Alasdair Cynster, conhecido por seus amigos íntimos como Lúcifer, decidiu refugiar-se no campo antes que as habilidades casamenteiras das mães de Londres se concentrassem nele, o último Cynster que permanecia solteiro.
Mas sua fuga para Devon o levou direto ao encontro com seu destino, na forma irresistível de Phyllida Tallent, uma jovem tão bela quanto determinada e independente, que acordou de forma imperiosa os instintos Cynster.
Lúcifer tentou negar o desejo que Phyllida suscita nele, pois não queria ser vítima de uma armadilha em que jurou jamais cair... Phyllida tinha muitos pretendentes, sua beleza e inteligência eram conhecidas no condado, mas nenhum a atraía como Lúcifer.
A oferta de lhe ensinar tudo sobre o amor era muito tentadora para resistir.
E mesmo que Phyllida não capitulasse por completo, sabia que só uma idiota seria imune a um Cynster.
E ela não era nenhuma idiota.
Capítulo Um
Junho de 1820 Devon
Abstinência. Só a ideia produzia uma sensação de desconforto.
Alasdair Reginald Cynster, a quem muitos chamavam, e não sem motivo, Lúcifer, afugentou aquela palavra nefasta e com um grunhido passou a concentrar-se na condução do par de corcéis negros em uma curva do estreito caminho.
Este continuava para o sul, em direção à costa. Colyton, seu destino, ficava mais à frente.
Ao redor, o início do verão expandia seu esplendoroso abraço sobre o campo.
O milho ondulava com a brisa e no alto as andorinhas planavam impulsionadas pelas correntes de ar, como negros dardos recortados contra o céu azul.
Da boleia da carruagem, Lúcifer olhava além das densas sebes que ladeavam o caminho.
De qualquer forma, não havia muito que admirar naquelas remotas paragens rurais.
Sem outra distração, voltou às suas reflexões.
Imprimindo aos cavalos um passo contido, mas regular, de acordo com a sinuosidade da rota, recordou a perspectiva aborrecida de ter que sobreviver sem o tipo de companhia feminina a que estava acostumado. Embora não fosse do seu agrado, preferia sofrer aquela tortura a correr o risco de sucumbir à maldição dos Cynster. Não era uma maldição que poderia ser negligenciada.
Cinco de seus parentes varões mais próximos já foram vítimas, quando antes formavam um famoso grupo que durante muitos anos pavonearam-se comodamente na alta sociedade londrina.
Os Cynster causaram estragos nas fileiras femininas, deixando satisfeita um grande número de encantadoras e exauridas damas ao longo do caminho.
Foram temerários, diabólicos, invencíveis... Até que, um após o outro, sucumbiram à maldição.
Agora ele era o último componente do grupo livre, sem correntes, um autêntico solteiro impenitente.
Não tinha nada contra o matrimônio em si, mas a triste realidade, a cruz da maldição, era que os Cynster não só se casavam, mas também se casavam por amor. Só de pensar nisso sentia calafrios.
A vulnerabilidade que isso implicava era algo que não estava disposto a aceitar.
No dia anterior, seu irmão Gabriel disse o sim.
Esse era um dos dois motivos pelos quais se encontrava ali, decidido a encerrar-se nas profundezas do condado de Devon.
Saga Familia Cynster
1- Diabo
2- O Juramento de um Libertino
3- Seu Nome é Escândalo
4- A Proposta de um Libertino
5- Um Amor Secreto
6. Tudo Sobre o Amor
7- Tudo sobre a paixão
7.5 - A Promessa em um Beijo
8- Uma Noite Selvagem
9- Sombras ao Amanhecer
10- A Amante Perfeita
11- A Noiva Ideal
12- A Verdade Sobre o Amor
13- Sangue Puro
14- O Sabor da Inocência
15- As Razões do Coração - em revisão
16- O sabor da Tentação - idem