8 de dezembro de 2009

Música Sombria

Série Highlands' Lairds

Para a princesa Gabrielle de St. Biel,
Escócia é uma terra de vista deslumbrante, chefes selvagens, ravinas traiçoeiras e abruptas sombras...
armadilhas, traição e agora assassinato.

Apreciada por sua impressionante beleza, filha de um dos barões mais influentes da Inglaterra, Gabrielle é, além disso, uma perfeita moeda de negociação para um rei que necessita a paz nas Highlands:
O rei John dispôs o matrimônio de Gabrielle com um amável e bondoso laird.
Mas este matrimônio jamais terá lugar...
Tudo muda para Gabrielle em uma única explosão de liberdade, quando ela e suas escoltas se deparam com uma cena de indescritível crueldade.
Com um só disparo de seu arco, Gabrielle toma uma vida, salva outra e começa uma guerra.
Em questão de dias, as Highlands se elevam enquanto uma batalha real tem lugar entre novos e antigos inimigos.
Tendo chegado a Escócia para casar-se, Gabrielle se vê em envolta em uma intriga escocesa. Para dois sádicos nobres, subestimar a valentia e a destreza de Gabrielle pode ser fatal.
Mas graças a um segredo que ela possui, Colm MacHugh, o homem mais temido da Escócia, encontra um novo motivo para mostrar sua coragem.
Nem o corpo nem o coração de Gabrielle estão a salvo sob seu penetrante olhar

Capítulo Um

Wellingshire, Inglaterra
A Princesa Gabrielle tinha apenas seis anos de idade quando foi convocada ao leito de morte de sua mãe.
Escoltando-a ia seu leal guarda, dois soldados situados a cada lado dela, enquanto procediam solenemente pelo longo corredor, andavam devagar para que ela pudesse acompanhar o passo.
O único som era o de suas botas ressonando contra o frio chão de pedra.
Gabrielle tinha sido chamada ao leito de morte de sua mãe tantas vezes que tinha perdido a conta.
Enquanto caminhava, permanecia com a cabeça baixa, olhando intensamente a pedra brilhante que tinha encontrado.
A sua mãe ia encantar-se.
Era negra com uma pequena linha branca em zigue-zague que a rodeava completamente. Um lado era tão suave como a mão de sua mãe quando acariciava a bochecha de Gabrielle.
O outro lado da pedra era áspero como as costeletas de seu papai.
Cada dia ao entardecer Gabrielle trazia para sua mãe um tesouro diferente. Dois dias atrás tinha capturado uma mariposa.
Tinha umas asas formosas, douradas com pontos de cor púrpura.
A mãe tinha declarado que era a mariposa mais formosa que tivesse jamais tinha visto. Quando Gabrielle caminhou para a janela e a deixou sair voando a elogiou por ser tão gentil com uma criatura de Deus. No dia anterior Gabrielle tinha recolhido flores da colina que estava fora dos muros do castelo.
O aroma do urze e o mel a tinha rodeado, e pensou que o delicioso aroma era ainda mais agradável que os perfume e os azeites especiais de sua mãe.
Gabrielle havia amarrado uma fita muito bonita ao redor dos caules e tratou de fazer um lindo laço, mas não sabia como e fez uma confusão.
A fita se desfez antes que entregasse o ramo a sua mãe.
As pedras eram os tesouros favoritos de sua mãe.
Em uma mesa perto da cama, tinha uma cesta cheia que Gabrielle tinha recolhido para ela e esta pedra ela gostaria mais que das outras.
Gabrielle não estava preocupada com a visita desse dia.
Sua mãe havia prometido não ir para o céu em breve, e nunca quebrava uma promessa.
O sol projetava sombras ao longo das paredes de pedra e do chão.
Se Gabrielle não estivesse ocupada levando a pedra, teria gostado de perseguir as sombras e tentar capturar uma.
O longo corredor era um de seus lugares favoritos para brincar.
Gostava de saltar em um pé de uma pedra à outra e ver quão longe poderia ir sem cair. Ainda não tinha chegado à segunda janela abóbadada, e faltavam cinco janelas mais. Às vezes fechava os olhos, abria os braços amplamente e girava e girava até que perdia o equilíbrio e se derrubava sobre o chão, tão enjoada que as paredes pareciam voar ao redor de sua cabeça.
Mais do que tudo, amava correr pelo corredor, especialmente quando seu pai estava em casa. Era um homem muito grande e magnífico, mais alto que qualquer um dos pilares da igreja.
Seu papai a chamava e esperava a que o alcançasse.
Logo a tomava em seus braços e a lançava alto sobre sua cabeça.
Se estavam no pátio, levantava as mãos ao céu, segura de que quase podia tocar uma nuvem.
Seu pai sempre pretendia não poder agarrá-la para que pensasse que ia deixar a cair. Sabia que nunca o faria, mas gritava com deleite ante a possibilidade.
Envolvia-lhe os braços ao redor do pescoço e o apertava enquanto ele caminhava com grandes passos para a habitação de sua mãe.
Quando estava especialmente contente costumava cantar.
Tinha uma voz terrível e às vezes Gabrielle continha a risada e cobria os ouvidos de tão espantosa que era, mas nunca ria abertamente.
Não queria ferir seus tenros sentimentos.
Esse dia seu pai não estava em casa.
Havia partido do Wellingshire, para dirigir-se ao norte da Inglaterra, para visitar seu tio Morgan e não voltaria para casa em vários dias.
Gabrielle não estava preocupada.
Sua mãe não morreria sem ele a seu lado.
Stephen, o chefe dos guardas, abriu a porta da antecâmara de sua mãe e deu um leve empurrãozinho entre as omoplatas de Gabrielle para que entrasse.
— Adiante, Princesa — a urgiu.
Ela se voltou com um cenho de desgosto.
— Papai diz que deve chamar a minha mãe Princesa Genevieve, e se supõe que a mim deve me chamar Lady Gabrielle.
— Aqui na Inglaterra é Lady Gabrielle — aplaudiu o escudo bordado que tinha na túnica, — mas em St. Biel é uma princesa. Agora vá, sua mãe vos espera.



Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída

1 de dezembro de 2009

A Lenda do Highlander

Série Irmãos MacCurrie


Um guerreiro escocês, uma noiva roubada, um legado de paixão…

Dois irmãos gêmeos.
Dois guerreiros. E a profecía das Terras Altas que os predestina para a guerra,para a gloria e para as apaixonadas mulheres que se atreveram a amar.
Assim começa uma aventura na sensual e vibrante historia de Kathleen Givens que transcorre na Escócia do século XVII.
Uma árvore partida em dois por um raio prediz a histótia de uma terra, é um sinal, é tempo de presságios.
E o destino escolheu dois amantes como artífices da lenda.
Ela, Ellen Graham , uma jovem aristocrata que jurou não casar-se, a não ser por amor. Ele, James MacCurrie, o misterioso homem de olhos azuis intenso que habita as Terras Altas.
É ele quem a resgata de uma morte certa a mercê de uma espada.
Mas o mesmo destino que os uniu, confabula para separá-los. Imersos em um momento em que os irmãos se enfrentam, quando a férrea vontade de um guerreiro pode aplacar a calidez de seu terno coração...


Capítulo Um

Março de 1689, Torridon, Escócia
James MacCurrie olhou a seu irmão nos olhos por cima da tumba de seu pai.
Os olhos azuis de ambos se encontraram e, como sempre, os irmãos conseguiram comunicar-se sem palavras, compartilhando a mesma dor.
Seria a última vez que seriam iguais. Uma vez que se afastassem do montículo de pedras levantado em memória de seu pai, nada voltaria a ser igual para nenhum dos dois. James respirou profundamente e se virou para olhar o seu lar.
Sólido e sombrio, o Castelo Currie se erguia no topo de uma colina na costa Oeste de Escócia, sobre as águas de Loch Torridon e Loch Shieldaig.
Soprava um vento fresco e por cima das altas torres de pedra que se perdiam no céu se concentravam densas nuvens de tormenta, mas a multidão que
permanecia de pé no exterior da fortaleza não lhes prestou atenção.
O clã MacCurrie enterrava a seu chefe esse dia.
Neil lhes fez um sinal aos gaiteiros que estavam alinhados no topo do escarpado. Seus trajes escoceses brilhavam e destacavam contra a água cinza a seus pés. Seus movimentos eram lentos e pausados quando começaram a marcha fúnebre.
Por um momento, a indômita música sulcou o ar e seu som se elevou por cima dos assistentes ao funeral antes de rodear o castelo em um último abraço, para remontar-se trêmulo até o outro lado do topo, atravessar o lago e perder-se finalmente ao mar. James fechou os olhos lutando para manter o controle, ignorando os olhares do clã que observavam à família.
«A lenda»


Série Irmãos MacCurrie
1 - A Lenda do Highlander
2 - O Destino do Highlander
Série Concluída

Orgulho Casto

Série Highlanders
Era uma aposta atrevida, um flerte ousado destinado a ganhar uma proposta do oficial mais elegível dos Dragões Reais de Sua Majestade. Como foi que a mimada e pomposa Catherine Augustine Ashbrooke conhecera o belo estranho com pensamentos profundos, olhos escuros como a meia-noite que poderia ver através de sua trama e a tornaria o peão do seu próprio jogo perigoso?
Alexander Cameron podia ter ganhado a beldade inglesa de alto nível em um duelo, mas nem mesmo a atração de desejo, há muito esquecido, poderia impedi-lo de se encontrar com o seu destino. Ele não tinha escolha a não ser levar sua relutante noiva às Terras Altas, a um mundo de antigos feudos de sangue e uma rebelião fervilhante - um mundo onde a paixão ardente e a coragem de tirar o fôlego provaria que até os lendários guerreiros poderiam perder seu coração.

Capítulo Um

Com as faces rosadas de excitação, levou um pouco de tempo para apreciar a ironia daquela animada caçada matutina, em que a rapoza só dava a impressão de ser a presa.
Assim, deu por inúteis os esforços dos dois pajens que tinham tentado segui-la através do bosques que ela conhecia tão bem como a palma de sua mão e, com uma presumida piscada de seus olhos violeta com matizes azulados,
inclinou-se para elogiar a sua égua:
-Muito bem , preciosa; parece que os despistamos. Isto merece um prêmio.
Deu uma olhada ao redor para orientar-se e recordou que, a umas poucas jardas de distância, havia uma clareira isolada pelo qual cruzava um riacho, cuja água fria e clara tinha um delicioso sabor de suave musgo verde e a rica terra negra.
-Ambas merecemos beber algo fresquinho, não é? Deixemos que os caçadores sigam vagando em círculos até que se cansem.
Catherine recebeu um suave relincho como resposta, e guiou à égua bosque dentro. Podia ouvir ao longe o desacordado e rouco latido dos cães e o eco estremecedor e grave dos trompetistas que chamavam os cavaleiros a se juntar.
Ignorou aquele som e inclusive preferiu, depois de um breve momento, desmontar e caminhar junto ao animal, com a atenção dividida em partes iguais entre os galhos pequenos que lhe enredavam nas saias e os misteriosos sussurros da brisa entre as folhas de envés prateado que ondeavam sobre sua cabeça.
Era feliz ali em sua casa, em Derby.
A tranqüilidade do campo era uma mudança desconcertante e não tinha nada a ver com a infinita sucessão de bailes, carnavais e festas, mas para falar a verdade, depois de ter passado três meses dançando até o amanhecer e dormindo durante toda a tarde, tinha muita vontade de acabar sua temporada em Londres.
Aqui, na saudável e fresca campina azul e verde que rodeava Rosewood Hall, os dias eram largos e ociosos, e as noites transbordavam de estrelas e cheiravam a rosas e madressilva.
Podia soltar o camafeu que, a modo de broche, sujeitava o pescoço de sua blusa de seda fechado até a garganta (e o fez) sem medo de armar um escândalo.
Podia tirar as luvas, desabotoar os botões de seu traje de montar de veludo azul, inclusive os fechamentos de pérolas de seu entalhado colete de cetim, e ter o prazer de afrouxar as cintas de seu ajustado e enrijecido espartilho.
Estava sozinha, e tinha a intenção de ficar assim durante um longo momento, assim tirou o chapéu, alto e com véu, e tirou as grandes presilhas de marfim que lhe prendiam o cabelo em um severo coque sobre a nuca.
Deixou que a grossa e loira cascata caísse sobre seus ombros e passou os dedos entre os cabelos ondulados enquanto caminhava e, distraída, metia-se em um matagal de sarças a ras do chão.
A prega de sua saia se enganchou em uns espinhos e, ante aquele puxão, Catherine se viu obrigada a parar de repente.
E foi enquanto estava agachada para soltar-se que sentiu um estranho formigamento de alarme lhe percor-rer as costas.
Seu primeiro pensamento foi que a tinham encontrado, e se voltou, totalmente convencida de que veria a cara, o sorriso zombador de um caçador com traje escarlate.
Entretanto, só as verdes árvores que filtravam a luz do sol foram surpreendidas por seu repentino e sobres-saltado olhar, e, enquanto esperava que seu coração se tranqüilizase e se acomodasse de novo no peito, prestou atenção ao gorjeio dos pássaros nos ramos e a silenciosa correria dos esquilos entre a espessa vegetação que a rodeava. Sorriu para seus adentros, imaginando que podia ouvir a estridente voz de sua gorvenanta quando a repreendia:
«Não deve sair a passear sozinha jamais, senhorita.
É um claro convite para arranjar problemas. O bosque está cheio de caçadores de javalis, de dentadura trincada, para quem é tão fácil seduzir a uma garotinha inocente como se parassem para perguntar a hora».
O sorriso de Catherine se entristeceu enquanto continuava caminhando, porque a senhorita Phoebe tinha morrido fazia dois verões.
E embora fosse severa e intransigente, ao menos se preocupou realmente com ela.
Com muita dificuldade podia dizê-lo mesmo da mãe de Catherine, lady Caroline Ashbrooke, ou de seu pai, sir Alfred, um recém eleito membro do Parlamento que poucas vezes tinha mais que um rápido e passageiro pensamento para sua família, e ainda menos para uma filha que parecia decidida a provocar que seus cabelos embranquecessem prematuramente.
Em realidade, Catherine só tinha a seu irmão mais velho, Damien, para procurar consolo e conselhos, e inclusive ele estava se distanciando mais e mais, ultimamente.
Estabeleceu-se como advogado em Londres, e quase nunca encontrava tempo para viajar para Derby.
Agora estava ali, para passar dois curtos dias, mas só porque era o aniversário de Catherine, e lhe tinha insistido de todas as maneiras possíveis (exceto na mira de pistola) para conseguir que estivesse presente.
Não era algo que acontecesse cada dia que uma jovenzinha completasse os dezoito anos, nem tampouco todas as jovenzinhas podiam presumir de ter recebido seis propostas de matrimônio nos últimos vinte e quatro meses... Eram tantas, de fato, que os rostos dos pretendentes começavam a misturar-se


Série Highlanders
1 - Orgulho Casto
2 - Coração Audaz
3 - Em Nome da Honra
Série Concluída

Coração Audaz

Série Highlanders
Ela nasceu uma inglesa, mas ele a tornou uma escocesa, empenhada em lutar por seu amado marido - mesmo contra o país em que nasceu.

Catherine Ashbrooke Cameron cometeu o pecado imperdoável de se apaixonar por seu marido - um espião escocês com quem se casou em seu lar inglês. Agora, enquanto corria para as Terras Altas, para os braços fortes e afetuosos de Alexander Cameron, a inocente beleza inglesa aprenderia sobre as paixões da guerra - e o preço do amor...

Ele lutou para mantê-la segura enquanto lutava contra o inimigo inglês - e traidor.

Alexander Cameron era um homem com um preço sobre sua cabeça e inimigos para queimar. O amor deixara o lendário guerreiro vulnerável. Agora ele tinha que proteger Catherine dos perigos que os ameaçavam. Mas quando ele entrou na batalha contra os ingleses, ela se recusou a ficar para trás. Ele a reivindicou, a tocou, a amou e ela jurou que nada os separaria de novo.

Capítulo Um

Derby, setembro de 1745

Catherine Ashbrooke Montgomery inclinou sua formosa cabeça loira e enxugou com um delicado lenço de fino bordado as lágrimas que não cessavam de amontoar-se em seus cílios. Nenhum dos presentes na abarrotada capela se deu conta disso e, se o notaram, sorriram comprensivamente.
Além do mais, não era tão estranho que uma jovem derramasse um par de lágrimas no casamento de seu irmão com sua melhor amiga.
A rapidez com que o matrimônio se celebrou, desde dia em que se anunciou, era, por outro lado, motivo mais que suficiente para que alguns se dedicassem a menear a cabeça e estalar a língua, como amostra de sua desaprovação.
Apesar das escandalosas circunstâncias, Harriet Chalmers estava realmente radiante, com seu vestido de noiva.
Tinha sido o de sua mãe, e era de cetim, de cor nata prateado, com vários babados e botões de pérolas. Tão somente um extremamente ávido observador especializado perceberia que a costura da cintura que servia de armação da saia tinham sido ligeiramente alargadas,até ultrapassar um pouco os quadris, para minimizar qualquer possibilidade de que as várias capas de roupa caíssem com insuficiente verticalidade da estreita cintura.
Só as matronas engravatadas e rígidas defensoras da virtude criticariam o ligeiro rubor das faces de Harriet ou sorririam malé-volamente ante o fato de que seus enormes e redondos olhos de cor avelã não des-viassem nem por um instante seu intenso olhar do rosto do noivo.
Catherine conhecia Harriet desde os dezoito anos, a idade que ambas tinham, e se dava perfeita conta da angústia que afligia a sua amiga, mas não era isso o que fazia que em seus olhos violeta houvesse o constante brilho das lágrimas.
Se alguém se inco-modasse em analisar com esmero os visíveis sinais de sua agitação, teria descoberto uma jovem mulher sofria com as muitas lembranças que pouco tinham a ver com o ca-samento de Harriet, mas muitíssimo consigo mesma.
-Toma a esta mulher como esposa...
Catherine ouviu estas palavras como se ressonassem dentro de um comprido túnel.
Seu olhar vagava para cima, aos vitrais multicoloridos que emolduravam o altar. Tinham sido concebidos para aproveitar a luz do sol e lançá-la para o interior em tons de vermelho, ouro, azul e verde.
Dezenas de bolinhas de pó flutuavam lentamente no feixe de raios, e parecia que o feliz casal de noivos, que inclinavam a cabeça reveren-temente para receber a bênção, estivesse ajoelhada em um pequeno lago de luzes de cores.
Respirava-se um ambiente denso e doce, devido ao aroma dos perfumes.
Um convidado tossia discretamente, outro, respondia com uma risada afogada ao comen-tário que lhe sussurrava alguém... ou despertava com um pulo, reagindo a uma cotove-lada certeira e indignada.
O padre tinha o aspecto e o tom mais piedosos enquanto debulhava as palavras apropriadas, e Catherine tirou o chapéu olhando fixamente as largas e ossudas mãos do homem, e perguntando-se por que pareciam mover-se imersas em água, e não em ar.
-Declaro-lhes marido e mulher.
Damien e Harriet ficaram em pé e sorriram mutuamente, mergulhando-se cada um no brilho amoroso dos olhos do outro.
Os convidados começaram a se movimentar, a murmurar entre eles e a alisar as saias ou golas bordadas.
Em poucos minutos, sairiam da capela e seguiriam aos radiantes recém casados com o passar do pátio banhado pela luz do sol, até as carruagens que esperavam para levá-los até a casa dos Chalmers.
Para celebrar o casamento de sua única filha, Wilbert Chalmers não tinha economizado em comida, espetáculo e luxuosa ornamentação.
O casal passaria a noite na fazenda e, na manhã seguinte, partiria para Londres, onde ambos desfrutariam de umas curtas mas indubitavelmente deliciosas férias, antes de que o dever reclamasse a Damien para que voltasse para seus assuntos.
Que diferente de sua própria experiência, pensou Catherine amargamente.
Um tenso intercâmbio de frias palavras na biblioteca de seu pai, e uma fugaz visita as seus aposentos para empacotar seus pertences e abandonar furtivamente, a toda pres-sa, Rosewood Halls.
Sua «deliciosa» lua de mel consistiu em uma prova de resistência de duas semanas, a bordo de uma desmantelada e cansativa carruagem; em agüentar o estalo continuado enquanto circulavam por estradas militares que nem por indício tinham sido desenhadas pensando nas rodas de elegantes carros; em despistar as várias patrulhas de soldados; em manter-se com seu cinco sentidos alerta contra um marido decidido a fazê-la sofrer cada um dos malditos minutos da viagem.


Série Highlanders
1 - Orgulho Casto
2 - Coração Audaz
3 - Em Nome da Honra
Série Concluída

Em Nome da Honra


Série Highlanders
Uma mulher decidida a lutar pela liberdade...

Os que a viram elegantemente vestida nos bailes, nos braço de seu marido, não imaginam a autêntica Anne: criada na liberdade das Highlands, esta ruiva decidida e valente passou metade da vida competindo com seus primos, e é capaz de cavalgar, disparar e beber como qualquer rude montanhês.
Seu sangue escocês a impulsa a aceitar a petição dos clãs de liderar a rebelião contra os ingleses, apesar do perigo. 
Isso significaria trair ao homem que ama, embora freqüentemente Anne se pergunte se esse amor é realmente correspondido, se houver um canto da alma de Angus que ela não tem acesso...

Um Homem condenado ao papel de traidor...
Angus viveu muito tempo fora da Escócia.
Possivelmente por isso adotou o papel de traidor, negociando com os ingleses em vez de levantar-se em armas contra eles.
Pode agüentar o desprezo de seus compatriotas, mas que resiste ver como se afasta dele a mulher a que ama desesperadamente.
O torvelinho da guerra, a volta de um antigo pretendente e, sobre tudo, seus próprios silêncios, parecem condená-lo a perder Anne definitivamente.
Entretanto, chega um momento em que Angus deverá deixar de lado todos seus disfarces para salvar da morte à mulher que ama... se é que chegará a tempo.


Capítulo Um

Invernes-shire, dezembro de 1745


O estreito atalho tinha profundos sulcos e estava lamacento com atoleiros de neve derretida. Sempre que era possível, os dois cavaleiros conduziam suas montarias pela grama congelada a um ou outro lado do atalho, e de vez em quando deixavam essa rota para tomar um atalho a campo aberto, para cortar caminho da casa Moy a Dunmaglass.
Preparada para a árdua cavalgada, Anne Farquharson Moy vestia calças de tartán, uma acolhedora camisa de lã e um espartilho de couro; tinha envoltos os ombros em uma larga manta de tartán que se enrolava na cintura, para proteger-se dos efeitos do gelado vento.
Seus largos cabelos avermelhados lhe enchiam a boina, que lhe caía baixa sobre a testa; no cinturão levava um par de adagas típicas das Highlands, pesadas pistolas de aço, carregadas e polidas e se sentia tranqüila sabendo que as usaria sem vacilar se fosse mesmo preciso.
A seu lado cavalgava seu primo, Robert Farquharson de Monaltrie, também agazalhado para enfrentar o cortante frio, envolto em uma manta de tartán; quando o vento lhe sacudia a saia, viam-se suas pernas nuas, a pele avermelhada, mas estava acostumado a esses cruéis invernos.
Anne tinha encontrado Robert esperando em um bosque próximo à casa Moy à
hora combinada e depois de umas poucas palavras sussurradas, soltando um bafo que se congelou imediatamente, empreenderam a marcha pela gelada paisagem.
Viviam um tempo em que tinham que ir muito vigilantes quando saíam de casa.
Em Inverness havia três batalhões do exército do governo, regimentos postados nas Highlands sob o comando de John Campbell, conde de Loudoun.
Dia e noite se alternavam os destacamentos para patrulhar os campos; podiam prender a qualquer um, sem necessidade de mandato judicial nem julgamento.
Só na semana anterior tinham detido a vários membros de clãs em suas casas; seu único delito era as ramos de arándano que tinham presas em suas boinas para manifestar seu apoio ao príncipe Carlos Eduardo Estuardo.
Anne olhou a grossa bandagem de nuvens que ia passando pelo meio da lua.
Cheirava neve a caminho e a agradeceu, tristemente. A neve, esses torrenciais flocos cristalinos, tão próprios das Highlands para limpar o ar, fariam a noite mais segura, mais segura para todo mundo.


Série Highlanders
1 - Orgulho Casto
2 - Coração Audaz
3 - Em Nome da Honra
Série Concluída

30 de novembro de 2009

Uma Mulher Misteriosa



Seus segredos estavam a um fio de ser descobertos...

Aparentemente, Fan Winslow era uma afetada e idônea governanta de Feversham Hall.

Mas, na verdade, Fan estava comandando um conhecido bando de contrabandistas baseado na inóspita costa dessa propriedade. 
E a chegada do novo proprietário de Feversham, o capitão George Claremont, ameaçava arruinar seu próspero negócio.
Tendo vivido na vergonha que seu dissoluto pai impusera a toda família, George vivia agora por sua honra e pelas leis do país. 
Cognominado Lorde de Prata por seus feitos heróicos em batalhas e também por sua reputação impecável, o célere herói da Marinha se achava determinado a acabar com qualquer atividade ilegal que houvesse em sua propriedade... mesmo que a vilã fosse uma bela e misteriosa mulher com olhos aos quais nenhum homem conseguiria resistir. Uma paixão turbulenta seria suficiente para unir para sempre os amantes que estavam em lados opostos da lei?

Capítulo Um

Feversham Downs, Kent Março de 1802
Havia muita neblina junto à costa, tão es­pessa e fria que até parecia ser uma ex­tensão do próprio mar, erguida dentro da noite apenas para aumentar o desespero de qualquer criatura que pu­desse envolver.
Essa neblina fez a lua e as estrelas desaparecerem, bem como qualquer marca que pudesse haver na terra firme, e até o grande estrondo das ondas contra as pedras parecia abafado agora. Era uma noite terrível em que nenhuma criatura, cristã ou não, humana ou não, deveria se arriscar. Muito menos uma mulher...
Mas, para Fan Winslow, aquele cenário era o mais per­feito que poderia haver.
— Mantenha a luz encoberta, Bob — ela orientou o homem que vinha a cavalo, próximo dela. — Mesmo neste nevoeiro, não quero arriscar que nos vejam.
Bob obedeceu de pronto, encobrindo a luz da lanterna de latão que estava na estaca, na praia. Seus movimentos evidenciavam os estranhos contornos sob suas vestes, que delineavam as pistolas enfiadas em seu cinto.
Quase nunca havia problemas, mas estavam sempre armados, naquele tipo de negócio, seria tolice arriscar agir de outra forma.
Satisfeita por ver que a lanterna se achava quase apa­gada, Fan assentiu e puxou mais a capa sobre sua cabeça. Porém, o frio era cortante. Aquela névoa era assim, como dedos gélidos penetrando pela pele, sem se importar com a barreira de meias ou corpetes, ou blusas de lã. O único calor de fato vinha do corpo do cavalo que Fan montava, visto que a capa que estava sobre ele fora feita exatamen­te para protegê-lo de um tempo inclemente como aquele.
Fan remexeu-se na sela, puxando o cachecol para seus lábios, tentando manter a postura de dama, apesar da maresia gélida, que fazia seu rosto queimar e seus olhos lacrimejarem, além de grudar os poucos fios de cabelo que escapavam para fora da touca.
No entanto, ela e Bob Forbert continuavam ali, na praia, determinados, fitando o mar quase invisível, estudando a direção em que o pequeno barco deveria estar, esfor­çando-se tanto para ver alguma coisa que seus olhos che­gavam a doer.
Com exceção dos poucos cuidadosos que conheciam a verdade, ninguém estava a par do posto que Fan ocupava em Feversham Hall, e muito menos poderia entender por que ela se arriscava dessa forma vindo até ali no meio daquela noite e de muitas outras.
Fan soprou para dentro do cachecol, esperando, dessa forma, aquecer-se um pouco mais, e apertou as rédeas entre as mãos, que lhe doíam devido ao frio. Era um mo­mento excelente para o tipo de comércio que faziam, um clima ideal, na realidade. Uma neblina assim tão espessa conseguia guardar segredos tão bem quanto um túmulo.
Contudo, não sabia ao certo desde quando estava ali, junto ao mar, sentindo aquela espécie de cerração mari­nha, que vinha até seu rosto, esfriando-o ainda mais. Po­deriam ser duas horas, três até. Desejava consultar o re­lógio de bolso que trazia preso às vestes, mas isso seria demonstrar fraqueza, preocupação, ansiedade, como se não tivesse planejado e participado de cada detalhe da­quela empreitada.
Não podia deixar que Bob suspeitasse de sua insegu­rança. Não iria permitir que ele, ou nenhum dos outros, a visse fraquejando, tinha de ser, para eles, de uma con­fiança absoluta.
"E não foi isso que seu pai lhe ensinou?", lembrava-se. Nunca deveria mostrar fraqueza diante daqueles que de­pendiam dela. Ele diria: "Essa gente é nosso povo. São sua responsabilidade, e deve estar pronta para colocá-los sempre em primeiro lugar. Porque é assim que sempre foi para os Winslow. Temos de ser corajosos, ter certeza do que fazemos e sermos francos. Porque, se não for as­sim, filha, jamais ganharemos o respeito deles, bem como sua lealdade. Aliás, nem os mereceremos".
Mas seu pai nunca poderia imaginá-la em seu lugar, ali, na praia, esperando com aquela lanterna escondida e usando armas, rezando para ter dito as coisas certas para que os homens pudessem seguir suas instruções.
— Pelo menos, não haverá casacas vermelhas atrás de nós, hoje, senhora — disse Bob, interrompendo os pensa­mentos de Fan. 
— E muito menos os casacas azuis. Ah, eles não iriam sair numa temperatura destas!

18 de novembro de 2009

A Dama e o Bárbaro

Série Irmãos de Armas

Lady Marianne não acreditava que a sua vida pudesse tornar-se pior.

Contudo isso foi antes de se encontrar nas agrestes Terras Altas da Escócia, país de bárbaros indomáveis, e de ficar noiva de um velho decrépito.
No entanto, quando um destemido guerreiro bateu à sua porta, sentiu que as suas preces tinham sido ouvidas.

Adair Mac Taran chegou em paz, todavia um só olhar para a bela dama que tinha diante de si bastou para perder a cabeça.
A sedutora dama normanda atraía-o como o canto de uma sereia...de cujo feitiço não queria ser salvo.
De imediato, o ousado filho do chefe do clã Mac Taran jurou libertar Marianne de um casamento sem amor... e fazer dela sua esposa

Capítulo Um

Escócia, 1235

Marianne encontrava-se no purgatório.
Ou pelo menos era o que lhe parecia ao contemplar a paisagem úmida que se avistava da janela da fortaleza do seu irmão.
Estava a chover outra vez, como seria de esperar.
A chuvarada, que escondia, como um véu, os topos cerrados das colinas que rodeavam Beauxville, transformava o pátio de armas num lamaçal e ensopava os andaimes levantados à volta dos muros inacabados do castelo.
Não tinha parado de chover nem um só dia desde que Marianne chegara àquele local nos limites do mundo civilizado.
Se estivesse na Normandia, o sol brilharia e as folhas das árvores seriam de um verde brilhante.
Ela estaria à sombra dos seus ramos, a conversar com umas quantas raparigas da sua idade e a tentar sufocar a gargalhada enquanto os lavradores passavam junto aos muros do convento, de regresso a casa depois do dia de trabalho nos campos.
Os jovens camponeses cantariam as suas canções lascivas, conscientes de que atrás das taipas brancas do convento as raparigas os ouviam e as freiras andariam de um lado para o outro, gorjeando como um bando de pássaros assustados, repreendendo as suas pupilas e a tentar fazê-las entrar no convento.
Se estivesse na Normandia, teria calor e estaria contente, em vez de sozinha, gelada e triste. Ali, pelo contrário, continuava a ter frio apesar de usar uma camisa de linho, um vestido de lã azul-escuro, um manto vermelho com rebordo dourado e um xale de lã verde vivo à volta dos ombros.
Devia ter-se informado melhor quando o seu irmão chegou ao convento e lhe disse que ia levá-la para as suas terras.
Mas tivera tantas ilusões por sair dos limites do convento e estava tão orgulhosa do seu irmão, cujo porte e armas não deixavam de a impressionar, que não lhe perguntara nada. Até a madre superiora parecia diminuída perante Nicholas, e Marianne achava que nem o próprio Papa conseguia intimidá-la.
No entanto, se a madre superiora soubesse que Nicholas pensava levar a sua irmã para ali, para aquele monte de alvenaria e pedras sem polir, onde viveria entre selvagens de cabelo comprido e pernas à mostra, sem dúvida teria pensado que a Escócia não era lugar para uma jovem normanda de berço nobre e educação refinada e teria sugerido a Nicholas que permitisse a Marianne ficar no convento que durante doze anos fora o seu lar, até que encontrasse um marido adequado para ela.
A porta dos seus aposentos abriu-se de repente.
Marianne afastou-se da janela sobressaltada e viu que o seu irmão, o recém-nomeado senhor de Beauxville, entrava calmamente no quarto.
Nicholas usava, como de costume, roupas de lã preta dos pés à cabeça, sem golas nem punhos bordados. O seu único ornamento era a fivela de bronze do cinto da espada.
As suas botas estavam sujas de lama, usava o cabelo úmido e a sua expressão taciturna não permitia adivinhar por que razão decidira ir vê-la aos seus aposentos, onde raramente se aventurava.
- Ah, estás aí, Marianne - disse, como se esperasse que estivesse noutra parte. Passeou o olhar pelos móveis simples e pelo baú pintado de Marianne, e fixou os olhos um momento no bastidor de bordar que ela tinha largado com descuido num canto.
- O que estás a fazer?
- Estava a pensar no convento.
Ele respondeu com um gemido desdenhoso, como costumava acontecer cada vez que Marianne mencionava a sua vida no convento ou falava das suas colegas ou das irmãs.
Mas porque não ia pensar no passado e na sua vida na Normandia?
Por acaso Nicholas achava que podia esquecer aquilo tudo?
Que queria esquecer?
- Não devias estar a vigiar os pedreiros da parede sul? - perguntou com alguma irritação. - Ou a dar atenção àquele velho escocês que chegou esta manhã?
- Os pedreiros estão à espera que pare de chover e Hamish Mac Glogan já se foi embora.
- Se os pedreiros esperarem que o céu fique limpo, talvez nunca acabem o teu castelo - comentou ela enquanto olhava novamente pela janela.
Mas, para sua surpresa,naquele momento não chovia, embora no céu continuasse a haver nuvens cinzentas. - Tantos atrasos vão custar-te uma fortuna.
- Não sabia que percebias tanto sobre a construção de castelos.
- Algumas vezes houve pedreiros a trabalhar no convento e uma vez ouvi a madre superiora queixar-se do que cobravam - respondeu Marianne.
- Tu não estás a consertar alguns tijolos soltos, portanto suponho que...
- Tu não tens de supor nada - interrompeu Nicholas.
- Posso pagar aos pedreiros agora que não tenho de pagar às freiras para cuidarem de ti. O seu tom já não era desdenhoso.
Tinha um laivo estranho de rancor, como se o valor que pagara pelos anos de Marianne no convento lhe tivesse trazido sérias penalidades.
A família de Marianne, no entanto, nunca tivera dificuldades e as freiras nunca lhe tinham insinuado que estivesse ali por caridade, como outras raparigas menos sortudas.
- Era assim tão caro manter-me lá?
- Bastante - respondeu ele. - Mas não vim para falar de dinheiro.
Marianne disse para si que o rancor do seu irmão devia ter uma origem mais misteriosa. Sentou-se num banco e perguntou-se o que teria levado Nicholas ao seu quarto.
- Tiveste notícias de Henry?
Nicholas cruzou os braços sobre o peito amplo e franziu o sobrolho.
- Um soldado não tem tempo de mandar recados à família.
Aparentemente, as coisas não tinham melhorado entre os dois irmãos.
Quando eram pequenos, discutiam sem parar. Na verdade, uma das primeiras coisas que Marianne recordava era o fato de se esconder deles quando lutavam.
- bom, sobre o que querias falar comigo? - perguntou, estranhando a relutância evidente de Nicholas em ir diretamente à questão. O seu irmão era, de modo geral, extremamente direto portanto aquelas hesitações começavam a inquietá-la.
Então ocorreu-lhe uma razão pela qual um irmão podia procurar o conselho da sua irmã. -Trata-se de um assunto de mulheres? - perguntou, esperançada.
- Há alguma mulher que desejes cortejar e vieste pedir-me conselhos?
Nicholas olhou para ela como se tivesse ficado louca.
- Não sejas ridícula. Tenho coisas mais importantes
na cabeça do que cortejar uma mulher e, mesmo que assim fosse, não viria pedir-te conselhos a ti.


Série Irmãos de de Armas
1 - A Dama e o Bárbaro
2 - Uma Dama para um Cavalheiro
3 - Casamento Combinado
4 - A Dama Desejada
5 - Desejo Proibido
6 - Desejo Soberano
7 - Inimigos nas Sombras – na lista
8 - Cumplices nas Sombras- idem
9 - A Noiva do Guerreiro

Casamento Combinado

Série Irmãos de Armas
Seria possível que o amor vencesse?
Lady Constance não estava disposta a casar-se com o homem ao qual estava comprometida desde criança.

Constance lembrava-se de Merrick de Tregellas como
um rapaz mimado e não duvidava de que se transformara num cavalheiro arrogante.
Todavia, quando o enigmático cavalheiro transpôs as portas do castelo,
Constance apercebeu-se de que aquele homem não tinha nada que ver com o rapaz de que se recordava.
De fato, até era possível que se apaixonasse por aquele homem obcecado com as recordações.
Merrick não estava disposto a regressar a Tregellas…
até ver a sua futura esposa. Lady Constance despertava nele uma paixão que nunca sentira antes.
Contudo, o que aconteceria quando ela soubesse a verdade?
Enquanto os seus inimigos conspiravam contra eles, só a confiança podia salvar uma relação que nunca ninguém esperara que se transformasse num grande amor.

Capítulo Um

Abril, 1243
A taberna da Cabeça do Javali gabava-se de ter as empregadas mais belas e asseadas de toda a região. As jovens eram bem-dispostas e, para além disso, satisfaziam os seus clientes de variadas maneiras, sobretudo os cavalheiros e os seus escudeiros, que naquele momento se divertiam no bar.
As moças mexiam-se habilmente entre as mesas, servindo jarros de cerveja e de vinho, rindo-se e brincando com os homens, e avaliando-os, pois sabiam que podiam ganhar numa só noite o mesmo que ganhavam num mês de trabalho.
Só um daqueles homens, que estava sentado em silêncio num canto, dava a impressão de não estar interessado nas mulheres, nem na celebração.
Estava encostado à parede e tinha o olhar fixo no seu copo, completamente alheio ao tumulto alegre que o rodeava.
Outros dois cavalheiros, jovens e fortes como ele, partilhavam a sua mesa.
O mais bonito dos dois, de cabelo castanho e com um sorriso cheio de promessas, divertia-se fazendo com que as mulheres competissem pela sua atenção e se apressassem a levar-lhe o vinho.
O segundo cavalheiro, mais sóbrio, com olhos castanhos e com um olhar astuto, com o nariz direito e estreito e o cabelo avermelhado, parecia mais inclinado a observar as empregadas e a ouvir as suas brincadeiras com um certo cinismo, consciente de que estavam a calcular quanto poderiam cobrar pelos seus serviços entre os lençóis.
- Eh, querida, onde pensas que vais com esse jarro de vinho? - perguntou sir Henry a uma das moças, a mais dotada de todas elas, enquanto a agarrava pelo braço e a sentava ao seu colo.
Ela deixou o jarro de vinho sobre a mesa e, rindo-se, rodeou-lhe o pescoço com os braços. Era um milagre que não abrisse mais o sutiã e revelasse as suas formas por completo, embora certamente não se tivesse importado muito.
- Para aquela mesa, onde pagam - disse a Moça com descaramento.
- Moça, queres manchar a nossa honra? protestou Henry com uma indignação fingida.
- É claro que vamos pagar. Eu e os meus amigos ganhámos vários prémios no torneio. Muitos dos cavalheiros aqui presentes tiveram de nos pagar para recuperar os seus cavalos e as suas armaduras depois de termos triunfado no campo de batalha.
Somos ricos, garanto-te! Ricos!
O cavalheiro silencioso levantou o olhar um instante e depois voltou a fixá-lo no seu copo. Henry virou-se para o seu outro amigo, enquanto a sua mão viajava até aos seios exuberantes da empregada.
- Paga à Moça, Ranulf.
Sir Ranulf arqueou uma sobrancelha com ironia, enquanto abria o seu porta-moedas de pele.
- Suponho que não faz sentido sugerir-te que sejas mais discreto quanto aos nossos lucros, pois não? Estás a transformar-nos no alvo preferido de todos os bandidos que há neste lugar e na Cornualha.
- Amigo, pára de te queixar como uma velha. Não existe ninguém suficientemente bobo para tentar roubar-nos aos três!


Série Irmãos de de Armas
1 - A Dama e o Bárbaro
2 - Uma Dama para um Cavalheiro
3 - Casamento Combinado
4 - A Dama Desejada
5 - Desejo Proibido
6 - Desejo Proibido
7 - Inimigos nas Sombras – na lista
8 - Cumplices nas Sombras- idem
9 - A Noiva do Guerreiro

12 de novembro de 2009

O Amante



A primeira vez que Sabrina Duncan pousou os olhos em Niall McLaren, os poderosos braços e o musculoso dorso do highlander a ajudaram a compreender sua fama de guerreiro forte e vigoroso.

Quando naquela mesma noite, Niall decidiu beijá-la...
Sabrina também comprovou sua reputação como amante: McLaren era capaz de roubar a alma de uma mulher com apenas o roçar de seus lábios.
Niall sabe que uma antiga promessa familiar lhe obrigará a contrair matrimônio com a primogênita do clã vizinho, Sabrina.
Mas seu conceito da fidelidade conjugal difere muito de ser ideal para uma dama como ela. Quando meses mais tarde ambos se reencontram para cumprir com o trâmite, o fogo do beijo que compartilharam estava de novo entre eles.
Mas nas indômitas Highlands dois corações devem se chocar antes de aprender a pulsar como um somente.
Converter-se-á a obrigação em amor?

Prólogo

Edimburgo, Escócia, Setembro de 1739
Não era sua intenção escutar furtivamente.
Não pretendia surpreender a um célebre libertino levando a cabo sua bem ensaiada sedução, mas tampouco tinha previsto que aquela voz misteriosa, tão suave e aveludada como a noite, a cativasse.
Com ânimo inquieto, Sabrina Duncan se ocultava atrás de um obelisco ornamental, espiã involuntária das atividades amorosas de Niall McLaren.
Tinha escapado do baile de noivado de sua prima em busca da tranqüilidade dos jardins iluminados pela lua só uns instantes antes que o highlander aparecesse de repente com sua última conquista, a nobre esposa de um coronel inglês.
Ali, escondida,com os compassos amortecidos de um minueto procedente do salão de baile ouvindo-se ao longe, Sabrina apenas se atrevia a respirar.
Faria notar sua presença imediatamente, mas não queria envergonhar a ninguém.
Mal tinha caído presa daquela voz sedutora que tinha invadido seus sentidos.
—Muito bem, minha formosa Belle...
Céus, como podia imbuir de tanto ardor um simples sussurro? Era como uma carícia. Não havia mulher que pudesse permanecer impassível aqueles tons graves e melodiosos: sonoros, quentes, devastadoramente sensuais, que pareciam impregnados de urze e da névoa das Highlands.

Capítulo Um

As Highlands escocesas, Abril de 1740
Apertou os dentes enquanto a mulher frenética e ofegante que tinha debaixo dele o rodeava com as pernas com força, atraindo-o ainda mais para o interior daquele voluptuoso corpo serpenteante. Perita, apertava seus seios nus, deliciosos e perversos, contra suas mãos enquanto Niall McLaren satisfazia o desejo voraz de sua antiga amante.
Nem sequer tinham chegado ao dormitório, no andar de cima. Eve não o tinha permitido. De modo que o homem a tinha tomado ali, de pé no salão, sem tirar as calças de montar nem ela o vestido de seda. Deitando-a com um empurrão na mesa de jogo, inundou-se entre suas acolhedoras coxas, e não o surpreendeu encontrá-la úmida e excitada.
Eve ardia de desejo e lhe suplicava, entre gemidos incoerentes, o intenso prazer que só ele podia lhe proporcionar.
Em seu estado de ânimo, Niall estava mais que disposto a agradá-la.
Tinha ido ver a sua elegante casa solar imediatamente depois de sua reunião com Angus Duncan e, naquele momento, nada lhe agradaria mais que perder-se nos escuros abismos da paixão.
Obteve-o temporalmente com aquele sexo primitivo e agitado, enquanto o sangue lhe corria espessa e quente pelas veias e ele cobria à mulher por completo com seu corpo introduzindo- se em seu passadiço quente e estreito com rítmicos embates.
Penetrou-a com urgência, enterrando-a em um prazer crescente e explosivo.
Afogava com sua boca os gemidos desenfreados dela enquanto que seus dedos se fechavam tentadores ao redor dos mamilos eretos de seus voluptuosos seios.
Eve voltou a estremecer-se e soltou um grito de ardente desejo.
Mas Niall não se permitiu seu próprio e gratificante alivio até que não sentiu as primeiras convulsões dela ao redor de seu membro.
Seu próprio clímax se produziu imediatamente e com veemência, e seu corpo musculoso se contraiu de intenso prazer enquanto a mulher tremia e soluçava sob seu peso.
Até depois de terminar, ela continuou obstinada a ele com uma firmeza febril, ainda com sua decrescente ereção em seu interior, ofegando enquanto amainavam as convulsões do violento alívio de Niall.
— Bem-vindo a casa, meu querido garanhão no cio — disse a mulher por fim, e sua voz rouca e entrecortada ressonou com força no silêncio da estadia —Quase tinha esquecido o amante tão brutal que pode chegar a ser.Possivelmente porque estranha vez desdobrava semelhante violência em suas relações carnais, pensou Niall indiferente.
Naquela ocasião, tinha prescindido de sua delicadeza, embora a mulher que, saciada, jazia enfraquecida debaixo dele, parecia satisfeita com sua brutalidade.
As velas do aparador de mogno esculpido piscaram, fazendo oscilar as sombras de seus formosos corpos. ve o olhava contente, sua pálida pele resplandecente pelo esforço e a excitação, e com um sorriso lânguido.
Niall murmurou uma maldição. Embora tinha satisfeito sua luxúria e a dela, não tinha conseguido aplacar-se.
Sua frustração não tinha diminuído com o apaziguamento de seu corpo, nem tinha encontrado o esquecimento que procurava nos braços de Eve.Seu problema continuava ali: em breve devia contrair matrimônio com uma mulher que ele não tinha escolhido.McLaren se separou do suave corpo de Eve, baixou-lhe as saias para cobrir suas coxas nuas e amarrou as calças .
Logo se virou em busca da licoreira de cristal que havia sobre a mesa auxiliar de nogueira e se serviu um copo de uísque.
Declinando sua silenciosa oferta de uma taça com um movimento da cabeça, a mulher se recostou na mesa, estirou os braços devagar por cima de sua cabeça e exalou um suspiro de complacência.
—A que devo a honra desta visita, milorde? 





31 de outubro de 2009

Guerra de Paixões

Série MacLerie
Uma aliança perigosa… e irresistível 

Marian Robertson resgatou aquela menina e destruiu sua reputação.
Agora, para cuidar de sua família, devia casar-se com o duro guerreiro que estava negociando a trégua entre os clãs de ambos… e teria que pôr em perigo seu coração para proteger a verdade.
Duncan, representante do clã MacLerie para lutar pela paz, viu-se obrigado a se casar com a «prostituta Robertson».
O que Duncan não esperava era que o valor e o caráter de sua esposa fossem irresistíveis.
Mas, estaria disposto a pôr em perigo sua honra para libertá-la do passado…?

Capítulo Um

—Eu ouvi dizer que tem seios brancos como o leite que lhe enchem a mão.
—Ou a boca! —gritou alguém mais atrás.
—Pois eu ouvi que como te rodeia com as pernas é capaz de te levar às portas do paraíso —disse o mais jovem do grupo —E que seu cabelo é uma cascata de cachos de cabelo negros que lhe chega até a cintura.
Duncan teve a impressão de ouvir uma nota de nostalgia na voz de um moço a ponto de entrar na maturidade.
—Que nada. Tem o cabelo claro, muito loiro —contradisse outro.
—Pois eu ouvi que é tão ruiva como… como Hamish! —disse Tavis.
E todos puseram-se a rir. Mas as gargalhadas duraram pouco, e no silêncio que seguiu Duncan compreendeu que todos estavam pensando o mesmo.
—E eu ouvi dizer —interveio Hamish com seu vozeirão, e com um movimento da cabeça jogou
o arbusto de cabelo vermelho sobre as costas—, que a única coisa com que se cobria era precisamente com o cabelo quando seu pai, esse corvo seco, a surpreendeu com dois homens na cama. Ou pode ser que fossem três.
Duncan sentiu desejos de lhes pedir que o deixassem, mas Hamish começou a cantar. Era uma canção de ritmo alegre que todos conheciam, mas trocou algumas poucas palavras, as substituindo por outras de caráter sexual bastante subidas de tom que a transformaram no relato das delícias oferecidas por uma mulher do clã Robertson a que se referia como a prostituta.
Duncan deixou que se divertissem um pouco mais antes de intervir.
—Não há problema que falemos assim entre nós, mas se algo disto transcendesse poderia atrapalhar todos os meus esforços parar negociar com o irmão dessa mulher
—disse, olhando a todos, um por um
—A discrição é uma de minhas armas fundamentais e espero que controlem suas línguas. Essa mulher caiu em desgraça e foi rechaçada.
Não há nada mais a dizer.
Os homens protestaram entre dentes, mas sabia que acatariam suas ordens.
Tinha-os escolhido precisamente por isso: sabia que podia contar com sua obediência durante as negociações que se prometiam árduas.
Uma palavra equivocada, um ato desgraçado, inclusive um olhar não desejado podiam arruinar com meses de preparativos e trabalhos preliminares.
O sol se abriu entre as nuvens justo quando os homens chegavam ao ponto do caminho do que podia contemplar o vale no que se achavam as terras de Robertson, algumas terras que se estendiam dali mesmo, nas montanhas Grampian, e que chegavam até Perth, perto da costa oriental da Escócia, e que continham vilas, bosques amadurecidos de árvores, rios nos que abundava a pesca, terras de trabalho e suaves colinas, além de milhares de homens belicosos que tinham respaldado a Robert the Bruce durante décadas.
Sim, os Robertson era um clã bem abastecido e bem armado, o qual proporcionava um estímulo acrescentado à aliança que perseguia.
Duncan fez sombra aos olhos com a mão para procurar um caminho que conduzisse à torre principal.
—Podem acampar aqui e me esperar —disse — Não demorarei mais de três dias.
—Quer ficar com a prostituta só para ele — disse Donald rindo.


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

Tudo por Desejo

Série MacLerie

Encontravam-se presos entre a obrigação e o desejo… 

A inocente Margriet Gunnarsdottir ocultava um grande secredo.
Devia enfrentar a uma perigosa viagem para as longínquas terras do norte da Escócia e sua segurança dependia de seu traje… um hábito de freira!
Mas seu único protetor, um orgulhoso escocês, fazia que sentisse a necessidade de compartilhar com ele a pesada carga de seu segredo.
Rurik Erengislsson tinha prometido deixá-la em casa sã e salva.
Era uma mulher que tinha prometido servir a Deus, por isso devia cuidá-la e protegê-la… não desejá-la.
Entretanto, Rurik sentia a necessidade de fazer sua aquela bela criatura abandonada.

Capítulo Um

Lairig Dubh , Escócia 1356
A espada entoou sua canção mortífera.
Rurik Erengislsson a brandiu por cima da cabeça e se converteu no verdadeiro viking que levava dentro de si.
Só o domínio de si mesmo, que brotou no último instante, impediu que desse a estocada definitiva ao homem que jazia no chão a seus pés. 

Elevou o rosto ao sol e lançou seu grito de guerra, um grito que retumbou pelos pátios e muros da fortaleza de Lairig Dubh.
Seu oponente lhe concedeu esse momento triunfal e não se moveu.
A afiada ponta da espada que Connor tinha no pescoço foi, sem dúvida, um dos motivos para que não se movesse e esperasse que Rurik se acalmasse.
Quando todos os presentes irromperam em gritos, afastou a espada e se agachou junto a seu adversário derrotado, seu senhor, o homem a que chamou laird.
—Começava a acreditar que tinha chegado meu fim —disse Connor MacLerie, laird MacLerie e conde de Douran.—Tinha uma expressão nos olhos que não conhecia, Rurik.
O laird sacudiu o pó e estendeu a mão para que lhe dessem a arma que Rurik lhe tinha arrebatado durante a briga. Um menino foi correndo para recolhê-la e Rurik se limpou a garganta.
—Não mato a quem sirvo.
Connor fez um gesto com a cabeça indicando os braceletes de ouro que levava.
Era um homem observador.
—A espada... Os braceletes... Suponho que tem relação com os visitantes que lhe esperam no castelo...
—Visitantes? —perguntou Rurik.
Inclinou-se sobre um dos rapazes que tinha estado olhando e lhe deu algumas instruções antes de lhe dar a espada. Logo, voltou-se para o Connor outra vez.
Sabia que era inútil fingir surpresa e que o laird, que também era seu amigo, poderia havê-lo considerado um insulto.
—Vieram procurar Rurik Erengislsson. Trazem uma mensagem das ilhas Orkney... de seu pai. Já conhecia as notícias.
Já tinha tido duas visitas prévias pelo mesmo motivo, mas eles tinham voltado para o norte se conseguir nada. Em que pese a sua habilidade para evitá-los, Rurik não tinha sido capaz de deixar de lado tão facilmente os assuntos que lhe tinham exposto como tinha feito com as missivas por escrito.
—Sei —Rurik encolheu os ombros e secou o suor da testa —Não quero falar com eles.
O olhar de Connor indicou a Rurik que os homens se aproximavam atrás dele. Poderia derrubá-los com um golpe, mas entendeu que Connor os tinha recebido e que os amparava com seu nome e hospitalidade.
Era impossível atacá-los, embora só fosse para ganhar tempo e escapar, sem que MacLerie passasse a ser seu inimigo.
Além disso, cada vez tinha mais vontade de sair correndo e isso o desconcertava.
—Essa espada que me pôs no pescoço diz outra coisa, Rurik —Connor lhe deu uma palmada na espada —Não pode fugir de seu passado toda a vida. Aprendi essa lição e você deveria pensar nisso - se aproximou dele e falou em voz baixa
—Não faz falta que cometas meus enganos para aprender com eles.
A espada tinha sido sua perdição. Gostava dos braceletes, mas não tinham tanta importância como a espada.
Amaldiçoou sua debilidade por não enterrá-la quando a entregaram.
Rurik olhou ao menino que a limpava seguindo suas instruções.
Cedeu ante o inevitável, assentiu com a cabeça a Connor e se voltou para olhar aos homens que tinham rastreado cada passo que tinha dado fazia três meses.
Reconheceu os dois amigos da infância embora não tinham tirado os capuzes.
Se lembrou das confusões nos que podiam meter-se os três meninos, selvagens mas não imprudentes, quando tinham muito tempo e ninguém os vigiava.
—Sven... Magnus...


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

Domando O Highlander

Série MacLerie
A Besta das Terras Altas...

Ele é a Besta das Terras Altas, um homem conhecido por sua crueldade e natureza implacável. Agora laird do poderoso clã MacLerie e precisando de uma esposa, Connor decide comprar uma noiva, uma que ele insiste que não seja bonita como sua primeira esposa. Traz Jocelyn para seu covil planejando mantê-la em sua cama e fora de sua vida... e coração.
Jocelyn MacCallum salva sua família e povo com seu casamento, mas teme por sua alma e sua vida quando se torna noiva da Besta. Contra seus desejos e ordens, Jocelyn começa a ocupar um lugar em seu clã e começa a aprender mais sobre o homem com quem se casou.
Quando uma velha ameaça se levanta contra o clã e o laird, será o amor poderoso o suficiente para salvar a mulher que não é conhecida pela beleza e sua besta?

Capitulo Um 

Três anos depois...
—Então não há outro modo de fazê-lo?
Jocelyn fez um esforço para ocultar o tremor de sua voz. Cravou as unhas na mão para não desmaiar ao ouvir a notícia.
—Não, moça. Perguntou por você especificamente. E é a única maneira de salvar a vida a seu irmão.
Seu pai fugia de seu olhar. Estava tudo acabado. A Besta tinha feito públicos seus desejos e como ninguém de seu clã podia negar-se a cumprir suas exigências, a sorte de Jocelyn estava lançada teria que sacrificar-se para salvar a outro.
—Possivelmente logo te faça conceber um filho —sussurrou sua mãe do leito onde jazia doente

—. Se lhe der o filho que tanto deseja, será clemente com você.
Jocelyn sentiu que lhe gelava o sangue nas veias ao ouvir aquelas palavras que deixavam perseverança de que estava a ponto de entregar-se de corpo e alma a um homem cuja crueldade se feito famosa em todas as Terras Altas.
Por muito que tentasse manter a calma, o som dos soluços de sua mãe fez que lhe parecesse impossível e temeu desmaiar de verdade, algo que tinha prometido não fazer frente ao emissário de MacLerie. Assim, respirou fundo e se voltou para seu pai e seus conselheiros.
—Não necessita meu consentimento, pai, assim faça o que tenha que fazer.
Despediu-se dele e do enviado de MacLerie com um leve movimento de cabeça, depois ficou tão reta como pôde e saiu muito devagar do quarto. A necessidade de pôr-se a correr se fez mais e mais imperiosa à medida que os soluços de sua mãe aumentavam de volume. Então tratou de recordar que era a filha de MacCallum e que não ia se envergonhar. A seu redor viu alguns servos trabalhando, limpando as mesas. Era consciente de que a notícia de seu casamento não demoraria para propagar-se assim que a reunião tivesse terminado e sabia que devia ser ela quem o comunicasse a Ewan.
Atravessou a cozinha pelo caminho mais curto e, depois de sair da torre da comemoração, cruzou também o pátio de armas. Procurou entre os grupos de homens que ali haviam até que deu com ele.
Ewan MacRae. Seu primeiro amor. 


Série MacLerie
1 - Domando o Highlander
2 - Tudo por Desejo
3 - Guerra de Paixões
3.5 - Guerreiro Domado
4 - Amor Proibido
5 - Amor Renegado
6 - Tentação Perigosa
6.5 - The Forbidden Highlander
7 - Submissa ao Guerreiro
8 - O Segredo do Conde
8.5 - One Candlelit Christmas

Série Família Straton

1 - Coração Indomável


Ela se chamava Courtney. 

Seu querido pai, supostamente assassinado anos atrás em um selvagem massacre dos comanches, aparece contra todo prognóstico numa fotografia de um jornal do Texas. 

Está vivo e ela decide achá-lo. Mas em quem confiar para que a acompanhe através do perigoso território dos índios?
Ele se chamava Chandos, um mestiço moreno e valente.
De seus olhos azuis brotava um duro e inquietante olhar. 

Sua alma guardava a dolorosa lembrança da morte dos seus e a imperiosa necessidade de vingá-los.
Com o passar do inóspito caminho, sozinhos sob o ardente sol do verão, seus corações aprenderam a confiar. 

E o frenesi da paixão e o desejo que surgiu entre ambos, lhes ensinou a procurar no amor o lugar para dar rédea solta a seus sentidos e apaziguar a transbordante cascata de suas emoções e sentimentos.

Capítulo Um

Kansas, 1868


Elroy Brower apoiou com força o seu jarro de cerveja sobre a mesa. Estava contrariado. A revolta que se estava a dar no outro extremo da taberna distraía-o e não podia concentrar a sua atenção na atraente ruiva que tinha sentada no seu colo. Não era frequente que Elroy pudesse usufruir da companhia de uma moça tão tentadora como Sal. A interrupção era muito frustrante. Sal roçou com as suas nádegas entre as pernas de Elroy e murmurou algo ao seu ouvido. As suas palavras, muito explícitas, obtiveram o resultado esperado. Ela pôde perceber a erecção dele.
Porque não vem comigo para cima, querido, onde poderemos estar a sós? ? Sugeriu Sal, com voz insinuante. Elroy sorriu, imaginando as horas de prazer que teria pela frente.
Essa noite pensava acalorar a atenção de Sal. A prostituta que o visitava às vezes em Rockley, a cidade mais próxima da sua quinta, era velha e fraca. Sal, em troca, tinha curvas generosas. Elroy já tinha elevada uma pequena oração de agradecimento por a ter encontrado na sua viagem a Wichita.
A voz furiosa do rancheiro chamou uma vez mais a atenção de Elroy.
Não podia evitar escutar, sobretudo depois do que tinha presenciado dois dias antes.
O rancheiro dizia a quantos desejavam ouvir que o seu nome era Bill Chapman.
Tinha ido à taberna um pouco antes e tinha pedido bebidas para todos, o que não foi tão generoso como se podia pensar, já que só havia sete pessoas no lugar, e duas delas eram as garotas da taberna.
Chapman era dono de uma quinta situada na zona norte e estava à procura de homens que estivessem tão fartos como ele dos índios que semeavam o terror na zona.
A Elroy tinha-lhe chamado a atenção a palavra índios. Pelo menos até esse momento, Elroy não tinha tido problema algum com eles. Mas estava apenas há dois anos no Kansas. A sua casa era vulnerável e ele sabia; extremamente vulnerável. Distava um quilómetro e meio do vizinho mais próximo e mais de três da cidade de Rockley.
E só a habitava ele mesmo, Elroy, e um jovem chamado Peter, que tinha contratado para que o ajudasse com a colheita. A esposa de Elroy tinha morrido seis meses depois da sua chegada ao Kansas.
Elroy não gostava da sua vulnerabilidade.



2 - O Caminho do Amor


A tempestuosa Casey Straton deixa sua casa para provar que ela pode fazer mais do que "o trabalho da mulher", e, enquanto trabalhava como uma caçadora de recompensas reúne-se com o abastado Damien Rutledge, III, um cavalheiro do Leste numa missão de vingança.


Capítulo Um


Texas,1892


- Não quero saber se és co-proprietária do rancho! Não o vais administrar!
- Isso não é justo e tu sabes! Se o Tyler estivesse aqui permitirias que o administrasse.
- Tyler é um homem feito e correcto, e tu, Casey, tens só dezessete anos.
- Como podes dizer isso? Um homem feito e correcto? Só temos diferença de um ano, e na minha idade há muitas mulheres casadas e com três filhos.
Isso não é bastante maturo, para ti? Ou por acaso o problema é por ser mulher?
E como se atreves a admitir que esse é o problema, nunca mais falo contigo.
- Neste momento, agradecia.
Nenhum dos dois falava a sério mas, quem os visse teria pensado o contrário. Courtney Straton observou o seu marido e a sua filha, que se olhavam com raiva, e lançou um longo e sonoro suspiro com a esperança de captar a sua atenção.
Não surtiu efeito. A discussão tinha subido de tom, e quando Chandos e Casey discutiam, de nada servia a subtileza. Possivelmente, pensava Courtney, nem sequer se lembraram que ela estava presente.
O conflito vinha de longe. No entanto as suas disputas nunca tinham sido tão acaloradas até esse momento. Desde a morte de Fletcher Straton o ano anterior, estava em duvida o futuro do rancho Bar M.
O proprietário deveria ter sido Chandos, mas Fletcher, conhecendo o seu filho, tinha incluído no testamento uma cláusula segundo a qual se Chandos repudiasse a herança, o rancho corresponderia em partes iguais aos seus três netos.
E isso era precisamente o que tinha acontecido.Chandos não precisava do rancho. Tinha-se estabelecido por sua conta, e as coisas iam bem.
A sua principal motivação tinha sido demonstrar ao seu pai que estava à sua altura, e tinha-o conseguido com um grande aumento. Provavelmente, não o tinha conseguido igualar em acres, mas sim em cabeças de gado, e a sua casa era quase duas vezes maior que a de Fletcher, o que a convertia praticamente numa mansão.




Série Família Straton
1 - Coração Indomável
2 - O Caminho do Amor
Série Concluída

A Primeira Noite de uma Mulher

Série Royal Four Club

Um homem com um segredo...
Dane Calwell é tudo o que Olívia poderia esperar de um marido.

Atraente, charmoso, afável e até um pouco misterioso. Lembrar da noite de núpcias a faz corar de timidez.
No entanto, ela se pergunta com o quê, afinal, Dane se ocupa durante todo o dia.
As reuniões secretas com desconhecidos, as estranhas idas e vindas... Tudo aquilo a deixa desconfiada e temerosa.
Será que seu adorado marido está envolvido em algo perigoso?... Dane sabe que a mulher com quem se casou há poucos dias é aprumada, bem-nascida e extremamente cativante.
Mas acaba de descobrir que Olívia também é a criatura mais curiosa que já conheceu. Geralmente as mulheres não se preocupam em saber o que o marido faz durante o dia.
Por que será que Olívia vive se intrometendo em questões que não lhe dizem respeito?Ele até acha a curiosidade dela algo divertido, encantador e um pouco sensual.
Mas quando ela começa a chegar perto demais da missão na qual ele está envolvido, Dane precisa detê-la antes que corra o risco de perder sua linda esposa para sempre!

Capítulo Um

Eu serei uma esposa obediente e solícita.
Eu serei uma esposa obediente e solícita...
Olívia, agora lady Greenleigh, deixou de lado a escova que passava displicentemente pelos cabelos e repetiu para si as palavras que a mãe tantas vezes lhe havia dito. Entre elas, a que mais a incomodava era a palavra "obediente".
Com um suspiro, se apoiou na luxuosa penteadeira sem olhar para sua imagem refletida no espelho.
O quarto era de extremo requinte, mobiliado com tudo que havia de melhor.
Nunca havia tido um quarto assim.
Até mesmo a camisola de renda, finamente bordada que agora usava, provavelmente tinha custado mais do que a soma de todas as roupas que possuía antes de se casar. Tudo estava perfeito.
A única falha ali era a ausência do marido. Fazia um bom tempo que esperava, em vão, que ele viesse a seu encontro.
Ah, os homens... Eles eram como a chuva: quando faziam falta, nunca apareciam.
As palavras da sua mãe continuavam a ecoar em sua cabeça, sem parar:
Lembre-se de que é uma honra ter sido escolhida por um cavalheiro como esse.
Afinal, você não tem nada de especial, a não ser o nome ilustre da família.
De fato, apesar de decadente, sua família era de boa linhagem, e a mãe não se conformava por estarem prestes a perder seu patrimônio em razão do acúmulo de dívidas.
Tudo seria diferente se seu irmão tivesse se casado com aquela rica herdeira dos Estaleiros Hackerman.
Pobre Walter... se ao menos ainda vivesse...
Se Walter estivesse vivo, a propriedade dos Chéltenham estaria a salvo, os cofres da família repletos, os pais felizes, e Olívia teria o adorado irmão a seu lado.
Nesse caso jamais seria forçada a aceitar o único pedido de casamento que recebera, o de lorde Greenleigh.
Que belo marido tinham lhe arranjado!
Um marido que não se dava o trabalho de aparecer na noite de núpcias...




Série Royal Four Club
1 - O Lorde e a Camponesa
2 - A Primeira Noite de uma Mulher
3 - Um Espião em Minha Vida
4 - Adorável Mentirosa
Série Concluída