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9 de março de 2022

Cinco dias com um Duque

Série O Coração de um Escândalo



Anos antes, Connell Wordsworth, o duque de Renaud, desistiu da mulher que desejava pelas responsabilidades que lhe eram confiadas. 

Depois de perdas e mais perdas, ele vai para Londres, para uma nova casa sem memórias, sem funcionários, e a única coisa que ele deseja na vida é… ficar sozinho. Ele estava administrando essa façanha muito bem até…Lady Constance Brandley tem um segredo. Ela e sua família não têm dois centavos para esfregar um no outro. Uma solteirona, muito além da idade do amor ou do casamento, ela viu-se diante de uma oportunidade única que poderia melhorar sua situação. Exceto que essa oportunidade também traz o mais improvável dos cavalheiros para sua vida… o ex-noivo de sua melhor amiga, o duque de Renaud. Jogada junto com o notório canalha, não demora muito para Constance descobrir que há muito mais em Connell, o duque de Renaud, do que o mundo vê. E, logo ela começa a desejar tudo o que não deveria… o coração de um duque.

Capítulo Um

Inverno, 1823 , Londres, Inglaterra
As cortinas bordadas de bombazina tinham sido penduradas na sala do conde e da condessa de Tipden com cuidado meticuloso.
Embora, se fosse justa, as cortinas realmente haviam sido penduradas com cuidado em todos os cômodos da mansão palaciana do Conde de Tipden.
No entanto, o gosto meticuloso e o estilo luxuriante da Condessa de Tipden não eram os responsáveis por aquela colocação cuidadosa.
Em vez disso, as salas vazias realmente precisavam de tal cuidado. Afinal, descuidar delas revelaria seu maior segredo à sociedade… os Brandleys não tinham dois soberanos para esfregar um no outro. Ora, eles não tinham um centavo em seu nome. As riquezas e fortuna que a alta sociedade acreditava que tinham, na verdade não tinham e nunca haviam tido.
Agora, aquela era a parte maior e mais impressionante da farsa que eles conseguiram realizar.
O que os Brandleys possuíam de sobra, entretanto, era a habilidade de fingir. — Se ao menos alguém pudesse mobiliar uma casa com essa habilidade — Constance murmurou. Pois então os Brandleys teriam um palácio que rivalizaria com o do rei.
— O que foi, querida? — chamou a condessa daquele lugar cobiçado ao lado da sempre bem regulada lareira. Nunca muitos gravetos. Mas também o suficiente para lançar calor àqueles sentados mais próximos a ela. O vento batia nas vidraças, aprofundando o frio na sala.
— Nada — Constance respondeu. — Nada mesmo.
Infelizmente, com a cabeça inclinada sobre o mesmo pedaço surrado em que bordava, a condessa estava firmemente absorta mais uma vez naquela tarefa tediosa-para-Constance, mas-feliz-para-sua-mãe que ocupava a mulher mais velha. Se o mundo tivesse se incomodado em olhar de perto o suficiente.
Nem mesmo as senhoras mais velhas que sua mãe chamava de melhores amigas tinham visto.
Apenas uma vira.
Como ficara provado, a pessoa certa tinha visto.
A lembrança de sua conversa de fim de verão trouxe Constance de volta à tarefa que tinha em mãos.
Sentada no banco duro perto do assento da janela, outrora estofado, Constance estendeu a mão para pegar o bilhete em cima das pilhas de cartas bem amarradas. Se a condessa pensava que havia algo de peculiar no súbito fluxo de correspondência que Constance recebia, ela se contentara com a sua explicação alguns meses atrás… de que eram enviadas por Emilia.
Deslizando a ponta levemente cega de seu lápis sob o selo, ela abriu o envelope.
Constance desdobrou a missiva.
“Cara Sra. Matcher,
Um ducado, como eu sei que você sabe, é o mais raro dos títulos, com apenas um punhado desses cavalheiros elegíveis para o casamento. Como tal, desejo receber sua estimável orientação sobre como ganhar o título de duquesa.
Com a mais profunda apreciação e o maior respeito…”



Série O Coração de um Escândalo

6 de fevereiro de 2022

Sua Duquesa por um dia

Série O Coração de um Escândalo

Nunca era para ser… 

Aquilo era o que Elizabeth Terry dizia a si mesma enquanto tentava esquecer o homem com quem se casara, seu outrora melhor amigo. Fazendo�se passar por viúva, Elizabeth havia construído uma vida para si mesma como instrutora em uma escola de aperfeiçoamento, longe dos maiores erros. Mas o passado sempre tinha meios de encontrar alguém, e agora que seu marido a tinha encontrado, Elizabeth devia enfrentar o homem que ela tentara esquecer. Era hora de corrigir um erro… Crispin Ferguson, o duque de Huntington, passara os últimos anos lamentando-se. A jovem com quem se casara partira sem permissão, e sua fuga apressada havia tido repercussões devastadoras. Apesar de tudo, Crispin nunca parara de pensar em Elizabeth. Agora que ele a tinha encontrado, tinha um pedido para ela, para que fosse sua duquesa, publicamente, apenas por um dia. Passar um tempo juntos como marido e mulher poderia reacender o vínculo que antes haviam compartilhado? Ou será que uma descoberta chocante os separaria… daquela vez, para sempre

Capítulo Um

Surrey, Inglaterra 1821 
Depois de todos aqueles em Wallingford, a Sra. Elizabeth Terry era apenas como qualquer outro dragão miserável na Escola de aperfeiçoamento da Sra. Belden. Seus dias consistiam em instruir alunas igualmente infelizes sobre comportamento feminino e habilidades para conseguir um marido. E então iniciar aquelas mesmas lições nos dias seguintes para outras jovens infelizes o suficiente para estarem como estudantes naquele lugar sombrio. 
A ironia nunca esquecida por ninguém era que as principais damas da sociedade que estavam naquele estabelecimento recebiam aulas de mulheres que tinham um falso “Sra.” anexado a seus nomes para criar um ar de respeitabilidade. 
Na verdade, não passavam de solteironas ou pobres mulheres obrigadas a trabalhar para sobreviverem. Bem, nem todos elas.
— Por que devemos tomar lições sobre caçar um marido com ela? —Parada na frente da sala que servia de sala de aula, as bochechas de Elizabeth queimaram sob aquele sussurro nada discreto. Aos vinte e seis anos, no entanto, e sozinha por mais anos do que qualquer pessoa deveria, ela era feita de um material muito mais resistente. 
— O que é que foi isso? — ela desafiou, a notável frieza de seu tom irremediavelmente arruinado quando seus óculos de aro de metal escorregaram pelo nariz. As outras moças sentadas ao lado da injuriadora habitual, Lady Claire Moore, ficaram em silêncio, desviando o olhar para o colo. Filha de um duque e afilhada da rainha, Lady Claire tinha um comportamento gélido que nem todas as instrutoras da Sra. Belden e nem a própria diretora harpia conseguiam demonstrar. 
— Casamento — disse a aluna de dezessete anos em lentas sílabas enunciadas. —A garota ao seu lado deu uma risadinha e, em seguida, rapidamente escondeu a expressão de sua alegria. 
Lady Claire lançou um olhar condescendente sobre Elizabeth, demorando-se nas saias cinza dela. Saias cinza que pendiam grandes no corpo pequeno e disforme de Elizabeth. 
— Eu perguntei de que maneira você poderia nos instruir sobre como encontrar um marido. —Ela não podia. Elizabeth não era tão tola em acreditar que sabia alguma coisa sobre flertar ou seduzir… qualquer pessoa. 
— Silêncio. Não seja indelicada — Lady Nora disparou em uma defesa chocante. Afinal, havia algum tipo de código, comentado ou não, segundo o qual ninguém defendia os dragões. 
— Você vai defendê-la? Um dragão? — Lady Claire brincou. — Mas então, com seus pais mortos agora e seu irmão correndo atrás de saias, você provavelmente será o próximo drag… 
Levantando-se de maneira explosiva, Lady Nora saiu de sua cadeira e lançou-se sobre a outra mulher. 
Oh, maldição!

31 de janeiro de 2022

Uma Casamenteira para o Marquês

Série O Coração de um Escândalo

Ela vivia por um conjunto estrito de regras…

Meredith Durant acredita que aqueles que não se casam, arranjam casamentos, e ela fez uma carreira notável ajudando mulheres jovens a encontrar o companheiro perfeito. Tendo sofrido de um coração partido anos antes, ela está bastante contente com seu trabalho e determinada a nunca mais ser vítima do amor novamente. Seu emprego mais recente a faz trabalhar para a mais improvável das famílias, sem esperar que sua incumbência fosse o irmão mais novo de sua melhor amiga, Barry, que não é mais tão novo. Ele é um homem adulto que a deixa sem fôlego e com o desejo de que, talvez apenas desta vez, ela possa ter um final feliz. Mas como isso pode acontecer quando, uma vez que seu trabalho estiver feito, ela deverá vê�lo se casar com outra? Ele decidiu quebrar suas regras: Barry Aberdeen, o futuro duque de Gayle, sabia que seus dias de liberdade estavam contados. Com sua irmã recém-casada, sua mãe voltou suas aspirações matrimoniais para ele. Ela chegou a contratar uma casamenteira. Pior, a casamenteira é uma amiga de infância, Meredith Durant. Só que a criatura rígida e séria não é a garota despreocupada de que elese lembrava. Se ele tiver que conviver com uma casamenteira, vai divertir�se soltando o coque muito apertado de Meredith. O que ele não esperava é o quão hipnotizado ficaria quando aqueles fios caíssem sobre os ombros dela.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra Primavera de 1822

Não havia nada mais atraente do que um homem com um livro. Tal fascínio, é claro, era ainda maior quando um cavalheiro alto e poderoso segurava um livro de poemas de Byron no meio de um jardim botânico. Nenhuma mulher poderia resistir àquilo.
Parecia que a verdade universal era verdadeira até mesmo para a casamenteira Srta. Meredith Durant. 
Notoriamente puritana, rígida e geralmente sem afetação, ela viu-se pressionada a não olhar para o estranho com cachos dourados e desgrenhados. 
Porém, para ser precisa, ela não estava realmente espiando. 
Ela estava olhando descaradamente. Uma daquelas olhadas ousadas que lhe custariam a reputação conquistada com dificuldade e, junto com esta, qualquer trabalho futuro e segurança. 
Se os jardins estivessem ocupados. Se houvesse transeuntes na mesma área em que ela e o espécime diante de si estavam. Se ele não estivesse concentrado em seu livro. Mas ele estava absorto e de costas para ela, e era por causa de sua fixação nos sonetos de Byron que Meredith foi capaz de olhá-lo sem pudor. 
O que era absurdo. Ela, com quase 31 anos de idade, não olhava… para ninguém. Certamente não para um cavalheiro com calças pretas justas e com um fraque que, apenas um tom mais escuro que o vermelho, dava uma ilusão de pecado. Contudo, nada sobre o estranho estar ali fazia sentido. O pecado não pertencia a uma sociedade de horticultura. 
Também era uma verdade universalmente conhecida que os lugares de ciência e estudo eram inteiramente protegidos de canalhas, patifes e malandros. 
Portanto, eram os únicos lugares Uma seguros para os quais escoltar suas pupilas, mulheres que ainda eram inocentes, com a esperança em seus corações e mentes totalmente impressionáveis. O cavalheiro lambeu a ponta do dedo e virou a página. E então ele começou a ler em voz alta. “Mas a poderosa natureza delimita desde a sua criação; O sol fica nos céus, e a vida na terra…


Série O Coração de um Escândalo
1- Educando o Duque
3- Uma Casamenteira para o Marquês

7 de dezembro de 2021

Guia de uma Dama para o coração de um Cavalheiro

Série O Coração de um Escândalo

A honra exige que ele desista dela… 
Heath Whitworth, marquês de Mulgrave e herdeiro de um ducado, é conhecido por sua bela aparência e por sua honra. Quando sua mãe insiste que passe o feriado dançando com Lady Emilia Aberdeen, ele não tem escolha a não ser agir como um cavalheiro. Por anos, Heath nutriu sentimentos pela senhora, mas ele sabe exatamente por que seu melhor amigo tinha abandonado Emilia anos atrás, e esse segredo torna um futuro feliz para Heath e Emilia uma impossibilidade. O amor exige que ela siga seu coração… Com o coração partido depois que o homem que ela amava havia terminado o noivado deles, Lady Emilia Aberdeen está bastante contente em viver uma vida de solteirona, escrevendo uma coluna anônima que oferece orientação para as jovens. Exceto que, quanto mais ela é jogada na companhia de Lorde Mulgrave, mais vê que o cavalheiro adequado, sempre indiferente, também é charmoso, inteligente e inconvenientemente atraente. Emilia descobre que talvez seja possível amar novamente, mas com segredos entre eles, Heath enfrentará seu maior desafio: amar Emilia Aberdeen ou deixá-la ir.

Capítulo Um

 “Nenhum relacionamento pode ser construído sob uma traição. 
Isso é, nenhum relacionamento que valha a pena ter.” 
– Sra. Matcher, 
 
Inverno de 1821 Kent Mais tarde naquela semana… 
Lorde Heath Whitworth, o Marquês de Mulgrave, estava preso. Não pela primeira, nem pela segunda ou pela terceira vez. E em cada caso, ele vira-se preso pela suspeita de sempre: sua mãe, a Duquesa de Sutton. Desta vez, porém, ela estava ali a negócios. Nem era aquela conclusão uma conjectura presumida através do brilho determinado em seus olhos. Ela estava literalmente diante dele segurando um papel de aparência oficial. Aquela aparência combinada com aquela folha só poderia pressagiar a desgraça. Assim sendo, havia apenas uma coisa que um cavalheiro poderia fazer em tais circunstâncias… ir para o ataque. Cruzando os braços sobre o peito, ele olhou para ela do outro lado da mesa de bilhar.
— Não. —Sua mãe cruzou os braços em uma pose correspondente. O papel em seus dedos balançou em seu antebraço. 
— Eu não disse nada. Ainda. 
— Nem você precisava — disse ele suavemente. — Seja o que for que você esteja perguntando, acredito que a resposta mais segura seja "não". 
— Que vergonha, Heath! — Ela deu-lhe um olhar magoado. — Não posso simplesmente fazer uma visita ao meu filho? 
— Na sala de bilhar? No meio de sua festa, com um mar de convidados em um de seus muitos salões, nada menos? — Considerando tudo aquilo, ele teria de ser um idiota para acreditar… mesmo com aquela expressão ferida que ela tinha assumido… que havia algum motivo menos do que mercenário em sua presença ali. Daquela maneira, a dissimulação acabou. Sua mãe aguçou o olhar. 
— Muito bem. Você prefere que eu seja direta. Ele encaixou o quadril no canto da mesa de bilhar e, com a mão livre, pediu que ela acabasse com aquilo. Afinal, ele há muito tinha deixado de ficar surpreso, chocado ou horrorizado com as instruções de sua mãe. 
— Estou ouvindo. 
— Eu gostaria que você mostrasse a Lady Emilia como se divertir. Ele perdeu o equilíbrio e caiu de bunda com força. Franzindo a testa, sua mãe colocou-se diante dele. 
— Achei que tivesse sido clara — continuou ela, implacável. — E, por favor, levante-se neste instante, Heath. Eu me sinto um tanto boba tendo essa discussão com você esparramado no chão. Realmente, aquilo era o que ela considerava bobo? E não toda a ordem para que ele mostrasse a uma senhora respeitável como se divertir? — Podemos? — sua mãe exigiu depois que ele se levantou. 
— Você — ele começou lentamente — quer que eu… — Não. Não importava quantas vezes ele tentasse, não conseguiria repetir as palavras ordenadas por sua mãe sobre aquela mulher em particular… nunca. Ele encontrou a cadeira mais próxima. 
— Em geral, você é muito mais inteligente do que isso, querido menino — repreendeu a mãe, seu tom de desaprovação deixando bem claro que o carinho era na verdade um insulto. — Eu pedi para você mostrar a ela como se divertir. E lá estava novamente. Ele encolheu-se, pela quarta vez desde que ela havia roubado sua abençoada solidão. E pelo jeito com que se plantara na frente dele… de braços cruzados… ela estava preparada para a batalha. Heath reprimiu um gemido e olhou ao redor dela para a porta, contemplando a fuga. Sua mãe deslizou para o lado, acabando com todas as esperanças daquele esforço. Ela bateu palmas uma vez.
— Preste atenção em mim. Eu pedi a você no início da festa para… Inferno e maldição! —Ele endireitou-se na cadeira. 
— Mostrar a ela como se divertir. Sim. Sim. Eu a ouvi bem. — Mas ouvir aquela ordem de sua mãe inúmeras vezes era o suficiente para virar o estômago de um homem ainda mais do que arenque rançoso regado com um copo de vinagre. — Se você estiver interessada em alguém que atenda a esse objetivo em particular, convém consultar Sheldon. — Seu irmão dois anos mais novo havia ganhado a reputação de malandro há muito tempo. Sua mãe bateu em sua orelha e ele praguejou. 
— Maldito inferno, isso… oww — ele grunhiu quando ela deu outro tapa. 
— Por que diabos fez isso? — O primeiro tapa foi porque você sabe que seu irmão é recém-casado, está feliz e bastante reformado. 
— E o outro? — ele reclamou, esfregando o lóbulo ferido.
 — Por ter praguejado. Bem, você sabe muito bem que Sheldon não pode ser aquele que… 








Série O Coração de um Escândalo
1- Educando o Duque
2- Guia de uma Dama para o coração de um Cavalheiro 

22 de novembro de 2021

Educando o Duque

Série O Coração de um escândalo

Uma Lady traída… 

Professora de uma escola de aperfeiçoamento, a Srta. Rowena Bryant é odiada por suas alunas, reverenciada pela diretora e absolutamente determinada a manter sua segurança financeira. Enganada anos atrás pelo único homem a quem entregou seu coração, Rowena não conta com ninguém além de si mesma… essa é a melhor maneira de manter seu segredo mais escandaloso. Um soldado que se tornou duque… Quando Graham Linford voltou da guerra à beira da morte, descobriu que tinha sido traído pela mulher que amava. A partir daquele momento, transformou-se em um nobre insensível, recusando-se a sofrer a agonia da traição novamente. Agora um duque, Graham está determinado a que ninguém jamais descubra o toque de loucura que o assombra desde a batalha. Amantes reunidos… Quando Graham é nomeado tutor de uma jovem, a mulher enviada como companheira para sua pupila é ninguém menos do que Rowena Bryant. Em cada momento passado juntos, a paixão deles reacende, e as paredes que construíram para manter um ao outro do lado de fora começam a desmoronar. Mas, quando o passado sombrio os testar novamente, o amor verdadeiro será suficiente para reparar seus corações feridos?

Capítulo Um

Londres, Inglaterra 1820 
Graham Linford, o duque de Hampstead, vivia uma mentira e, exceto por um amigo leal, ninguém sabia disso. A sociedade antes o via como um trapaceiro que vivia para os excessos, e agora como o duque reformado, movido por posição e poder. Um homem que honrava os costumes e tradições da sociedade. Por aquele motivo e por causa de seu título, via-se procurado por todas as mães casamenteiras da Inglaterra. No final das contas, o mundo estava satisfeito em enxergar o que desejava: um duque poderoso e austero, e não muito mais. 
Tal fachada havia lhe permitido guardar em segredo os pesadelos que o perseguiam desde os campos de batalha do Bussaco1 . A verdade sobre sua insanidade ele pretendia levar para o túmulo, uma vez que desse um último e, finalmente, pacífico suspiro. Até aquele momento. 
Naquele momento, ele quase pensou em revelar aquela verdade, sua maior vergonha. Diante de um estranho, nada menos. Porque nenhum senhor, senhora ou qualquer pessoa com um pingo de bom senso confiaria uma jovem aos cuidados de um louco. Sentado diante da mesma mesa de mogno que seu pai tinha ocupado, e o pai de seu pai antes dele, Graham olhou para o Sr. Dappleton, o advogado. Um homem que havia invadido seu escritório com a intenção de lhe impor uma protegida. 
— Como? — ele estendeu aquela palavra dita em um tom de aço. 
— Guardião, Vossa Graça. — Sem desviar o olhar da tarefa à sua frente, o Sr. Dappleton folheou um fólio de couro e apontou página após página. 
— O senhor foi nomeado guardião pelo Tenente Hickenbottom. 
Então, reivindicando a escrivaninha de Graham, o homem de meia-idade expôs os documentos como um comandante na véspera da batalha, mostrando seus planos. 
Examinando os documentos, o advogado grisalho batia com a ponta do dedo em um ritmo agudo e rápido. TapTapTap PopPopPop O suor escorria de sua testa.
O Sr. Dappleton tinha solicitado aquela reunião há mais de quinze dias; uma reunião que Graham havia cuidadosamente evitado até aquele momento. Toda a memória e menção do passado tinha o poder de derrubá-lo, e apenas o nome de Hickenbottom o levou de volta àquele dia sombrio. 
Não ceda à maldita fraqueza! 
Seu estômago se embrulhou. TapTapTap PopPopPop 
O estrondo do tiro de canhão trovejou dentro de sua cabeça. Gritos agonizantes. Homens morrendo ao seu redor. Linford, estou com você, homem! 
— Vossa Graça?








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1- Educando o Duque