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4 de outubro de 2022

Uma Dama com Passado

Série Socied. Doméstica de Everton

O maior risco, pela melhor recompensa…
 
A traição de sua noiva quase custou tudo a Jacques Laurent. Apesar de sua decisão de não confiar em ninguém novamente, ele não pode abandonar a jovem que encontra sozinha a caminho de Londres. Nas breves horas que passam juntos, a enigmática Diana toca seu coração de uma maneira que ele não consegue explicar. Mesmo depois de trazê-la para a Sociedade Doméstica de Everton para protegê-la, ele não consegue tirá-la de seus pensamentos. E quando ele a encontra em seguida, trabalhando como assistente de um renomado cientista, ele fica ainda mais intrigado… A gentileza da Sociedade é especialmente bem-vinda depois de tudo que Diana sofreu em uma prisão francesa, mas ela teme pela segurança daqueles que se aproximam dela. Espiões franceses estão em seu encalço, convencidos de que seu conhecimento científico pode ajudá-los a vencer a guerra. Enquanto o perigo os aproxima irrevogavelmente, Diana e Jacques sucumbem ao desejo mútuo. Mas o amor pode ser a busca mais perigosa de todas, quando uma senhora guarda seu coração com ainda mais cuidado do que guarda sua vida…

Capítulo Um

Estradas enlameadas, uma carruagem que precisava de novas molas, uma garoa implacável e ainda assim Jacques Laurent tinha desfrutado de um dos melhores dias que tivera em muito tempo. Ver seus pais a salvo na Inglaterra, depois de se preocupar com seu destino na França todos esses anos, era um alívio além da medida. Se não fosse por uma importante reunião em Londres na manhã seguinte, ele teria ficado mais alguns dias no campo.
Agora que também precisava se preocupar com o bem-estar deles, não poderia perder a oportunidade de aumentar suas contas. Sua pequena carruagem coberta pouco fazia para protegê-lo da garoa, e menos ainda quando esta se transformou em uma leve neve. Nunca se podia prever novembro. Ele puxou a gola do casaco com mais força. Algo grande e cinza disparou pelas árvores ao lado da estrada. Puxando as rédeas, Jacques apertou os olhos para ver a floresta densa.
— Eu vi você, então se tem planos de me atacar, pode se mostrar.Estou bem armado e nem um pouco preocupado em despachar um vilão esta noite, embora isso possa arruinar um dia perfeitamente bom. As folhas farfalharam e alguém pigarreou. A curiosidade de Jacques foi aguçada. Ele nunca encontrara uma salteadora de estrada. Elas eram chamadas de salteadoras? Ele pensaria nisso, mas mais tarde. O cano da arma dela saiu das sombras no crepúsculo da noite. Um cabelo da cor do café mais rico caiu sobre seus ombros, quando sua capa ficou presa em um galho baixo. 
— Eu também não tenho medo de atirar. Você é um espião? Sua pergunta não era incomum. Seu sotaque francês provocara a ideia mais de uma vez. Eram os tempos, e nada poderia ser feito a respeito até que a agitação passasse.
— Certamente que não. Os espiões não se vestem bem e mantêm horários terríveis. A questão é: por que uma senhora como você viajaria sozinha à noite e a pé? Mais importante e mais interessante, por que você se preocupa com espiões em vez de salteadores e assassinos?
Ela ergueu o cano da espingarda e olhou para ele através dos fios de cabelo. ]
— Não estou em posição de responder a nenhuma dessas perguntas. 
Você deve ir embora. — Ela apontou a estrada abaixo com a arma, enquanto mantinha a bochecha contra a coronha e o dedo no gatilho. Com o peito apertado, ele suspirou.
 — Receio não poder deixá-la aqui, senhora. 
— Por que diabos não? — Seu nariz franziu-se da maneira mais adorável. Desejando poder discernir a cor dos olhos dela, ele semicerrou os próprios olhos para tentar decifrá-los. Azuis, talvez, mas a luz estava fraca por causa da hora tardia e da neve persistente. 
— Eu sou um cavalheiro.
— E isso significa que você não pode deixar uma estranha sozinha? — Uma pitada de diversão filtrou-se em sua voz. Havia algo convincente no tom baixo e rouco. 
— Você estava entrando ou saindo da cidade? Ela bufou. 
— Eu não estou fugindo. — Suspeito que seja mentira, mas não é da minha conta. 
— Isso é verdade. — Ela pressionou a coronha da arma com mais força na dobra do ombro. Rindo, ele disse: — Se você estiver disposta a parar de apontar a ponta perigosa dessa arma para mim, eu ficaria feliz em levá-la a Londres e deixá-la onde você quiser. Ela abaixou a arma, sua bravata vacilando. Com os olhos baixos, ela franziu os lábios. 
— Vou bater na sua cabeça com isso se parecer que você vai me atacar. 
— Anotado. — Ele pegou as duas rédeas com uma das mãos e ofereceu�lhe a outra para subir. Assim que ela se sentou, ele deu ordem a Midas e o cavalo continuou trotando. 
— Pode me deixar no Parlamento ou em Piccadilly, o que for mais conveniente para você.
 — Com a arma no colo e sem bagagem, agora sua bravata falhava, e ela poderia ser encarada como um cachorrinho perdido, em vez da mulher ousada de um momento antes. O fato de que uma mulher com educação, pelo som de sua voz, tivesse vindo para ficar sozinha na estrada fora de Londres por várias horas, com nada além de uma espingarda, tocou algo dentro de Jacques. Ele tinha uma suspeita. 
— Se você não tiver onde ficar esta noite, posso oferecer-lhe minha casa na cidade ou talvez levá-la à casa de uma de minhas amigas casadas. O duque e a duquesa de Middleton ficarão felizes em cuidar de você por esta noite. Com os ombros para trás, ela olhou para frente. 
— Isso é muito gentil, mas desnecessário. Eu ficarei bem. A neve caiu mais forte. 
— Tenho certeza de que isso é verdade. Qual é o seu nome? O silêncio estendeu-se até que ele teve certeza de que ela se recusaria a responder. Então, com sua voz quase um sussurro no vento, ela disse: — Diana. Por que o nome dela o fazia sorrir, ele não tinha ideia. — No entanto, não há lua. 
— Perdão?



Série Sociedade Doméstica de Everton
1- A Honra de uma Dama
2- Uma Dama em fuga
4- Uma Dama com Passado 
Série concluída


20 de setembro de 2022

Uma Dama em Dúvida

Série Sociedade Doméstica de Everton

Decidida a desafiar seu pai ganancioso, Roberta (Robbie) Fletcher recusa-se a casar com um velho idiota, optando por ingressar na Sociedade Doméstica de Everton, onde felizmente ajuda viúvas com correspondência e números.

Quando Miles Hallsmith lhe propõe, ela fica momentaneamente exultante… até que ele admite ter sido enviado pelo seu irmão e pelo pai dela. Ignorando seu coração partido, ela atribui a Miles a tarefa de descobrir a motivação de seus parentes para promoverem a união. Miles está apaixonado por Robbie desde o momento em que a conheceu em um baile. Como terceiro filho, sem meios de sustentar uma esposa, ele não tinha o direito de cortejá-la. Quando o pai da senhora e o irmão desprezível de Miles insistem que ele se case com o objeto de sua paixão, Miles fica dividido entre o desejo e a suspeita.
As senhoras de Everton são notoriamente brilhantes e Robbie não é uma mulher com quem se possa brincar. Miles deve provar que seus sentimentos são motivados por mais do que a isca de independência e dinheiro, ao mesmo tempo em que frustra os planos de seu irmão.
Intrigas e dúvidas persistentes se acumulam no caminho para o felizes para sempre deles. Será preciso astúcia e honestidade para conduzir Miles e Robbie aos desejos de seus corações.

Capítulo Um

Miles Hallsmith temia passar tempo com seu irmão Ford, mas sua mesada dependia de encontros indesejados com o visconde de Thornbury. Como terceiro filho, as opções de Miles eram limitadas. Independentemente de seus próprios desejos, estava à mercê de seu irmão, então ele perambulava pela casa de Hallsmith.
A voz de seu irmão explodiu no escritório, acompanhada por uma voz masculina que Miles não reconheceu. A risada foi filtrada pela porta.
Miles bateu.
Ford estava sentado atrás de sua mesa grande e vazia, com os pés apoiados na beirada. Já que Miles cuidava de todos os negócios de Thornbury e, por seu trabalho recebia dinheiro suficiente para sobreviver, era normal que a mesa de Ford estivesse sem papéis. As mãos de Ford cruzadas sobre sua pança acentuavam o quão pouco saudável ele havia ficado nos últimos anos. Sua risada parou, embora seu sorriso permanecesse. — Ah, Miles, ótimo. Você conhece o Sr. Roberson Fletcher?
Fletcher levantou-se e fez uma reverência. Seu cabelo grisalho era longo na gola e uma trama de linhas marcava seu rosto. Era difícil acreditar que a jovem encantadora que ele conhecera em um baile era a filha daquele homem.
Miles fez uma reverência, deu um passo à frente e ofereceu a mão. — Não nos conhecemos. Como vai, Sr. Fletcher?
— Muito bem. Muito bem, de fato. — Fletcher e Ford compartilharam um sorriso privado.
A inquietação instalava-se na boca do estômago de Miles sempre que seu irmão estava de bom humor. Aaron, o segundo filho de Hallsmith, tivera sorte. Ele tinha ganhado um pedaço de terra no norte. Aaron sabiamente ficava fora do alcance de Ford.
Miles não havia tido tanta sorte. Ele voltou-se para a escrivaninha. — Você precisa de algo, irmão?
Colocando os pés no chão, Ford sentou-se para frente. O sol brilhou atrás dele, tornando difícil ver sua expressão pelo novo ângulo.
Não importava. O que quer que seu irmão quisesse, Miles provavelmente faria ou encontraria uma maneira de esquecer convenientemente.
Ford apoiou os braços na mesa. — Está tudo arranjado. Você irá à Sociedade Doméstica de Everton hoje e proporá casamento à Srta. Roberta Fletcher.
Um soco no estômago teria sido uma surpresa menor. Depois de um momento, seu temperamento acirrou-se, obrigando-o a evitar um discurso. — Por que diabos eu faria isso?
De pé, Ford era considerado imponente pela maioria das pessoas. No entanto, para Miles, era tudo fanfarronice e exagero. — Porque eu mando!
Miles suspirou e sentou-se na cadeira ao lado do Sr. Fletcher, que estava de olhos arregalados. — Receio que você terá que fazer melhor do que isso. Sem querer ofender você nem sua filha, Sr. Fletcher. Eu conheci a senhora e ela é adorável. No entanto, por que essa urgência repentina de nos casarmos?
— Você e sua irmã não passam de problemas para mim desde que nasceram. — Ford contornou a mesa e encarou Miles.
Fingindo um bocejo, Miles disse: — Quer dizer, minha irmã, a viscondessa de Devonrose? Minha irmã, que um dia será condessa. É essa a alma problemática de que você fala? Um pouco de respeito, milorde.
— Ela pode ter um título, mas me desobedeceu, e eu nunca vou perdoá-la. Você fará o que eu digo ou se encontrará na mesma condição.
A crença de Ford de que ser rejeitado por ele deixava qualquer um desolado era tão cômico que era triste. Ninguém, incluindo membros da família, lamentava a perda da opinião favorável de Ford. Ele era um idiota, e todos eles aceitavam isso.
Pondo de lado a perda feliz de sua irmã, ele concentrou-se em Ford. Para Miles, Ford era sua única fonte de renda. — Além do seu comando, querido irmão, por que eu me ofereceria pela Srta. Fletcher, por que ela aceitaria, e quando ela ingressou na Sociedade Doméstica de Everton?
As bochechas e o pescoço de Ford ficaram vermelhos e ele franziu os lábios. — Meu comando é o suficiente.
— Receio que não. — Miles ignorou a raiva insana de Ford e virou-se para o Sr. Fletcher. — Senhor, talvez você possa me esclarecer nas minhas três perguntas?
As sobrancelhas grisalhas de Roberson Fletcher juntaram-se e os nós dos dedos embranqueceram nos braços da cadeira. Ele acenou com a cabeça em direção a Ford, que deu as costas e bateu no batente da janela. — Ele vai ficar bem?
— Claro. Isso é bastante natural para Sua Senhoria. — Miles forçou um sorriso que esperava ser reconfortante o suficiente para levá-lo ao fundo do que quer que estivesse acontecendo. — Agora, quando sua filha se juntou a Everton?
De pé, Fletcher andou de um lado para o outro no tapete. — Há um mês, minha filha anunciou que não se casaria e saiu de casa.
— Com quem você queria que ela se casasse?
— Com o conde de Granby.
— Senhor, ele deve ter sessenta anos. Não estou surpreso que ela tenha recusado. — A ideia da jovem Roberta Fletcher casada com aquela velha cabra amassada corroeu Miles. Ela era cheia de vida, com olhos arregalados e um sorriso brilhante, sem falar nas curvas. Melhor não pensar muito nisso.
— Cinquenta e nove, mas isso não é relevante. Exigi que ela se casasse e ela recusou. Não serei desobedecido novamente. — Fletcher cruzou os braços sobre o peito estreito. Seu cabelo grisalho destacava-se em todas as direções, exceto para cima, onde ele não tinha cabelo algum.
Fazendo o possível para manter a calma e resolver o assunto, Miles percebeu que Roberson Fletcher e Ford tinham disposições semelhantes. Ele respirou fundo várias vezes antes de continuar. — Por que ela me aceitaria se deixou claro que não vai se casar?
Ford girou. — Você vai convencê-la.
— Isso me traz de volta à minha pergunta original, senhores. Por que eu pediria à Srta. Fletcher para ser minha esposa? 



Série Sociedade Doméstica de Everton
1- A Honra de uma Dama
2- Uma Dama em fuga
3.5- Uma Dama em Dúvida

 

2 de agosto de 2022

A Virtude de uma Dama

Série Sociedade Doméstica de Everton

Um noivado rompido pode acender a centelha do amor verdadeiro?

Sylvia Dowder quase tinha chegado ao altar quando seu noivo inesperadamente se tornou um visconde e a largou como um biscoito velho para fazer um casamento mais “adequado”. Embora o coração de Sylvia tenha sido esmagado, seu espírito não foi. Ela usa sua inteligência e habilidade social para tornar-se colunista de fofocas anônima e planejadora de festas da Sociedade Doméstica de Everton para a alta sociedade. Felizmente, ela não corre o risco de se apaixonar por um aristocrata novamente… Principalmente por alguém como Anthony Braighton, conde de Grafton. Criado na América, Anthony não vê razão para se casar quando pode desfrutar de todas as vantagens de ser um conde elegível. Determinado a convencer sua família de que não precisa de uma esposa, ele contrata Sylvia para atuar como anfitriã e decoradora das próximas festas. Mesmo assim, Sylvia é tão adepta de cativar o interesse dele quanto de embelezar sua casa. E apesar da aversão dessa senhora de Everton por homens nobres, algumas atrações não podem ser negadas, e o amor raramente vai aonde é dito.

Capítulo Um

Atrasada novamente, Sylvia Dowder desceu correndo as escadas da Sociedade Doméstica Everton como se suas saias estivessem em chamas. Era impossível ler suas páginas manuscritas enquanto se movia em tal ritmo, mas ela precisava enviar seu artigo para o editor do Weekly Whisper antes do final do dia. Ela havia se atrasado no mês passado e quase perdera sua postagem no jornal. Na parte inferior da escada, notou que não tinha assinado o artigo. 
Com a pena na mão, pingando tinta na saia marrom, encostou-se ao corrimão e rabiscou Mable Tattler na parte inferior. Ela pediria a Gray que um lacaio o levasse à Praça do Mercado Livre. Saltar o último degrau a levou de encontro a uma parede que a derrubou no chão. Atordoada, ela ficou imóvel com seus papéis espalhados ao seu redor e com a luz proveniente das janelas de esquadrias bloqueada pelo que quer que a tivesse derrubado. Uma mão masculina sem luva estendeu-se em sua direção. 
— Lamento muito, senhorita. Foi totalmente minha culpa. Você está machucada? — Seu sotaque era estranho, talvez americano. Sem luvas, ela hesitou em tocá-lo, mas não havia como evitar. Ela não podia ficar de costas como uma tartaruga. O calor de sua pele percorreu seu braço e suas bochechas aqueceram-se. Os dedos dele eram fortes e ásperos. Aquela não era a mão de um cavalheiro. Ela levantou-se, enquanto ele a colocava de pé. 
— Nem um pouco — disse ela. — Eu estava distraída. Ele elevou-se sobre ela. Em sua altura total de pouco mais de um metro e meio, ela esticou o pescoço e ficou congelada pelo mais impressionante par de olhos dourados, pele morena e lábios carnudos. Ela piscou para focar no todo ao invés das partes.
 — Anthony Braighton? Ele curvou-se sobre a mão dela, que ainda segurava firmemente na sua. 
— Lady Serena ou Sylvia? Receio não saber. A menção do nome de sua irmã gêmea trouxe a realidade de volta para Sylvia. Ela puxou a mão para trás e fez uma reverência. 
— Um erro comum, senhor. Eu sou Sylvia Dowder. Minha irmã ainda mora em casa.
Inclinando a cabeça, ele ficou boquiaberto.
— E agora está morando aqui em Everton House, Srta. Dowder? 
— Eu entrei para a Sociedade. — Apesar de ele parecer apenas curioso, isso a irritou mesmo assim, e ela forçou-se a não defender suas decisões. Anthony Braighton era apenas um cavalheiro rico da América. Sua opinião não significava nada. 
— Por causa de Lorde March? — O problema com os americanos é que eles diziam exatamente o que pensavam, em vez de manterem uma conversa educada. Sylvia mordeu o interior da bochecha. A última coisa que ela queria era contar o fim de seu noivado com Hunter Gautier, o atual visconde de March. Tinha estado muito perto do altar antes do desastre acontecer. Não. Ela não iria pensar mais nisso. 
— Minhas razões não são da sua conta, Sr. Braighton. Se você me dá licença, preciso ver o mordomo. Seus olhos arregalaram-se. 
— Fui rude, Srta. Dowder?








Série Sociedade Doméstica de Everton
1- A Honra de uma Dama
2- Uma Dama em fuga
3- A Virtude de uma Dama

 
 

28 de junho de 2022

Uma Dama em fuga

Série Sociedade Doméstica de Everton
 
A combinação perfeita pode estar mais perto do que eles imaginam…

Apesar de seu desastroso debute em Londres, Millicent Edgebrook provou ser hábil em garantir casamentos para todas as jovens, menos para si mesma. Resignada à condição de solteirona e ansiosa para ganhar a independência de seu tio adorável, mas excêntrico, Millie se junta à Sociedade Doméstica de Everton. Sua primeira tarefa: encontrar uma noiva para Preston Knowles, Duque de Middleton. Quão difícil poderia ser conseguir um par para um aristocrata bonito e elegível? Tão difícil, ao que parece, quanto resistir à sua própria atração pelo duque…
Preston prometeu a si mesmo não ser arruinado pelo amor. Depois de ser rejeitado por duas candidatas perfeitamente respeitáveis, ele preferia permanecer solteiro e feliz para o resto de sua vida… se apenas sua mãe o deixasse. No entanto, de repente, ele está fantasiando sobre a adorável casamenteira que ela contratou, a noiva menos adequada que se poderia imaginar. O passado de Millie está envolto em escândalos, e a Sociedade Doméstica de Everton proíbe relações entre funcionários e clientes. Mas mesmo com tantos obstáculos contra eles, Preston anseia por convencer a mulher que ele adora de que o amor supera as regras sempre…

Capítulo Um

Everton House não era grande de acordo com nenhum padrão, mas era formidável. Parada na base da escada, Millicent Edgebrook estava nervosa pela primeira vez em muito tempo. Se Lady Jane a rejeitasse, ela voltaria ao ponto de partida, sem opções a não ser passar o resto de sua vida correndo o perigo de ser explodida, defumada, e sendo envenenada por todos os tipos de aromas desagradáveis. Não. Aquilo tinha que funcionar. Era o primeiro passo em seu plano de independência, então Millie subiu os degraus e bateu.
A Sra. Doris Whimple, a acompanhante contratada e criada de Millie, mexia-se ao seu lado.
— Por que você está nervosa? — Millie perguntou.
— Ouvi dizer que Lady Jane Everton é assustadora. Mary McGinty me disse que apenas um olhar de Jane Everton fez mais de uma mulher chorar na sala. — A Sra. Whimple estremeceu.
— Tenho certeza de que é um exagero. Fique calma. Além disso, ela vai entrevistar a mim, não a você. — Apesar de suas palavras corajosas, um nó formou-se na boca do estômago de Millie.
A porta abriu-se, revelando um velho mordomo com tufos de cabelo branco saindo de sua cabeça. — Como posso ajudá-la?
Millie entregou seu cartão.
— Srta. Edgebrook, por favor, entre. Milady está esperando por você. — Ele escancarou a porta e deu um passo para o lado, permitindo que entrassem no vestíbulo.
Além de um grande vaso de flores adornando uma mesa redonda de entrada, o corredor era principalmente de madeira e tinha um toque masculino.
— Eu sou Gray — entoou o mordomo. — Sua acompanhante pode esperar aqui. Lady Jane a verá sozinha.
A Sra. Whimple ficou rígida. — Está tudo bem, Doris. Eu vou ficar bem. — Millie parecia mais corajosa do que se sentia. Seu estômago estava embrulhado e as palmas das mãos começaram a suar enquanto ela seguia Gray por um corredor estreito ao lado da escada.
Ele parou na frente de um conjunto de portas duplas. — Milady espera por você no escritório. — Ele gesticulou em direção à porta, em seguida, voltou vagarosamente por onde tinham vindo.
As borboletas no estômago de Millie transformaram-se em dragões em guerra. Colocando os ombros para trás, ela respirou fundo e bateu.
— Entre, Srta. Edgebrook. — Uma forte voz feminina veio de dentro.
Millie entrou em um escritório bem equipado, com uma parede de livros à direita e janelas altas que davam para o jardim à esquerda. Millie reprimiu um suspiro e puxou a peliça com mais força contra a noite fria. Outro vaso de flores estava em uma pequena mesa à direita. A mulher atrás da mesa estava sentada ereta como uma tábua, com o cabelo escuro puxado para trás severamente e as mãos cruzadas.
Ela levantou-se. — Eu sou Lady Jane Everton.
Ambas fizeram uma reverência e Millie disse: — Estou honrada em conhecê-la, milady. Eu sou Millicent Edgebrook.
Um sorriso caloroso suavizou o rosto de Lady Jane, enquanto ela gesticulava em direção à cadeira em frente à mesa. — Por favor, sente-se e me diga o que a traz à Sociedade Doméstica de Everton.
Com o coração na garganta, Millie engoliu em seco. — Não tenho certeza do que você quer saber.
Levantando uma sobrancelha curva, Jane inclinou a cabeça. — A verdade seria um bom começo. Como você chegou à decisão de que uma vida como uma Senhora de Everton pode ser adequada para você?
 




Série Sociedade Doméstica de Everton
1- A Honra de uma Dama
2- Uma Dama em fuga

 


24 de maio de 2022

A Honra de uma Dama

Série Sociedade Doméstica de Everton

Nem todos os arranjos são feitos no mercado do casamento…

Depois de um noivado desastroso, de curta duração, e anos cuidando de sua avó doente, Phoebe Hallsmith está resignada à condição de solteirona. Mas, se ela precisa ser solteira, é muito melhor ser útil do que ficar em casa, decepcionando os familiares. Como funcionária da Sociedade Doméstica de Everton de Londres, Phoebe aceita um cargo na casa de campo de um velho amigo e descobre uma propriedade, e um proprietário, em um estado de completo caos. Perder-se na garrafa não fez nada para aliviar a dor de Markus Flammel por ter perdido sua esposa. Nem mesmo sua filha pequena pôde trazê-lo de volta da beira do abismo. Agora, aquela ruiva impetuosa e forte assumiu o controle de sua casa, demitindo e contratando criados à vontade e despertando desejos inesperados. Como não um, mas dois pretendentes de repente competem pela mão de Phoebe, Markus pode superar as perdas e lutar por um futuro com a mulher que transformou seu mundo?

Capítulo Um

Anos na Escócia, cuidando da avó, haviam mantido Phoebe longe de Rosefield e de sua melhor amiga, Emma. Ao longo da frente da grande propriedade, as amadas roseiras de Emma estavam crescidas demais e a fachada avultava com tristeza e perda. 
Hesitando no primeiro passo, ela deixou de lado sua imaginação sobre as paredes estarem lamentando a morte de Emma. Não havia palavras que pudessem confortar Markus Flammel. O que ela diria? Um galho rebelde de roseira estava em seu caminho. Esfregando os braços para esquentá-los no frio de outubro, ela respirou fundo, agarrou sua bolsa com o Manual Everton dentro e colocou os ombros para trás. Ela havia enfrentado a doença de sua avó e, eventualmente, a sua morte; poderia enfrentar aquilo também. Subiu os dez degraus até a porta e deixou de lado sua ansiedade. 
— Este lugar está um pouco mal cuidado, Phoebe. — Honoria Chervil subiu os degraus ao lado dela. 
— Sim. Isso é parte da razão de estarmos aqui, milady. — Phoebe agarrou a aldrava de latão e bateu. — Chegamos muito cedo para fazer uma visita. Deveríamos ter esperado a carruagem ser consertada, talvez, e ter vindo mais tarde com nossos pertences. O carroceiro contratado retornara pela estrada de Rosefield. Não havia como fugir de maneira rápida. 
Respirando fundo, Phoebe colocou os ombros para trás e o queixo para cima. Ela estava pronta para o que quer que pudesse acontecer. 
— Não. Esta não é uma visita social, Honoria. Eu não queria chegar tarde e levaria horas para a roda da carruagem ser consertada na pousada. Assim será melhor e o resto virá esta tarde. Um vidro estilhaçou-se dentro da casa. Gritos, berros e sons de madeira estalando soaram através da porta. 
— O que é isso? — Não havia nada pior do que ficar parada nos degraus enquanto gritos e batidas soavam. Phoebe abriu a porta. Como se sua presença congelasse a cena, cinco pares de olhos a encararam na soleira. Duas criadas estavam de joelhos rodeadas por vidros, flores desbotadas e água. A mesa redonda estava em pedaços atrás delas. O chapéu da Sra. Donnelly estava torto, seu cabelo espetado em todas as direções e suas bochechas rechonchudas estavam vermelhas como as rosas crescidas na frente da casa. A governanta pegou uma criança aos gritos que estava a centímetros de pisar no vidro perigoso. Watson, o mordomo, ficou como uma estátua olhando para ela com as mãos para o ar. 
— O que em nome dos céus está acontecendo aqui? — Phoebe nunca imaginara que sua chegada seria daquele jeito. Watson baixou as mãos, alisou o cabelo grisalho e aproximou-se. 
— Receio que a senhorita tenha surpreendido a todos em um momento inoportuno, milady. O patrão acabou de chegar e estamos nos preparando. Uma criada fungou enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto, usando um pano para puxar os fragmentos para uma pilha. 
— Preparando-se para quê?


Série Sociedade Doméstica de Everton
1- A Honra de uma Dama
2- Uma Dama em fuga