A rebelde e independente Lady Nicole Bragg Shelton se recusa a ser restringida pelas regras sufocantes da Inglaterra Vitoriana.
E agora, o desejo impeliu a bela herdeira para uma ligação chocante com Hadrian Braxton-Lowell, Duque de Clayborough.
Ligado pelos ditames da honra e do dever para com a mulher, Hadrian é encurralado pela conduta ousada de Nicole, mas fascinado pelo seu espírito livre de fogo e sensualidade de tirar o fôlego.
Embora decidido a fazer a beleza de cabelos negros sua amante, nunca concordará em se casar com ela. Mas Nicole não é brinquedo de nenhum homem. E está preparada para arriscar a infelicidade para satisfazer sua paixão selvagem e intransigente... e ganhar a lealdade inabalável do duque e seu amor eterno.
Capítulo Um
Dragmore, 1898
— Você tem visitantes minha senhora.
— Mas eu nunca tenho visitas — protestou Nicole.
Aldric olhou para ela, seu rosto enrugado insondável, embora seus olhos castanhos estivessem brilhando — As senhoras Margaret Adderly e Stacy Worthington, minha senhora.
Nicole ficou surpresa. É claro que era um exagero dizer que ela nunca tinha visitas, sua melhor amiga, a viscondessa de Serle, assim como a nobreza local e sua família, fazia visitas com bastante frequência. Mas eles realmente não contam. O que contava era o fato de que ela mesma não tinha o costumeiro grupo de pessoas que se visitavam como as outras jovens de sua classe. Não nos últimos anos desde o escândalo... O que essas mulheres que ela nunca conhecera poderiam querer?
— Diga a eles que eu vou descer, sirva refrescos, Aldric — disse ela ao mordomo. Uma bolha de excitação surgiu nela. Aldric assentiu, mas antes de sair ele levantou uma sobrancelha branca e espessa.
— Talvez eu deva mencionar que você estará lá em alguns minutos, minha senhora?
Ela entendeu e riu olhando tristemente para os calções de homem e botas de montaria enlameadas. Embora tenha sido quase o alvorecer de uma nova era — o século XX — as mulheres não usavam roupas masculinas mesmo quando tinham justa causa. Algumas coisas nunca mudam.
— Que bom que tenho você para me lembrar, Aldric. Eu não deveria afastar meus ilustres visitantes antes mesmo de descobrir por que eles vieram.
Ainda rindo esperou que Aldric saísse imaginando o choque que as duas senhoras no andar debaixo receberiam se a vissem vestida como um homem.
Nicole suspirou honesta o suficiente consigo mesma para saber que sua atitude despreocupada e seu senso de humor inadequado não ajudariam sua situação — não que ela estivesse realmente em uma situação, lembrou a si mesma. Afinal, ela escolheu permanecer no país.
Enquanto folheava descuidadamente o armário para as roupas de baixo apropriadas, admitiu para si mesma que era bom ter mulheres jovens a visitando. Fazia muito tempo. Não que ela não estivesse feliz em Dragmore, porque ela estava. Sua vida era Dragmore, cavalos e livros. Era só isso, bem, fazia muito tempo.
Nicole vestiu uma combinação, meias e anágua o mais rápido que pôde. Ela odiava espartilhos e se recusava a usá-los, embora tivesse 1,81 de altura em seus pés descalços.
Ela era maior que a maioria das mulheres e depois havia a idade dela e se recusou a tentar cingir sua cintura como se tivesse 1,5 metros de altura, dezoito anos e menos de cem quilos. As pessoas adoravam conversar. Não foi apenas uma questão de conforto, Nicole era uma leitora voraz. Ela concordava com algumas de suas escritoras favoritas que preferiam calças e calções, em vez das modas atuais que segundo elas eram constrangedoras e pouco saudáveis como os espartilhos.
Assim como a sociedade moderna inventou regras de decoro expressamente para manter as mulheres em seu lugar, também inventou as modas para o mesmo propósito.
Afinal de contas não se poderia esperar de uma dama que fizesse mais que sorrir e respirar. Uma dama não podia correr, cavalgar, atirar ou pensar. Uma dama era recatada.
Nicole era sábia o suficiente para saber que ela deveria manter sua sabedoria para si mesma.
Quando ela terminou de se vestir parou por um instante para olhar nervosamente no espelho, ciente do nó apertado de antecipação em sua barriga. Ela fez uma careta para si mesma.
Não era que ela não gostasse de sua jaqueta e saia azul-marinho, pois não se importava com roupas, desde que não fosse restringida por elas. Foram outros aspectos de sua aparência que a desagradaram.
Ela suspirou — Bem, o que você esperava? — perguntou seriamente ao seu reflexo — Ser mais baixa? Ser loira? O que você é, uma idiota? Se as pessoas julgarem você pela sua aparência é porque não valem um centavo.
Sua porta se abriu — Você está me chamando, minha senhora?
Nicole corou, se os servos a pegassem falando sozinha, ela nunca escaparia disso
— Uh, sim Annie, você levaria minhas calças para Sue Anne? O joelho esquerdo precisa de remendos. Sorriu brilhantemente, esperando até que Annie pegasse as calças e saísse. Então olhou para si mesma com uma carranca, ainda era ridiculamente alta e muito escura.
Ela herdou toda a aparência morena de seu pai e nada de sua pequena mãe loira. Ela não era rabugenta por natureza, mas o cabelo dela não podia ser marrom em vez de negro?
Ela deveria ter pedido a Annie para ajudá-la com seus cabelos, em vez de inventar uma história sobre suas calças, tentando passar um pente, porque a massa preta grossa e ondulada caiu até a cintura e era indomável sem um segundo par de mãos. Era tarde demais para isso agora e Nicole a amarrou de volta rapidamente com uma fita.
Dinastia Warenne
1 - O Conquistador
2 - A Promessa da Rosa
3 - O Jogo
4 - O Prêmio
5 - A Farsa
6 - A Noiva Roubada
7 - A Filha do Pirata
8 - A Noiva Perfeita
9 - Um Amor Perigoso
10 - Uma Atração Impossível
11 - A Promessa
12 - Casa dos Sonhos
13 - Amor Escandaloso
14 - Depois da Inocência
Série concluída
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!