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7 de fevereiro de 2020

Um Patife em Apuros

Série Pretendentes Pecadores 

Lady Anne fica chocada quando o Capitão Lorde Hartley Corry - seu ex-noivo que partiu para a Índia depois que o pai dela proibiu o casamento - retorna à Inglaterra e age como se nada tivesse acontecido. 

Ele nunca lutou pela mão dela ou, fugiu com ela, como tinha prometido e, acha que ela ainda estaria disposta a se casar com ele? Não havia a menor chance.
Hartley está igualmente chocado ao literalmente se deparar com seu amor do passado, ao chegar na casa de seu irmão. Embora anseie por aproveitar essa segunda chance de conquistar sua amada, ele dificilmente pode admitir que é secretamente um espião - pelo menos não até ter certeza de que confia nela. Mas convencer Lady Anne a deixá-lo provar sua sinceridade cortejando-a respeitosamente mais uma vez pode ser sua ruína. Porque tudo o que ele quer, é mostrar para ela que ele pode mudar se estiver com a mulher certa em seus braços.

Capítulo Um

O Capitão Lorde Hartley Corry tinha ido ao alojamento de caça do seu irmão Warren Shropshire, Hatton Hall, para jogar cartas, beber brandy e caçar com seus amigos. Então, quando chegou e foi levado a um salão de baile cheio de casais dançando, Hart só podia gemer.
— Você veio! —, uma voz decididamente feminina exclamou atrás dele.
Ele se virou para encontrar sua cunhada Delia se aproximando. — Eu não entendo—, ele murmurou. — Warren me convidou para um encontro entre amigos—. Sem mulheres.
Seus olhos brilharam. — Ah, mas isso foi antes de eu lembrar que ele escolheu a semana do Dia de São Valentim e que todos os seus amigos eram casados. Depois disso, ele alterou sensivelmente seus planos, transformando isso em...—
—Um mercado de casamento? —. Ele rosnou.
Ela piscou. —Não, de fato. Por que eu teria um mercado de casamentos e convidaria casais casados? —.
Inquieto, ele olhou em volta. —Não apenas casais casados. Vejo alguns solteirões do St. George's Club - para não mencionar algumas amigas suas solteiras —. Ele estreitou o olhar para ela. —Todos me olhando como se eu fosse o jantar. Eu conheço um esquema para arranjar um casamento quando vejo um, querida dama—.
—Bem, você não está cheio de si mesmo? —, ela disse maliciosamente. —Eu nunca colocaria você com minhas amigas. Você é um segundo filho rabugento com uma queda por problemas, uma tendência a apostar e nenhuma fortuna para se falar. Por que diabos eu quero que elas se casem com você? —.
—Agora veja aqui, eu ainda sou o filho de um marquês—. Ele não gostava de ser caracterizado como um perdulário, mesmo que ele entendesse por que, dada a sua história. —E eu paguei de volta, com juros, cada centavo que eu devia à sua família—.
Suas feições se suavizaram. —Sim, você pagou, o que é admirável. Mas, sinceramente, planos para um casamento não estavam em minha mente quando eu te convidei. Warren sente sua falta. Hoje em dia, você gasta todo o seu tempo fazendo sabe-se lá o que para lorde Fulkham—.
Foi exatamente assim que Hart conseguiu o dinheiro para pagar, o que ele pedira para seu irmão para impedir que o homem caçasse seu primo exilado.
Nos últimos anos, Hart trabalhara como espião, primeiro no exterior e mais recentemente na Inglaterra, para o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores. De fato, Fulkham estava preparando-o para assumir a posição de chefe dos espiões, algo que Hart estava considerando agora que Fulkham havia se tornado secretário do exterior.
Hart gostou do trabalho. Isso o desafiava e o intrigava de maneiras que sua posição no exército não tinha conseguido. Foi por isso que ele vendeu seu navio há alguns meses. Seu futuro parecia mais brilhante a cada dia.
Então ele deveria encontrar uma esposa. Infelizmente, ele só queria se casar com uma mulher, e ele a perdeu há muito tempo. Ela desapareceu durante aqueles anos em que ele foi enviado para o exterior, e suas poucas e breves cartas não permitiram que ele a encontrasse. Ele até considerou procurá-la agora que estava permanentemente situado na Inglaterra - agora que suas habilidades como espião haviam sido aperfeiçoadas.
Mas depois de onze anos, a srta. Anne Barkley era provavelmente a esposa de algum escudeiro no norte do país, a quem ela devia ter providenciado uma série de descendentes. Isso explicaria por que ele não conseguiu localizá-la - o nome dela havia mudado. E ele simplesmente não conseguia suportar a ideia de encontrá-la feliz e, portanto, fora de seu alcance para sempre. Então, em vez disso, ele não fez nada. No entanto, não parecia haver muito sentido em cortejar mais ninguém, quando para ele a imagem da mulher perfeita ainda era ela.
—Você vai ficar, não vai? 



Série Pretendentes Pecadores
1 - A Arte de Pecar
1.5 - A Herdeira e o Ativista
2 - O Estudo da Sedução
3- Desejo Perigoso
4- Os Prazeres da Paixão
4.5- Um Talento para Tentação
5- O Segredo da Paquera
5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída

6 de fevereiro de 2020

O Segredo da Paquera

Série Pretendentes Pecadores

Quando o mestre espião Baron Fulkham conhece a deslumbrante princesa Aurore de Chanay, ele tem certeza de que a conheceu antes. . . em Dieppe. . . onde ela era atriz.

Enquanto persegue suas suspeitas, ele descobre uma trama de tentativas de assassinato e traições que poderiam muito bem destruir sua carreira, expor seus próprios segredos sombrios. . . e arruinar a mulher pela qual ele está se apaixonando rapidamente.
Forçada por seu tio-avô a cobrir um primo que nunca conheceu, a atriz Monique Servais está desempenhando o papel de uma vida como princesa Aurore. Se o belo, mas arrogante Lord Fulkham a reconhecer ele poderá estragar tudo. A cortina será fechada nesta farsa antes que ela possa convencer Fulkham a manter seu segredo? Ou ambos encontrarão um amor para transcender a verdade sobre seu passado cuidadosamente guardado?

Capítulo Um

Dieppe, França, Outubro 1830
Monique Servais sentou-se sozinha em seu camarim, reaplicando pintura facial entre os atos. Mais uma vez o teatro de Dieppe estava realizando As Bodas de Fígaro, mas desta vez ela estava atuando como a Condessa e não Suzanne.
Ela fez uma careta. É claro que estava dando vida a uma mulher mais velha nesses dias. Alguma ingênua conseguiu o papel de Suzanne agora que Monique tinha atingido a idade avançada de vinte e quatro anos.
Não, isso não era justo. Fora sua aparência pálida e seus lapsos ao lembrar suas falas que a haviam relegado a um papel menor. Ela tinha dormido pouco com a avó Solange vagando para fora do apartamento todos os momentos.
Por isso, era bom que Monique tivesse uma atuação mais fácil. Ela logo teria de contratar um funcionário para vigiar até mesmo a noite. E como iria pagar por isso? Não era como se o teatro fosse lhe dar mais dinheiro, especialmente em seu estado atual.
Alguém bateu na porta e o Sr. Duval enfiou a cabeça dentro.
― Há um cavalheiro que deseja conhecê-la após a peça.
― Outro? ― Ela acenou com a mão com desdém. ― Você sabe que eu não faço isso.
― Eu acho que você pode querer falar com este homem particular minha querida. Ele diz…
― Eu não ligo para o que ele diz ou o quanto ele paga. ― Ela rodou em sua cadeira para olhar o Sr. Duval. ― Eu não posso permanecer após a peça nesses dias, você sabe disso. Vovó está piorando. Além disso eu odeio todos esses homens lascivos. Havia aquele comerciante que pensou que podia convencer-me
O Segredo da Paquera – Sabrina Jeffries
a tornar-se sua amante dando-me um cachecol de pele. E aquele… o holandês vil que queria chupar os dedos dos meus pés.
Até agora ela tinha evitado tomar um protetor. Mas se vovó piorasse, ela poderia não ter escolha.
Ela estremeceu.
― Sem mencionar o padeiro com os reconhecidamente deliciosos bolos que também fediam a peixes. Mesmo que você dissesse que não valia a pena o dinheiro que ele pagou por uma audiência comigo.
― E não vamos esquecer o lorde britânico aquele que te incomodou tão completamente.
Gregory Vyse, Barão de Fulkham. Mesmo depois de três anos ela se lembrava de seu nome. E seu leve sotaque francês e a forma como o quarto parecia encolher para acomodá-lo quando ele entrou. Sem mencionar seus olhos tão nitidamente azuis em seu rosto bonito e seu rico cabelo ondulado negro como uma noite sem estrelas.
Amaldiçoado seja. Voltando-se para o espelho ela voltou a retocar sua pintura facial.
― Lorde britânico?



Série Pretendentes Pecadores
1 - A Arte de Pecar
1.5 - A Herdeira e o Ativista
2 - O Estudo da Sedução
3- Desejo Perigoso
4- Os Prazeres da Paixão
4.5- Um Talento para Tentação
5- O Segredo da Paquera
5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída

Um Talento para Tentação

Série Pretendentes Pecadores
A viúva Meriel Vyse fica atordoada e sem palavras quando alguém tenta raptá-la em seu caminho para um baile.

Felizmente, Quinn Raines, seu admirador secreto, aparece para frustrar o ataque. Infelizmente, quando os dois estão lutando contra seu sequestrador, Meriel, acidentalmente, apunhala Quinn com uma faca.
Sem o conhecimento de Meriel, Quinn engedrou o falso sequestro para que ele pudesse bancar o herói e ganhar a sua mão em casamento. Mas agora que o seu plano deu desastrosamente errado, conseguirá ele convencê-la de que ainda é o homem para ela?

Capítulo Um

A Sra. Meriel Vyse desceu, apressadamente, da maneira menos própria a uma dama, as escadas da casa na cidade da família Fulkham. Se ela pudesse concluir esta tarefa para seu cunhado, Gregory Vyse, o Barão Fulkham, antes da meia-noite, talvez...
— Madame? — Nunley, o mordomo da casa, disse, dando uma olhada discreta a seu vestido de baile de veludo. — A mãe de Milorde me disse que você estava indo para uma exposição na Somerset House, enquanto ela ia jogar cartas com amigos no final da rua.
Droga, ela tinha se esquecido de dizer aos criados sobre a mudança de planos. — Eu tinha a intenção de ir, sim. — Ela puxou as luvas. —Até que o todo-poderoso Lord, subsecretário para o Instituto da Guerra e das Colônias, decidiu que, desde que ele deveria estar em algum encontro secreto até as primeiras horas da manhã, eu tinha todo o tempo do mundo para comparecer a um baile e avaliar uma princesa estrangeira para ele.
Os lábios de Nunley se contraíram como se ele estivesse tentando se conter para não comentar o assunto.
—O quê? — ela perguntou. —Eu sei o que você está pensando, então você pode muito bem dizê-lo.
—Não me compete dizer.
—Oh, não, não banque o sonso comigo, Nunley. Você e eu passamos por muitas coisas juntos para nos atermos às formalidades agora.
Ele deixou escapar um suspiro. —Madame, eu estou tentando melhorar minhas habilidades como mordomo para o dia em que o Senhor ascender ao gabinete. E uma dessas habilidades envolve não falar a primeira coisa que vem à minha cabeça.
—Você está certo, Nunley. Sinto muito. — Ele, era a última pessoa que ela deveria pressionar por informações. —Ainda assim, você não precisa ser discreto comigo. Eu confio em você por suas opiniões francas.
Ele suavizou. —Como quiser, madame. Se você quer saber, a minha opinião é que, dado que você estava ansiosa pela exposição, você deve, talvez, só desta vez, se recusar a fazer o que Sua Senhoria pede.
—Nunley! Não é seu costume sugerir uma coisa dessas.— E decididamente, não o que ela havia presumido o que ele estava pensando. —Eu não posso negar nada para Gregory. Devo-lhe muito. Nós dois devemos.
—E você já lhe pagou, várias vezes, repetidamente, nos últimos quatro anos.
—Não o suficiente. — Ela balançou a cabeça. —Nunca o suficiente.
—Eu acredito que o tenente Vyse teria dito o contrário.
—Possivelmente. — E Nunley o sabia, certamente. Antes de ter vindo trabalhar para Gregory, ele tinha sido um sargento sob as ordens de John. Ele provavelmente sabia tanto, ou mais do que ela, sobre seu falecido marido.
E muito sobre ela, também. Como o fato de que ela ansiava por uma vida normal, livre de esquemas, espionagem e subterfúgios, algo que Gregory parecia não perceber. E ela era muito covarde para lhe dizer.
Ela suspirou. —De qualquer modo, ele apenas está me pedindo para ir a um baile. Que mulher poderia, razoavelmente, reclamar sobre isso?
Embora Nunley tenha levantado uma sobrancelha, obedientemente a ajudou com sua capa de veludo azul. —Eu já pedi a carruagem antes da senhora descer, mas temos de informar o cocheiro da mudança de direção.
—Claro—, ela disse estupidamente. Nunley estava certo, ela estava ansiosa pela exposição. Ou melhor, pelo seu encontro.
Como se Nunley tivesse lido sua mente, ele disse: —E quanto ao seu jovem? Você disse que ele também ia à exposição. Ela fez uma careta. —Quinn Raines não é o meu “jovem”. —Com quase trinta anos, é claro que ele não era um jovem. E nem ela, aos vinte sete. —Ele é um amigo, nada mais. — Quando Nunley estreitou seu olhar sobre ela, ela revirou os olhos. —Tudo bem, ele é mais um…


Série Pretendentes Pecadores
1 - A Arte de Pecar
1.5 - A Herdeira e o Ativista
2 - O Estudo da Sedução
3- Desejo Perigoso
4- Os Prazeres da Paixão
4.5- Um Talento para Tentação
5- O Segredo da Paquera
5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída

31 de janeiro de 2020

Os Prazeres da Paixão

Série Pretendentes Pecadores
Quando Niall Lindsey, o Conde de Margrave, foi forçado a fugir depois de matar um homem em um duelo, ele esperava que Brilliana Trevor esperasse por ele. 

Sete anos mais tarde, Niall retornou, desiludido e cínico – então, ser chantageado pelo governo para ajudar o seu antigo amor a capturar um falsificador, envolvido com o pai dela, não ajuda, nem um pouco, a melhorar o seu humor.
A agora viúva, Brilliana, não quer ter nada a ver com o libertino irresponsável que ela acredita tê-la abandonado, a uma vida triste e sem amor, mas ela fará qualquer coisa para salvar seu pai. No entanto, à medida que o seu falso noivado traz à tona sentimentos há muito enterrados, poderá ela afastar a velha mágoa e deixar o seu orgulho de lado? E os prazeres da sua paixão renovada permitirão que ambos redescubram o amor?

Capítulo Um

Londres, Setembro 1830
Impacientemente, Niall andava de um lado para o outro na sala da Margrave House da cidade, esperando sua mãe ficar pronta para que eles pudessem ir jantar na casa de Clarissa. Esta era a sua primeira vez na cidade, desde que seu perdão foi concedido e desde que havia retornado à Inglaterra há um mês, mas algumas coisas nunca mudavam.
Sua mãe ainda não sabia o significado de ser pontual. E ela estava pior que nunca, agora que o seu pai tinha morrido e Clarissa tinha se casado com um de seus amigos de infância, Edwin Barlow, o Conde de Blakeborough. Não havia mais ninguém por perto para pôr sua mãe nos trilhos.
Seu criado recém-contratado entrou na sala. — Perdoe-me, Milord, mas quando eu estava desempacotando o baú que o senhor trouxe de Portugal, encontrei este envelope na parte inferior. — Ele lhe estendeu. — Eu não tinha a certeza se era importante.
Quando Niall pegou o envelope e viu que tinha a caligrafia de seu pai, ele se perguntou porque teria guardado uma carta antiga, com a sua recente correspondência. Só depois que ele a abriu e um recorte de jornal caiu em suas mãos, foi que ele se lembrou.
Poucos meses depois de sua chegada à Espanha, seu pai tinha lhe enviado um artigo da La Belle Assemblée, uma revista de senhoras. Era a seção do Notícias Provincial – que listava nascimentos, mortes e casamentos fora de Londres.
E Niall se lembrou do conteúdo, palavra por palavra:
Cheshire
Casamento. Em Chester, Sr. Reynold Trevor, filho do Capitão Mace Trevor com a Senhorita Brilliana Payne, de Londres, filha única de Sir Oswald e Mariah Payne.
A carta estava acompanhada de uma nota de seu pai que dizia, eu achei que você gostaria de saber.
Bree tinha se casado, poucos meses após a partida de Niall.
Niall sentiu a dor da perda mais uma vez, os anos que passaram, serviram apenas para entorpecer. Claramente seu pai estava certo, Bree tinha apenas esperado por uma oferta melhor. O Sr. Trevor poderia não ter sido o herdeiro de um conde, mas ele era rico o bastante para possuir uma propriedade em boas condições, e seu pai tinha alguma posição na sociedade. Aparentemente, essas duas coisas foram o suficiente para Bree superar completamente Niall.
Se ela algum dia, realmente o amou.
Agora, depois de todo este tempo, Niall notou que a mãe de Bree não havia sido listada no artigo como a falecida Mariah Payne. Assim, o seu pai estava certo sobre isso também. Todo esse absurdo sobre Bree não querer se casar por causa de sua mãe doente, tinha sido nada mais que uma desculpa.
— Milorde?
Com um sobressalto, ele percebeu que seu criado estava a perguntar-lhe algo. — Desculpe, eu estava perdido em devaneios. O que é isso?
— A carta é para ser guardada? É importante?



Série Pretendentes Pecadores
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1.5 - A Herdeira e o Ativista
2 - O Estudo da Sedução
3- Desejo Perigoso
4- Os Prazeres da Paixão
4.5- Um Talento para Tentação
5- O Segredo da Paquera
5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída

25 de janeiro de 2020

Desejo Perigoso

Série Pretendentes Pecadores
Para acabar com o trapaceiro responsável pela morte de seu irmão, a Senhorita Delia Trevor passa suas noites dançando em meio a bailes da alta sociedade e as madrugadas disfarçada como um jovem rapaz, apostando nos infernos de jogo de Londres. 

Então, uma noite o belo Warren Corry, o Marquês de Knightford, um notório membro do Clube St. George, a reconhece. Quando ele ameaça revelar seu segredo, ela está determinada a impedi-lo de arruinar seus planos, mesmo que isso signifique jogar um jogo de gato e rato com o enigmático libertino. Warren sabe o perigo do jogo dela, e se recusa a vê-la perder tudo enquanto obtém justiça por seu falecido irmão. Mas quando ela começa a penetrar sob a fachada cuidadosamente feita por ele, conseguirá ele mantê-la a distância enquanto ainda a protege? Ou seus desejos ardentes culminarão em um amor que transcende os segredos de seus passados?

Capítulo Um


Londres, Agosto de 1830
Quando Warren Corry, Marquês de Knightford, chegou ao café da manhã veneziano oferecido pelo Duque e Duquesa de Lyons, ele lamentou ter ficado fora até altas horas da madrugada. Na noite passada, tinha estado tão feliz por estar de volta entre as distrações da cidade que tinha bebido conhaque suficiente para conservar um barril de arenques.
Péssima ideia, já que o duque e a duquesa tinham decidido realizar a maldita festa sob o sol escaldante, no gramado de sua mansão luxuosa em Londres. Sua boca estava seca, o estômago agitado, e sua cabeça parecia uma debandada de elefantes.
Era bom que seu melhor amigo, Edwin, fosse grato por Warren cumprir suas promessas.
— Warren! — gritou uma voz feminina, dolorosamente perto. — O que você está fazendo aqui?
Era Clarissa, sua prima, que também era esposa de Edwin — e a razão pela qual Warren tinha se arrastado para fora da cama na amaldiçoada hora do meio-dia.
Ele protegeu os olhos para olhar para ela. Como de costume, ela tinha a aparência de uma fada delicada. Mas ele era inteligente demais para cair naquele sorriso de gato que comeu o canário.
— Você tem que gritar desse jeito?
— Eu não estou gritando. — Ela inclinou a cabeça. — E você parece doente. Ou então deve ter se divertido muito no Clube St. George na última noite. Ou isso, ou nas saunas de manhãzinha.
— Eu sempre me divirto.
— É precisamente por isso que é estranho você estar aqui. Especialmente quando Edwin não está. — Ela estreitou os olhos sobre ele. — Espere um minuto. Edwin lhe enviou, não foi? Porque ele não conseguiria estar na cidade para o evento.
— O que? Não. — Ele se inclinou para beijar a bochecha dela. — Um rapaz não pode vir a um café da manhã para ver a sua prima favorita?
— Pode. Mas ele geralmente não o faz.
Warren pegou uma taça de champanhe de uma bandeja que estava passando.
— Bem, ele o fez hoje. Espera, de quem estamos falando mesmo?
— Muito engraçado. — Tirando a taça dele, ela franziu a testa. — Você não precisa disso. Você claramente está de ressaca.
Ele pegou de volta a taça e a bebeu em um gole.
— É precisamente por isso que eu preciso.
— Você está evitando o assunto. Edwin lhe enviou aqui para me espionar?
— Não seja tola. Ele apenas queria que eu garantisse que você estivesse bem. Você conhece o seu marido, ele odeia ter que estar no campo com o seu irmão, enquanto você está na cidade. — Ele olhou para a cintura dela, que estava aumentando. — Especialmente quando você está... Bem... Assim.
— Oh Senhor, você também não. É ruim o suficiente ter ele e Niall pairando sobre mim o tempo todo, preocupados que eu possa me machucar de alguma forma, mas se ele lhe enviou para me vigiar...
— Não, eu juro. Ele só pediu que eu passasse por aqui, caso fosse convidado. Eu tinha que estar na cidade de qualquer maneira, então, por que não aparecer na festa dos Lyons? — Ele acenou com a taça vazia. — O duque sempre encomenda excelente champanhe. Mas agora que já tomei um pouco, vou seguir o meu caminho.
Ela segurou-o pelo braço.
— Não. Eu raramente o vejo. Fique um pouco. Estão prestes a começar a dança.
Clarissa estava tentando lhe encontrar uma esposa há anos e ultimamente tanto ela como a irmã de Edwin, Yvette Keane, dobraram seus esforços. Provavelmente porque as duas estavam agora em casamentos felizes e pensando que era a coisa certa para um solteiro.
Ele não estava com disposição para tais maquinações hoje.
— Por que eu dançaria com um monte de senhoritas afetadas que pensam que um marquês é um prêmio ideal? Estou com muita ressaca para desviar de perguntas veladas sobre o que eu estou procurando em uma esposa.
A carranca dela revelou suas intenções tão completamente como se ela as tivesse falado.
— Tudo bem. Seja um velho rabugento, se deseja. Mas você poderia dançar comigo. Eu ainda posso dançar, sabe.
Sem dúvida. Exceto durante seu desastroso debute, Clarissa sempre havia sido do tipo animada, que não seria diferente por algo tão sem importância como carregar no ventre o herdeiro do excêntrico e reservado Conde de Blakeborough.
Clarissa e Edwin eram tão diferentes que Warren, ocasionalmente, se perguntava o que os dois viram um no outro. Mas sempre que testemunhava o afeto óbvio deles, percebia que devia haver algo mais profundo do que as personalidades cimentando seu casamento. Isso o fazia sentir inveja.
Ele fez uma careta. Isso era absurdo. Ele não pretendia se casar ainda por um longo tempo. Pelo menos não até que fosse muito mais velho. Mesmo então, ele preferiria uma lasciva viúva que poderia aguentar suas... Peculiaridades. Certamente não alguma recatada menina ansiosa para usá-lo como uma escada para subir nos escalões da alta sociedade.
Ou pior ainda, uma mulher hipócrita como a mãe dele, repreendendo-o por cada tentativa de se divertir. Pode esquecer.
Clarissa olhou para o meio da multidão.
— Enquanto você estiver aqui, eu… Hum… 




Série Pretendentes Pecadores
1 - A Arte de Pecar
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2 - O Estudo da Sedução
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5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída

20 de novembro de 2019

O Estudo da Sedução

Série Pretendentes Pecadores
Quando Edwin Barlow, Conde de Blakeborough, concorda em ajudar a impetuosa protegida do seu melhor amigo, Lady Clarissa Lindsey, ele sabe que está com problemas. 

Ele estava procurando alguém para se casar, mas, embora cativado por sua beleza espirituosa e espírito livre, o cínico taciturno teme que ela seria errada como esposa…
Clarissa não tem intenção de casar com ninguém. No entanto, quando as coisas se intensificam com um poderoso diplomata francês que a persegue, ela aceita a galante oferta de casamento de Edwin. 
Esperando uma amável união entre amigos, os seus beijos, cada vez mais tempestuosos, provocam mais do que ela pensaria e, quando o perseguidor de Clarissa promete expor os seus segredos mais profundos, o tênue vínculo dos amantes é testado. 
Podem eles suportar a ruína pública, ou Edwin arriscará tudo o que é importante para ele, para proteger a sua noiva?

Capítulo Um

Londres, Abril de 1830
- Você perdeu completamente a cabeça.
Quando todos os membros da sala de leitura do St. George's Club se voltaram para olhar para Edwin Barlow, Conde de Blakeborough, este percebeu o quão alto falou.
O lugar estava mais cheio do que o habitual, agora que todos estavam de volta a Londres e a noite estava caíndo. Os cavalheiros queriam algumas bebidas antes de mergulharem no turbilhão que era a Temporada.
Com um olhar de aviso, que mandou os curiosos espectadores, se preocuparem com os seus próprios assuntos, Edwin voltou a sua atenção para Warren Corry, Marquês de Knightford.
- Esse seu plano não pode funcionar.
- Claro que pode.
Warren era o amigo mais próximo de Edwin. Realmente, o seu único amigo, além do novo marido de sua irmã, Jeremy Keane. Edwin não fazia amigos com facilidade, provavelmente porque ele não tinha paciência para tolos. E a sociedade estava cheia de tolos.
Foi precisamente por isso que Edwin, Keane e Warren tinham começado este clube, para que pudessem separar os tolos dos bons homens. Então eles poderiam proteger as mulheres de suas vidas de caçadores de fortunas, jogadores, libertinos e todas as outras variedades de canalhas de Londres.
Em questão de meses, o clube tinha crescido de três para trinta membros, todos bons homens ansiosos para compartilhar informações, sobre as quais, os seus pares não podiam confiar com mulheres. Até agora, Edwin não tinha percebido que as relações femininas de tantos cavalheiros precisavam proteger-se de tentativas astutas e não tão astutas sobre as suas virtudes… e fortunas.
Warren, claramente, estava levando a missão muito a sério. Talvez demasiado a sério.
- Clarissa nunca concordará - disse Edwin.
- Ela não tem escolha.
Edwin estreitou o seu olhar em Warren. - Você realmente acredita que pode convencer a sua prima de língua afiada, a deixar-me escoltá-la pela cidade durante a Temporada?
- Somente até eu voltar. E por que não? - Warren disse, embora tomasse um longo gole de conhaque, como para se fortificar para a luta. - Não é como se ela o odiasse.
- Não realmente - Edwin disse sarcasticamente. - Ela apenas desafia todas as minhas observações, ignora o meu conselho e belisca o meu nariz incessantemente. Na última vez que a vi, ela me chamou de Urso de Blakeborough e disse que eu pertencia à casa de feras da Torre de Londres, onde as pessoas comuns podiam se poupar dos meus grunhidos.
Warren começou a rir. Quando Edwin levantou uma sobrancelha para ele, a risada de Warren transformou-se numa tosse. – Desculpe meu velho. Mas você tem que admitir que isso é engraçado.
- Não tão divertido quanto será assistir você tentar convencê-la disto -, disse Edwin enquanto se acomodava em sua cadeira.
Em vez de fazer Warren parar, isso fez com que o maldito idiota perguntasse: - Isso significa que você vai fazer isso?
- O ponto é discutível. Ela não vai concordar.
- Não tenha muita certeza. Você não deve levar as suas brincadeiras como mais do que a sua usual malícia. Você deixa os seus exageros lhe incomodar, o que apenas faz com que ela te incomode mais. Você deve simplesmente ignorá-la quando ela começar com as suas bobagens.
Ignorar Clarissa? Impossível. Ele passou os últimos anos tentando, sem sucesso, revelar o mistério que era Lady Clarissa Lindsey. Sua inteligência incisiva estimulou o seu temperamento, o sorriso provocador o inflamou, e os seus olhos sombreados perseguiram-no em seu sono. Ele não podia ignorá-la mais do que poderia ignorar um pôr-do-sol com arco-íris… ou uma tempestade selvagem.
Por três meses, ela esteve isolada no alojamento de caça de Warren, Hatton Hall, e Edwin sentiu cada segundo da sua ausência. Por isso que, a ideia de passar tempo com ela, fez o seu sangue correr.
Não com antecipação. Certamente não. Não poderia ser.
- O que você diz, meu velho? - Warren segurou o olhar de Edwin. - Eu preciso de você. Ela precisa de você.








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1.5 - A Herdeira e o Ativista
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Série concluída



1 de dezembro de 2017

A Herdeira e o Ativista

Série Pretendentes Pecadores
Assombrados pelo calor de um inesperado beijo em uma fria véspera de inverno, dois estranhos de mundos substancialmente diferentes transformam exaltados princípios em ardente paixão.

Amanda é uma herdeira americana, proprietária de fábricas de tecido, que viaja para a Inglaterra para buscar novas técnicas para sua produção. 

Stephen é um homem com uma missão. 
Conseguir que os proprietários de fábricas inglesas proporcionem ambientes seguros para seus funcionários. O encontro dos dois abala as estruturas de suas convicções.

Capítulo Um


Walton Hall, Hertfordshire, 19 de dezembro, 1829
Lorde Stephen Corry, irmão mais novo de um marquês, talvez fosse considerado muito radical para ser companhia adequada, contudo, claramente, ainda possuía algum crédito na sociedade, do contrário não seria um convidado na casa senhorial do Artista Americano Jeremy Keane e sua nova esposa, antiga amiga de Stephen, Lady Yvette.
Ele adentrou a sala de estar, encontrando Yvette instruindo um lacaio que estava pendurando uma grande pintura na parede.
— Ah, aí está você — ela disse. — E no momento certo para revelação de meu novo retrato. Jeremy ainda não o viu enquadrado, logo o estou surpreendendo, exibindo o quadro a nossos convidados. Os cavalheiros estão se trocando depois de um dia de caça, as damas chegarão a qualquer momento das compras na cidade, e isto deve estar pendurado antes que eu possa chamar Jeremy em seu escritório.
— Ele não foi caçar com os outros? Ela riu.
— Jeremy não faz o tipo caçador. Stephen entendeu muito bem.
— Temo estar me intrometendo em sua reunião.
— Bobagem. Clarissa estava coberta de razão. É um absurdo que você passe a noite na hospedaria enquanto temos muitos quartos aqui. O que pensaria Yvette se soubesse que sua melhor amiga, prima dele, tinha suas próprias razões para desejar a presença dele ali? Foi um golpe de sorte que tivesse encontrado com Clarissa mais cedo.
— Convencerei Yvette a convidá-lo se beijar-me debaixo do visgo na presença de Edwin — Clarissa disse.
— Por que diabos haveria de desejar comparecer a qualquer evento social? — Ele perguntou.
— Você me disse uma vez que gostaria de encontrar o proprietário das confecções Montague. Pois bem, ela estará nesta reunião. Eu posso apresentá-los.
Apesar de Stephen não estar certo sobre o que Clarissa tinha com Edwin Barlow, o Lorde de Blakeborough, ele achou a promessa a respeito da Srta. Amanda Keane, cunhada de Yvette, impossível de resistir. Ele tinha um artigo a escrever, afinal das contas, e não teria a oportunidade de conhecer o dono de uma confecção americana de outro modo.
De qualquer forma, ela era uma solteirona sem atrativos com uma estrita visão da vida, alguém que se aventurava o mínimo possível na sociedade. Ele havia escutado que ela estaria deixando a Inglaterra em algumas semanas, logo esta seria a única oportunidade de entrevista-la.
— Bem, prometo não causar muitos problemas. — Ele brincou.
— De certa maneira, duvido disso. Entre a nossa tendência em provocar pessoas e a maneira como as mulheres reagem a você, imagino que haverá problemas em abundância. — Ela sorriu amplamente. — Felizmente, eu aprecio reuniões espirituosas, assim como Jeremy.
— Espere! Como de fato as mulheres reagem a mim? — Ele perguntou genuinamente curioso.
Yvette o encarou perplexa.
— Você sabe, perfeitamente bem, que toda dama que encontra, deseja cair em seus braços. Quanto mais velho, mais inatingível fica, e agora que está quase na casa dos trinta, elas estão salivando para conquistar o esquivo Lorde Stephen.
— Tenho apenas 28. — Ele disse azedo.
— É o bastante. Especialmente, quando as persegue com este ar de desconsiderada impaciência, que perversamente atrai a todas.
— Está lendo romances góticos novamente?
—De maneira alguma, na verdade. — Ela disse despreocupadamente. — Meramente levei anos observando mulheres rastejando a seus pés como se fosse alguma espécie de encantador Dom Juan.
A parte do Don Juan certamente se adequava. E não era por culpa dele que suas buscas não o deixassem com tempo para o sexo frágil. Ou que sua falta de interesse só fizesse atraí-las mais.
O som de cascos de cavalo batendo na entrada cheia de neve do lado de fora chegou a seus ouvidos.
— Podemos continuar esta discussão mais tarde — Yvette disse. — Esta é a carruagem trazendo as senhoras da cidade, e estou certa de que os cavalheiros também chegarão logo. Vá receber todas e então as direcione a sala de estar, silenciosamente, para não estragar a surpresa não é mesmo?
Antes de sair, Stephen perguntou: — Meu irmão sabe que estou aqui?
— Como ele poderia? Quando chegou mais cedo, ele ainda estava caçando com os outros. Mas estou certa de que ficará contente em vê-lo.
— Tenho minhas reservas. — Desde que Stephen começou a escrever para o London Monitor, ele e Warren vinham se estranhando. — Ele me considera um perigoso radical determinado a fomentar a revolução e destruir a Inglaterra.
— Ele não pensa desta forma. Apenas se preocupa que você faça algo imprudente e acabe morto.
Stephen grunhiu. Com certeza, alguns de seus discursos eram conhecidos por inflamar temperamentos, e sua série de artigos considerando o mau tratamento oferecido aos trabalhadores das usinas, não foi bem recebido por seus companheiros que o maldisseram por sua pouca lealdade aos cidadãos ingleses pertencentes à sua classe. 
No entanto ninguém se atreveria a matá-lo por causa disso. E uma vez que ele entrevistasse a Srta. Kane e mostrasse que os donos americanos não eram melhores do que os Ingleses, as pessoas veriam que ele não estava apenas lançando pedras em seus compatriotas. A situação em usinas inglesas refletia igualmente a situação ruim na América. Quem sabe então eles finalmente considerariam as condições de trabalho na indústria do algodão um problema que atravessou o continente.
Talvez, assim fizessem algo sobre isso, enfim.


22 de junho de 2017

A Arte de Pecar

Série Pretendentes Pecadores
O artista americano Jeremy Keane se recusa a voltar para casa e assumir os negócios de seu pai. 

Ele prefere muito mais os espécimes de beleza que ele tem encontrado no exterior, em busca de uma modelo para sua provocante obra-prima, que ele está compelido a pintar. 
Quando ele encontra Lady Yvette Barlow em um casamento em Londres, ele percebe que ela é perfeita para o seu trabalho ― e se determina a capturar o espírito desafiador e a sensualidade de tirar o fôlego da jovem herdeira, na tela. O escândalo não é coisa nova, Yvette concorda em ser modelo para Keane ― em troca, ela pede sua ajuda para entrar nos bordéis da cidade, que ele conhece intimamente, para que ela possa procurar uma mulher desaparecida e resolver um mistério familiar. Mas quando sua prática parceria leva a lições na arte de pecar, poderão eles encontrar um amor ousado e duradouro?

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, Final de Agosto de 1829.
Os mais nobres lordes e ladies de Londres lotavam o salão de baile na mansão do Duque, para o café da manhã de casamento de Dominick Manton e sua noiva Jane. Mas, apesar do número de mulheres bonitas entre eles, Jeremy Keane, artista americano e conforme os rumores um libertino, só queria fugir.
Ele não deveria estar presente. Ele deveria ter ficado no andar de cima, em seu quarto de convidado, fazendo esboços preliminares para sua pintura, embora a inspiração lhe escapasse e ele ainda não tivesse encontrado a modelo certa. Qualquer coisa seria melhor do que suportar esta mostra de felicidade doméstica.
Maldição. Ele não esperava que isso o perturbasse tanto. Ver o noivo e sua noiva sorrir adoravelmente um para o outro, não deveria levá-lo ao passado, para atormentá-lo com a culpa…
Murmurando uma maldição, ele pegou uma taça na bandeja de um lacaio que passava e tomou a champanhe, desejando algo mais forte. Ele não poderia suportar mais disto.
Com passos decididos caminhou pelo salão em direção à entrada. Tinha que escapar antes de dizer ou fazer algo que depois lamentasse. Então a mulher de suas fantasias entrou, e ele parou de respirar. Era magnífica. Ela usava um vestido de seda cor esmeralda que brilhava num raio de sol como se os céus se abrissem para mostrá-la.
Ele não podia acreditar. Era exatamente o modelo que ele necessitava para seu último trabalho.
Enquanto observava, a morena olhou para ele. Alta e um símbolo de luxúria, ela se elevava sobre as inglesas delicadas que conversavam em seu caminho, enquanto atravessava a multidão. Com seus traços fortes, olhos verdes-joia e boca generosa, ela era a própria imagem de Juno, em Juno e Júpiter de Gavin Hamilton. Caminhava como uma majestosa deusa romana.
Era absolutamente perfeita. Não só na aparência, mas na postura, ao mesmo tempo reservada e dramática. E havia cautela espreitando em seus olhos. Ele tinha o dever de tê-la. Depois de meses procurando a modelo perfeita, ele merecia tê-la.
Isso era, supondo que ela concordaria com sua proposta. Ela parecia ter idade suficiente para ser dona dela mesma, mas ele não poderia dizer, olhando para o corte de seu vestido de baile, se ela era solteira, casada ou viúva. Ele esperava que fosse um dos dois últimos. Porque se ela fosse uma inocente, ele teria um terrível tempo para convencer com sua família a permitir que ela pose para ele. Ele se aproximou dela.
― Jeremy! ― Gritou uma voz feminina atrás dele. ― Aí está você!
Ele se virou e encontrou Zoe, sua prima distante, e cunhada grávida do noivo, caminhando em sua direção. Droga. Ele estava preso. Pior ainda, quando ele olhou para trás, sua deusa em verde havia desaparecido. Maldito azar. Em uma mansão como a do Duque de Lyons, não havia como dizer onde ela tinha ido.
Engolindo uma maldição, ele fitou Zoe. ― Boa noite prima. Prazer em vê-la novamente.
Depois de apertá-lo em cada bochecha, ela afastou-se para olhá-lo. ― Eu não coloquei os olhos em você em três meses, e essa é a bem-vinda insípida que você me dá?
― Ainda estou cansado da viagem ― ele mentiu ― cheguei apenas ontem a noite de Calais, você sabe.
― Eu sinto muito que você e seu aprendiz tiveram que ficar com Max e Lisette noite passada, em vez de nossa casa. Mas com o casamento…


Série Pretendentes Pecadores
1 - A Arte de Pecar
1.5 - A Herdeira e o Ativista
2 - O Estudo da Sedução
3- Desejo Perigoso
4- Os Prazeres da Paixão
4.5- Um Talento para Tentação
5- O Segredo da Paquera
5.5- Um Patife em Apuros
Série concluída