Mostrando postagens com marcador Amanda Q. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amanda Q. Mostrar todas as postagens

30 de outubro de 2017

Até que a Morte nos Separe

Calista Langley é dona de uma agência que apresenta senhoras e senhores respeitáveis que buscam relacionamentos sérios em Londres na época vitoriana. 

Por algum tempo, ela está recebendo presentes: um espelho preto sinistro, uma coroa de flores para funeral, um sino… um ataúde, tudo gravado com suas iniciais.
Convencida de que não obterá ajuda da polícia, Calista recorre a Trent Hastings, um escritor solitário, de mistério, que tem pouca afeição às relações sociais. Enquanto Trent e Calista revisam os arquivos dos clientes rejeitados, eles tem esperança de identificar o perseguidor, mas começa a ser óbvio que a chave pode ser o passado secreto de Calista… e sua vida corre perigo.

Capitulo Um

― Devo desfazer-me dela, Birch. ― Nestor Kettering pegou a garrafa de brandy e serviu-se de outra taça. ― Já não suporto a minha mulher. Você não tem nem ideia do que significa viver com ela na mesma casa.
Doam Birch remexeu-se na cadeira e esticou as pernas, aproximando-as das chamas da lareira.
― Não é o primeiro homem que se casa por dinheiro e descobre que o trato não o satisfaz. A maioria das pessoas que se encontraram em sua situação acharam uma maneira de coabitar. É bastante comum que os casais da boa sociedade tenham vidas separadas.
Nestor contemplou as chamas. Doam convidara-o a tomar um último brandy depois de outra noitada jogando cartas no clube do qual ambos eram membros e, como resultado, os dois estavam sentados na pequena, mas elegante, biblioteca da casa de Doam.
Faria qualquer coisa para não ter que retornar ao número cinco do Lark Street, ― pensou Nestor. Haviam considerado a ideia de visitar um bordel, mas isso não despertou o entusiasmo de Nestor. Na realidade, os bordéis desgostavam-lhe, preocupava-se que as mulheres pudessem transmitir uma enfermidade e, além disso, não era nenhum segredo que as prostitutas frequentemente roubavam relógios, alfinetes de gravata e dinheiro dos clientes.
Preferia que as mulheres fossem respeitáveis, virginais e, sobretudo, carentes de familiares próximos: a última coisa que queria era enfrentar a um pai ou um irmão furioso. Escolhia suas amantes entre as solteironas de Londres: mulheres inocentes, educadas, corteses, e agradecidas pelos cuidados de um cavalheiro.
Durante o ano passado e graças a Doam Birch, tivera acesso a uma série de instrutoras jovens e atraentes que possuíam seus requisitos. 
Uma vez feita a conquista, perdia o interesse, mas isso não supunha um problema: resultava simples desfazer-se dessas mulheres. Ninguém se preocupava com seus destinos.
A residência urbana de Doam não é tão grande quanto a minha ― pensou Nestor, ― mas, é muito mais confortável porque não há nenhuma esposa dando voltas por ali. Doam herdara a casa, depois da morte de sua mulher, uma viúva rica. Esta, falecera enquanto dormia, pouco depois das bodas… e, depois de pouco tempo de ter modificado seu testamento e deixado a casa e sua considerável fortuna para seu novo marido.
Alguns homens são muito afortunados, ― pensou Nestor.
― Não sei quanto tempo mais serei capaz de suportar a presença de Anna ― disse, bebendo um gole de brandy e deixando a taça na mesa. ― Juro que perambula pela casa como um pálido fantasma. Acredita nos espíritos, sabe? Assiste a uma sessão espírita ao menos uma vez por semana com a pontualidade de um relógio. Quase todos os meses procura uma nova médium.
― Com quem tenta entrar em contato?
― Com seu pai ― respondeu Nestor, fazendo uma careta. ― O bastardo que me armou uma armadilha, com as condições de seu testamento.
― Por que quer entrar em contato com ele?
― Não tenho nem ideia e não me importa um mínimo, o maldito. ― Nestor deixou a taça de brandy na mesa. ― No princípio acreditei que tudo seria tão simples… uma noiva formosa e, além disso, uma fortuna.
Doam contemplava as chamas.
― Sempre há algo mais.
― Tal como acabei por descobrir.
― Sua mulher é muito formosa, quase todos os homens diriam que é muito afortunado por compartilhar a cama com semelhante beleza.
― Ora!


Veja vídeo do lançamento

22 de outubro de 2016

Uma Mulher Misteriosa

Série Damas Rua da Lanterna
Sob as saias austeras de seu vestido, Beatrice Lockwood esconde uma arma.

Não pode ser de outra forma, porque Beatrice é uma acompanhante com uma missão secreta - tão secreta como seu passado - e deve estar preparada para lutar pela vida ou morte a qualquer momento. No entanto, quando se dispõe a impedir um crime nos jardins de uma mansão onde se está celebrando um baile, ela recebe ajuda inesperada de um homem de voz hipnoticamente serena. Depois de entregar o seu cartão, o estranho desaparece nas sombras, deixando-a intrigada. Joshua Gage, que é responsável de investigações secretas para a Coroa, também está intrigado. 
Ele tem um interesse especial nessa beleza ruiva, suspeita de roubo e assassinato, e talvez também culpada de fraude pela venda de seus serviços como médium...

Capítulo Um

O calcanhar de uma das suas botas altas e abotoadas escorregou em contato com a trilha de sangue que fluiu por baixo da porta. Beatrice Lockwood esteve a ponto de perder o equilíbrio. Conteve a respiração e conseguiu agarrar a maçaneta da porta a tempo de ficar de pé.
Não precisava usar seus poderes. Sabia que o que iria encontrar do outro lado da porta deixaria em sua consciência uma impressão indelével. No entanto, o horror que se ia acumulando nela acendeu sua visão interior. 
Abaixou a vista ao chão e viu a violenta energia daquelas pegadas. O botão também tinha traços sombriamente iridescentes. As correntes paranormais borbotavam com uma luz doentia que gelou seu sangue.
Queria sair correndo, gritando no meio da noite, mas não podia virar as costas para o homem que lhe tinha oferecido sua amizade e que lhe havia proporcionado uma carreira lucrativa e respeitável.
Tremendo, abriu a porta do gabinete do Dr. Roland Fleming. 
Alguém tinha quase apagado a luz da lâmpada de gás do interior, mas ainda assim conseguiu distinguir o homem que estava deitado e sangrando no chão.
Roland sempre gostou de andar na moda com trajes feitos sob medida, ternos, gravatas e lenços atados com elegância. Seus cabelos grisalhos e encaracolados moldados de acordo com as últimas tendências, com costeletas e o bigode perfeitamente aparado. 
O título de doutor havia-o outorgado ele mesmo, mas tinha explicado a Beatrice que, na realidade, era um homem do mundo do espetáculo. Com essa personalidade carismática e a presença
imponente, assegurava sempre um bom atendimento em suas palestras sobre fenômenos paranormais.
Mas naquela noite, tanto as finas dobras da camisa de linho branca, como o casaco de lã azul escuro, estavam ensopados em sangue. Beatrice correu até ele e abriu a camisa com as mãos trêmulas.
Não levou muito tempo para encontrar a profunda ferida no peito. O sangue jorrava. Pela cor, supôs que era uma ferida mortal. Mesmo assim, apertou as mãos firmemente sobre a pele rasgada.
— Roland — sussurrou. — Meu Deus! O que aconteceu?
Roland gemeu e abriu os olhos, olhos cinzentos, baços, assombrados pelo choque. Mas quando ele a reconheceu, algo que poderia muito bem ser pânico superou brevemente a onda de morte que se abatia sobre ele. Agarrou o pulso de Beatrice com uma mão sangrenta.
— Beatrice — disse com uma voz enrouquecida pelo esforço. Ouviu um terrível tremor vindo de seu peito. — Ele veio por você. Eu disse a ele que não estava. Mas ele não acreditou em mim.
— Quem veio por mim?

Série Damas Rua da Lanterna 
1 - Jardins de Cristal
2 - A Mulher Misteriosa
Serie Concluída



27 de novembro de 2015

Jardins de Cristal

Série Damas Rua da Lanterna




Depois de ser vítima de um ataque nas ruas de Londres, Evangeline Ames alugou uma casinha de campo nos arredores da cidade. 

Quando sua vida volta a correr perigo, ela procura refúgio nos jardins de Crystal Garden, uma propriedade próxima que exerce sobre ela uma atração sobrenatural. 
Ali é resgatada pelo proprietário, Lucas Sebastian, que insiste em manter o assunto em segredo, pois já existem muitos rumores sobre um tesouro enterrado em seus jardins. Ainda que Lucas e sua nova vizinha percebam imediatamente suas respectivas faculdades psíquicas, bem como sua mútua atração, devem primeiro enfrentar algo mais urgente: quem tentou matar Evangeline voltará a tentá-lo...

Capítulo Um

O ruído surdo que a fechadura fez ao ser arrombada ressoou como um trovão em meio ao profundo silêncio que cobria Fern Gate Cottage. Evangeline Ames reconheceu o barulho imediatamente. Já não estava sozinha em casa.
Sua primeira reação foi ficar completamente imóvel embaixo das cobertas. Talvez não fosse nada. A casa era velha. As tábuas do chão e o telhado rangiam e gemiam muitas vezes durante a noite. Mas ainda que tivesse repassado mentalmente as possibilidades racionais, sabia a verdade: eram duas horas da madrugada, alguém tinha entrado à força na casa e não era provável que estivesse ali atrás de dinheiro. Não tinha o suficiente para tentar a algum ladrão.
Tinha estado uma pilha de nervos a tarde toda, sua intuição estava lhe enviando sinais sem nenhum motivo aparente. Algumas horas antes, quando havia caminhado até o povoado, não tinha deixado de olhar para trás uma e outra vez. Havia estremecido ao ouvir sussurros insignificantes no espesso bosque que margeava todo o caminho. Enquanto fazia suas compras na concorrida rua principal de Little Dixby, tinha sentido os pelos da nuca ficarem eriçados. Tinha a sensação de estar sendo observada.
Havia lembrado a si mesma que ainda estava se recuperando
do terrível ataque que tinha sofrido há duas semanas. Estiveram a ponto de assassiná-la. Portanto tinha motivos de sobra para estar com os nervos à flor da pele. Além disso, sua novela não ia nada bem e estava chegando o dia em que teria que entregá-la. Não se atrevia a atrasar. Tinha muitos motivos para estar tensa.
Mas agora sabia a verdade. Sua intuição psíquica estava tentando avisá-la já tinha horas. Esse era o motivo de não ter conseguido dormir esta noite.
Uma corrente de ar frio percorreu o corredor, vindo da cozinha. Soaram passos fortes. O intruso não fazia questão de manter-se em sigilo. Estava convencido que a tinha presa. Tinha que se levantar da cama.
Separou as cobertas, jogou as pernas para fora da cama e se colocou de pé. O chão estava gelado. Calçou seus sapatos de couro e pegou sua bata.
O ataque que tinha sofrido nas semanas antes a tinha deixado precavida. Ao alugar aquela casa, tinha analisado todas as possíveis rotas de fuga. Ali, no seu quarto, sua maior esperança era a janela situada na altura de sua cintura. Dava ao pequeno jardim que ficava em frente á porta de madeira. Do outro lado desta porta tinha um caminho que serpenteava através do bosque escuro até a velha casa de campo conhecida como Crystal Garden.
Uma tábua solta no piso rangeu sob a bota do intruso. Ele estava indo direto para o quarto. Isso resumiu o assunto. Com certeza não estava ali por dinheiro e sim por ela.
Não tinha sentido mover-se sem fazer barulho. Abriu as estreitas janelas sem fazer caso do chiado das dobradiças e deslizou pela abertura. Com sorte o intruso não passaria por ela.
— Onde pensa que vai, mulher estúpida? —A voz áspera do homem rugiu da porta. Tinha um forte acento dos bairros pobres de Londres… 
— Ninguém escapa de Sharpy Hobson.

Série Damas Rua da Lanterna 
1 - Jardins de Cristal
2 - Uma Mulher Misteriosa
Série Concluída


16 de junho de 2013

O Perigo Da Paixão






No silêncio da noite, uma carruagem percorre as ruas que levam a casa do Anjo Caído, como é chamado o conde de Angelstone. 

No interior da carruagem a jovem Prudence luta consigo mesma para levar adiante a difícil decisão que tem em suas mãos: salvar a vida de seu irmão, Trevor, a única pessoa com quem conta no mundo. 
A mansão envolta em trevas encerra para Prudence, infinitos problemas que transformarão sua vida. 
Um inusitado furacão de luxúria que abrirá as portas à sensações e paixões desconhecidas. 

Comentário revisora Twiggy: Eu adoro a Amanda Quick, e isso não é nenhum segredo. Não me importa que todos os seus livros sejam iguais, porém diferentes, pois o que me encanta é o comportamento de suas protagonistas. E, dessa vez, como era de se esperar, não houve nenhuma mudança. 
O livro começa muito bem, mas o que se tornou cansativo foi a repetição dos diálogos e trama arrastada. 
O humor sempre presente em suas tramas, dessa vez foi coisa rara, mas nada que comprometa a leitura, ou que torne o livro desagradável. Afinal, nem sempre tudo dá certo, não é mesmo? 

Capítulo Um 

Na hora mais escura da noite, quase três da manhã, enquanto a névoa fria abraçava a cidade como um fantasma, Prudence Merryweather relutantemente decidiu que o tempo e a atmosfera seriam desconfortavelmente inadequados para visitar o homem conhecido como o Anjo Caído. 
Ela estava trêmula, apesar de sua tenaz determinação, quando o coche de aluguel parou na porta da casa, envolvida pela névoa. 
As novas lâmpadas de gás que haviam se espalhado por toda a cidade eram ineficazes na névoa espessa. Um estranho silêncio envolvia a rua fria e escura. 
Os únicos sons eram o barulho carruagem e o bater dos cascos contra o calçamento. 
Por um breve instante, Prudence pensou em pedir ao cocheiro que fizesse com que o coche alugado fosse diretamente para sua casa, mas reprimiu esse pensamento com a mesma velocidade com que havia lhe ocorrido. 
Sabia que nesse momento não poderia hesitar, a vida de seu irmão estava em jogo. 
Tomou coragem, ajeitou os óculos firmemente, e saltou da carruagem. 
Puxou o capuz da velha capa de lã cinza para esconder o seu rosto quando começou a subir as escadas da casa com determinação. Atrás dela, o coche de aluguel começou a mover-se rua abaixo. 
Prudence parou e virou-se rapidamente, assustada.
- Onde você acha que vai, meu bom homem? Eu disse que lhe daria algumas moedas extras para que você me esperasse. Só vou demorar apenas alguns minutos. 
─ Não se preocupe, não, senhorita. Só estou ajustando as rédeas, é tudo. ─ O motorista era uma mancha escura, sem fisionomia, dentro do abrigo, coberto com um pesado casaco e chapéu abaixado, cobrindo suas orelhas. Falava muito confuso, por causa do gim que havia bebido durante toda a noite, para afastar o frio intenso.
─ Eu já disse que vou esperar.     

21 de abril de 2013

Uma Dama De Aluguel



Arthur, conde de St. Merryn precisa contratar uma mulher. 

A jovem terá que simular ser sua noiva durante algumas semanas nos círculos da alta sociedade, pois ele tem assuntos que resolver e sua companhia evitará o habitual assédio das casamenteiras. 
Encontrar a candidata torna-se mais difícil do que ele pensava até que finalmente conhece Elenora Lodge. 
O aspecto simplório da moça não oculta sua beleza nem o fogo dos seus olhos. 
Dadas suas circunstâncias pessoais, Elenora aceita a generosa oferta do conde. Entretanto, alguma coisa não vai bem na tenebrosa mansão de Arthur, e Elenora está convencida de que ele esconde um segredo... 

Comentário revisora Catharina: Sempre gostei dos livros da Amanda Quick, mas dessa vez ela se superou! 
Adorei como a maneira confiante da mocinha vai quebrando aos poucos a seriedade excessiva do mocinho. Leitura imperdível pra quem gosta de histórias com um toque de aventura e de mistério. 

Capítulo Um 

Aquele rosto fantasmagórico e pálido como a morte apareceu de repente.
Surgiu das profundidades da inescrutável escuridão como se tratasse de um guardião demoníaco encarregado de proteger segredos proibidos. 
A luz do farol refletiu um reflexo infernal nesse rosto duro e de olhar fixo. 
O homem do bote gritou ao ver o monstro. Mas estava sozinho, ninguém podia ouvi-lo. 
Seu grito de terror retumbou, uma e outra vez, nas velhas paredes de pedra daquele passadiço de noite sem fim. Com o sobressalto perdeu o equilíbrio e se cambaleou enquanto o pequeno bote em que navegava se sacudia perigosamente sobre a corrente de águas negras. 
O coração lhe disparou e um suor frio lhe empapou o corpo enquanto continha o fôlego. 
Em um reflexo, segurou a longa vara que tinha estava usando para fazer avançar a pequena embarcação pelas águas mansas do rio e tentou recuperar o equilíbrio. 
Felizmente, o extremo da vara se afundou com força no leito do rio e o bote se estabilizou quando as últimas reverberações de seu grito assustador se desvaneciam na distância. 
Um inquietante silêncio reinou novamente naquele lugar. O homem tentou recuperar o fôlego e ficou olhando a cabeça, algo maior que uma cabeça humana. Suas mãos ainda tremiam. 
Não era mais que outra das antigas e desmembradas estátuas clássicas encontradas ocasionalmente nas bordas do rio subterrâneo. 
Neste caso, o casco a identificava como uma representação da deusa Minerva. 
Aquela não era a primeira estátua com a que se cruzava ao longo daquela estranha viagem, mas sem dúvida era a mais perturbadora. 
Na realidade, parecia uma cabeça separada do corpo que alguém tivesse jogado descuidadamente no barro da borda do rio. O homem segurou a vara com mais força e empurrou com ímpeto. 
Estava chateado pela sua reação ante a visão da imagem. O que lhe ocorria? Não podia se permitir o luxo de que seus nervos se desestabilizassem com tanta facilidade. Tinha um destino que cumprir. 
O pequeno bote avançou e passou junto à cabeça de mármore. A seguir virou em outra curva do rio. 
A luz da lanterna iluminou uma das pontes arqueadas e baixas que atravessavam o rio em diversos pontos do seu percurso. 
Na realidade, constituíam conexões a parte alguma, pois terminavam nas paredes do túnel que as cobriam. O homem se agachou para não bater a cabeça contra a ponte. 
À medida que foi superando seu terror, a excitação voltou pouco a pouco a apoderar-se dele. 
Tudo era como seu predecessor o havia descrito no seu diário. 
O rio perdido existia de verdade e serpenteava por debaixo da cidade. Constituía uma via de água secreta, coberta séculos atrás e caída no esquecimento. 
 DOWNLOAD







11 de fevereiro de 2013

O Engano





Houve uma época em que Olympia Wingfield estava livre para dedicar todo o seu tempo a sua verdadeira paixão: o estudo de lendas antigas e tesouros perdidos. 

Mas agora, com três sobrinhos endiabrados para criar, sobrava pouquíssimo tempo para a bela e distraída jovem continuar com suas investigações. 
Tudo parece estar sem controle, quando inesperadamente um lindo estranho aparece na biblioteca de Olympia, sem aviso prévio e passa a organizar seu mundo caótico. 
Alto e moreno, com longos cabelos negros, revoltos pelo vento, Jared Chillhurst é a personificação dos sonhos mais exóticos de Olympia. 
Um pirata ousado, disfarçado em trajes de professor, cujos beijos e histórias de viagens rapidamente ganham seu coração. No entanto, muito em breve, a inocente Olympia vai descobrir que o enigmático, sensual e perverso Sr. Chillhurst não é um humilde tutor, mas um futuro conde com uma riqueza de segredos, do tipo que poderá levá-los, tanto em uma busca perigosa por um tesouro escondido quanto a um amor mais valioso do que o ouro. 

Comentário revisora Ana Paula G.: Confesso que uma das coisas que admiro na Amanda é sua capacidade de criar histórias aparentemente simples, mas super criativas.
Sempre tem algo acontecendo, por mais que o romance pareça simples.
Uma bela estória de amor com um dos ingredientes que adoro em uma autora: um humor afiado que nos prende do princípio ao fim! Excelente! 

Capítulo Um 

 ─Tenho também outro livro que pode lhe parecer muito interessante, Sr. Draycott. ─Olympia equilibrava-se com um pé sobre a escada da biblioteca, enquanto, com o outro, se apoiava na beira de uma prateleira e se esticava para alcançar um volume que estava na parte mais alta do armário. 
─Este também contém informação fascinante sobre a lenda da Ilha do Ouro. E, me parece que existe mais um, que deveria examinar. 
─Por favor, tome cuidado, Srta. Wingfield. ─Reginald Draycott sustentava a escada por ambos os lados, para mantê-la equilibrada. Observava Olympia, que voltava a esticar-se para pegar outro livro em uma prateleira alta. ─Certamente vai cair se não tomar cuidado. 
 ─Não se preocupe. Asseguro-lhe que estou acostumada com estas coisas. Bom, eu utilizei esta obra quando escrevi meu último relatório para a publicação trimestral da Sociedade de Viagens e Exploração. É muito útil porque contém dados sobre os hábitos incomuns dos habitantes de certas ilhas dos mares do sul. ─Você é muito amável por me emprestá-lo Srta. Wingfield, mas realmente estou muito preocupado por vê-la nessa posição sobre a escada. 
─Não se inquiete, senhor. ─Olympia olhou Draycott com um sorriso tranquilizador, mas notou que o homem tinha uma expressão muito estranha. 
Seus olhos pálidos e cansados estavam imóveis e tinha a boca aberta. 
─Está passando mal, Sr. Draycott? 
─Não, absolutamente, querida. ─Draycott umedeceu os lábios e continuou olhando-a fixamente. 
─Tem certeza? Parece que está nauseado. Caso seja o seu desejo, posso descer estes livros em outro momento. 
─Oh, não! Não poderia esperar mais outro dia. Juro-lhe que estou bem. A verdade é que você reavivou minha curiosidade sobre a lenda da Ilha do Ouro, querida. Não poderia sair daqui sem mais material para estudar. 
─Bom, então, se tem certeza... Este livro trata sobre os fascinantes costumes da lendária Ilha do Ouro. Pessoalmente, sempre achei os costumes de outras terras fascinantes. 
 ─De verdade? 
─Oh, sim! 
 DOWNLOAD









8 de dezembro de 2012

Fascinação

Numa pequena e acolhedora cidade à beira mar, até a efervescente elegância de um salão londrino, trama-se a emocionante história de um homem e uma mulher diferentes em tudo.

Não existia nenhuma dúvida: o que Harriet Pomeroy precisava era de um homem forte e inteligente para lhe ajudar a desbaratar os planos de ladrões inescrupulosos que ocultavam em suas queridas cavernas, os despojos de seus saques. 
Mas, quando pediu ajuda a Gideon Westbrook não poderia imaginar que estava invocando o próprio diabo e, eventualmente, encontrando maneiras de conquistar o seu coração.

Capítulo Um

Era como uma cena saída de um pesadelo. Gideon Westbrook, visconde de St. Justin deteve-se na soleira para contemplar essa alegre e pequena ante-sala do inferno. Havia ossos em todos os cantos. Crânios que sorriam grosseiramente, costelas esbranquiçadas e fêmures feitos em pedaços espalhados por ali como refugos do diabo. No parapeito da janela se amontoavam pedras, sobre as quais se viam dentes, dedos e outras peças incrustadas.
Em um canto, espalhadas pelo chão, um punhado de vértebras.
Ocupava o centro dessa indigna desordem uma esbelta silhueta, com um avental coberto de manchas e uma touca torta de musselina branca sobre seu selvagem emaranhado de cachos castanhos. A mulher, obviamente jovem, estava sentada em uma pesada mesa de mogno, de costas para Gideon que apreciava sua elegante postura. Desenhava com concentração e interesse algo que parecia um osso comprido, encravado em um pedaço de rocha.
De onde estava Gideon notou que não tinha aliança nos graciosos dedos que sustentavam a pluma. Não era, então, a viúva do defunto reverendo Pomeroy, a não ser uma de suas filhas.
“Justamente o que eu precisava”, pensou Gideon, “outra filha de pároco.”
Quando o pesaroso pároco anterior abandonou a vizinhança, depois da morte de sua filha, o pai de Gideon designou o reverendo Pomeroy para seu lugar. Mas, ao morrer Pomeroy, quatro anos atrás, Gideon já estava responsável pelas propriedades de seu pai e não se incomodou em designar um novo pároco. O bem-estar espiritual do povo de Upper Biddleton não lhe interessava muito.
Segundo as condições que Pomeroy tinha estabelecido com o pai de Gideon, sua família continuou vivendo na casa paroquial. Os aluguéis eram pagos em dia e isso era a única coisa importante, pelo que concernia a Gideon.
Depois de contemplar a cena por mais um momento, deu uma olhada ao seu redor, procurando algum sinal de quem tivesse deixado aberta a porta da casa paroquial. Como não aparecia ninguém, tirou o chapéu de castor e entrou no pequeno vestíbulo. A forte brisa do mar o seguiu. Nesses primeiros dias de primavera, embora o tempo fosse invulgarmente quente para essa época do ano, o ar do mar ainda continuava frio.
Gideon se sentiu animado e (conforme admitiu para si mesmo) intrigado pelo espetáculo da jovem sentada entre ossos antigos que se espalhavam pelo aposento. Cruzou o vestíbulo em silêncio, cuidando para não fazer ruído com suas botas de montar. Era um homem corpulento (monstruoso, ao dizer de alguns) e tinha aprendido a mover-se sem ruído, em um vão esforço por compensar seu tamanho. Muitos o olhavam só pelo seu aspecto.
Parou na porta do gabinete, observando por mais um momento a mulher que trabalhava. Uma vez convencido de que ela estava muito absorta em seu desenho para perceber sua presença, quebrou o feitiço a contra gosto.
- Bom dia. – disse.
DOWNLOAD

17 de setembro de 2012

O Rio Sabe O Seu Nome

O primeiro beijo aconteceu no corredor escassamente iluminado da mansão de Edwin Hastings. Louisa não o viu chegar....

Claro que era impossível que Anthony abrigasse intenções românticas. 
O beijo deve ter sido uma medida desesperada para evitar que os capangas os descobrissem, onde não deveriam estar. 
Porque, afinal de contas, nenhum homem poderia considerar que Louisa Bryce, com seu vestido sem graça e seus óculos, fosse uma mulher atraente. 
A única coisa que os intrusos tinham em comum era o interesse pelos assuntos particulares do Sr. Hastings, um homem poderoso de quem suspeitavam que abrigasse terríveis segredos. 
Agora, a Anthony e Louisa é apresentada a oportunidade de somar esforços para descobrir a verdade....., e esta associação será mais apaixonada do que ambos imaginaram. 

Leitura  Ana Paula G.: Eu,particularmente, gosto muito do estilo da Amanda Quick.Suas histórias são sempre bem elaboradas,sensuais e com um toque de humor.
Este livro não é diferente.Muito bom!

Capítulo Um
A viúva misteriosa tinha desaparecido novamente. Anthony Stalbridge rondava o sombrio corredor a procura de uma fresta reveladora de luz, embaixo de uma porta. 
Todos os quartos pareciam vazios, porém sabia que ela não poderia estar muito longe. 
Tinha conseguido vê-la antes que desaparecesse na escura escada de serviço. 
Ele havia lhe dado certa vantagem, antes de segui-la pelas escadas estreitas. 
No entanto, ao chegar ao andar onde estavam os quartos, a Sra. Bryce tinha desaparecido sem deixar vestígios. 
Do salão subia os acordes apagados de uma valsa e o murmúrio monótono das conversas estimulado pelo champanhe. 
O andar térreo da mansão de Hastings estava brilhantemente iluminado e cheio de convidados elegantemente vestidos, porém no andar de cima, apenas se via um ou outro brilho dos apliques na parede além de um silêncio ameaçador. 
Era uma casa enorme, mas ocupada apenas por Elwin Hastings, sua novíssima, riquíssima e jovem esposa, e os criados. Estes dormiam no porão, o que significava que a maioria dos quartos, desse andar, estava vazia. Às vezes, os quartos desocupados eram tentadores para os convidados que procuravam um local adequado para seus encontros ilícitos durante as longas noitadas. 
Será que a Sra. Bryce subiu até aqui para se encontrar com um homem? 
Por alguma razão desconhecida não queria pensar seriamente sobre essa possibilidade. 
Não que ele tivesse direito de esperar alguma coisa. 
Ela lhe havia concedido algumas danças e mantido algumas conversas formais, nada comprometedoras, nos diversos eventos sociais realizados na semana anterior. 
Somente até aí chegava o conhecimento que tinham um do outro. 
Mas sua intuição, para não mencionar todos os seus instintos masculinos, tinham-no advertido que, de fato, os dois, haviam se envolvido em um duelo arriscado. 
Um duelo que não tinha intenção de perder.
DOWNLOAD










4 de junho de 2012

Caso de Amor

Ele estava realmente numa situação delicada!

Um dedicado homem da ciência, que prezava, acima de tudo, a lógica e a razão, Baxter St. Ives não podia acreditar que estivesse realmente se fazendo passar por um simples assistente para conseguir se aproximar de uma mulher liberada.
Aceitar o papel de caçador de um assassino era uma coisa, mas descobrir que estava descontroladamente apaixonado por sua nova chefe era fazer de sua vida um caos.
Era o suficiente para levar um homem a se trancar no santuário do seu laboratório e nunca mais sair. Mas, em vez disso, St. Ives resolve conduzir uma experiência, uma perigosa investigação científica na temerária alquimia do desejo.
À medida que o ousado St. Ives se lança à tarefa de seduzir Charlotte, no entanto, o mistério que os envolve vai ficando cada vez mais denso, pois um assassino perigoso ainda está à solta em Londres, planejando o afastamento dos amantes… ou vê-los unidos para sempre — na morte.

Capítulo Um

 — Não tenho outra opção a não ser a franqueza, Sr. St. Ives. Infelizmente, o senhor não é exatamente o que eu esperava de um secretário assistente. — Charlotte Arkendale cruzou as mãos sobre a mesa de mogno e examinou Baxter com olhar crítico.
— Sinto muito que tenha perdido seu tempo. A entrevista não estava indo como ele esperava. Baxter ajustou os óculos com aros de ouro e prometeu a si mesmo que não ia ceder ao impulso de rilhar os dentes. — Desculpe-me, Srta. Arkendale, mas tive a impressão de que estava procurando uma pessoa de aparência inócua e desinteressante. — Isso mesmo. — Sua descrição exata do candidato ideal foi, repito suas palavras, uma pessoa de aparência tão inofensiva quanto um bolo de batata. Charlotte piscou os olhos grandes, verdes e inteligentes.
— O senhor não me compreendeu corretamente. — Eu raramente me engano Srta. Arkendale. Sou extremamente preciso metódico e deliberado em tudo que faço. Enganos são cometidos por pessoas impulsivas ou com disposição para sentimentos fortes demais. Posso garantir que esse não é o meu temperamento.
— Concordo plenamente com o senhor sobre os riscos de uma natureza passional. — ela disse rapidamente. — Na verdade, esse é um dos problemas... — Permita-me ler o que a senhorita escreveu na carta para seu ex-assistente, agora aposentado.Baxter a ignorou. Tirou a carta do bolso interno do casaco levemente amarrotado. Tinha lido a maldita coisa tantas vezes que quase sabia de cor, mas fez questão de olhar com atenção para a letra muito caprichada. “Como sabe, Sr. Mareie, preciso de um assistente para tomar seu lugar.
Deve ser uma pessoa de aparência comum e discreta. Quero um homem capaz de fazer seu trabalho sem ser notado, um cavalheiro com quem eu possa me encontrar freqüentemente sem atrair atenção ou comentários indevidos. Além dos deveres usuais de um assistente geral, que o senhor cumpriu admiravelmente bem nos últimos cinco anos, o novo assistente terá outras obrigações complementares.
Não quero aborrecê-lo descrevendo minha situação atual. Basta dizer que devido a eventos recentes, preciso de um indivíduo forte do qual eu possa depender para minha defesa pessoal. Em resumo, quero contratar um guarda-costas e um assistente. As despesas como sempre, devem ser levadas em consideração.
Assim sendo, em vez de contratar dois homens para esses serviços, cheguei à conclusão de que é mais econômico contratar apenas um capaz de assumir as responsabilidades dos dois cargos...” — Sim, sim. Lembro-me perfeitamente das minhas palavras — Charlotte interrompeu com impaciência.
— Mas a questão não é essa. Baxter continuou teimosamente: "Portanto, peço que me envie um cavalheiro respeitável que preencha os requisitos acima e com uma aparência tão inofensiva quanto a de um bolo de batata." — Não vejo qual a necessidade de o senhor repetir tudo que está escrito, Sr. St. Ives. Baxter insistiu: "Ele deve ter um alto grau de inteligência, uma vez que terá de se encarregar das investigações de costume para mim. Porém, na capacidade de guarda-costas, deve também saber manejar uma pistola, para o caso de acontecer alguma coisa desagradável. Acima de tudo, Sr. Mareie, como o senhor sabe muito bem, ele deve ser discreto."
— Basta, Sr. St. Ives.
DOWNLOAD

1 de abril de 2012

Ao Chegar A Meia-Noite


Na Londres vitoriana, a jovem viúva Caroline Fordyce publica por capítulos suas bem—sucedidas novelas de mistério. 

Enquanto escreve a última delas, O Cavalheiro Misterioso, Caroline tem problemas para definir o personagem do vilão; por isso quando Adam Hardesty, um homem da alta sociedade londrina, apresenta—se numa manhã em seu estúdio para interrogá—la sobre uma sessão de espiritismo que a jovem assistiu na noite anterior, e depois da qual se encontrou morta a médium que a oficiava, a dura fisionomia do indivíduo dá a Caroline a ideia exata de como descrever seu personagem. 
Seu «cavalheiro misterioso», entretanto, esconde um segredo: o motivo que o levou a revistar a casa da médium morta e que o instiga agora a continuar investigando o caso é a busca de um diário íntimo perdido que se for divulgado, revelaria sombrios segredos sobre seu passado familiar. 
Espantosamente, o habitual desinteresse de Adam pelos assuntos do coração se vê de repente questionado diante da forte atração que exerce sobre ele a jovem e bela escritora, sua principal suspeita. 
Logo ambos descobrirão que têm em comum mais do que acreditam enquanto entram em uma complexa trama de mortes, poderes psíquicos e fraudes financeiras em que deverão aprender a confiar um no outro, mesmo que nada seja o que pareça. 

Comentário revisora Jory K.: História muito gostosa, cheia de suspense, reviravoltas, e claro, um grande amor. Como fã desta escritora, só posso dizer que achei PERFEITA.
Espero que gostem tanto quanto eu. 

Capítulo Um 

O rosto da médium morta era uma mancha apagada e fantasmagórica sob o véu ensanguentado. Em vida, tinha sido muito bonita. 
A saia longa e pesada do vestido azul marinho, estava amassada em torno de suas pernas torneadas, vestidas em meias brancas. 
O atiçador de ferro com que o assassino lhe tinha destroçado a parte posterior do crânio estava jogado no chão, a poucos centímetros. 
Adam Hardesty cruzou a pequena e sombria estadia, fazendo um esforço por cruzar a barreira invisível formada por aquele aroma tão peculiar e frio que emana da morte. 
Agachou—se junto ao corpo e sustentou a vela no alto. Através do fino véu, viu o brilho das contas azuis que adornavam o colar que Elizabeth Delmont usava, combinando com o par de brincos pendurado em suas orelhas. 
No chão, junto a seus dedos pálidos e inertes, havia um relógio de bolso quebrado. 
O cristal que cobria a esfera estava em pedaços, e os ponteiros haviam ficado detidos para sempre, marcando as doze da noite. 
Hardesty tirou o seu próprio relógio de bolso de suas calças e deu uma olhada. Eram duas e dez. Se o relógio, que se encontrava sobre o tapete, houvesse se quebrado no transcurso da violenta resistência, que ao que parecia aconteceu na estadia, 
Delmont tinha sido assassinada há pouco mais de duas horas. 
Um broche de luto, decorado com esmalte negro, descansava sobre o corpete apertado e de formas rígidas, do vestido azul. 
Era como se alguém tivesse deixado o alfinete ali, deliberadamente, em uma macabra paródia de respeito fúnebre. 
Hardesty pegou o broche e o virou para ver seu dorso. A chama da vela iluminou uma pequena fotografia: o retrato de uma mulher loira, com um véu e um vestido branco. 
A dama não aparentava mais de dezoito ou dezenove anos. Algo na expressão triste e resignada de seu rosto formoso e sério dava a impressão de que não tinha muitas ilusões com a perspectiva do seu casamento. 
Sob o retrato havia um cachinho de cabelo loiro abaixo de um cristal bisotado. 
Hardesty estudou a imagem da mulher durante um bom tempo, memorizando todos os detalhes visíveis na diminuta fotografia. 
Quando terminou colocou cuidadosamente, de novo, o broche sobre o corpete de Delmont. Possivelmente, a polícia o consideraria uma pista útil. 
Ao levantar—se, virou devagar sobre seus saltos e percorreu com os olhos a estadia em que tinham assassinado Elizabeth Delmont. 
Parecia que uma tempestade tinha passado por ali,  
DOWNLOAD


2 de outubro de 2011

A Imprudente


De um castelo de conto de fadas em ruínas a um vertiginoso baile de mascaras, acontecerá a encantadora história de um cavalheiro, uma corajosa donzela, oculta atrás de um véu e um amor tão doce quanto ardente.

Aos dezesseis anos, Phoebe imaginava que Gabriel Banner era um valente cavalheiro, um herói de nobre coração nascido para salvar damas em apuros.
Por isso, oito anos mais tarde, quando precisou de ajuda para uma investigação, pensou que ninguém seria mais adequado que ele para a tarefa.
Mas em um encontro à sós, Phoebe se encontra diante de um homem perigosamente desejável que em nada se parece com o herói de seus sonhos, e um beijo abrasador sela seu destino para sempre.

Capítulo Um

A luz da lua destacava completamente sua presença.
Envolvido naquela luz prateada que iluminava o prado, Gabriel Banner, conde de Wylde, tinha um aspecto tão misterioso e perigoso como se fosse uma lenda que voltasse à vida.
Phoebe Layton parou a égua que montava junto às árvores e conteve a respiração, quando Wylde, trotando sua montaria, aproximou-se dela.
Segurando bem forte as rédeas, Phoebe tentou fazer com que suas mãos parassem de tremer.
Este não era o momento para ficar nervosa.
Ela era uma senhora com uma Missão.
Necessitava dos serviços de um cavalheiro e não estava em condições de ficar escolhendo muito; na realidade, Wylde era o único candidato que ela sabia que possuía as qualidades necessárias, mas, primeiro, devia convencê-lo para que aceitasse o que propunha.
Durante semanas, trabalhou nesse projeto; até esta noite, o solitário conde ignorou de forma contínua as cartas cheias de intriga que deliberadamente lhe enviava.
Em meio ao desespero, recorreu a outras táticas e, em um último esforço para tentar fazer com que saísse de sua toca, fez uma armadilha para ele, utilizando um anzol tentador demais, que sabia que não poderia resistir.
O fato de que Gabriel, nesta noite, estivesse nesta solitária paragem de Sussex significava que, por fim, conseguira provocá-lo o suficiente para se encontrar com ela.
Wylde não sabia quem era ela.
Em suas cartas, tinha assinado só como a Dama do Véu, Phoebe sentiu remorso por essa pequena mentira, mas fora uma mentira necessária.
Se Wylde soubesse antes sua verdadeira identidade, o mais provável era que se negaria a ajudá-la.
Devia convencê-lo para que aceitasse aquela Missão antes que ela fosse obrigada a revelar sua identidade.
Phoebe estava certa de que, quando ele compreendesse tudo, entenderia também as razões para ela ter mantido em segredo tudo aquilo.
Não, Wylde não a conhecia, mas Phoebe o conhecia bem.

DOWNLOAD


18 de agosto de 2011

A Dama Misteriosa








A Filha seria a arma de sua vingança !

Havia meses que o tinha compreendido.
Através dela, conseguiria vingar-se de todo o clã Faringdon, pois dos quatro homens culpados pelo que lhe acontecera havia vinte e três anos, Broderick Faringdon era o pior.
Ela seria o meio pelo qual conseguiria recuperar o seu direito de primogenitura e castigar aquele que o tinha retirado. 


Capítulo Um 

Simon Augustus Traherne, conde de Blade, deteve o enorme alazão castanho num local junto a uns salgueiros nus e sentou-se, olhando silenciosamente para a grande casa.
Não via St. Clair Hall havia vinte e três anos, mas aos seus olhos pensativos parecia igual ao dia em que a deixara.
A fraca luz do sol do fim do inverno fazia cintilar as paredes de pedra da mansão com o brilho frio do mármore cinzento.
A casa era forte e graciosa e não uma longa mistura arquitetônica como tantas residências semelhantes.
Fora construída no estilo palladiano, muito apreciado no século anterior, que lhe conferira uma grave e remota dignidade.
A casa não era tão grande como algumas, mas havia uma inabalável embora fria elegância de linhas desde as janelas até à larga escadaria que conduzia à porta principal.
Simon reparou que, enquanto a casa não tinha sido alterada, a paisagem mudara completamente.
Tinha desaparecido o extenso panorama de verdes relvados ocasionalmente salpicados por fontes clássicas.
A substituí-los havia jardins floridos.
Muitos jardins floridos. Era óbvio que alguém perdera a cabeça a plantá-los.
O efeito suavizante da casa era óbvio, mesmo no meio do Inverno.
Na Primavera e no Verão, as frias paredes cinzentas de St. Clair Hall erguiam-se de entre uma calorosa agitação de flores brilhantes, cascatas de vinhas e sebes elegantemente cortadas.
Era caricato. A mansão nunca fora uma casa quente e convidativa.
Não deveria estar rodeada por jardins alegres e luminosos, nem por sebes aparadas com formas ridículas.
Simon tinha um palpite de que sabia quem deveria culpar por aquele ofensivo panorama.
O cavalo castanho empinava-se, inquieto.
O conde acariciava-lhe distraidamente o pescoço com a mão enluvada.
- Já não falta muito Lap Seng - murmurou ao animal, enquanto puxava as rédeas.
- Em breve darei conta daqueles bastardos dos Faringdon.
Vinte e três anos depois, conseguirei finalmente vingar-me.
E a filha era a chave.

24 de julho de 2011

Amor Mágico




Sinistro e temível, com o cabelo tão negro como a noite e os olhos da cor do âmbar, Hugh o Impacável, fazia juz ao seu apelido.

Tinha procurado durante muito tempo, sem êxito, a mágica pedra que lhe permitiria o acesso a sua nova propriedade.
Ao descobrir que a pedra se encontra em poder de Lady Alice, tenta aproximar-se dela.
Lady Alice, uma jovem perita em afastar pretendentes, percebe as intenções ocultas de sir Hugh e sabe que ele ficará furioso ao descobrir que a pedra já não está em suas mãos.
Mas ainda restam seus poderes para encontrar o cristal, e os usará para libertar-se e libertar seu irmão do domínio de seu malvado tio.
Cada um atuará movido por um interesse pessoal, sem saber que sua vontade ficará em segundo plano e que o azar imporá um novo rumo a sua vida.


Nota da revisora Sandra Martinho: O livro é ótimo, o espadão é muito cabeça dura, mas a mocinha dobra ele fácil, fácil. Ela é ardilosa e leva ele na base da negociação. Não tem muitas cenas hot, mas tem cenas bem sensuais, muito mistério, perseguição e o que é melhor muitas partes engraçadas. Ele é super carinhoso com ela, mas só admite o amor no final.
O final é surpreendente, gostei muito do livro, recomendo.

Capítulo Um

Alice se orgulhava de sua inteligência e de ter recebido uma boa educação lógica.
Era uma dama que nunca tinha acreditado muito crédito em lendas.
Mas era porque jamais tinha precisado que uma lenda a ajudasse até pouco tempo atrás.
Essa noite, desejava acreditar e, de fato, havia uma lenda viva sentada à cabeceira da mesa, no salão de Lingwood Manor, a propriedade familiar.
O sombrio cavaleiro que chamavam de Hugh o Implacável, jantava sopa de alho-poró e linguiça de porco, como se fosse um homem comum.
Alice deduziu que até uma lenda tinha que comer.
Essa ideia prática a animou enquanto descia as escadas da torre.
Colocou seu melhor vestido para a importante ocasião, feito de veludo verde escuro, e debruado com cinta de seda.
Tinha o cabelo preso com uma fina rede de contas de ouro que tinha sido de sua mãe, e fixado com um delicado anel de metal dourado. Calçava sandálias de couro macio verde.
Alice não podia estar mais disposta para sair ao encontro de uma lenda.
Entretanto, a cena com que se encontrou ao final das escadas, a fez vacilar.
Talvez Hugh o Implacável comesse como um homem qualquer, mas aí terminava a semelhança.
Percorreu-a um pequeno estremecimento, em parte de temor, em parte de expectativa. Todas as lendas eram perigosas, e sir Hugh não era a exceção.

DOWNLOAD

24 de junho de 2011

Desejo


Gareth olhou seu pai sem alterar-se. 
Sua reação à notícia de que sua futura esposa tinha perdido a honra com outro homem passou virtualmente inadvertida para ele, simplesmente apertou com força a taça de vinho.
Como filho bastardo obrigado a abrir caminho na vida com sua espada, tinha passado longos anos ocultando seus sentimentos.
Algo que tinha chegado a dominar tanto que a gente pensava que carecia deles.
— Disse que era a herdeira? — perguntou Gareth, que preferiu concentrar-se no aspecto mais importante da questão 
— Acaso a fazenda é sua?— Pois sim...— Nesse caso, servirá como esposa — disse Gareth dissimulando sua intensa satisfação.
Seu pai tinha razão. Enquanto a mulher não estivesse grávida do filho de outro homem, ele poderia passar por cima do detalhe da integridade de sua mulher, ou sua perda, com tal de ter suas próprias terras.

Leitura Final Carol: Um mocinho que teve que fazer seu caminho na vida por ser filho bastardo, chamado de Lobo Sanguinário, que se cansou das batalhas e que só quer um lar e uma vida tranquila, é enviado a uma ilha para tomar como esposa à senhora da ilha que é teimosa e explosiva e que faz tudo para proteger sua ilha e seu povo.
Bom livro!

Capítulo Um

Clare estava nos jardins do convento com Margaret, prioresa de Santa Hermione, quando se inteirou de que o primeiro candidato tinha chegado à ilha.
— Desembarcou um grande destacamento de homens, lady Clare. Avançam para o povo — avisou-a William.
Clare interrompeu uma pormenorizada discussão sobre a melhor maneira de extrair azeite das rosas.
— Desculpe — pediu-lhe à prioresa Margaret.
— É obvio — respondeu esta, uma mulher de meia idade, de constituição forte. A touca de seu hábito beneditino emoldurava uns olhos penetrantes e uns traços delicadamente arredondados — Trata-se de algo muito importante.
Quando Clare se voltou, viu o jovem William, que a saudava com uma bolsa de vermelhas groselhas, saltitando de entusiasmo perto do barraco do guarda do convento.
William era um jovem gordinho de cabelo negro e olhos escuros que fazia ornamento com simpatia de uma alegre curiosidade e um incansável entusiasmo. Ele e sua mãe, lady Joanna, levavam três anos vivendo na ilha Desejo. Clare lhes tinha muito carinho e como sua própria família tinha ido minguando até ficar em nada, deixando-a só no mundo, sentia-se muito unida a eles.
— Quem veio, William? — perguntou preparando-se para a resposta. Todos os habitantes de Desejo, exceto ela, levavam semanas esperando esse dia com impaciência. Ela era quão única não tinha grande interesse em escolher ao novo senhor da ilha.
«Ao menos, posso escolher» — pensou. Era mais do que podiam esperar muitas mulheres em sua situação.
— É o primeiro aspirante enviado por lorde Thurston — gritou William metendo um punhado de groselhas na boca — Dizem que é um poderoso cavalheiro, lady Clare. Veio com um magnífico exército. John Blacksmith diz que tiveram que utilizar a metade dos navios de Seabern para colocar todos os homens, cavalos e bagagem que vinham de terra firme.
Um curioso estremecimento de desassossego fez que lhe cortasse a respiração. Prometeu-se que quando chegasse o momento manteria a calma e trataria o assunto com seriedade.


18 de abril de 2011

Sedução









Ele era chamado de "demônio", pois Julian, o sombrio e enigmático Conde de Ravenwood, era um homem cuja ira era para ser temida.

Sua primeira esposa tinha morrido de forma misteriosa, um fato que não foi esquecido.
Existiam aqueles que defendiam que a bela Lady Ravenwood havia se afogado nas turvas e escuras águas da lagoa. 
Agora Sophy Dorring, uma garota criada no campo, está prestes a se tornar a nova esposa de Ravenwood, atraída por sua força masculina e o brilho do desejo em seus olhos verdes, mas Sophy guarda em segredo seu motivo para aceitar um casamento de conveniência ... 
DOWNLOAD