Trilogia Sherring Cross
Ainda de luto pela morte de sua mãe, Kimberly Richards fica irritada com a determinação de seu pai, o conde de Amburough, em casá-la o mais rápido possível - apenas para agradar a amante ciumenta com quem planeja se casar. E, como Kimberly nutre uma antipatia profunda por oportunistas a toda a situação pouco correta, a jovem herdeira já despreza o "pretendente digno" que encontra na Propriedade de Sherring Cross: Lachlan MacGregor, o destemido e recém-empobrecido Laird do Clã Macgregor.
Um acordo com o bonito e arrogante Lachlan parece duvidoso na melhor das hipóteses - especialmente desde que este planeja casar com a Duquesa de Wrothston. Mas reviravoltas estranhas e circuntâncias ultrajantes prometem levar um par totalmente incompatível a um destino inesperadamente selvagem - onde um coração duro e resistente pode se abrir para as verdadeiras glórias do amor.
Nota da Revisora Cleia: “Gostei muito do enredo.
Uma história envolvente, cheio de paixão e um pouco de drama!!
Recomendo até para quem não gosta de regência.”
Capítulo Um
— Ainda vive, rapaz?
Parecia duvidoso, e pouco desejável, nesse momento.
Mas a dor era mais irritante que dolorida, e Lachlan MacGregor, enquanto jazia ensanguentado, descobriu que a ferida mortal estava em seu orgulho.
Triste era que o senhor do clã MacGregor se visse reduzido à condição de vulgar assaltante de estradas, mas ser tão estúpido para deixar que o ferissem…
— Lachlan? — A persistente pergunta veio de seu primo.
— A fé diz que, se não estiver morto, deveria estar. De maneira que não pense em levar meu corpo para casa para enterrá-lo, Ranald. Deixa-o aqui para que apodreça como merece.
Do outro lado de Lachlan se ouviu uma risada sufocada.
— Não te disse que não devia se preocupar, Ranald? — disse Gilleonan MacGregor.
— Necessita-se mais que uma miserável bala de chumbo de uma pistola inglesa para acabar com um corpo tão grande.
Lachlan respondeu com um sopro. Ranald, que o tinha sacudido em busca de sinais de vida, suspirou.
— Ah! Isso eu já sabia — disse com uma estranha mescla de confiança e alívio.
— O que me preocupava era como colocá-lo em cima do cavalo. Porque se ele não puder montar sozinho, terá que apodrecer aqui, que nós, nem mesmo entre os dois, poderíamos levantá-lo.
— Pois a mim isso não preocupa. Lembro que, quando era um rapazinho, acendíamos fogo junto a seus pés. Assombra que um homem tão grande quanto MacGregor possa mover-se tão rápido quando…
Lachlan resmungou baixinho, porque também ele recordava o episódio.
Gilleonan voltou a rir entre dentes. Ranald fez estalar a língua e disse muito sério:
— Eu não o faria, primo. O fogo revelaria aos ingleses onde estamos, se forem tão tolos para andar nos buscando ainda.
— Tem razão, o fogo não faria falta se, para cair do cavalo, nosso senhor tivesse esperado que chegássemos aos nossos lares. Mas, como não esperou e está em terra, já me dirá o que faremos.
— Direi eu — interrompeu Lachlan, mal-humorado — retorço o pescoço dos dois e apodrecemos aqui os três.
Os dois primos sabiam que Lachlan era muito suscetível no que se referia a seus mais de dois metros de altura, e se agora o mencionavam era para que o furor lhe desse forças para levantar-se, embora não tantas para lhes quebrar a cabeça, ou ao menos nisso confiavam.
Não havia maneira de saber até que ponto estava furioso seu primo nesse momento, por isso Ranald disse:
— Se não se importa, Lachlan, eu preferiria não apodrecer tão perto da fronteira inglesa. Morrer em nossas terras altas não me desagradaria tanto, mas aqui nas terras baixas… Não senhor, eu não gosto de sua idéia.
Trilogia Sherring Cross
1 - Man of My Dreams
2 - Amor Eterno
3 - The Pursuit
6 de fevereiro de 2011
O Feitiço do Guerreiro
Série Irmãos Sinclare
Um Resgate Emocionante!
Artair Sinclare está disposto a tudo para encontrar o irmão desaparecido.
E a única pessoa que poderá ajudá-lo está amarrada a uma pira, prestes a ser queimada viva!
Zia, uma talentosa curandeira, é acusada de ser bruxa pelos mesquinhos habitantes de um vilarejo.
Ao surgir para salvá-la no último instante, Artair jura protegê-la, mesmo que a única maneira de mantê-la em segurança seja fingir ser um marido apaixonado...
Uma Aliança Tentadora
Casar-se com um desconhecido? Jamais!
Mesmo assim, a linda e determinada Zia logo percebe que precisa da ajuda de Artair para levar adiante sua missão de vida.
Ela se sujeita, assim, a uma arriscada farsa, que a obriga a conviver intimamente com Artair.
Perseguidos por inimigos perigosos, eles escapam para a floresta das Terras Altas, onde inesperados desejos são despertados e um poderoso feitiço toma conta de ambos. Zia e Artair, então, entregam-se à paixão, sabendo que aquela poderá ser a última vez que estejam nos braços um do outro...
Capítulo Um
— Vai morrer queimada, bruxa!
Os gritos enlouquecidos continuavam a ecoar no vilarejo enquanto Zia via dois homens empilhando gravetos em volta de seus pés. Não adiantava lutar.
A corda áspera arranhava-lhe os braços nus e apertava sua cintura.
Ela não havia feito nada para merecer tal injustiça.
Apenas atendera o chamado de uma curandeira do vilarejo de Lorne.
Em vez de se mostrarem gratos por sua ajuda, os aldeões puseram-se a comentar seus poderes extraordinários ao salvar um bebê já à beira da morte.
Então, passaram a acusá-la de bruxa.
Em vão, Zia tentou argumentar com as pessoas, mas elas não entendiam suas explicações sobre como certas ervas podiam ser usadas em chás ou cataplasmas, na recuperação de doentes.
Afirmavam que suas misturas tinham origem diabólica e que até sua beleza era pecaminosa. Se não fosse, por que todos os homens do vilarejo não podiam deixar de admirá-la? E a marca do demônio revelava-se na cor estranha de seus cabelos, um vermelho escuro entremeado por mechas loiras.,Ela havia se dado conta de que só lhe restava fugir e deixar os ignorantes entregues à própria sorte.
Infelizmente, chegara a tal conclusão tarde demais, pois vários homens do vilarejo invadiram a cabana que, no início, tinham separado para seu uso. Dois deles a agarraram enquanto um outro queimava seus pertences e ervas medicinais na lareira.
Ao mesmo tempo, uma mulher tosava-lhe os cabelos com uma faca afiada.
Então, ela havia sido arrastada, mas não sem lutar, e amarrada a um poste no centro do vilarejo, sob a zombaria de muitas pessoas.
Dentro de instantes, a tocha que um homem de expressão malévola empunhava acenderia a lenha a seus pés e os aldeões aplaudiriam ao vê-la queimar.
Seu destino estava selado.
Ela não conseguia pensar em nada que pudesse salvá-la. Palavras seriam inúteis, pois cairiam em ouvidos moucos. Só lhe restava rezar, mas, antes de repetir as palavras consoladoras, o rosto da avó surgiu em sua mente.
Zia não conteve um sorriso. Adorava a avó que havia lhe ensinado tudo sobre curas. Também fora ela quem escolhera seu nome.
Zia significava “sustento de vida”, e a avó alegava que ela nascera para salvar vidas.
E Zia tinha se aplicado muito para aprender tudo sobre a arte de curar, e sempre se mostrava disposta a viajar a qualquer lugar onde houvesse enfermos necessitando de seus cuidados.
Ela também havia aprendido que nem todas as pessoas pensavam bem sobre curandeiras.
Por ser uma excelente curandeira, Zia sabia que corria riscos, embora compreendesse que seus dons eram naturais.
Como a avó havia previsto, ela nascera para salvar vidas.
Série Irmãos Sinclare
1 - Return of the Rogue
2 - O Feitiço do Guerreiro
3 - Uma Paixão Quase Imposssível
4 - The Highlander's Forbidden Bride
4.5 - Christmas Love
Um Resgate Emocionante!
Artair Sinclare está disposto a tudo para encontrar o irmão desaparecido.
E a única pessoa que poderá ajudá-lo está amarrada a uma pira, prestes a ser queimada viva!
Zia, uma talentosa curandeira, é acusada de ser bruxa pelos mesquinhos habitantes de um vilarejo.
Ao surgir para salvá-la no último instante, Artair jura protegê-la, mesmo que a única maneira de mantê-la em segurança seja fingir ser um marido apaixonado...
Uma Aliança Tentadora
Casar-se com um desconhecido? Jamais!
Mesmo assim, a linda e determinada Zia logo percebe que precisa da ajuda de Artair para levar adiante sua missão de vida.
Ela se sujeita, assim, a uma arriscada farsa, que a obriga a conviver intimamente com Artair.
Perseguidos por inimigos perigosos, eles escapam para a floresta das Terras Altas, onde inesperados desejos são despertados e um poderoso feitiço toma conta de ambos. Zia e Artair, então, entregam-se à paixão, sabendo que aquela poderá ser a última vez que estejam nos braços um do outro...
Capítulo Um
— Vai morrer queimada, bruxa!
Os gritos enlouquecidos continuavam a ecoar no vilarejo enquanto Zia via dois homens empilhando gravetos em volta de seus pés. Não adiantava lutar.
A corda áspera arranhava-lhe os braços nus e apertava sua cintura.
Ela não havia feito nada para merecer tal injustiça.
Apenas atendera o chamado de uma curandeira do vilarejo de Lorne.
Em vez de se mostrarem gratos por sua ajuda, os aldeões puseram-se a comentar seus poderes extraordinários ao salvar um bebê já à beira da morte.
Então, passaram a acusá-la de bruxa.
Em vão, Zia tentou argumentar com as pessoas, mas elas não entendiam suas explicações sobre como certas ervas podiam ser usadas em chás ou cataplasmas, na recuperação de doentes.
Afirmavam que suas misturas tinham origem diabólica e que até sua beleza era pecaminosa. Se não fosse, por que todos os homens do vilarejo não podiam deixar de admirá-la? E a marca do demônio revelava-se na cor estranha de seus cabelos, um vermelho escuro entremeado por mechas loiras.,Ela havia se dado conta de que só lhe restava fugir e deixar os ignorantes entregues à própria sorte.
Infelizmente, chegara a tal conclusão tarde demais, pois vários homens do vilarejo invadiram a cabana que, no início, tinham separado para seu uso. Dois deles a agarraram enquanto um outro queimava seus pertences e ervas medicinais na lareira.
Ao mesmo tempo, uma mulher tosava-lhe os cabelos com uma faca afiada.
Então, ela havia sido arrastada, mas não sem lutar, e amarrada a um poste no centro do vilarejo, sob a zombaria de muitas pessoas.
Dentro de instantes, a tocha que um homem de expressão malévola empunhava acenderia a lenha a seus pés e os aldeões aplaudiriam ao vê-la queimar.
Seu destino estava selado.
Ela não conseguia pensar em nada que pudesse salvá-la. Palavras seriam inúteis, pois cairiam em ouvidos moucos. Só lhe restava rezar, mas, antes de repetir as palavras consoladoras, o rosto da avó surgiu em sua mente.
Zia não conteve um sorriso. Adorava a avó que havia lhe ensinado tudo sobre curas. Também fora ela quem escolhera seu nome.
Zia significava “sustento de vida”, e a avó alegava que ela nascera para salvar vidas.
E Zia tinha se aplicado muito para aprender tudo sobre a arte de curar, e sempre se mostrava disposta a viajar a qualquer lugar onde houvesse enfermos necessitando de seus cuidados.
Ela também havia aprendido que nem todas as pessoas pensavam bem sobre curandeiras.
Por ser uma excelente curandeira, Zia sabia que corria riscos, embora compreendesse que seus dons eram naturais.
Como a avó havia previsto, ela nascera para salvar vidas.
Série Irmãos Sinclare
1 - Return of the Rogue
2 - O Feitiço do Guerreiro
3 - Uma Paixão Quase Imposssível
4 - The Highlander's Forbidden Bride
4.5 - Christmas Love
5 de fevereiro de 2011
Prece de Amor
Idealismo ou Fanatismo?
A paixão iria ajudá-la a encontrar a resposta.
Katherine falava com reverência.
Suas palavras, sempre solenes, defendiam a missão que Deus lhe confiara.
Até ser abandonada, mal passando de uma pálida sombra humana, para ela significava um sinal... do Senhor.
Jed a observava: uma figura delicada que encanta a cabana, como uma flor a espalhar seu perfume.
Katherine, essa doce e meiga mulher que fugia de seus olhares e via pecado em seu desejo.
Tanto tempo ficara sozinho, ansiando pelo corpo macio de uma mulher.
E quando o destino trazia uma jovem a seu refúgio na montanha, tinha de ser missionária?
Capítulo Um
Território do Oregon (atualmente, sul de Idaho)
Setembro, 1846
O dia clareou, lindíssimo. As seis mulas de Katherine, ao sacudir das rédeas, puxavam lentamente o carroção através da pradaria.
A cobertura do veículo resguardava a moça do sol.
Onde estava seu chapéu?Não poderia, absolutamente, deixar de encontrá-lo.
Com os cotovelos fincados nas coxas, Katherine curvou-se sobre o ventre dolorido.
Os olhos, semicerrados, por causa da intensa claridade, apesar de ainda cedo.
Por força do hábito, incitou os animais.
Seis ancas pardas ao longo dos tirantes, orelhas que se agitavam por causa das moscas.
Conduzindo os mais teimosos animais que Deus pôs no mundo, Katherine tinha precária noção de seu próprio destino.
Rangiam as rodas e o madeirame da carroça, enquanto as mulas, seguindo a trilha já sulcada, marchavam pesadamente, não em direção ao fim do mundo, como parecia à condutora do veículo, mas, no máximo, ao fim daquele dia.
Os solavancos da carroça pioravam as cãibras tão incômodas que Katherine sentia na barriga. Disenteria.
Nessa viagem, ela já passara por muitas agonias, sofrera o bastante para saber que isso era assim mesmo.
Não havia por que entrar em pânico.
Admitia que o sofrimento era apenas o meio de que o Senhor se servia para mantê-la alerta. O sacolejar da carroça ia deixando para trás os malditos pedregulhos no caminho.
Cada milha vencida significaria obstáculos que ela não teria de enfrentar novamente. O Senhor estava a seu lado, lhe dava ânimo.
E sua missão? Ficava a oeste, em algum lugar abaixo daquele sol ofuscante.
Outro solavanco da carroça, mais uma dolorida contração do intestino.
O chamado para o serviço religioso lhe dava o privilégio de fazer sacrifícios, e ela tentava desesperadamente crer que essa era a verdade.
Tinha de receber o fardo com alegria, exatamente como Thomas muitas vezes advertira.
Lembrava-se da transparente sinceridade na voz de seu jovem marido, da santa cintilação nos olhos dele, e ela suportava as cãibras, graças a estas recordações, que, certamente, eram dadas por Deus em seu benefício.
— Este é o melhor sinal do chamado de Deus que qualquer homem pode esperar receber, Katherine.
O brilho nos olhos de Thomas era místico, mas suas palavras não eram as que ela esperava ouvir.
Na sala de visitas da casa da mãe dela, Thomas lhe falava, sentado no banco de encosto alto e duro reservado ao diácono.
— O Conselho Missionário decidiu não considerar que eu sou ainda moço e sem maior experiência, e aprovou meu pedido. Isto não significa vangloria de minha parte. Estou certo de que Deus me quer no Oregon. — Pegou-lhe a mão. — Ele nos quer — emendou.
— Mas é tão longe! — Katherine protestou. Estava convencida de que o Conselho Missionário, justamente pelas razões não consideradas, deveria recusar o pedido e a dedicação que ele demonstrava.
Os sonhos dela de morar num presbitério típico da Nova Inglaterra, aninhado entre altos carvalhos, com a igrejinha branca ao lado, estavam tristemente se desvanecendo.
Ela não podia imaginar o que iria substituir esse acalentado projeto. — A viagem será longa e perigosa, e, quando chegarmos lá, quem sabe o quê...
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Linda Flor da Madrugada
Que estranho que um acidende de faetonte pudesse trazer tal encantamento à vida de Petula!
Vivendo no campo, ela não estava acostumada a companhias tão charmosas como o Major Adrian Chester.
Que feliz destino o teria forçado a passar a noite em sua casa? E que maravilhosa noite foi.
Mas a manhã foi ainda mais maravilhosa:
"Não pude dormir pensando em você" - disse o Major quando, de repente, a beija.
O beijo foi tão perfeito que Petula imagina não haver mais ninguém nesse lugar secreto e isolado do mundo a não ser eles dois.
Quando esperava que o Major a beijasse de novo, ele diz:
"Tenho que partir o mais rápido possível".
Iria o encantamento terminar agora... Para sempre?
Capítulo Um
O cavalheiro descia com dificuldade pelo caminho esburacado coberto de cascalho. Praguejava intimamente e se culpava mais uma vez por ter sido imprevidente e entortado uma roda de seu faetonte.
A culpa era exclusivamente dele e não adiantava amaldiçoar ninguém.
Tinha saído tarde de Londres, depois passou a noite com uma moça encantadora, que, com todo seu poder de sedução, o fez esquecer a longa viagem que o esperava na manhã seguinte.
Viajava há dois dias e, mesmo depressa, estava atrasado.
Por isso, aceitou o conselho dos amigos que o hospedaram na segunda noite.
Disseram-lhe para sair da estrada principal e pegar uma secundária, que seria mais rápido. A idéia tinha sido um perfeito desastre.
Vinha a uma velocidade que ele próprio achava perigosa àquela estrada tão estreita, quando, numa curva sem visibilidade nenhuma, encontrou uma carroça.
Só com muita perícia, conseguiu evitar que os cavalos se chocassem com o velho animal que puxava a carroça.
Mesmo assim, a roda do faetonte bateu na carroça, entortando e impossibilitando-o de continuar viagem.
O camponês sugeriu que pedisse ajuda no solar da fazenda.
Deixou o cocheiro tomando conta de suas coisas e, passando por uma porteira em ruínas, foi andando a pé por um caminho que não devia ser cuidado há pelo menos cem anos!
Mas mesmo estando num estado calamitoso, o lugar era muito pitoresco, todo ladeado de rododendros, liláses e arbustos floridos.
O cavalheiro, contudo, estava mais preocupado com o conserto do faetonte do que com a beleza da paisagem.
Foi andando o mais depressa que pôde, pensando que, quando chovia, aquilo tudo devia ficar totalmente intransitável com a lama.
Subitamente, após uma curva, viu uma casa que devia ser a que estava procurando.
À primeira vista, era muito bonita.
Aparentemente, tinha sido construída na época dos Tudor, mas a trepadeira que a revestia toda, tornava difícil de se descobrir exatamente quando.
Em frente à casa havia um pátio de pedras, que estava na mesma deplorável condição da estrada, e uma profusão de arbustos, que mal deixavam ver os tijolos antigos da construção.
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Vivendo no campo, ela não estava acostumada a companhias tão charmosas como o Major Adrian Chester.
Que feliz destino o teria forçado a passar a noite em sua casa? E que maravilhosa noite foi.
Mas a manhã foi ainda mais maravilhosa:
"Não pude dormir pensando em você" - disse o Major quando, de repente, a beija.
O beijo foi tão perfeito que Petula imagina não haver mais ninguém nesse lugar secreto e isolado do mundo a não ser eles dois.
Quando esperava que o Major a beijasse de novo, ele diz:
"Tenho que partir o mais rápido possível".
Iria o encantamento terminar agora... Para sempre?
Capítulo Um
O cavalheiro descia com dificuldade pelo caminho esburacado coberto de cascalho. Praguejava intimamente e se culpava mais uma vez por ter sido imprevidente e entortado uma roda de seu faetonte.
A culpa era exclusivamente dele e não adiantava amaldiçoar ninguém.
Tinha saído tarde de Londres, depois passou a noite com uma moça encantadora, que, com todo seu poder de sedução, o fez esquecer a longa viagem que o esperava na manhã seguinte.
Viajava há dois dias e, mesmo depressa, estava atrasado.
Por isso, aceitou o conselho dos amigos que o hospedaram na segunda noite.
Disseram-lhe para sair da estrada principal e pegar uma secundária, que seria mais rápido. A idéia tinha sido um perfeito desastre.
Vinha a uma velocidade que ele próprio achava perigosa àquela estrada tão estreita, quando, numa curva sem visibilidade nenhuma, encontrou uma carroça.
Só com muita perícia, conseguiu evitar que os cavalos se chocassem com o velho animal que puxava a carroça.
Mesmo assim, a roda do faetonte bateu na carroça, entortando e impossibilitando-o de continuar viagem.
O camponês sugeriu que pedisse ajuda no solar da fazenda.
Deixou o cocheiro tomando conta de suas coisas e, passando por uma porteira em ruínas, foi andando a pé por um caminho que não devia ser cuidado há pelo menos cem anos!
Mas mesmo estando num estado calamitoso, o lugar era muito pitoresco, todo ladeado de rododendros, liláses e arbustos floridos.
O cavalheiro, contudo, estava mais preocupado com o conserto do faetonte do que com a beleza da paisagem.
Foi andando o mais depressa que pôde, pensando que, quando chovia, aquilo tudo devia ficar totalmente intransitável com a lama.
Subitamente, após uma curva, viu uma casa que devia ser a que estava procurando.
À primeira vista, era muito bonita.
Aparentemente, tinha sido construída na época dos Tudor, mas a trepadeira que a revestia toda, tornava difícil de se descobrir exatamente quando.
Em frente à casa havia um pátio de pedras, que estava na mesma deplorável condição da estrada, e uma profusão de arbustos, que mal deixavam ver os tijolos antigos da construção.
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3 de fevereiro de 2011
Lições De Uma Cortesã
Todo homem adora um mistério...
Pressionados por chantagem a se casarem, e forçados pela família a consumar a união para que o matrimônio não pudesse ser legalmente questionado, Victoria e Justin concordaram em se separar depois disso, embora nenhum dos dois tivesse se esquecido da única noite de paixão que haviam compartilhado.
Nenhum homem faz uma mulher perder o controle, a menos que ela permita...Cinco anos depois, Victoria foi forçada a voltar a Londres, disfarçada como uma célebre e requisitada cortesã, com o propósito de encontrar uma amiga desaparecida, evitando a todo o custo a proximidade de seu repentinamente inconformado e possessivo marido.
Desta vez, no entanto, um breve contato não seria suficiente para Justin.
Ele estava determinado não só a desvendar os segredos de Victoria, como também a reivindicar por inteiro a sua esposa, de corpo, alma e coração...
Capítulo Um
Londres 1815
Justin Talbot entrou no lotado salão de baile com um sorriso largo.
Olhar para a multidão despertava-lhe uma sensação de acolhimento, como se voltasse para casa.
Depois de anos no exterior, provando os inúmeros prazeres franceses, negados por tanto tempo em razão da guerra, era bom poder voltar a Londres.
Russell Shaw, seu bom amigo, aproximou-se dele com passos seguros e um sorriso radiante.
— Vejam só quem volta ao solo britânico! Como conseguiu se afastar das belas francesas?
Justin riu, quando o amigo lhe deu um tapinha nas costas.
— Caleb me disse que você estaria aqui hoje.
— Ah, sim? E onde está seu irmão? — indagou Justin, olhando na direção da multidão.
— Foi buscar bebidas, é claro.
— E você deve estar exausto. Acabou de voltar, não?
— Estou aqui há um dia, e passei todo o tempo na companhia de meus pais e minha irmã, infelizmente.
Todos que conheciam Justin sabiam que ele não era próximo de nenhum membro da família, além de Caleb.
Os amigos especulavam sobre a causa do distanciamento, mas ninguém conseguia sequer se aproximar da verdade. Nem mesmo Caleb, que continuava tentando conquistar a aprovação dos familiares sem sucesso.
— Enfim, apesar de uma horrível dor de cabeça, meu irmão me arrastou para cá hoje. Ele me disse que haveria aqui uma atração que eu não podia perder. Tudo muito misterioso. Sabe alguma coisa? O que perdi enquanto estive fora?
Shaw sorriu e seus olhos azuis se encheram de humor.
— Vejamos... Foram muitas brigas entre bêbados, alguns socos trocados, e... Ah, sim, o velho Middlemach finalmente descobriu que a esposa o estava traindo com Franklin.
— Bem, isso era previsto. Adelaide nunca foi discreta. Por isso rompi com ela.
— Eu também. Ela não esteve envolvida com seu irmão, também?
— Ela esteve com todos nós. — Justin riu. — E o que mais aconteceu por aqui? Ainda não entendo o mistério de Caleb em torno dessa festa.
— Suponho que seja Ria, então. Não consigo me lembrar de mais nada que você tenha perdido enquanto viajava.
— Ria? — O evento acontecia em uma casa respeitável e contava com a música de uma boa orquestra, mas ele não via ali o grupo habitual e aborrecido dos círculos mais elevados da sociedade londrina. Não via virgens ruborizadas, nem matronas zelosas. Aquele era um entretenimento para cavalheiros, e o lugar estava cheio de cortesãs, atrizes, e cantoras de ópera, todas mais do que dispostas a partilhar da cama de um homem. Delicioso.
— Shaw, você estragou tudo — Caleb foi logo dizendo ao se aproximar deles com drinques na mão e entregou ao irmão uma dose de uísque antes de continuar: — Eu queria revelar Ria ao meu irmão. Seria uma espécie de presente de boas-vindas, uma acolhida em sua volta para casa.Justin riu. Mulheres, bebidas, e cartas eram as fraquezas de Caleb desde que ele deixara de usar calça curta.
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2 de fevereiro de 2011
O Triunfo do Amor
Charlotte, mergulhada no trabalho de sua fazenda, vive ignorando sua feminilidade.
Mas um dia aparece em suas terras um grupo de vaqueiros dispostos a enforcarem um homem.
Charlotte, determinada a evitar qualquer tipo de intrusão em sua propriedade, impede o enforcamento e abre as portas da sua casa para a vítima, um belo californiano chamado Walker.
A atenção e a masculinidade de Walker despertam um tórrido desejo em Charlotte, que relutantemente se reencontra com a mulher apaixonada em seu interior.
Capítulo Um
Em Two Trees (Duas árvores – nome da fazenda) no Texas, havia apenas duas árvores, e as duas estavam em frente à casa da senhorita Charlotte Butterworth.
Provavelmente por isso um grupo de vaqueiros selvagens entrou cavalgando em seu jardim em meio a uma nuvem de poeira e escolheu a maior das árvores para pendurar Walker Reed.
Eram seis homens no total, cinco para administrar a justiça e outro para recebê-la.
Era um jardim agradável, cuidado da mesma forma que a casa branca de madeira a qual cercava.
Naquela tarde, em 1880, na última hora, quando o sol se fundia atrás das árvores e banhava de luz os arbustos e flores, murchas do calor, a casa, de um andar com a aparência respeitável, parecia apática.
Atrás da casa um pequeno jardim resistia ao calor intenso.
Também ali estava tudo cuidado: duas fileiras de quiabo, duas de ervilhas, abóboras e mais distante, perto da cerca, os tomates.
No organizado interior da casa de madeira Charlotte Butterworth, a quem em Two Trees todos chamavam carinhosamente de senhorita Lottie, estava na cozinha vigiando um bolo de vinagre que estava no forno de seu novo fogão Champion Monitor de seis bocas.
Assustou-se ao ouvir o repentino ruído de cascos de cavalos misturados com vozes fortes que vinham do caminho em frente sua casa e, alterada, fechou a porta de seu fogão novo com mais força do que tinha desejado.
Imediatamente agradeceu a escolha da torta de vinagre em vez da torta de Robert E. Lee, cuja massa teria certamente impedido de fechar a porta do forno.
O barulho se aproximou. Provavelmente eram novamente os bagunceiros filhos de Mason, perseguindo um magro coiote e tentando encurralar o animal assustado em sua grade. Na semana anterior tinha sido um coelho meio morto de fome. Uma mulher que morava sozinha tinha que ficar alerta ou se aproveitavam dela.
Além disso, não podia permitir que pisoteassem suas flores novamente, de modo que guardou as colheres na gaveta e a fechou com o quadril, sacudiu a farinha do avental branco e ignorando as manchas em seu nariz, entrou na sala.
Tirou os óculos, porque nunca permitia que ninguém a visse com eles, se aproximou com passo enérgico das janelas com vista para frente e olhou discretamente, — porque a tinham ensinado que uma dama sempre faz assim — através da única cortina de renda de todo o condado para ver o que era aquele ruído.
Olhando através da ampla entrada, por cima dos espirais de jasmim de Carolina enroladas nas bordas da grade, viu cinco vaqueiros do rancho Triplo K.
Como temia, estavam pisoteando seu canteiro de flores. Começou a murmurar de raiva e se propôs a sair quando percebeu que essa não era a única coisa que eles faziam.
Eles estavam amarrando uma corda grossa a sua árvore preciosa. Isso em si já era horrível, mas para seu horror, descobriu seguindo a corda — que na outra ponta havia um laço no pescoço de um desconhecido, muito contrariado, por não dizer absolutamente infeliz. Meu Deus: vão enforcar esse homem!
Charlotte disse a si mesma, e pensou que um enforcamento não era assunto seu.
Estava prestes a se virar quando percebeu onde eles iriam enforcá-lo e incrédula, disse em voz alta: Na minha árvore!
Pensando no que iria acontecer no quintal da frente de sua casa, Charlotte, pálida, ficou olhando para o cabelo preto do homem.
Mesmo da janela, viu que ele estava sujo do que parecia ser sangue e areia.
A roupa, ou o que restou dela, estava rasgada e cheia de sangue, como o houvessem amarrado a um cavalo e arrastado a distância. Era evidente que ele não tinha chegado lá de bom grado, mas o que poderia um homem contra cinco?
Charlotte observou as mãos, com bolhas e ensanguentadas, amarradas nas costas.
Com alarme crescente, ela as viu se fechando e abrindo, tencionando os músculos dos braços e reforçando as veias e artérias.
Mas o que mais a impressionou foi o rosto do desconhecido, e observou por um longo tempo, absorta em sua beleza viril, as maçãs do rosto salientes brilhando de suor, o nariz reto, queixo forte.
Quando o seu cavalo se moveu nervoso com a corda que pendia de seu lado, o homem se virou e Charlotte viu seus olhos de um azul profundo, frios e penetrantes.
Apesar de sua expressão distante, Charlotte tinha certeza de que tinham ferido o orgulho daquele homem, que parecia implacável, desafiador e muito capaz de exercer a violência e, no entanto, possuía uma aura de integridade.
Podia ser muitas coisas, mas não era um criminoso.
A posição orgulhosa de sua cabeça, costas retas, queixo apertado, a atitude tranquila, carente de humilhação e súplica, tudo isso proclamava sua inocência.
Charlotte recordou outra época e outro lugar, no qual havia contemplado com horror o assassinato de um inocente.
Só que naquela ocasião era apenas uma criança.
Charlotte Augusta Butterworth observava de trás das cortinas de renda, os olhos azuis fixos no desconhecido, sua cabeça martelava e tinha um nó na garganta, onde descansava a mão.
Nunca tinha visto um homem ser enforcado.E não estava disposta a vê-lo, se pudesse evitar.
Afinal, a árvore era sua e tinha o direito de decidir se continuaria a ser uma árvore para dar sombra ou tornar-se uma forca.
1 de fevereiro de 2011
Duquesa Apaixonada
Série Quarteto Duquesas
A retirada do duque...
Gina se viu forçada a contrair matrimônio com o duque de Girton numa idade em que era melhor que estivesse na sala de aula de uma escola do que nos salões de baile.
Logo depois do casamento seu atraente marido foi rapidamente para o continente, deixando o casamento sem consumação e Gina bastante indignada.
Uma mulher no centro de tudo...
Agora ela é uma das mulheres mais conhecidas de Londres... vivendo no limite do escândalo, desejada por muitos homens, mas resistindo a todos.
A duquesa apaixonada...
Finalmente, Camden, o duque de Girton, voltou para casa, para descobrir que sua inocente mulher se converteu no centro do universo.
O que deixa Cam na incômoda posição de perceber que teve a má educação de apaixonar-se... por sua própria mulher!
Capítulo Um
- Bom e como ele é?
Houve uma pausa.
- Tem os cabelos negros, disso me lembro...- disse Gina duvidosa. Encontra-se sentada à mesa de seu quarto, fazendo nós em uma pequena fita de cabelos.
Ambrogina , a duquesa de Girton dificilmente se aquietava. “Uma duquesa é o que uma duquesa faz” tinha-lhe ensinado uma de suas tutoras.
Mas Gina estava à beira do pânico. Todas as duquesas sentem pânico alguma vez.
Esme Rawlings soltou uma gargalhada.
- Não sabe como é seu marido?
Gina franziu o cenho.
- É fácil para você sorrir. Não é seu marido que volta do continente para encontrar-se com sua esposa que está metida em um escândalo. Eu pedi a Cam que anulasse nosso casamento para poder me casar com Sebastian, mas agora, quando ler essas odiosas intrigas no Tablóide, pensará que sou uma mulher fácil.
- Não pensará, se a conhece.
- Esse é o problema! Que não me conhece. O que aconteceria se chegasse a acreditar nos falatórios sobre o senhor Wapping ?
- Mande embora seu tutor e tudo será esquecido em uma semana.
- Não vou despedir o senhor Wapping. Veio da Grécia para ser meu melhor tutor e não tem aonde ir. Além disso, ele não fez nada de mau, e eu tampouco, assim, porque devo atuar como se o tivesse feito?
- Que Willoughby Broke e sua mulher lhe vissem com ele às duas da madrugada é suficiente para que todos acreditem que seu comportamento não foi de tudo tão decente como teria sido de se esperar...
Série Quarteto Duquesas
1 - Duquesa Apaixonada
1.5 - A Fool Again
2 - Louca de Amor
3 - Uma Perseguição Selvagem
4 - Seus Maus Costumes
A retirada do duque...
Gina se viu forçada a contrair matrimônio com o duque de Girton numa idade em que era melhor que estivesse na sala de aula de uma escola do que nos salões de baile.
Logo depois do casamento seu atraente marido foi rapidamente para o continente, deixando o casamento sem consumação e Gina bastante indignada.
Uma mulher no centro de tudo...
Agora ela é uma das mulheres mais conhecidas de Londres... vivendo no limite do escândalo, desejada por muitos homens, mas resistindo a todos.
A duquesa apaixonada...
Finalmente, Camden, o duque de Girton, voltou para casa, para descobrir que sua inocente mulher se converteu no centro do universo.
O que deixa Cam na incômoda posição de perceber que teve a má educação de apaixonar-se... por sua própria mulher!
Capítulo Um
- Bom e como ele é?
Houve uma pausa.
- Tem os cabelos negros, disso me lembro...- disse Gina duvidosa. Encontra-se sentada à mesa de seu quarto, fazendo nós em uma pequena fita de cabelos.
Ambrogina , a duquesa de Girton dificilmente se aquietava. “Uma duquesa é o que uma duquesa faz” tinha-lhe ensinado uma de suas tutoras.
Mas Gina estava à beira do pânico. Todas as duquesas sentem pânico alguma vez.
Esme Rawlings soltou uma gargalhada.
- Não sabe como é seu marido?
Gina franziu o cenho.
- É fácil para você sorrir. Não é seu marido que volta do continente para encontrar-se com sua esposa que está metida em um escândalo. Eu pedi a Cam que anulasse nosso casamento para poder me casar com Sebastian, mas agora, quando ler essas odiosas intrigas no Tablóide, pensará que sou uma mulher fácil.
- Não pensará, se a conhece.
- Esse é o problema! Que não me conhece. O que aconteceria se chegasse a acreditar nos falatórios sobre o senhor Wapping ?
- Mande embora seu tutor e tudo será esquecido em uma semana.
- Não vou despedir o senhor Wapping. Veio da Grécia para ser meu melhor tutor e não tem aonde ir. Além disso, ele não fez nada de mau, e eu tampouco, assim, porque devo atuar como se o tivesse feito?
- Que Willoughby Broke e sua mulher lhe vissem com ele às duas da madrugada é suficiente para que todos acreditem que seu comportamento não foi de tudo tão decente como teria sido de se esperar...
Série Quarteto Duquesas
1 - Duquesa Apaixonada
1.5 - A Fool Again
2 - Louca de Amor
3 - Uma Perseguição Selvagem
4 - Seus Maus Costumes
31 de janeiro de 2011
A Donzela e o Guerreiro
A batalha interna é sempre a mais difícil de ser vencida!
Lucien de Montregnier sabia disso, pois todos os dias tentava combater os demônios do passado.
Entretanto, sua bravura o contemplou com uma recompensa inesperada:
lady Alayna de Avenford, uma mulher cuja coragem poderia salvá-lo de seu pior inimigo: ele mesmo!
Viúva antes da consumação de seu casamento, Alayna de Avenford via-se agora exigida como prêmio por bravura, por Lucien de Montregnier, um guerreiro tão conhecido por sua personalidade forte quanto por seu talento em combate.
Ela o desprezava, claro.Por quê, então, um simples olhar daquele homem parecia incendiar-lhe a alma?
Capítulo Um
Lucien olhava o inimigo, pressionando a espada contra seu pescoço, a fina lâmina produzindo um fio de sangue.
Cada fibra de seu corpo estava excitada pela emoção.
Sua mente explodia em uma mistura de alegria e amargura.
Chegara, afinal, o momento pelo qual havia esperado quase uma eternidade.
Havia sonhado com ele tanto tempo que naquele instante experimentou uma sensação magnífica e quase dolorosa invadindo seu coração.
Sua respiração era entrecortada, seu pulso batia descontrolado, mas a mão permanecia firme.
— Pagarei qualquer resgate que pedir — implorou seu cativo.
De Montregnier riu, o sentimento de vitória fazendo-o tremer.
— Tenho riqueza suficiente — replicou.
Podia ver, pela expressão dissimulada de Edgar du Berg, que sua mente buscava com fervor outras possibilidades.
Paciente, Lucien esperava, observando cada nuance no rosto do outro, saboreando a idéia de que aquele homem por tanto tempo desprezado estava à sua mercê.
Aparentemente, du Berg decidiu sua tática.
— Vamos negociar como homens razoáveis — ele propôs. — Nada tenho contra você. Nem sei quem é. Atacou-me sem razão, e lutou por dois dias. Foi muito inteligente em me atacar um dia após meu casamento, quando eu e meus homens estávamos nas piores condições devido aos festejos. Por isso foi tão fácil abrir brechas nas muralhas.
— Você é preguiçoso, du Berg, e demasiado seguro de sua tirania. Foi por isso que o derrotei — Lucien replicou.
Edgar estendeu as mãos.
— Não compreendo seu desafio para acertar as contas entre nós. Você já havia vencido. Por que me enfrentar sozinho?
— Sozinho?! — escarneceu Lucien, virando a cabeça para as árvores à esquerda. Além da clareira, os homens de Edgar estavam escondidos.
— Não acreditou que eu viria sem escolta. E se fosse uma armadilha? — Du Berg tentou rir.
— Você é perfeito em ardis, du Berg, mas seus homens nada representam enquanto não interferirem. E tenho certeza de que não o farão. Veja, atrás deles, um pouco adiante na floresta... Meus homens estão lá. Não lhe ocorreu por que não vieram em sua ajuda?
Os olhos arregalados e a expressão apalermada do adversário foram suficientes para que ele entendesse a resposta. Até aquele momento, era evidente que o bastardo não havia acreditado estar em perigo.— Você não lutou com honra!
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30 de janeiro de 2011
A Maldição do Castelo
Série Contos de Fadas
Na pequena aldeia de Ballybliss os aldeãos estão atemorizados.
O senhor e seu herdeiro e os cavalheiros do castelo de Weyrcraig, estão mortos e em seu lugar, o castelo foi tomado por um dragão temível que não cessa de fazer pedidos. Só resta uma solução: entregar uma jovem virgem para saciar sua sede de sangue jovem. Entretanto, a única mulher que ainda é virgem na aldeia é a rebelde Gwendolyn Wilder que já completou os vinte e cinco anos.
Poderá Gwendolyn acalmar a ira do dragão? Ou cairá nas garras do herói que se esconde atrás do disfarce do sanguinário monstro?
Um dragão com sede de vingança...Bernard MacCullough retornou a seu castelo em ruínas cheio de ira e ódio. Sabe que alguém da aldeia de Ballybliss traiu a seus pais os levando a morte pelas mãos dos ingleses.
Quer encontrar ao traidor e ter sua vingança. Fazendo—se passar por um temível dragão, manteve aos aldeãos afastados do castelo e protegeu sua identidade.
Entretanto, quando os homens de Ballybliss entregam como oferenda uma virgem descarada e roliça, seus planos começam a cair por terra e sente a tentação de se deixar levar pelo desejo de conquistar a sua prisioneira.
Uma virgem disposta a conquistá—lo...Gwendolyn Wilder sonhou sempre em ver o amor de sua infância: Bernard MacCullough, o herdeiro do castelo de Weyrcraig, o homem para quem reservou secretamente sua virgindade, embora todo mundo o tenha dado como morto. Mas agora que os homens de sua aldeia a entregaram ao temível dragão do castelo está descobrindo que o que deveria ser um monstro horrível é um homem na verdade cheios de atrativos e sensual pelo qual estaria disposta a esquecer a seu amado Bernard.
Comentário revisora Zel: Para pessoas românticas, como eu, esse livro é muito fofo! A História de Gwendolyn e o Dragão lembra a história de vários contos de fadas que conhecemos: a donzela que se sacrifica, o dragão furioso, as irmãs invejosas, os aldeões enfurecidos… Tem momentos engraçadas e quando estava quase perdendo as esperanças, teve seu momento “caliente”. Eu gostei muitíssimo de revisar este livro e espero que você goste também.
Capítulo Um
Highlands, 1761
Passeando pelos parapeitos de sua guarida toda destruída, o Dragão de Weyrcraig reprimia o intenso desejo de jogar para trás a cabeça e soltar um rugido feroz. Tinha ficado muito tempo prisioneiro, preso longe da luz do dia. Só quando as sombras da noite envolviam Weyrcraig podia sair de suas cadeias e rondar livremente pelo labirinto de corredores do castelo.
Agora seu domínio era a escuridão, o único reino que sobrara. Contemplando o mar, o ar salubre fazia arder os olhos; mas a fria pontada do ar não penetrava pela armadura de sua pele. Desde que chegara a esse lugar, ficara insensível a quase todas as provocações mais difíceis de resistir. Uma palavra de carinho sussurrada, uma terna carícia, o sedoso calor do fôlego de uma mulher em sua pele já eram tão remotos e agridoces como a lembrança de um sonho. No horizonte estava caindo uma tormenta.
Levantou um forte vento, que açoitava as águas do Mar do Norte, dando a aparência de espuma borbulhante, e empurrando gigantescas ondas contra os escarpados. Os relâmpagos teciam sua rede de uma nuvem a outra, jogando um pouco de luz, mas deixando mais negra e impenetrável a escuridão depois. A iminente tormenta refletia sua selvageria como partes de um espelho quebrado.
Os distantes retumbos dos trovões poderiam ter sido o fantasmal rugido de canhões ou o grunhido apanhado em sua garganta. Procurou em sua alma, mas não conseguiu encontrar nem um só vestígio de humanidade.
Quando menino tinha temido à besta que dormia debaixo de sua cama, e ao chegar a esse lugar tinha descoberto que ele era a besta. Isso era o que tinham feito dele.
Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
Série Concluída
Na pequena aldeia de Ballybliss os aldeãos estão atemorizados.
O senhor e seu herdeiro e os cavalheiros do castelo de Weyrcraig, estão mortos e em seu lugar, o castelo foi tomado por um dragão temível que não cessa de fazer pedidos. Só resta uma solução: entregar uma jovem virgem para saciar sua sede de sangue jovem. Entretanto, a única mulher que ainda é virgem na aldeia é a rebelde Gwendolyn Wilder que já completou os vinte e cinco anos.
Poderá Gwendolyn acalmar a ira do dragão? Ou cairá nas garras do herói que se esconde atrás do disfarce do sanguinário monstro?
Um dragão com sede de vingança...Bernard MacCullough retornou a seu castelo em ruínas cheio de ira e ódio. Sabe que alguém da aldeia de Ballybliss traiu a seus pais os levando a morte pelas mãos dos ingleses.
Quer encontrar ao traidor e ter sua vingança. Fazendo—se passar por um temível dragão, manteve aos aldeãos afastados do castelo e protegeu sua identidade.
Entretanto, quando os homens de Ballybliss entregam como oferenda uma virgem descarada e roliça, seus planos começam a cair por terra e sente a tentação de se deixar levar pelo desejo de conquistar a sua prisioneira.
Uma virgem disposta a conquistá—lo...Gwendolyn Wilder sonhou sempre em ver o amor de sua infância: Bernard MacCullough, o herdeiro do castelo de Weyrcraig, o homem para quem reservou secretamente sua virgindade, embora todo mundo o tenha dado como morto. Mas agora que os homens de sua aldeia a entregaram ao temível dragão do castelo está descobrindo que o que deveria ser um monstro horrível é um homem na verdade cheios de atrativos e sensual pelo qual estaria disposta a esquecer a seu amado Bernard.
Comentário revisora Zel: Para pessoas românticas, como eu, esse livro é muito fofo! A História de Gwendolyn e o Dragão lembra a história de vários contos de fadas que conhecemos: a donzela que se sacrifica, o dragão furioso, as irmãs invejosas, os aldeões enfurecidos… Tem momentos engraçadas e quando estava quase perdendo as esperanças, teve seu momento “caliente”. Eu gostei muitíssimo de revisar este livro e espero que você goste também.
Capítulo Um
Highlands, 1761
Passeando pelos parapeitos de sua guarida toda destruída, o Dragão de Weyrcraig reprimia o intenso desejo de jogar para trás a cabeça e soltar um rugido feroz. Tinha ficado muito tempo prisioneiro, preso longe da luz do dia. Só quando as sombras da noite envolviam Weyrcraig podia sair de suas cadeias e rondar livremente pelo labirinto de corredores do castelo.
Agora seu domínio era a escuridão, o único reino que sobrara. Contemplando o mar, o ar salubre fazia arder os olhos; mas a fria pontada do ar não penetrava pela armadura de sua pele. Desde que chegara a esse lugar, ficara insensível a quase todas as provocações mais difíceis de resistir. Uma palavra de carinho sussurrada, uma terna carícia, o sedoso calor do fôlego de uma mulher em sua pele já eram tão remotos e agridoces como a lembrança de um sonho. No horizonte estava caindo uma tormenta.
Levantou um forte vento, que açoitava as águas do Mar do Norte, dando a aparência de espuma borbulhante, e empurrando gigantescas ondas contra os escarpados. Os relâmpagos teciam sua rede de uma nuvem a outra, jogando um pouco de luz, mas deixando mais negra e impenetrável a escuridão depois. A iminente tormenta refletia sua selvageria como partes de um espelho quebrado.
Os distantes retumbos dos trovões poderiam ter sido o fantasmal rugido de canhões ou o grunhido apanhado em sua garganta. Procurou em sua alma, mas não conseguiu encontrar nem um só vestígio de humanidade.
Quando menino tinha temido à besta que dormia debaixo de sua cama, e ao chegar a esse lugar tinha descoberto que ele era a besta. Isso era o que tinham feito dele.
Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
Série Concluída
Traídos Pelo Amor
Forçada a se fingir de pobre em uma Grã-Bretanha assolada pela guerra, a americana Eleanor Wallace jurou fidelidade ao seu país. Mas a encenação se tornou perigosa, pois se apaixonou pelo duque de Ryland, homem que jamais a perdoaria por sua falsidade.
James Woile, duque de Ryland, buscava uma vida de sinceridade — algo raro na frívola e pretensiosa Londres até a chegada de Eleanor.
Essa linda plebéia o intrigava e ele queria desvendar seus segredos.
Mas ela os guardava tão bem quanto seu próprio coração...
Capítulo Um
Londres — Fevereiro de 1814.
— Temos um problema, meu amigo. — O duque de Ryland passou os dedos longos pelos cabelos negros cheios, frustrado. — Temo que tenha que ser mais específico, Devlin. Temos muitos problemas, desde um egocêntrico tumultuando o continente e se autodenominando imperador da França a taxas de juros altíssimas causando fome entre os pobres.
— Sei... — murmurou o marquês de Devlin. — O que me preocupa no momento é... — Parou ao ver uma mulher se aproximando deles. — Na verdade, temos um problema mais imediato: encontrar um lugar onde possamos conversar em particular. Siga-me. Não quero que ninguém nos ouça.
Devlin se voltou e começou a fazer caminho através das pessoas no grande salão. Quando chegou às portas francesas que davam no terraço, abriu uma e fez Ryland passar.
O duque tremeu ao ser atingido no rosto pelo vento gelado de fevereiro.
— Não sei por que simplesmente não vai à minha casa amanhã — resmungou. — Nenhum de nós será útil à Inglaterra com uma inflamação nos pulmões.
— Parto de Londres esta noite, e é imperativo que fale com você primeiro.
Ryland estreitou os olhos azuis ao estudar as feições impassíveis do velho amigo.
— Para onde vai?
— É melhor que não saiba. O problema é que não sei quando volto.
Ou se vai voltar, pensou Ryland, inquieto.
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29 de janeiro de 2011
O Lord e a Camponesa
Série Royal Four Club
Um casamento inesperado...
Tendo perdido os pais ainda criança, Willa Trent foi criada por um casal simples, donos de uma estalagem em um pequeno povoado.
Quando ela socorre o rapaz que atingiu sem querer com uma pedrada de estilingue, as circunstâncias a envolvem numa situação escandalosa, e a família exige que eles se casem imediatamente.
Com um charmoso marido e um novo futuro pela frente, o otimismo de Willa não tem limites, até que ela descobre o mundo secreto e perigoso de Nathaniel Stonewell, conde de Reardon, também conhecido como o "lorde traidor"...
Embora Nathaniel seja criticado por toda a população da Inglaterra por seus atos contra a Coroa, ele é, na realidade, membro de uma confraria de elite de defensores do rei, envolvido numa audaciosa missão secreta.
Ele precisa, a todo custo, guardar segredo de suas atividades, principalmente de Willa.
Embora esteja fascinado por ela, Nathaniel teima em não se render à paixão, preferindo acreditar que é melhor dar as costas ao amor do que arriscar tudo por ele.
Sua noiva, porém, tem outros planos...
Mais um dia, e mais um dos pretendentes à sua mão indo embora todo machucado.
Willa Trent se abaixou com desânimo e apanhou uma pedra na estrada de terra.
Pobre Timothy, tão novo para sair dali ferido daquela maneira... Teria cicatrizes pelo corpo todo para o resto da vida.
— Não se aborreça, srta. Willa — ainda disse o rapaz, enquanto colocavam uma tala em sua perna, antes de levá-lo embora. — Em pouco tempo estarei curado e andando por aí outra vez.
Mas Willa estava farta. Não queria mais aquilo.
De agora em diante suportaria sozinha a sua aflição.
Provavelmente ficaria para sempre solteira.
Esse devia ser o destino que estava traçado para ela.
Suspirou longamente, mas não se abateu.
Não era de seu feitio ficar remoendo as dificuldades.
Estava resignada.
Seu sonho de conhecer o mundo nunca se realizara, e o desejo de um dia ter uma família pelo visto também não aconteceria.
Tinha certeza, porém, que com o tempo acabaria se acostumando à solidão.
Aos poucos se habituaria a viver bem assim, sem ninguém.
Naquele momento sentia mesmo vontade de ficar um pouco sozinha, longe dos olhares de pena ou dos comentários maldosos dos habitantes do vilarejo.
Seguiu pela estradinha até chegar ao campo aberto.
Sempre encontrava conforto no colorido das nuvens ao entardecer e no verde esfuziante dos campos de Northamptonshire.
Além do mais, estava decidida a descobrir algumas das arapucas que tinham ocultado naqueles campos.
Ainda não era a estação de caça, mas ela já havia encontrado uma dessas detestáveis armadilhas serrilhadas, armada e escondida bem ao lado de um riacho.
Queria desarmá-la primeiro para depois poder destruí-la de vez.
Alguém andava caçando ali sem a devida licença, nem qualquer piedade pelos pobres animais.
Chegou mais perto, fechou um olho e seguiu as instruções recebidas do garoto que lhe emprestara a atiradeira.
Mirou com cuidado o centro da armadilha, esticou para trás os elásticos da atiradeira o mais que pôde e em seguida soltou.
A pedra voou para longe.
Nathaniel Stonewell, o conde de Reardon, mal conseguia dominar a ansiedade.
Fustigou o cavalo para que andasse mais depressa.
Estava chegando perto de sua presa.
Queria alcançar Foster antes que a noite caísse e tinha esperança de apanhá-lo quando parasse na vila, logo adiante, para descansar.
Naquela tarde, quando parara em um povoado para dar água ao cavalo, soube que tinham visto um homem com as características de Foster passar por ali algumas horas antes.
Então começou a perseguição, tentando alcançá-lo a qualquer custo.
O vento batia em seu rosto à medida que o garanhão galopava.
Nathaniel levantou o corpo e se apoiou só nos estribos, cavalgando como um jóquei apesar de seu porte avantajado.
Já estava quase alcançando sua presa...
Série Royal Four Club
1 - O Lorde e a Camponesa
2 - A Primeira Noite de uma Mulher
3 - Um Espião em Minha Vida
4 - Adorável Mentirosa
Série Concluída
Um casamento inesperado...
Tendo perdido os pais ainda criança, Willa Trent foi criada por um casal simples, donos de uma estalagem em um pequeno povoado.
Quando ela socorre o rapaz que atingiu sem querer com uma pedrada de estilingue, as circunstâncias a envolvem numa situação escandalosa, e a família exige que eles se casem imediatamente.
Com um charmoso marido e um novo futuro pela frente, o otimismo de Willa não tem limites, até que ela descobre o mundo secreto e perigoso de Nathaniel Stonewell, conde de Reardon, também conhecido como o "lorde traidor"...
Embora Nathaniel seja criticado por toda a população da Inglaterra por seus atos contra a Coroa, ele é, na realidade, membro de uma confraria de elite de defensores do rei, envolvido numa audaciosa missão secreta.
Ele precisa, a todo custo, guardar segredo de suas atividades, principalmente de Willa.
Embora esteja fascinado por ela, Nathaniel teima em não se render à paixão, preferindo acreditar que é melhor dar as costas ao amor do que arriscar tudo por ele.
Sua noiva, porém, tem outros planos...
Mais um dia, e mais um dos pretendentes à sua mão indo embora todo machucado.
Willa Trent se abaixou com desânimo e apanhou uma pedra na estrada de terra.
Pobre Timothy, tão novo para sair dali ferido daquela maneira... Teria cicatrizes pelo corpo todo para o resto da vida.
— Não se aborreça, srta. Willa — ainda disse o rapaz, enquanto colocavam uma tala em sua perna, antes de levá-lo embora. — Em pouco tempo estarei curado e andando por aí outra vez.
Mas Willa estava farta. Não queria mais aquilo.
De agora em diante suportaria sozinha a sua aflição.
Provavelmente ficaria para sempre solteira.
Esse devia ser o destino que estava traçado para ela.
Suspirou longamente, mas não se abateu.
Não era de seu feitio ficar remoendo as dificuldades.
Estava resignada.
Seu sonho de conhecer o mundo nunca se realizara, e o desejo de um dia ter uma família pelo visto também não aconteceria.
Tinha certeza, porém, que com o tempo acabaria se acostumando à solidão.
Aos poucos se habituaria a viver bem assim, sem ninguém.
Naquele momento sentia mesmo vontade de ficar um pouco sozinha, longe dos olhares de pena ou dos comentários maldosos dos habitantes do vilarejo.
Seguiu pela estradinha até chegar ao campo aberto.
Sempre encontrava conforto no colorido das nuvens ao entardecer e no verde esfuziante dos campos de Northamptonshire.
Além do mais, estava decidida a descobrir algumas das arapucas que tinham ocultado naqueles campos.
Ainda não era a estação de caça, mas ela já havia encontrado uma dessas detestáveis armadilhas serrilhadas, armada e escondida bem ao lado de um riacho.
Queria desarmá-la primeiro para depois poder destruí-la de vez.
Alguém andava caçando ali sem a devida licença, nem qualquer piedade pelos pobres animais.
Chegou mais perto, fechou um olho e seguiu as instruções recebidas do garoto que lhe emprestara a atiradeira.
Mirou com cuidado o centro da armadilha, esticou para trás os elásticos da atiradeira o mais que pôde e em seguida soltou.
A pedra voou para longe.
Nathaniel Stonewell, o conde de Reardon, mal conseguia dominar a ansiedade.
Fustigou o cavalo para que andasse mais depressa.
Estava chegando perto de sua presa.
Queria alcançar Foster antes que a noite caísse e tinha esperança de apanhá-lo quando parasse na vila, logo adiante, para descansar.
Naquela tarde, quando parara em um povoado para dar água ao cavalo, soube que tinham visto um homem com as características de Foster passar por ali algumas horas antes.
Então começou a perseguição, tentando alcançá-lo a qualquer custo.
O vento batia em seu rosto à medida que o garanhão galopava.
Nathaniel levantou o corpo e se apoiou só nos estribos, cavalgando como um jóquei apesar de seu porte avantajado.
Já estava quase alcançando sua presa...
Série Royal Four Club
1 - O Lorde e a Camponesa
2 - A Primeira Noite de uma Mulher
3 - Um Espião em Minha Vida
4 - Adorável Mentirosa
Série Concluída
Ainda Te Amo
Série Irmãos Ryland
Um homem habituado a ter tudo o que deseja...
Brandon Ryland está aliviado com o final da temporada da sociedade londrina. Desde que um terrível deslize arruinou seu noivado com Eleanor Durbane, sua vida se torna cada vez mais monótona.
Cada dia sem Eleanor é mais longo que o outro, até que surge uma oportunidade de romper o tédio!
O convite para a festa na casa de campo de lorde Burrough, pai de Eleanor, é uma chance preciosa para desculpar-se por seu erro.
Mas logo Brandon descobre que será necessário bem mais do que um pedido de desculpas para reparar o mal feito...
Depois de toda a mágoa e ressentimento, levará algum tempo para Eleanor aprender a confiar novamente em Brandon.
Ela sabe que é uma insensatez dar àquele homem irresistível uma outra chance.
O que Eleanor não sabe, porém, é que o visconde mais audacioso de Londres fará qualquer coisa... qualquer coisa... para merecer uma segunda chance de amar!
Capítulo Um
E assim aconteceu...
Ele estava embriagado. Não tinha chegado a desmaiar nem a cair por cima das mesas. Apenas a cabeça girava. Não pretendera beber demais.
Um conhaque havia levado a outro e a mais um e... Sentia as pernas pesadas e um relativo entorpecimento.
Não podia negar que se tratava de uma sensação agradável.
Apesar da bebedeira, não esqueceu o compromisso assumido naquele dia.
Pedira Eleanor em casamento e ela aceitara.
Não haveria obstáculos à união, pois lorde Burrough, pai de Eleanor, tinha sido amigo do seu. Providenciaria a licença e ela se tornaria sua esposa.
Logo ele poderia beijar aqueles lábios suaves, sentir o corpo voluptuoso sob o seu e possuí-la.
Ficava ansioso só ao pensar nisso. Talvez não estivesse tão bêbado.
Tomou mais uma dose e decidiu que estava na hora de abandonar os amáveis cavalheiros que não se cansavam de completar seu copo.
Se ficasse bebendo a noite toda, teria uma sensação de liberdade semelhante à que experimentava com Eleanor.
Com uma diferença: ela não o deixava com dor de cabeça na manhã seguinte.
As festas no campo eram sempre prazerosas.
Com a imagem de Eleanor na mente, atravessou os corredores escuros do solar e subiu a escada rumo a seu quarto.
Fechou a porta, tirou as botas e jogou o casaco no chão.
Fez o mesmo com o colete e a camisa. Despiu a calça e jogou-se na cama.
Nu, sentiu a brisa suave daquela noite de verão.
Fechou os olhos. Percebeu o mundo oscilar como se estivesse num barco deslizando sobre ondas leves. Gostava do balanço dos navios, que o fazia adormecer com tranqüilidade, sem pensamentos incoerentes, inseguranças ou sonhos.
Apenas uma doce escuridão.
Estava no limiar do sono quando teve a impressão de que o tocavam na coxa. Fez um esforço para descerrar levemente as pálpebras. A visão distorcida de uma mulher com longos cabelos loiros ergueu-se sobre ele.
— Eleanor.
O que ela viera fazer ali? Ficaria com a reputação arruinada se a encontrassem no quarto com ele. Não seria recomendável que o casamento deles começasse com um escândalo.
— Não deveria ter vindo.
Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te amo
Série Concluída
Um homem habituado a ter tudo o que deseja...
Brandon Ryland está aliviado com o final da temporada da sociedade londrina. Desde que um terrível deslize arruinou seu noivado com Eleanor Durbane, sua vida se torna cada vez mais monótona.
Cada dia sem Eleanor é mais longo que o outro, até que surge uma oportunidade de romper o tédio!
O convite para a festa na casa de campo de lorde Burrough, pai de Eleanor, é uma chance preciosa para desculpar-se por seu erro.
Mas logo Brandon descobre que será necessário bem mais do que um pedido de desculpas para reparar o mal feito...
Depois de toda a mágoa e ressentimento, levará algum tempo para Eleanor aprender a confiar novamente em Brandon.
Ela sabe que é uma insensatez dar àquele homem irresistível uma outra chance.
O que Eleanor não sabe, porém, é que o visconde mais audacioso de Londres fará qualquer coisa... qualquer coisa... para merecer uma segunda chance de amar!
Capítulo Um
E assim aconteceu...
Ele estava embriagado. Não tinha chegado a desmaiar nem a cair por cima das mesas. Apenas a cabeça girava. Não pretendera beber demais.
Um conhaque havia levado a outro e a mais um e... Sentia as pernas pesadas e um relativo entorpecimento.
Não podia negar que se tratava de uma sensação agradável.
Apesar da bebedeira, não esqueceu o compromisso assumido naquele dia.
Pedira Eleanor em casamento e ela aceitara.
Não haveria obstáculos à união, pois lorde Burrough, pai de Eleanor, tinha sido amigo do seu. Providenciaria a licença e ela se tornaria sua esposa.
Logo ele poderia beijar aqueles lábios suaves, sentir o corpo voluptuoso sob o seu e possuí-la.
Ficava ansioso só ao pensar nisso. Talvez não estivesse tão bêbado.
Tomou mais uma dose e decidiu que estava na hora de abandonar os amáveis cavalheiros que não se cansavam de completar seu copo.
Se ficasse bebendo a noite toda, teria uma sensação de liberdade semelhante à que experimentava com Eleanor.
Com uma diferença: ela não o deixava com dor de cabeça na manhã seguinte.
As festas no campo eram sempre prazerosas.
Com a imagem de Eleanor na mente, atravessou os corredores escuros do solar e subiu a escada rumo a seu quarto.
Fechou a porta, tirou as botas e jogou o casaco no chão.
Fez o mesmo com o colete e a camisa. Despiu a calça e jogou-se na cama.
Nu, sentiu a brisa suave daquela noite de verão.
Fechou os olhos. Percebeu o mundo oscilar como se estivesse num barco deslizando sobre ondas leves. Gostava do balanço dos navios, que o fazia adormecer com tranqüilidade, sem pensamentos incoerentes, inseguranças ou sonhos.
Apenas uma doce escuridão.
Estava no limiar do sono quando teve a impressão de que o tocavam na coxa. Fez um esforço para descerrar levemente as pálpebras. A visão distorcida de uma mulher com longos cabelos loiros ergueu-se sobre ele.
— Eleanor.
O que ela viera fazer ali? Ficaria com a reputação arruinada se a encontrassem no quarto com ele. Não seria recomendável que o casamento deles começasse com um escândalo.
— Não deveria ter vindo.
Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te amo
Série Concluída
Na Escuridão da Noite
Série Irmãos Ryland
Um ladrão experiente, Wynthrope Ryland não é estranho a mulheres bonitas - ou para aliviá-las de seus bens mais valiosos. Mas esta vida de crime não foi uma que ele escolheu para si mesmo e, quando ele acha que deixou esse mundo para trás, é forçado a retornar para proteger a carreira e a família de seu irmão, North.
Moira Tyndale, uma imponente viscondessa, é seu alvo para essa tarefa final. Mas ele quando se aproxima dela sente uma conexão poderosa entre eles. No começo, ele deixa a atração de lado, mas como ela lhe dá mais e mais confiança e compreensão, Wyn percebe que não pode ignorar sua paixão. Ele sabe que deve proteger seus segredos e seu passado, mas não pode protegê-la de si mesmo. Como pode escolher entre o desejo de seu coração e a segurança de seu irmão?
Capítulo um
Londres, Dezembro de 1818
- você não ousaria!
Então ela disse isso? O que ela estava pensando? Que ele era algum moleque incapaz de resistir a um desafio?
Provavelmente. E até certo ponto estaria certa. Suas palavras o espicaçaram, mas seria preciso mais do que uma aguilhoada para impedi-lo a agir. Wynthrope voltou-se para sua acompanhante com um sorriso frio mas encantador.
- Receio não poder aceitar esse desafio.
A mulher de seios fartos agitou sedutoramente o leque na altura do colo.
Sua surpresa diante da recusa estava estampada no lindo rosto.
- Céus! Por que não pode aceitá-lo?
Voltando a atenção para os pares que rodopiavam diante deles, Wynthrope sorriu de modo ainda mais frio.
Era por isso que não gostava de festas no inverno – a tagarelice era inevitável.
- Porque já sei o que aconteceria se convidasse a senhora em questão para dançar.
Lady Dumont não estava satisfeita com uma resposta tão indefinida.
- E o que quer dizer isso, caro senhor?
Polidamente, ele terminou de beber seu champanhe e em seguida respondeu, gesticulando com a taça vazia:
- A irmã dela sem dúvida teria um ataque histérico.
Isso era melodramático demais para ser real, mas as palavras não conseguiam esconder a verdade.
A maioria das mulheres se sentia intimidada por ele – o que ele achava ótimo.
As que acabavam sendo-lhe apresentadas, como muitas dessas tolas que apareciam no Natal, geralmente estavam em dificuldades financeiras ou simplesmente circulavam em busca de relacionamento.
Obviamente, bons relacionamentos estavam fora de cogitação quando se tratava da família dele.
Os Rylands, mesmo os ramos mais distantes, não eram conhecidos como “boa” aristocracia.
Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída
Um ladrão experiente, Wynthrope Ryland não é estranho a mulheres bonitas - ou para aliviá-las de seus bens mais valiosos. Mas esta vida de crime não foi uma que ele escolheu para si mesmo e, quando ele acha que deixou esse mundo para trás, é forçado a retornar para proteger a carreira e a família de seu irmão, North.
Moira Tyndale, uma imponente viscondessa, é seu alvo para essa tarefa final. Mas ele quando se aproxima dela sente uma conexão poderosa entre eles. No começo, ele deixa a atração de lado, mas como ela lhe dá mais e mais confiança e compreensão, Wyn percebe que não pode ignorar sua paixão. Ele sabe que deve proteger seus segredos e seu passado, mas não pode protegê-la de si mesmo. Como pode escolher entre o desejo de seu coração e a segurança de seu irmão?
Capítulo um
Londres, Dezembro de 1818
- você não ousaria!
Então ela disse isso? O que ela estava pensando? Que ele era algum moleque incapaz de resistir a um desafio?
Provavelmente. E até certo ponto estaria certa. Suas palavras o espicaçaram, mas seria preciso mais do que uma aguilhoada para impedi-lo a agir. Wynthrope voltou-se para sua acompanhante com um sorriso frio mas encantador.
- Receio não poder aceitar esse desafio.
A mulher de seios fartos agitou sedutoramente o leque na altura do colo.
Sua surpresa diante da recusa estava estampada no lindo rosto.
- Céus! Por que não pode aceitá-lo?
Voltando a atenção para os pares que rodopiavam diante deles, Wynthrope sorriu de modo ainda mais frio.
Era por isso que não gostava de festas no inverno – a tagarelice era inevitável.
- Porque já sei o que aconteceria se convidasse a senhora em questão para dançar.
Lady Dumont não estava satisfeita com uma resposta tão indefinida.
- E o que quer dizer isso, caro senhor?
Polidamente, ele terminou de beber seu champanhe e em seguida respondeu, gesticulando com a taça vazia:
- A irmã dela sem dúvida teria um ataque histérico.
Isso era melodramático demais para ser real, mas as palavras não conseguiam esconder a verdade.
A maioria das mulheres se sentia intimidada por ele – o que ele achava ótimo.
As que acabavam sendo-lhe apresentadas, como muitas dessas tolas que apareciam no Natal, geralmente estavam em dificuldades financeiras ou simplesmente circulavam em busca de relacionamento.
Obviamente, bons relacionamentos estavam fora de cogitação quando se tratava da família dele.
Os Rylands, mesmo os ramos mais distantes, não eram conhecidos como “boa” aristocracia.
Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída
Meu Herói Particular
Série Herdeiras Americanas
Sequestrada ao chegar a terra inglesa vinda da sua América natal, Adele esperava ansiosa que a resgatassem. Mas quem vem em sua ajuda montado em um corcel não é seu noivo, o galante Harold, mas o primo deste, Damien. Um homem muito diferente dos aristocratas ingleses que Adele conheceu até agora: atraente, audaz, amante da vida ao ar livre e aventura... E com uma longa reputação como mulherengo. Enquanto retornam ao castelo de Harold, em uma viagem de três dias de estalagem em estalagem, ambos têm que fazer um grande esforço. Adele, por recordar que é uma moça séria, obediente e desejosa de cumprir seu compromisso de casamento. Damien, para ser digno da confiança que seu amado primo depositou nele. Mas quando a força da atração é tão grande, as convicções duram pouco. Quando tudo volta para seu lugar, ambos fazem o impossível para não ficar de novo a sós.
Capítulo Um
Alguma parte do norte da Inglaterra
Três dias. Já tinham transcorrido três longos dias e nesse momento estava começando a chover.
Adele levantou-se da capa cheia com palha que lhe servia de cama e dirigiu-se à janela entre as tábuas rangentes. Olhasse na direção que olhasse a única coisa que via sempre era uma infinita extensão de ondulantes colinas rochosas cobertas aqui e ali por grama, e nesse momento tudo estava sob um zangado céu cinza, pelo qual giravam nuvens que ameaçavam uma iminente tormenta. Grossas gotas começaram a golpear fortemente no vidro.
Estivesse onde estivesse essa parte do mundo era árida e solitária. Não tinha visto nem uma só pessoa, e nem sequer uma solitária cabra ou ovelha. Não se via nenhuma árvore até onde podia ver, e o vento soprava constantemente; açoitava a casinha de pedra situada na colina dessa abandonada e triste colina, estremecia com suas rajadas os painéis da janela e entrava assobiando pela chaminé. A porta do estábulo não deixava de bater, abrindo-se e fechando-se todo o santo dia. Isso, junto com o cheiro de mofo e a umidade dessa habitação, bastaria para tornar louca qualquer pessoa.
Fechou fortemente a mãoem punho. Tinham-na tirado de sua rota introduzindo-a em águas traiçoeiras e desejava estar de volta em sua vida tranqüila.
Ainda tinha uma nova vida por viver. Nem sequer sabia se Harold, ou qualquer homem, em todo caso, a desejaria por esposa depois disso, porque não tinha idéia do que lhe tinha feito seu seqüestrador. A única coisa que sabia era que em algum momento a despiu, porque quando despertou levava um vestido puído de tecido caseiro de outra pessoa; debaixo, uma saia, uma camisola e meias de cor marfim, mas nem espartilho nem sapatos. Não sabia o que lhe tinha ocorrido a sua camisola de dormir, nem por que teve que despi-la. Para lhe pôr essa roupa para que chamasse menos à atenção enquanto a levava a essa casa, talvez? Esperava que esse fosse o motivo.
Fez uma respiração lenta e profunda, resolvida a manter a cabeça fria. Não podia entregar-se ao pânico nem descontrolar-se. Isso não lhe faria nenhum bem. Nesses dias tinha tentado tudo para escapar dessa habitação; tinha golpeado, empurrado e remexido a porta; tinha gritado pedindo auxílio, e empregado toda sua força para abrir a janela; tudo inútil. A única coisa que ficava por fazer era esperar que ocorresse algo, algo que lhe permitisse agir. Ou que alguém a encontrasse. Com certeza sua mãe andava procurando-a, e a polícia estaria investigando.
Justo nesse momento ouviu abrir a porta da casa abaixo e uns passos pesados ao entrar alguém. Ouvia-os soar através do duro chão. A porta fechou-se com um golpe. Seu coração acelerou-se. Talvez essa fosse à oportunidade que estava esperando.
Foi posicionar-se no centro do quarto e ficou ali quieta, escutando. Havia mais de uma pessoa. Ouviam-se vozes.
Isso não era a rotina habitual. Sempre era uma só pessoa que entrava na casa para deixar-lhe comida e água. O que estaria ocorrendo?
Sequestrada ao chegar a terra inglesa vinda da sua América natal, Adele esperava ansiosa que a resgatassem. Mas quem vem em sua ajuda montado em um corcel não é seu noivo, o galante Harold, mas o primo deste, Damien. Um homem muito diferente dos aristocratas ingleses que Adele conheceu até agora: atraente, audaz, amante da vida ao ar livre e aventura... E com uma longa reputação como mulherengo. Enquanto retornam ao castelo de Harold, em uma viagem de três dias de estalagem em estalagem, ambos têm que fazer um grande esforço. Adele, por recordar que é uma moça séria, obediente e desejosa de cumprir seu compromisso de casamento. Damien, para ser digno da confiança que seu amado primo depositou nele. Mas quando a força da atração é tão grande, as convicções duram pouco. Quando tudo volta para seu lugar, ambos fazem o impossível para não ficar de novo a sós.
Capítulo Um
Alguma parte do norte da Inglaterra
Três dias. Já tinham transcorrido três longos dias e nesse momento estava começando a chover.
Adele levantou-se da capa cheia com palha que lhe servia de cama e dirigiu-se à janela entre as tábuas rangentes. Olhasse na direção que olhasse a única coisa que via sempre era uma infinita extensão de ondulantes colinas rochosas cobertas aqui e ali por grama, e nesse momento tudo estava sob um zangado céu cinza, pelo qual giravam nuvens que ameaçavam uma iminente tormenta. Grossas gotas começaram a golpear fortemente no vidro.
Estivesse onde estivesse essa parte do mundo era árida e solitária. Não tinha visto nem uma só pessoa, e nem sequer uma solitária cabra ou ovelha. Não se via nenhuma árvore até onde podia ver, e o vento soprava constantemente; açoitava a casinha de pedra situada na colina dessa abandonada e triste colina, estremecia com suas rajadas os painéis da janela e entrava assobiando pela chaminé. A porta do estábulo não deixava de bater, abrindo-se e fechando-se todo o santo dia. Isso, junto com o cheiro de mofo e a umidade dessa habitação, bastaria para tornar louca qualquer pessoa.
Fechou fortemente a mão
Ainda tinha uma nova vida por viver. Nem sequer sabia se Harold, ou qualquer homem, em todo caso, a desejaria por esposa depois disso, porque não tinha idéia do que lhe tinha feito seu seqüestrador. A única coisa que sabia era que em algum momento a despiu, porque quando despertou levava um vestido puído de tecido caseiro de outra pessoa; debaixo, uma saia, uma camisola e meias de cor marfim, mas nem espartilho nem sapatos. Não sabia o que lhe tinha ocorrido a sua camisola de dormir, nem por que teve que despi-la. Para lhe pôr essa roupa para que chamasse menos à atenção enquanto a levava a essa casa, talvez? Esperava que esse fosse o motivo.
Fez uma respiração lenta e profunda, resolvida a manter a cabeça fria. Não podia entregar-se ao pânico nem descontrolar-se. Isso não lhe faria nenhum bem. Nesses dias tinha tentado tudo para escapar dessa habitação; tinha golpeado, empurrado e remexido a porta; tinha gritado pedindo auxílio, e empregado toda sua força para abrir a janela; tudo inútil. A única coisa que ficava por fazer era esperar que ocorresse algo, algo que lhe permitisse agir. Ou que alguém a encontrasse. Com certeza sua mãe andava procurando-a, e a polícia estaria investigando.
Justo nesse momento ouviu abrir a porta da casa abaixo e uns passos pesados ao entrar alguém. Ouvia-os soar através do duro chão. A porta fechou-se com um golpe. Seu coração acelerou-se. Talvez essa fosse à oportunidade que estava esperando.
Foi posicionar-se no centro do quarto e ficou ali quieta, escutando. Havia mais de uma pessoa. Ouviam-se vozes.
Isso não era a rotina habitual. Sempre era uma só pessoa que entrava na casa para deixar-lhe comida e água. O que estaria ocorrendo?
Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel
28 de janeiro de 2011
Um Romance Indiscreto
Série Herdeiras Americanas
CHEGOU PROCURANDO UM FUTURO RESPEITÁVEL...
Clara chegou a Londres seguindo os passos de sua irmã Sophie e de outras jovens norte-americanas, que procuravam elevar o status de sua família casando-se com algum aristocrata inglês com muitos títulos e necessitado de dólares. A alta sociedade inglesa recebia a estas jovens do outro lado do oceano com uma mescla de curiosidade e ressentimento, de maneira que Clara tem que andar com cuidado para não dar pé a nenhum escândalo. Mas embora haja chegado procurando respeitabilidade, seu coração lhe pede aventura, paixão e risco... como o que supõe o homem mais atraente e com pior reputação de toda a Inglaterra.
... MAS O ESCÂNDALO RESULTOU SER MUITO MAIS SEDUTOR.
Seger Wolfe, marquês do Rawdon, não está nunca com a mesma mulher em uma semana. E só o faz com mulheres casadas. São algumas de suas regras de ouro, as mesmas que lhe permitiram seduzir a meio Londres e evitar qualquer compromisso. Entretanto, nos momentos de solidão, seu coração sente falta de um amor mais profundo e verdadeiro, como o que conheceu anos atrás.
Seger sempre se arranja para deixar de lado esses pensamentos. Até que o destino põe em seu caminho uma jovem a qual nunca deveria haver-se aproximado. Quando Seger pensa com a cabeça, sabe que deve resistir à tentação... mas ao que parece seu corpo toma suas próprias decisões.
Nota da Revisora Edith:
A mocinha se apaixona por um sedutor libertino. Para conquistar seu amor tem de enfrentar um fantasma do passado, mulheres atrevidas e principalmente as intrigas da madrasta do mocinho e sua sobrinha.
Enquanto isso, vão temperando com noites ardentes.
Eu não gosto muito de intrigas mas até que estas foram interessantes. O mocinho e mocinha tem de vencer sua desconfiança e é claro, conseguem fazer isso de um jeito legal.
Capítulo Um
A Temporada de Londres
Maio de 1883
Minha queridíssima Adele:
chegou por fim o momento; já tenho virtualmente em cima meu primeiro baile em Londres.
Não pode imaginar como me tremem as mãos ao pensar que não encaixarei, que todos me atravessaram imediatamente e verão que não sou uma deles.
Claro que espero que não me ocorra isso, porque desejo fazer parte da sociedade daqui, desfrutar dos passeios diários a cavalo pelo Rotten Row, recepções, almoços, noitadas no teatro.
Até o momento foi uma experiência exaustiva mas gloriosa, Adele, embora deva reconhecer que me frustrou um pouco a superficialidade das pessoas que conheci.
Sim, já sei que isso era de esperar. Ao fim e ao cabo estou na Inglaterra, e aqui a gente é extremamente reservada. Suponho que minha frustração tem suas raízes no que me ocorreu com Gordon há dois anos. Devo ser uma raridade. Sinto ânsias de aventura, e meu coração a deseja, entretanto, sei como pode ser perigosa.
Bom Deus, acredito que devo me empenhar em deixar atrás e esquecer esse engano se quiser viver uma vida decente e virtuosa. É de esperar que meu coração não se tornou muito complicado para este lugar tão diferente.
Às vezes me é difícil simplesmente esboçar um sorriso e me comportar como uma garota bonita, que é o que se espera de mim. Desejo algo mais profundo; algo mais sincero, franco.
Certamente, isto vai ser um desafio.
Sua irmã que a quer
Clara
Já atrasada para seu primeiro baile em Londres, que ia ser evidentemente o mais importante de sua vida, Clara Wilson estava na porta da saleta de estar de sua irmã, observando à senhora Gunther, sua acompanhante que estava junto à escrivaninha de mogno revisando um montão de convites empilhados em uma bandeja de prata.
- Estou certa de que é uma destas, tem que ser - disse a senhora Gunther, fazendo um movimento brusco com o qual caíram umas quantas cartões sobre a escrivaninha.
A senhora Gunther era uma mulher leal, de sólidos princípios, a única pessoa digna, em opinião de sua mãe, para confiar o papel de sua acompanhante e dama de companhia em Londres.
Era uma distinta matriarca na sociedade dos Estados Unidos, e procedia de uma prestigiosa família com dinheiro "muito velho", mas, por desgraça, sua memória já não era o que tinha sido em outro tempo.
- A casa estava em... Belgrave Square ou por aí perto - continuou a senhora.
- Me lembro quando Sophia explicou.
Seus pequenos saltos ressoaram sobre o chão de mármore e logo se afundaram no macio tapete quando Clara atravessou o quarto para ir olhar por cima do ombro de sua acompanhante.
Estava certa de que essa noite havia um bom número de bailes "por aí perto" do Belgrave Square.
Tinham que encontrar logo o convite, porque estavam atrasadas .
- Posso fazer algo para lhe refrescar a memória, senhora Gunther?
A senhora Gunther continuou passando convite após convite. Todos pareciam iguais: cartões retangulares marfim, com grandiosos títulos impressos em caprichosas letras de imprensa, e todos estavam dirigidas a Sophia, a irmã mais velha de Clara.
Há três anos, Sophia foi a primeira herdeira norte-americana que se casara com um duque.
Tanto ela como James, seu marido, eram imensamente populares entre os assíduos visitantes do Marlborough House, e jamais havia escassez de reuniões sociais às quais ir em qualquer momento dado. Logicamente, isso tornava mais difícil ainda a tarefa de encontrar o convite correto.
Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel
CHEGOU PROCURANDO UM FUTURO RESPEITÁVEL...
Clara chegou a Londres seguindo os passos de sua irmã Sophie e de outras jovens norte-americanas, que procuravam elevar o status de sua família casando-se com algum aristocrata inglês com muitos títulos e necessitado de dólares. A alta sociedade inglesa recebia a estas jovens do outro lado do oceano com uma mescla de curiosidade e ressentimento, de maneira que Clara tem que andar com cuidado para não dar pé a nenhum escândalo. Mas embora haja chegado procurando respeitabilidade, seu coração lhe pede aventura, paixão e risco... como o que supõe o homem mais atraente e com pior reputação de toda a Inglaterra.
... MAS O ESCÂNDALO RESULTOU SER MUITO MAIS SEDUTOR.
Seger Wolfe, marquês do Rawdon, não está nunca com a mesma mulher em uma semana. E só o faz com mulheres casadas. São algumas de suas regras de ouro, as mesmas que lhe permitiram seduzir a meio Londres e evitar qualquer compromisso. Entretanto, nos momentos de solidão, seu coração sente falta de um amor mais profundo e verdadeiro, como o que conheceu anos atrás.
Seger sempre se arranja para deixar de lado esses pensamentos. Até que o destino põe em seu caminho uma jovem a qual nunca deveria haver-se aproximado. Quando Seger pensa com a cabeça, sabe que deve resistir à tentação... mas ao que parece seu corpo toma suas próprias decisões.
Nota da Revisora Edith:
A mocinha se apaixona por um sedutor libertino. Para conquistar seu amor tem de enfrentar um fantasma do passado, mulheres atrevidas e principalmente as intrigas da madrasta do mocinho e sua sobrinha.
Enquanto isso, vão temperando com noites ardentes.
Eu não gosto muito de intrigas mas até que estas foram interessantes. O mocinho e mocinha tem de vencer sua desconfiança e é claro, conseguem fazer isso de um jeito legal.
Capítulo Um
A Temporada de Londres
Maio de 1883
Minha queridíssima Adele:
chegou por fim o momento; já tenho virtualmente em cima meu primeiro baile em Londres.
Não pode imaginar como me tremem as mãos ao pensar que não encaixarei, que todos me atravessaram imediatamente e verão que não sou uma deles.
Claro que espero que não me ocorra isso, porque desejo fazer parte da sociedade daqui, desfrutar dos passeios diários a cavalo pelo Rotten Row, recepções, almoços, noitadas no teatro.
Até o momento foi uma experiência exaustiva mas gloriosa, Adele, embora deva reconhecer que me frustrou um pouco a superficialidade das pessoas que conheci.
Sim, já sei que isso era de esperar. Ao fim e ao cabo estou na Inglaterra, e aqui a gente é extremamente reservada. Suponho que minha frustração tem suas raízes no que me ocorreu com Gordon há dois anos. Devo ser uma raridade. Sinto ânsias de aventura, e meu coração a deseja, entretanto, sei como pode ser perigosa.
Bom Deus, acredito que devo me empenhar em deixar atrás e esquecer esse engano se quiser viver uma vida decente e virtuosa. É de esperar que meu coração não se tornou muito complicado para este lugar tão diferente.
Às vezes me é difícil simplesmente esboçar um sorriso e me comportar como uma garota bonita, que é o que se espera de mim. Desejo algo mais profundo; algo mais sincero, franco.
Certamente, isto vai ser um desafio.
Sua irmã que a quer
Clara
Já atrasada para seu primeiro baile em Londres, que ia ser evidentemente o mais importante de sua vida, Clara Wilson estava na porta da saleta de estar de sua irmã, observando à senhora Gunther, sua acompanhante que estava junto à escrivaninha de mogno revisando um montão de convites empilhados em uma bandeja de prata.
- Estou certa de que é uma destas, tem que ser - disse a senhora Gunther, fazendo um movimento brusco com o qual caíram umas quantas cartões sobre a escrivaninha.
A senhora Gunther era uma mulher leal, de sólidos princípios, a única pessoa digna, em opinião de sua mãe, para confiar o papel de sua acompanhante e dama de companhia em Londres.
Era uma distinta matriarca na sociedade dos Estados Unidos, e procedia de uma prestigiosa família com dinheiro "muito velho", mas, por desgraça, sua memória já não era o que tinha sido em outro tempo.
- A casa estava em... Belgrave Square ou por aí perto - continuou a senhora.
- Me lembro quando Sophia explicou.
Seus pequenos saltos ressoaram sobre o chão de mármore e logo se afundaram no macio tapete quando Clara atravessou o quarto para ir olhar por cima do ombro de sua acompanhante.
Estava certa de que essa noite havia um bom número de bailes "por aí perto" do Belgrave Square.
Tinham que encontrar logo o convite, porque estavam atrasadas .
- Posso fazer algo para lhe refrescar a memória, senhora Gunther?
A senhora Gunther continuou passando convite após convite. Todos pareciam iguais: cartões retangulares marfim, com grandiosos títulos impressos em caprichosas letras de imprensa, e todos estavam dirigidas a Sophia, a irmã mais velha de Clara.
Há três anos, Sophia foi a primeira herdeira norte-americana que se casara com um duque.
Tanto ela como James, seu marido, eram imensamente populares entre os assíduos visitantes do Marlborough House, e jamais havia escassez de reuniões sociais às quais ir em qualquer momento dado. Logicamente, isso tornava mais difícil ainda a tarefa de encontrar o convite correto.
Série Herdeiras Americanas
1 - Nobre de Coração
2 - Um Romance Indiscreto
3 - Meu Herói Particular
4 - Love According to Lily
5 - Portrait of a Lover
6 - Surrender to a Scoundrel
A Espiã Que Me Amava
Série Liar's Club
Acima de tudo... o desejo!
James Cunnington tem nas mãos uma missão urgente: encontrar a filha de um decifrador de códigos do Clube dos Mentirosos, suspeito de traição em favor de Napoleão Bonaparte.
E embora seja evidente que o novo preceptor de seu filho adotivo tem algo a esconder, James não se dá conta de que a jovem por quem procura está morando sob seu teto...
Desesperada e sem recursos, Phillipa Atwater tem de se vestir como rapaz a fim de fazer-se passar por um jovem e estudioso professor particular.
O engenhoso... e um tanto desconfortável... disfarce lhe garante a oportunidade que ela precisa para tentar encontrar o pai, brutalmente sequestrado por espiões franceses.
Protegendo com unhas e dentes o sigiloso caderno de anotações do pai, Phillipa sente o perigo à sua volta, inclusive na casa de seu charmoso e atraente patrão, James Cunnington.
E agora ela está prestes a descobrir que o desejo pode ser tão letal quanto uma bala disparada por um atirador de elite...
Capítulo Um
Inglaterra, 1813.
Meados do verão...
Aos primeiros acordes da marcha nupcial, James Cunnington colocou-se ao lado da noiva e, no instante seguinte, sentiu os dedos trêmulos dela apertar seu braço. Enquanto a suave melodia erguia-se às altas vigas da capela que havia centenas de anos era parte do lar de seus ancestrais, ele teve a sensação de poder imaginar todos os enlaces que tinham ocorrido naquele lugar tão acolhedor. Todos os noivos esperançosos, todas as noivas radiantes de alegria...
Seu estômago deu um nó.
As imagens se foram, e suas têmporas começaram a latejar num desagradável contraponto ao andamento da música nupcial. Seria bom poder culpar os excessos alcoólicos da véspera, mas o fato era que somente parte do problema se devia à noite passada, quando todos os cavalheiros ali presentes tinham brindado entusiasticamente ao noivo. Na verdade, o que lhe envenenava os sentimentos era a amargura em seu coração.
Depois de dizer para si que aquele casamento era um evento mais do que bem-vindo, trocou um rápido olhar com a esfuziante dama a seu lado, concluindo que deveria estar tão ou mais feliz do que ela naquele dia. Deveria estar louvando o amor e ansiando por harmonia, no entanto só o que lhe vinha à mente ao caminhar ao longo da nave era deslealdade, ignomínia e culpa sem fim.
A culpa que o fustigava.
Não era preciso casar-se, seu pânico tentou acalmá-lo. Poderia simplesmente indicar um herdeiro. Ou até mesmo adotar aquele garoto, o mirradinho limpador de chaminés, que vivia à toa lá em seu clube. Não tinha por que passar por tudo isso.
De repente, deu-se conta de que estava diante do padre. E, com a impressão de que realmente iria passar mal do estômago, correu a tomar o braço da noiva para entregá-lo à mão do noivo.
Ainda bem que quem se casava era sua irmã, Agatha, e não ele.
Série Liar's Club
1 - Impostor Apaixonado
2 - O Impostor
3 - A Espiã que me Amava
4 - Desejo e Sedução
5 - Adorável Trapaceiro
5.5 - Dashing All The Way: A Christmas Anthology
Acima de tudo... o desejo!
James Cunnington tem nas mãos uma missão urgente: encontrar a filha de um decifrador de códigos do Clube dos Mentirosos, suspeito de traição em favor de Napoleão Bonaparte.
E embora seja evidente que o novo preceptor de seu filho adotivo tem algo a esconder, James não se dá conta de que a jovem por quem procura está morando sob seu teto...
Desesperada e sem recursos, Phillipa Atwater tem de se vestir como rapaz a fim de fazer-se passar por um jovem e estudioso professor particular.
O engenhoso... e um tanto desconfortável... disfarce lhe garante a oportunidade que ela precisa para tentar encontrar o pai, brutalmente sequestrado por espiões franceses.
Protegendo com unhas e dentes o sigiloso caderno de anotações do pai, Phillipa sente o perigo à sua volta, inclusive na casa de seu charmoso e atraente patrão, James Cunnington.
E agora ela está prestes a descobrir que o desejo pode ser tão letal quanto uma bala disparada por um atirador de elite...
Capítulo Um
Inglaterra, 1813.
Meados do verão...
Aos primeiros acordes da marcha nupcial, James Cunnington colocou-se ao lado da noiva e, no instante seguinte, sentiu os dedos trêmulos dela apertar seu braço. Enquanto a suave melodia erguia-se às altas vigas da capela que havia centenas de anos era parte do lar de seus ancestrais, ele teve a sensação de poder imaginar todos os enlaces que tinham ocorrido naquele lugar tão acolhedor. Todos os noivos esperançosos, todas as noivas radiantes de alegria...
Seu estômago deu um nó.
As imagens se foram, e suas têmporas começaram a latejar num desagradável contraponto ao andamento da música nupcial. Seria bom poder culpar os excessos alcoólicos da véspera, mas o fato era que somente parte do problema se devia à noite passada, quando todos os cavalheiros ali presentes tinham brindado entusiasticamente ao noivo. Na verdade, o que lhe envenenava os sentimentos era a amargura em seu coração.
Depois de dizer para si que aquele casamento era um evento mais do que bem-vindo, trocou um rápido olhar com a esfuziante dama a seu lado, concluindo que deveria estar tão ou mais feliz do que ela naquele dia. Deveria estar louvando o amor e ansiando por harmonia, no entanto só o que lhe vinha à mente ao caminhar ao longo da nave era deslealdade, ignomínia e culpa sem fim.
A culpa que o fustigava.
Não era preciso casar-se, seu pânico tentou acalmá-lo. Poderia simplesmente indicar um herdeiro. Ou até mesmo adotar aquele garoto, o mirradinho limpador de chaminés, que vivia à toa lá em seu clube. Não tinha por que passar por tudo isso.
De repente, deu-se conta de que estava diante do padre. E, com a impressão de que realmente iria passar mal do estômago, correu a tomar o braço da noiva para entregá-lo à mão do noivo.
Ainda bem que quem se casava era sua irmã, Agatha, e não ele.
Série Liar's Club
1 - Impostor Apaixonado
2 - O Impostor
3 - A Espiã que me Amava
4 - Desejo e Sedução
5 - Adorável Trapaceiro
5.5 - Dashing All The Way: A Christmas Anthology
O Impostor
Série Liar's Club
Pecadilhos de amor...
Não é fácil circular pelas rodas da alta sociedade vestido como um janota, principalmente para um espião implacável.
Mas é exatamente essa a missão de Dalton: fazer-se passar por sir Thorogood, o misterioso cartunista, cujas caricaturas satíricas de políticos chocam a cidade de Londres.
A verdadeira identidade de Thorogood é um mistério, e Dalton espera, ao
personificá-lo, afastar a real ameaça antes que os desenhos causem mais danos à Coroa.
Ao conhecer Thorogood em um baile, Clara sabe imediatamente que ele é um impostor... pois ela é verdadeiro cartunista.
Agora, ela está empenhada em desmascarar o impostor.
Porém, fingir ser outra pessoa tem o curioso efeito de levar uma mulher a fazer coisas que, em outras circunstâncias, ela nem de longe sonharia em fazer... até mesmo entregar-se aos braços de seu atraente adversário!
Capítulo Um
Dalton Montmorency, lorde Etheridge, espião da Coroa inglesa, adentrou o luxuoso salão de baile em sua primeira aparição pública fingindo ser Thorogood, o misterioso desenhista que causava furor na cidade.
Ao passar pelo pórtico principal da mansão dos Rochester, notou o burburinho se extinguir e um mar de faces se virar em sua direção.
Imediatamente, percebeu que decerto enfurecera o mordomo que o vestira, pois a roupa que trajava contrastava com as casacas escuras dos cavalheiros.
Parecia um dândi, exibindo uma profusão de laços e rendas, que até colocavam sua masculinidade em dúvida.
O salto alto dos sapatos também não ajudava em nada.
— Vista-me da forma tola e afetada como se vestem os artistas — ele instruíra Button, o mordomo que havia emprestado de Simon Raines, antigo chefe dos espiões do Liar’s Club, ou Clube dos Impostores.
— Faça-me parecer alguém que só se importa com as aparências.
Agora concluía que não fora feliz em sua decisão.
Button era tido como um gênio da moda, e se convertera na ferramenta ideal para vestir os integrantes do Clube dos Impostores quando estes precisavam se disfarçar ou assumir outra identidade.
Na certa ele ofendera o homem ao se referir a "forma tola e afetada como se vestem os artistas", pois Button considerava a si próprio um artista...
Série Liar's Club
1 - Impostor Apaixonado
2 - O Impostor
3 - A Espiã que me Amava
4 - Desejo e Sedução
5 - Adorável Trapaceiro
5.5 - Dashing All The Way: A Christmas Anthology
Pecadilhos de amor...
Não é fácil circular pelas rodas da alta sociedade vestido como um janota, principalmente para um espião implacável.
Mas é exatamente essa a missão de Dalton: fazer-se passar por sir Thorogood, o misterioso cartunista, cujas caricaturas satíricas de políticos chocam a cidade de Londres.
A verdadeira identidade de Thorogood é um mistério, e Dalton espera, ao
personificá-lo, afastar a real ameaça antes que os desenhos causem mais danos à Coroa.
Ao conhecer Thorogood em um baile, Clara sabe imediatamente que ele é um impostor... pois ela é verdadeiro cartunista.
Agora, ela está empenhada em desmascarar o impostor.
Porém, fingir ser outra pessoa tem o curioso efeito de levar uma mulher a fazer coisas que, em outras circunstâncias, ela nem de longe sonharia em fazer... até mesmo entregar-se aos braços de seu atraente adversário!
Capítulo Um
Dalton Montmorency, lorde Etheridge, espião da Coroa inglesa, adentrou o luxuoso salão de baile em sua primeira aparição pública fingindo ser Thorogood, o misterioso desenhista que causava furor na cidade.
Ao passar pelo pórtico principal da mansão dos Rochester, notou o burburinho se extinguir e um mar de faces se virar em sua direção.
Imediatamente, percebeu que decerto enfurecera o mordomo que o vestira, pois a roupa que trajava contrastava com as casacas escuras dos cavalheiros.
Parecia um dândi, exibindo uma profusão de laços e rendas, que até colocavam sua masculinidade em dúvida.
O salto alto dos sapatos também não ajudava em nada.
— Vista-me da forma tola e afetada como se vestem os artistas — ele instruíra Button, o mordomo que havia emprestado de Simon Raines, antigo chefe dos espiões do Liar’s Club, ou Clube dos Impostores.
— Faça-me parecer alguém que só se importa com as aparências.
Agora concluía que não fora feliz em sua decisão.
Button era tido como um gênio da moda, e se convertera na ferramenta ideal para vestir os integrantes do Clube dos Impostores quando estes precisavam se disfarçar ou assumir outra identidade.
Na certa ele ofendera o homem ao se referir a "forma tola e afetada como se vestem os artistas", pois Button considerava a si próprio um artista...
Série Liar's Club
1 - Impostor Apaixonado
2 - O Impostor
3 - A Espiã que me Amava
4 - Desejo e Sedução
5 - Adorável Trapaceiro
5.5 - Dashing All The Way: A Christmas Anthology
O Senhor da Sedução
Série Lords
Uma noiva hesitante: possui-la será um perigo…
Lady Tanon Risande deve casar por ordem do Rei com um príncipe Galês feroz.
Mas a teimosa Tanon tem outros planos, e em nenhum deles está se submeter ao príncipe Gareth Ap Owain, um homem pelo qual todas as mulheres da corte suspiram.
E, quando o rude guerreiro pousa seus olhos penetrantes nela, Tanon começa a perguntar-se como será deitar-se com um bárbaro.
Dama do desejo.
Gareth está disposto a mostrar a sua esposa deliciosa e inexperiente que ela está a salvo de sua selvageria no campo de batalha... mas não na cama.
Para isso, empregará seus métodos mais persuasivos e sedutores a fim de atraí-la para seus braços — e está ansioso para testar todos eles. Mas, embora Gareth seja um príncipe, não pode oferecer a Tanon a elegância a qual está acostumada, nem está certo de que ela esteja a salvo nas terras inóspitas de sua pátria.
O que pode garantir é que em seus braços ela conhecerá um amor que jamais pensou que pudesse existir...
Comentário revisora Carla Souza:“É a legitima historia leve, para ler e sonhar!”
Capítulo Um
Ele chegou ao castelo de Winchester no começo de uma tempestade.
Tanon devia saber que com sua chegada ocorreria uma mudança importante na vida de certa pessoa.
Ao entrar no corredor, acompanhado por seus seguidores, uma ventania revolveu sua cabeleira dourada.
Vestido com uma túnica sem mangas de couro, bordada em azul, tinha o aspecto de um feroz guerreiro celta.
Usava braceletes e um colar de ouro.
Seus olhos de safira resplandeciam uma ferocidade primitiva.
Viu a figura de Tanon, descendo as escadas, com um olhar dominante que lembrava a doçura de uma suave carícia, enquanto seus lábios se curvavam em um sensual sorriso.
Tanon tropeçou nos dois últimos degraus e ele, imediatamente, segurou-a pela cintura com suas grandes e poderosas mãos.
— Não tenha medo, milady. Está segura.
Sua voz era profunda e densa como o veludo.
Detectou o breve desconcerto de Tanon, enquanto se esforçava por sustentar seu olhar, até que o coração dela começou a pulsar mais fortemente.
— Foi muito amável. — murmurou, alisando uma ruga inexistente em seu vestido, antes de afastar-se.
Deteve-se diante da entrada do grande salão do castelo de Winchester, e decidiu deixar de pensar no estranho.
Não era educado que uma dama andasse atrás dos homens como se fosse uma gatinha manhosa, sobretudo se esses homens fossem pagãos.
Respirou fundo e ensaiou um sorriso antes de entrar no salão.
O castelo do rei Guillermo era tão familiar como seu próprio lar, em Avarloch.
Mas o lugar importante que ocupava na mesa do rei obrigava-a a respeitar o protocolo.
Distribuía sorrisos aos aldeiões que pareciam estátuas de madeira e se mostrava cortês com as damas e os cavalheiros, mesmo que não se simpatizasse com eles.
Tinha o cuidado de não envergonhar sua família ou decepcionar Guillermo, respeitando os costumes; afinal, já não era uma garotinha.
Olhou ao redor, admirando as tapeçarias que adornavam as paredes à luz da lareira. As risadas enchiam o ambiente, e os cavalheiros erguiam suas taças, desejando saúde e prosperidade uns aos outros.
As damas riam de maneira sugestiva, ou lançavam advertências às crianças que corriam entre as mesas, como moscas em um banquete.
Um trovador cantava uma canção triste de amor não correspondido, sentado junto ao fogo, enquanto calculava o valor das moedas que foram tilintando à medida que enchia o chapéu aos seus pés.
Tanon tirou dos olhos um fio solitário de seu cabelo, antes de endireitar-se.
Devia reunir forças para enfrentar está noite. Entre os convidados que chegaram à Winchester para participar do torneio de verão estava lorde Roger de Courtenay, conde de Blackburn, com quem estava comprometida.
Não tinha sido sua decisão, é claro.
Era filha de um nobre, e se isso não garantia um matrimônio com outro nobre, o fato de ser a protegida do rei da Inglaterra o faria.
Roger já não era o demônio que a incomodava quando tinha seis anos.
Série Lords
1 - O Senhor do Desejo
2 - O Senhor da Tentação
3 - O Senhor da Sedução
Série Concluída
Uma noiva hesitante: possui-la será um perigo…
Lady Tanon Risande deve casar por ordem do Rei com um príncipe Galês feroz.
Mas a teimosa Tanon tem outros planos, e em nenhum deles está se submeter ao príncipe Gareth Ap Owain, um homem pelo qual todas as mulheres da corte suspiram.
E, quando o rude guerreiro pousa seus olhos penetrantes nela, Tanon começa a perguntar-se como será deitar-se com um bárbaro.
Dama do desejo.
Gareth está disposto a mostrar a sua esposa deliciosa e inexperiente que ela está a salvo de sua selvageria no campo de batalha... mas não na cama.
Para isso, empregará seus métodos mais persuasivos e sedutores a fim de atraí-la para seus braços — e está ansioso para testar todos eles. Mas, embora Gareth seja um príncipe, não pode oferecer a Tanon a elegância a qual está acostumada, nem está certo de que ela esteja a salvo nas terras inóspitas de sua pátria.
O que pode garantir é que em seus braços ela conhecerá um amor que jamais pensou que pudesse existir...
Comentário revisora Carla Souza:“É a legitima historia leve, para ler e sonhar!”
Capítulo Um
Ele chegou ao castelo de Winchester no começo de uma tempestade.
Tanon devia saber que com sua chegada ocorreria uma mudança importante na vida de certa pessoa.
Ao entrar no corredor, acompanhado por seus seguidores, uma ventania revolveu sua cabeleira dourada.
Vestido com uma túnica sem mangas de couro, bordada em azul, tinha o aspecto de um feroz guerreiro celta.
Usava braceletes e um colar de ouro.
Seus olhos de safira resplandeciam uma ferocidade primitiva.
Viu a figura de Tanon, descendo as escadas, com um olhar dominante que lembrava a doçura de uma suave carícia, enquanto seus lábios se curvavam em um sensual sorriso.
Tanon tropeçou nos dois últimos degraus e ele, imediatamente, segurou-a pela cintura com suas grandes e poderosas mãos.
— Não tenha medo, milady. Está segura.
Sua voz era profunda e densa como o veludo.
Detectou o breve desconcerto de Tanon, enquanto se esforçava por sustentar seu olhar, até que o coração dela começou a pulsar mais fortemente.
— Foi muito amável. — murmurou, alisando uma ruga inexistente em seu vestido, antes de afastar-se.
Deteve-se diante da entrada do grande salão do castelo de Winchester, e decidiu deixar de pensar no estranho.
Não era educado que uma dama andasse atrás dos homens como se fosse uma gatinha manhosa, sobretudo se esses homens fossem pagãos.
Respirou fundo e ensaiou um sorriso antes de entrar no salão.
O castelo do rei Guillermo era tão familiar como seu próprio lar, em Avarloch.
Mas o lugar importante que ocupava na mesa do rei obrigava-a a respeitar o protocolo.
Distribuía sorrisos aos aldeiões que pareciam estátuas de madeira e se mostrava cortês com as damas e os cavalheiros, mesmo que não se simpatizasse com eles.
Tinha o cuidado de não envergonhar sua família ou decepcionar Guillermo, respeitando os costumes; afinal, já não era uma garotinha.
Olhou ao redor, admirando as tapeçarias que adornavam as paredes à luz da lareira. As risadas enchiam o ambiente, e os cavalheiros erguiam suas taças, desejando saúde e prosperidade uns aos outros.
As damas riam de maneira sugestiva, ou lançavam advertências às crianças que corriam entre as mesas, como moscas em um banquete.
Um trovador cantava uma canção triste de amor não correspondido, sentado junto ao fogo, enquanto calculava o valor das moedas que foram tilintando à medida que enchia o chapéu aos seus pés.
Tanon tirou dos olhos um fio solitário de seu cabelo, antes de endireitar-se.
Devia reunir forças para enfrentar está noite. Entre os convidados que chegaram à Winchester para participar do torneio de verão estava lorde Roger de Courtenay, conde de Blackburn, com quem estava comprometida.
Não tinha sido sua decisão, é claro.
Era filha de um nobre, e se isso não garantia um matrimônio com outro nobre, o fato de ser a protegida do rei da Inglaterra o faria.
Roger já não era o demônio que a incomodava quando tinha seis anos.
Série Lords
1 - O Senhor do Desejo
2 - O Senhor da Tentação
3 - O Senhor da Sedução
Série Concluída
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