —contradisse outro.
—Pois eu ouvi que é tão ruiva como… como Hamish! —disse Tavis.
E todos puseram-se a rir. Mas as gargalhadas duraram pouco, e no silêncio que seguiu Duncan compreendeu que todos estavam pensando o mesmo.
—E eu ouvi dizer —interveio Hamish com seu vozeirão, e com um movimento da cabeça jogou
o arbusto de cabelo vermelho sobre as costas—, que a única coisa com que se cobria era precisamente com o cabelo quando seu pai, esse corvo seco, a surpreendeu com dois homens na cama. Ou pode ser que fossem três.
Duncan sentiu desejos de lhes pedir que o deixassem, mas Hamish começou a cantar. Era uma canção de ritmo alegre que todos conheciam, mas trocou algumas poucas palavras, as substituindo por outras de caráter sexual bastante subidas de tom que a transformaram no relato das delícias oferecidas por uma mulher do clã Robertson a que se referia como a prostituta.
Duncan deixou que se divertissem um pouco mais antes de intervir.
—Não há problema que falemos assim entre nós, mas se algo disto transcendesse poderia atrapalhar todos os meus esforços parar negociar com o irmão dessa mulher
—disse, olhando a todos, um por um
—A discrição é uma de minhas armas fundamentais e espero que controlem suas línguas. Essa mulher caiu em desgraça e foi rechaçada.
Não há nada mais a dizer.
Os homens protestaram entre dentes, mas sabia que acatariam suas ordens.
Tinha-os escolhido precisamente por isso: sabia que podia contar com sua obediência durante as negociações que se prometiam árduas.
Uma palavra equivocada, um ato desgraçado, inclusive um olhar não desejado podiam arruinar com meses de preparativos e trabalhos preliminares.
O sol se abriu entre as nuvens justo quando os homens chegavam ao ponto do caminho do que podia contemplar o vale no que se achavam as terras de Robertson, algumas terras que se estendiam dali mesmo, nas montanhas Grampian, e que chegavam até Perth, perto da costa oriental da Escócia, e que continham vilas, bosques amadurecidos de árvores, rios nos que abundava a pesca, terras de trabalho e suaves colinas, além de milhares de homens belicosos que tinham respaldado a Robert the Bruce durante décadas.
Sim, os Robertson era um clã bem abastecido e bem armado, o qual proporcionava um estímulo acrescentado à aliança que perseguia.
Duncan fez sombra aos olhos com a mão para procurar um caminho que conduzisse à torre principal.
—Podem acampar aqui e me esperar —disse — Não demorarei mais de três dias.
—Quer ficar com a prostituta só para ele — disse Donald rindo.


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

Tudo por Desejo

Série MacLerie

Encontravam-se presos entre a obrigação e o desejo… 

A inocente Margriet Gunnarsdottir ocultava um grande secredo.
Devia enfrentar a uma perigosa viagem para as longínquas terras do norte da Escócia e sua segurança dependia de seu traje… um hábito de freira!
Mas seu único protetor, um orgulhoso escocês, fazia que sentisse a necessidade de compartilhar com ele a pesada carga de seu segredo.
Rurik Erengislsson tinha prometido deixá-la em casa sã e salva.
Era uma mulher que tinha prometido servir a Deus, por isso devia cuidá-la e protegê-la… não desejá-la.
Entretanto, Rurik sentia a necessidade de fazer sua aquela bela criatura abandonada.

Capítulo Um

Lairig Dubh , Escócia 1356
A espada entoou sua canção mortífera.
Rurik Erengislsson a brandiu por cima da cabeça e se converteu no verdadeiro viking que levava dentro de si.
Só o domínio de si mesmo, que brotou no último instante, impediu que desse a estocada definitiva ao homem que jazia no chão a seus pés. 

Elevou o rosto ao sol e lançou seu grito de guerra, um grito que retumbou pelos pátios e muros da fortaleza de Lairig Dubh.
Seu oponente lhe concedeu esse momento triunfal e não se moveu.
A afiada ponta da espada que Connor tinha no pescoço foi, sem dúvida, um dos motivos para que não se movesse e esperasse que Rurik se acalmasse.
Quando todos os presentes irromperam em gritos, afastou a espada e se agachou junto a seu adversário derrotado, seu senhor, o homem a que chamou laird.
—Começava a acreditar que tinha chegado meu fim —disse Connor MacLerie, laird MacLerie e conde de Douran.—Tinha uma expressão nos olhos que não conhecia, Rurik.
O laird sacudiu o pó e estendeu a mão para que lhe dessem a arma que Rurik lhe tinha arrebatado durante a briga. Um menino foi correndo para recolhê-la e Rurik se limpou a garganta.
—Não mato a quem sirvo.
Connor fez um gesto com a cabeça indicando os braceletes de ouro que levava.
Era um homem observador.
—A espada... Os braceletes... Suponho que tem relação com os visitantes que lhe esperam no castelo...
—Visitantes? —perguntou Rurik.
Inclinou-se sobre um dos rapazes que tinha estado olhando e lhe deu algumas instruções antes de lhe dar a espada. Logo, voltou-se para o Connor outra vez.
Sabia que era inútil fingir surpresa e que o laird, que também era seu amigo, poderia havê-lo considerado um insulto.
—Vieram procurar Rurik Erengislsson. Trazem uma mensagem das ilhas Orkney... de seu pai. Já conhecia as notícias.
Já tinha tido duas visitas prévias pelo mesmo motivo, mas eles tinham voltado para o norte se conseguir nada. Em que pese a sua habilidade para evitá-los, Rurik não tinha sido capaz de deixar de lado tão facilmente os assuntos que lhe tinham exposto como tinha feito com as missivas por escrito.
—Sei —Rurik encolheu os ombros e secou o suor da testa —Não quero falar com eles.
O olhar de Connor indicou a Rurik que os homens se aproximavam atrás dele. Poderia derrubá-los com um golpe, mas entendeu que Connor os tinha recebido e que os amparava com seu nome e hospitalidade.
Era impossível atacá-los, embora só fosse para ganhar tempo e escapar, sem que MacLerie passasse a ser seu inimigo.
Além disso, cada vez tinha mais vontade de sair correndo e isso o desconcertava.
—Essa espada que me pôs no pescoço diz outra coisa, Rurik —Connor lhe deu uma palmada na espada —Não pode fugir de seu passado toda a vida. Aprendi essa lição e você deveria pensar nisso - se aproximou dele e falou em voz baixa
—Não faz falta que cometas meus enganos para aprender com eles.
A espada tinha sido sua perdição. Gostava dos braceletes, mas não tinham tanta importância como a espada.
Amaldiçoou sua debilidade por não enterrá-la quando a entregaram.
Rurik olhou ao menino que a limpava seguindo suas instruções.
Cedeu ante o inevitável, assentiu com a cabeça a Connor e se voltou para olhar aos homens que tinham rastreado cada passo que tinha dado fazia três meses.
Reconheceu os dois amigos da infância embora não tinham tirado os capuzes.
Se lembrou das confusões nos que podiam meter-se os três meninos, selvagens mas não imprudentes, quando tinham muito tempo e ninguém os vigiava.
—Sven... Magnus...


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

Domando O Highlander

Série MacLerie
A Besta das Terras Altas...

Ele é a Besta das Terras Altas, um homem conhecido por sua crueldade e natureza implacável. Agora laird do poderoso clã MacLerie e precisando de uma esposa, Connor decide comprar uma noiva, uma que ele insiste que não seja bonita como sua primeira esposa. Traz Jocelyn para seu covil planejando mantê-la em sua cama e fora de sua vida... e coração.
Jocelyn MacCallum salva sua família e povo com seu casamento, mas teme por sua alma e sua vida quando se torna noiva da Besta. Contra seus desejos e ordens, Jocelyn começa a ocupar um lugar em seu clã e começa a aprender mais sobre o homem com quem se casou.
Quando uma velha ameaça se levanta contra o clã e o laird, será o amor poderoso o suficiente para salvar a mulher que não é conhecida pela beleza e sua besta?

Capitulo Um 

Três anos depois...
—Então não há outro modo de fazê-lo?
Jocelyn fez um esforço para ocultar o tremor de sua voz. Cravou as unhas na mão para não desmaiar ao ouvir a notícia.
—Não, moça. Perguntou por você especificamente. E é a única maneira de salvar a vida a seu irmão.
Seu pai fugia de seu olhar. Estava tudo acabado. A Besta tinha feito públicos seus desejos e como ninguém de seu clã podia negar-se a cumprir suas exigências, a sorte de Jocelyn estava lançada teria que sacrificar-se para salvar a outro.
—Possivelmente logo te faça conceber um filho —sussurrou sua mãe do leito onde jazia doente

—. Se lhe der o filho que tanto deseja, será clemente com você.
Jocelyn sentiu que lhe gelava o sangue nas veias ao ouvir aquelas palavras que deixavam perseverança de que estava a ponto de entregar-se de corpo e alma a um homem cuja crueldade se feito famosa em todas as Terras Altas.
Por muito que tentasse manter a calma, o som dos soluços de sua mãe fez que lhe parecesse impossível e temeu desmaiar de verdade, algo que tinha prometido não fazer frente ao emissário de MacLerie. Assim, respirou fundo e se voltou para seu pai e seus conselheiros.
—Não necessita meu consentimento, pai, assim faça o que tenha que fazer.
Despediu-se dele e do enviado de MacLerie com um leve movimento de cabeça, depois ficou tão reta como pôde e saiu muito devagar do quarto. A necessidade de pôr-se a correr se fez mais e mais imperiosa à medida que os soluços de sua mãe aumentavam de volume. Então tratou de recordar que era a filha de MacCallum e que não ia se envergonhar. A seu redor viu alguns servos trabalhando, limpando as mesas. Era consciente de que a notícia de seu casamento não demoraria para propagar-se assim que a reunião tivesse terminado e sabia que devia ser ela quem o comunicasse a Ewan.
Atravessou a cozinha pelo caminho mais curto e, depois de sair da torre da comemoração, cruzou também o pátio de armas. Procurou entre os grupos de homens que ali haviam até que deu com ele.
Ewan MacRae. Seu primeiro amor. 


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas