Série Willomere
Quando Oliver, o conde de Stewkesbury, pede a vivaz lady Vivian Carlyle que se encarregue de que suas primas americanas conheçam a flor e a nata da sociedade londrina, não imagina o perigo que ela significaria para seu autocontrole.
Forçado a manter um estreito contato com a encantadora dama, Oliver descobre que não pode deixar de pensar nela… em sua inteligência, em seu sorriso… e em seus lábios.
E quando Vivian, que jurou jamais se submeter aos laços do casamento, sugere audaciosamente que Oliver e ela se tornem amantes, sua proposta escandalosa é uma tentação.
Mas quando uma alarmante série de roubos sacode Londres, a sempre escandalosa Vivian insiste em tentar descobrir o responsável, apesar das advertências de Oliver.
E quando uma ousada dama fica em perigo, é dever de um cavalheiro protegê-la a todo custo.
Entretanto, o que Oliver e Vivian não podiam prever é que o preço a pagar poderia ser o coração de ambos…
Comentário revisora Ana Paula G.: Desde o começo da série sentia curiosidade sobre o Oliver e a Vivian...
Ele tão formal, ela mais despachada...Perfeito!!!
Adorei o livro, a história muito bem escrita, como sempre. Achei apenas que a autora poderia ter dado uma ênfase maior no romance da Camellia, já que deslancha dois romances em um livro.
Mas, realmente, é a história da paixão entre o Oliver e a Vivian, então, huahaha...sem comentários mais.Recomendadíssimo!!!
Capítulo Um
Londres estava suja, úmida e fria. E lady Vivian Carlyle adorava estar nela.
Quando o criado vestido com libré estendeu a mão para ajudá-la a desembarcar da carruagem, Vivian parou por um instante na portinhola aberta e seus olhos, de um verde muito vivo, brilharam de emoção. Ainda era janeiro, muito cedo para que o baile fosse um autêntico acontecimento social, e ainda, as festas de lady Wilbourne não tinham fama de serem espetaculares. Mas nada disso importava.
O importante era que Vivian estava de volta a Londres e que se dispunha a comparecer a um evento, e que a longa temporada londrina se estendia diante dela.
Desceu da carruagem e subiu os degraus que conduziam a casa. Apenas tinha entregado seu manto a um criado quando lady Wilbourne, uma mulher baixa e enérgica que para Vivian parecia um pardal, aproximou-se apressada e estendeu as mãos com um brilho no olhar.
— Lady Vivian! Quanto me alegra que esteja aqui!
— Cheguei ontem à cidade — disse Vivian — Por favor, desculpe-me por não ter respondido antes.
— Não se preocupe com isso — lady Wilbourne subtraiu importância à desculpa com um gesto.
As duas sabiam que o comparecimento de Vivian ao baile elevaria a posição de lady Wilbourne como anfitriã pelo resto da temporada.
— Alegro-me muitíssimo que tenha retornado a tempo. Deve ter sido muito duro abandonar Marchester, não tenho dúvidas. Uma casa tão esplêndida...
Série Willomere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Concluída
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13 de janeiro de 2013
15 de julho de 2012
Segredos de um Cavalheiro
Série Willowmere
Eve Hawthorne se casou jovem com um encantador oficial do exército, porém, pobre.
Ao enviuvar herdou pouco mais que algumas bagatelas.
Estava tão desesperada para se livrar de sua déspota madrasta, que aceitou trabalhar como acompanhante das primas americanas do Conde de Stewkesbury, mas temeu por sua reputação após flertar com um bonito cavalheiro que era ninguém além de Fitz, o irmão do Conde.
Tentar demonstrar que era uma mulher responsável, enquanto Fitz a provocava sem descanso, já era duro por si só, mas a aparição de um chantagista que parecia muito interessado em seu primeiro casamento, piorou ainda mais a situação.
Como o conde estava fora, só podia pedir ajuda a Fitz, mas não sabia se confiar naquele solteiro inveterado poderia ser prejudicial ao seu coração...
Comentário revisora Marilda: Continuação digna do primeiro livro. Envolvente e bastante divertido.
A mocinha, com algumas palavras duras, consegue transformar o mocinho num cavalheiro muito responsável e correto.
Dura tarefa, já que o rapaz só pensava em curtir a vida loucamente.
Mais uma das primas americanas do conde encontra o amor, e apesar de todos os contras, conseguem também o final feliz merecido. Como tudo dá certo nesses livrinhos!!! Gostei e recomendo.
Capítulo Um
Eve Hawthorne partiria em questão de dias, e já começava a saborear o gosto da liberdade.
Adeus aos sermões de uma madrasta que era apenas oito anos mais velha que ela, adeus aos frios olhares de desaprovação que recebia toda vez que fazia algum comentário que era considerado frívolo, adeus aos absurdos intentos de casá-la com qualquer viúvo ou solteiro que, na opinião de sua esperançosa madrasta, pudesse estar disposto a se casar com ela.
O marido de Eve, o comandante Bruce Hawthorne, estava morto há dois anos e além de deixá-la só aos vinte e seis anos, deixou-a também na mais completa miséria.
Os Hawthorne eram bastante esbanjadores, e como Bruce era o filho caçula do segundo filho de um conde e só podia dispor de seu soldo como militar, teve dificuldades para viver de acordo com suas possibilidades; de fato, como o pouco dinheiro que sobrou após a sua morte, Eve não conseguiu quitar todas as dívidas que deixara pendentes e foi obrigada a vender os móveis e a maioria de seus pertences para pagar os credores, e depois teve que se conformar em voltar a morar novamente na casa de seu pai.
Voltar a depender do reverendo Childe, após oito anos de casamento, oito anos nos quais foi dona de sua vida e de sua própria casa, já teria sido duro o suficiente, mas como ele voltou a ser casar novamente vários anos atrás, não só estava vivendo da caridade de seu pai, mas também da caridade de sua madrasta, e nenhuma das duas estava contente com a situação.
Como estava decidida a se entender bem com ela durante aqueles últimos dias, sem o habitual morde e assopra, obrigou-se a olhá-la com um sorriso cortês e comentou:
— Está um dia lindo, Imogene. A temperatura está muito agradável, embora seja setembro. Julian já assistiu às aulas de hoje. Já te falei como se saiu bem no latim? Eve percebeu que não foi feliz com o comentário assim que as palavras saíram de sua boca.
Mesmo que Imogene Childe se orgulhasse da inteligência e da educação de seu filho, invejava-a, porque não possuía a educação clássica que ela recebeu pelas mãos de seu pai.
Não gostava que a recordassem que sua enteada colaborava com o aprendizado de Julian enquanto ela, sua própria mãe, não podia fazer o mesmo.
— Estou ciente de como Julian está avançado nessa matéria, mas não conseguiu isso deixando de lado seus estudos e saindo para brincar
Série Willowmere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Cnoncluída
Eve Hawthorne se casou jovem com um encantador oficial do exército, porém, pobre.
Ao enviuvar herdou pouco mais que algumas bagatelas.
Estava tão desesperada para se livrar de sua déspota madrasta, que aceitou trabalhar como acompanhante das primas americanas do Conde de Stewkesbury, mas temeu por sua reputação após flertar com um bonito cavalheiro que era ninguém além de Fitz, o irmão do Conde.
Tentar demonstrar que era uma mulher responsável, enquanto Fitz a provocava sem descanso, já era duro por si só, mas a aparição de um chantagista que parecia muito interessado em seu primeiro casamento, piorou ainda mais a situação.
Como o conde estava fora, só podia pedir ajuda a Fitz, mas não sabia se confiar naquele solteiro inveterado poderia ser prejudicial ao seu coração...
Comentário revisora Marilda: Continuação digna do primeiro livro. Envolvente e bastante divertido.
A mocinha, com algumas palavras duras, consegue transformar o mocinho num cavalheiro muito responsável e correto.
Dura tarefa, já que o rapaz só pensava em curtir a vida loucamente.
Mais uma das primas americanas do conde encontra o amor, e apesar de todos os contras, conseguem também o final feliz merecido. Como tudo dá certo nesses livrinhos!!! Gostei e recomendo.
Capítulo Um
Eve Hawthorne partiria em questão de dias, e já começava a saborear o gosto da liberdade.
Adeus aos sermões de uma madrasta que era apenas oito anos mais velha que ela, adeus aos frios olhares de desaprovação que recebia toda vez que fazia algum comentário que era considerado frívolo, adeus aos absurdos intentos de casá-la com qualquer viúvo ou solteiro que, na opinião de sua esperançosa madrasta, pudesse estar disposto a se casar com ela.
O marido de Eve, o comandante Bruce Hawthorne, estava morto há dois anos e além de deixá-la só aos vinte e seis anos, deixou-a também na mais completa miséria.
Os Hawthorne eram bastante esbanjadores, e como Bruce era o filho caçula do segundo filho de um conde e só podia dispor de seu soldo como militar, teve dificuldades para viver de acordo com suas possibilidades; de fato, como o pouco dinheiro que sobrou após a sua morte, Eve não conseguiu quitar todas as dívidas que deixara pendentes e foi obrigada a vender os móveis e a maioria de seus pertences para pagar os credores, e depois teve que se conformar em voltar a morar novamente na casa de seu pai.
Voltar a depender do reverendo Childe, após oito anos de casamento, oito anos nos quais foi dona de sua vida e de sua própria casa, já teria sido duro o suficiente, mas como ele voltou a ser casar novamente vários anos atrás, não só estava vivendo da caridade de seu pai, mas também da caridade de sua madrasta, e nenhuma das duas estava contente com a situação.
Como estava decidida a se entender bem com ela durante aqueles últimos dias, sem o habitual morde e assopra, obrigou-se a olhá-la com um sorriso cortês e comentou:
— Está um dia lindo, Imogene. A temperatura está muito agradável, embora seja setembro. Julian já assistiu às aulas de hoje. Já te falei como se saiu bem no latim? Eve percebeu que não foi feliz com o comentário assim que as palavras saíram de sua boca.
Mesmo que Imogene Childe se orgulhasse da inteligência e da educação de seu filho, invejava-a, porque não possuía a educação clássica que ela recebeu pelas mãos de seu pai.
Não gostava que a recordassem que sua enteada colaborava com o aprendizado de Julian enquanto ela, sua própria mãe, não podia fazer o mesmo.
— Estou ciente de como Julian está avançado nessa matéria, mas não conseguiu isso deixando de lado seus estudos e saindo para brincar
Série Willowmere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Cnoncluída
10 de junho de 2012
Segredos De Uma Dama
Série Willomere
Mary Bascombe sabia que deveria tomar medidas drásticas quando, após a morte de sua mãe, seu padrasto tentou vender ela e suas três irmãs pelo maior lance.
No passado, sua mãe cortou todos os laços com sua família inglesa. Mas mesmo assim, ela decidiu que as quatro deveriam fugir para Londres para ocupar seus lugares na alta sociedade, como netas legítimas do Conde de Stewkesbury.
O belo Sir Royce Winslow não sabia se devia confiar nelas, porque mesmo sendo encantadoras, tinha a impressão que escondiam algo; mas a atração que sentia por Mary era muito real, de modo que, quando as quatro partiram para Willowmere, o imóvel rural do conde, para aprenderem a serem damas refinadas, não hesitou em acompanhá-las.
Quando um desconhecido tentou sequestrar uma delas, Royce e Mary tiveram que unir forças para enfrentar o perigo...
E foi então que ele descobriu que, por mais que a alta sociedade valorizasse posses e o decoro, uma americana das mais inapropriadas era quem estava se apossando do seu coração.
Comentário da Revisora Ana Paula G: Eu, como disse no grupo, admito publicamente: me rendo aos luvinhas... ao menos, aos desta autora!! Ri horrores...
Super-romântico, sensual, com trehos hilários.
O coitado do herói tem uma certa ‘dificuldade’ em conseguir pronunciar um pedido decente o que faz com que o pobre seja rejeitado várias vezes..huahahah...Leitura excelente!!
Capítulo Um
Londres, 1824
Mary Bascombe estava assustada.
Sabia o que era o medo… afinal, crescendo em uma terra nova e perigosa, mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar algo capaz de acelerar seu coração… mas o que sentia nesse momento não era nada parecido como quando viu um urso rondando o varal de sua mãe, nem como daquela vez que seu coração se sobressaltou quando seu padrasto a agarrou pelo braço e tentou abraçá-la.
Nessas ocasiões soube exatamente o que deveria fazer: no primeiro caso retrocedeu pouco a pouco e com cuidado até a casa e carregou a pistola, e no segundo deu um forte pisão no peito do pé de Cosmo, que gritou tanto de dor que a soltou imediatamente.
Não, a sensação que a envolvia nesse momento era totalmente nova.
Estava em uma cidade estrangeira na qual não conhecia ninguém, e não tinha nem ideia de qual era o seguinte passo que iria dar.
Sentia-se… perdida. Percorreu novamente o porto com o olhar. Jamais vira tanto burburinho e atividade, nem tantas pessoas num mesmo lugar.
O porto da Filadélfia lhe parecia um enxame de pessoas, mas isso era nada em comparação com o de Londres. Havia estivadores carregando e descarregando caixas de mercadorias que se amontoavam por toda parte, e todo mundo parecia ter pressa para chegar a seu lugar de destino.
Não havia nenhuma só mulher, já que as poucas que viu desembarcar partiram imediatamente em carruagens junto com seus acompanhantes do sexo masculino; de fato, todos os passageiros de seu navio já tinham partido. Suas irmãs e ela eram as únicas que ficaram, e deviam ter uma aparência bastante patética ali plantadas junto a seus escassos pertences.
As sombras começavam a se formar, e a noite não demoraria a cair.
Apesar de que poderia ser considerarada como uma ingênua americana à deriva em Londres, era bastante esperta para saber que não era prudente que quatro jovenzinhas estivessem sozinhas no porto londrino de noite.
O problema era que não sabia o que fazer.
Acreditou que haveria alguma estalagem próxima ao lugar de desembarque, mas assim que pisaram em terra firme, percebeu que nos arredores do porto não havia nenhum lugar adequado para hospedar um grupo de jovens respeitáveis.
A verdade era que nem sequer se atrevia a percorrer as estreitas ruas que avistava a sua frente.
Tentou parar várias carruagens de aluguel que passaram por ali, mas os condutores a tinham ignorado… certos que, ao ver a escassa bagagem que dispunham, imaginaram que eram pobretonas que não poderiam pagar a corrida.
Não podiam ficar ali. Se não aparecesse uma carruagem o quanto antes, seriam obrigadas a carregar seus pertences e a embrenharem-se nas lúgubres ruelas próximas.
Olhou vacilante ao seu redor, consciente de que vários homens que estavam carregando a mercadoria nos navios as olhavam de soslaio, e se irritou quando um deles lançou um sorriso cheio de insolência.
Depois de responder com um olhar frio, deu-lhe as costas pouco a pouco e de forma deliberada.
Olhou suas irmãs em silêncio durante alguns segundos… Rose era a que lhe seguia em idade, e era considerava a mais bela de todas, graças a seus claros olhos azuis e a sua espessa cabeleira negra; por sua vez, Camellia tinha olhos cinza que nesse momento refletiam a sensatez e a atitude alerta que a caracterizavam, e seu cabelo loiro dourado estava trançado e preso num coque na nuca.
E por último estava Lily, a mais nova de todas, que era a mais parecida com seu pai.
O sol clareou seu cabelo castanho claro com mechas douradas, e tinha olhos cinza esverdeados.
Ao constatar a confiança cega com que as três a olhavam, sentiu que o nó gelado que apertava seu estômago se tornava ainda pior.
Contavam com ela para que as protegesse…
Série Willomere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Concluída
Mary Bascombe sabia que deveria tomar medidas drásticas quando, após a morte de sua mãe, seu padrasto tentou vender ela e suas três irmãs pelo maior lance.
No passado, sua mãe cortou todos os laços com sua família inglesa. Mas mesmo assim, ela decidiu que as quatro deveriam fugir para Londres para ocupar seus lugares na alta sociedade, como netas legítimas do Conde de Stewkesbury.
O belo Sir Royce Winslow não sabia se devia confiar nelas, porque mesmo sendo encantadoras, tinha a impressão que escondiam algo; mas a atração que sentia por Mary era muito real, de modo que, quando as quatro partiram para Willowmere, o imóvel rural do conde, para aprenderem a serem damas refinadas, não hesitou em acompanhá-las.
Quando um desconhecido tentou sequestrar uma delas, Royce e Mary tiveram que unir forças para enfrentar o perigo...
E foi então que ele descobriu que, por mais que a alta sociedade valorizasse posses e o decoro, uma americana das mais inapropriadas era quem estava se apossando do seu coração.
Comentário da Revisora Ana Paula G: Eu, como disse no grupo, admito publicamente: me rendo aos luvinhas... ao menos, aos desta autora!! Ri horrores...
Super-romântico, sensual, com trehos hilários.
O coitado do herói tem uma certa ‘dificuldade’ em conseguir pronunciar um pedido decente o que faz com que o pobre seja rejeitado várias vezes..huahahah...Leitura excelente!!
Capítulo Um
Londres, 1824
Mary Bascombe estava assustada.
Sabia o que era o medo… afinal, crescendo em uma terra nova e perigosa, mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar algo capaz de acelerar seu coração… mas o que sentia nesse momento não era nada parecido como quando viu um urso rondando o varal de sua mãe, nem como daquela vez que seu coração se sobressaltou quando seu padrasto a agarrou pelo braço e tentou abraçá-la.
Nessas ocasiões soube exatamente o que deveria fazer: no primeiro caso retrocedeu pouco a pouco e com cuidado até a casa e carregou a pistola, e no segundo deu um forte pisão no peito do pé de Cosmo, que gritou tanto de dor que a soltou imediatamente.
Não, a sensação que a envolvia nesse momento era totalmente nova.
Estava em uma cidade estrangeira na qual não conhecia ninguém, e não tinha nem ideia de qual era o seguinte passo que iria dar.
Sentia-se… perdida. Percorreu novamente o porto com o olhar. Jamais vira tanto burburinho e atividade, nem tantas pessoas num mesmo lugar.
O porto da Filadélfia lhe parecia um enxame de pessoas, mas isso era nada em comparação com o de Londres. Havia estivadores carregando e descarregando caixas de mercadorias que se amontoavam por toda parte, e todo mundo parecia ter pressa para chegar a seu lugar de destino.
Não havia nenhuma só mulher, já que as poucas que viu desembarcar partiram imediatamente em carruagens junto com seus acompanhantes do sexo masculino; de fato, todos os passageiros de seu navio já tinham partido. Suas irmãs e ela eram as únicas que ficaram, e deviam ter uma aparência bastante patética ali plantadas junto a seus escassos pertences.
As sombras começavam a se formar, e a noite não demoraria a cair.
Apesar de que poderia ser considerarada como uma ingênua americana à deriva em Londres, era bastante esperta para saber que não era prudente que quatro jovenzinhas estivessem sozinhas no porto londrino de noite.
O problema era que não sabia o que fazer.
Acreditou que haveria alguma estalagem próxima ao lugar de desembarque, mas assim que pisaram em terra firme, percebeu que nos arredores do porto não havia nenhum lugar adequado para hospedar um grupo de jovens respeitáveis.
A verdade era que nem sequer se atrevia a percorrer as estreitas ruas que avistava a sua frente.
Tentou parar várias carruagens de aluguel que passaram por ali, mas os condutores a tinham ignorado… certos que, ao ver a escassa bagagem que dispunham, imaginaram que eram pobretonas que não poderiam pagar a corrida.
Não podiam ficar ali. Se não aparecesse uma carruagem o quanto antes, seriam obrigadas a carregar seus pertences e a embrenharem-se nas lúgubres ruelas próximas.
Olhou vacilante ao seu redor, consciente de que vários homens que estavam carregando a mercadoria nos navios as olhavam de soslaio, e se irritou quando um deles lançou um sorriso cheio de insolência.
Depois de responder com um olhar frio, deu-lhe as costas pouco a pouco e de forma deliberada.
Olhou suas irmãs em silêncio durante alguns segundos… Rose era a que lhe seguia em idade, e era considerava a mais bela de todas, graças a seus claros olhos azuis e a sua espessa cabeleira negra; por sua vez, Camellia tinha olhos cinza que nesse momento refletiam a sensatez e a atitude alerta que a caracterizavam, e seu cabelo loiro dourado estava trançado e preso num coque na nuca.
E por último estava Lily, a mais nova de todas, que era a mais parecida com seu pai.
O sol clareou seu cabelo castanho claro com mechas douradas, e tinha olhos cinza esverdeados.
Ao constatar a confiança cega com que as três a olhavam, sentiu que o nó gelado que apertava seu estômago se tornava ainda pior.
Contavam com ela para que as protegesse…
Série Willomere
1 - Segredos de uma Dama
2 - Segredos de um Cavalheiro
3 - Um Caso sem Fim
Série Concluída
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