20 de setembro de 2010

Além do Nevoeiro das Highlands

Romances Sobrenatural →veja mais
Série Highlanders Paranormais
















Capítulo Um

Escócia, 1° de abril de 1513
Sidheach James Lyon Douglas, terceiro Conde de Dalkeith, deslizou silenciosamente sobre o solo. As gotas d’água fluíam de seu cabelo úmido para seu peito largo, unindo-se num só riacho entre as ondulações duplas de músculos em seu abdômen. O luar brilhou debilmente através da janela aberta e lançou uma luminosidade prateada sobre sua pele de bronze, criando a ilusão de que tinha sido esculpido em aço fundido.
A tina por trás dele ficou fria e esquecida. A mulher na cama também estava fria e esquecida. Ela sabia disso.
E não lhe agradou nem um pouco.
Muito formoso para mim, pensou Esmeralda. Mas por todos os Santos, o homem era um gole de veneno, e outro sorvo fresco e longo de seu corpo a única cura para a toxina. Pensou nas coisas que fizera para ganhá-lo, compartilhar sua cama, e -Deus a perdoasse- as coisas que faria para ficar ali.
Quase o odiava por isso. Sabia que ela mesma se odiava por isso. Ele deve ser meu, pensou. Olhou-o andar pelo quarto espaçoso até a janela, que abriu entre as colunas de granito caneladas que se encontravam num arco a uma altura de vinte pés sobre sua cabeça. Esmeralda sorriu com desprezo às costas dele. Tonto -abrir essas janelas sem defesa nem cuidado- ou arrogante. Para que, se podia ficar na maciça cama com colchão de plumas, queria olhar fixamente através do arco rosado um céu aveludado e esburacado de reluzentes estrelas?
Ela o surpreendera olhando dessa mesma maneira essa noite, quando entrou de um só golpe nela e excitara essa fome sem fim em seu sangue, com sua virilidade dura como uma pedra, que só ele possuía. Ela tinha choramingado sob ele no mais grandioso êxtase que alguma vez experimentou e ele agora estava olhando para fora da janela, como se ninguém mais estivesse ali com ele.
Estava contando as estrelas?
Canções obscenas silenciosamente recitadas para impedir-se de cair rendido e dormir?
Ela o tinha perdido.
Não, Esmeralda jurou, nunca o perderia.
-Hawk?
-Hummm?
Ela alisou o lençol de seda lavanda através de seus dedos trêmulos.
-Vem de novo à cama, Hawk.
-Estou inquieto esta noite, doçura-. Ele brincou com o talo de uma grande flor azul pálida. Uma meia hora antes ele tinha corrido as pétalas cobertas de orvalho ao longo de sua pele de seda.
Esmeralda retrocedeu ante sua admissão de que ainda tinha energia para esbanjar. Sonolentamente saciada, ela poderia ver que seu corpo ainda era atravessado da cabeça aos dedos dos pés com seu vigor inquieto. Que tipo de mulher deveria tomar -ou a quantas- para deixar a esse homem adormecido em fascinada satisfação?
Mais mulher do que ela, e deuses, quanto isso a ofendia.
Sua irmã o tinha deixado mais saciado? Sua irmã, que tinha esquentado sua cama até que ela, Zeldie,  encontrou uma maneira de tomar seu lugar?
-Sou melhor do que minha irmã?-. As palavras escaparam-lhe antes que pudesse detê-las. Mordeu os lábios e esperou sua resposta ansiosamente.
Suas palavras distraíram o olhar fumegante do homem da noite estrelada, através da larga extensão do dormitório, para descansar na acalorada cigana de cabelos como asa de um corvo.

Série Highlanders Paranormais
1 - Além do Nevoeiro das Highlands
2 - Para Domar um Highlander
3 - O Toque de um Highlander
4 - O Beijo do Highlander
5 - O Highlander Sombrio
6 - O Highlander Imortal
7 - O Feitiço do Guerreiro
8 - Em Seus Sonhos
Série Concluída

Uma Princesa Indomável

Série Chefes Vikings

A batalha foi travada para obter seu coração!

O perigoso guerreiro Ivar Gunnarson era um homem de ação, mais do que palavras.

Sem tempo para pensar em amores ideais, apropriava-se sempre de tudo que queria, e a princesa Thyre não ia se converter em uma exceção à regra.Misteriosa e sedutora, Thyre despertou o desejo de Ivar no instante em que pôs seus olhos nela. No meio de um sangrento conflito entre facções vikings, ela se transformou em prisioneira do guerreiro, mas seu espírito era indomável…

Capítulo Um

796, Noruega, fronteira com a Suécia.
— Pelo martelo de Thor! Tio Ivar, você estava certo! Estão esperando, ali mesmo, e sem se esconder, como você gosta.
Ivar Gunnarson, jaarl Viking, olhou para onde seu sobrinho assinalava. Escondidos na sombra de uma ilha rochosa, os drakkars dos ranrikes espreitavam prontos para atacar.
Ivar segurou com força o leme, que movia ligeiramente para a direita e o Bruxa do Mar respondeu imediatamente a sua ordem.
— Os ranrikes estão nos recebendo com honras. Cinco navios contra um. Essa promete ser uma batalha interessante.
No navio, todo o movimento parou. Todos os homens se viraram para Ivar. Seus semblantes expressavam medo e antecipação enquanto apoiavam suas mãos calejadas nos remos.
Ivar sabia que eles iriam provar ser dignos de sua confiança. Que iria retornar com segurança para casa. Ele era um homem que colocava sua confiança em coisas materiais: a força de sua espada, a tensão da vela, a precisão de sua pontaria, e não em rezas e amuletos.
Ivar acredita nas ações, não em palavras.
— Mas, tio Ivar — disse Asger, — por que estão esperando agora? Por que não atacaram quando saímos de Birka?
— No caminho de Birka não representavam nenhum perigo para nós, jovem Asger. Escute seu tio — gritou Erik de onde estava sentado. — O rei dos ranrikes queria que fizéssemos o trabalho duro. Estão em busca das especiarias e as sedas que trazemos para os Vikings, não se atrevem a atacar em mar aberto. Seu tio previu este ataque meses antes do início da viagem. Diante de todos aqueles que apelam para causas sobrenaturais para explicar o fato de que nossos navios não voltam, seu tio sempre desconfiou que houvesse outro motivo. Confie nele. Conheça o mar e os seus caprichos.— Outros remadores apoiaram as palavras de Erik e o cenho de preocupação de Asger desapareceu.
— Agora começa a corrida contra os ranrikes — Ivar ajustou a tira que mantinha o leme em sua mão enquanto pensava na seda, o âmbar e a valiosa carga que transportavam. Se conseguisse fazê-la chegar aos mercados de Kaupang, poderia ganhar mais que com o resgate de um rei.
— Aqui é onde vai aprender o que é um verdadeiro guerreiro viking, Asger, um membro desta felag.
— Mas como vamos ganhar de tantos navios atrás. O Bruxa do Mar é o navio viking mais rápido que navega no mar. Fará qualquer coisa que pedirmos.
— Qualquer coisa? Mesmo com esses corvos anunciando uma tempestade? — perguntou Asger, assinalando um bando de corvos que voava em círculo sobre o navio. — Você sabe o que se diz sobre os corvos, são mensageiros em meio de uma tempestade?
Asger passou a mão nos lábios e olhou preocupado as almas dos homens afogados, tio Ivar.
— Os corvos são apenas pássaros. Desfrutam do vento que lhes dá oportunidade de estenderem suas asas.
— Jamais tinha pensado que pudessem desfrutar do vento.
Ivar se concentrou nas ondas que golpeavam o navio. Algum dia, quando tivesse terminado a etapa de viagens e pudesse voltar a pensar em ter uma esposa, gostaria de ter um filho como Asger. Sabia que com o tempo aquele garoto se tornaria um bom guerreiro.
O vento levantava ondas de espuma branca e o grasnar dos corvos era ensurdecedor. Ivar sujeitava o leme com mão firme. O Bruxa do Mar poderia ganhar qualquer competição contra o vento. A quilha e os equipamentos do barco tinham sido desenhados com esse propósito; e se tinha sido capaz de viajar até a Northumbria dois anos atrás, também conseguiria superar uma situação como aquela.
— Erik, trocou a corda da direita?
O marinheiro olhou para longe de seus remos e coçou o nariz. — Sim, fiz exatamente o que me pediu Ivar.
— O ranrikes está esperando por nós na chegada da enseada. Uma vez lá, tudo que vocês têm que fazer é esperar, vão nos assaltar e levar a carga que tanto trabalhamos duros para ganhar. — Ivar parou para deixar os homens absorverem suas palavras em seguida, ele levantou seu punho. — Mas eu não estou disposto a deixar que isso aconteça!


Série Chefes Vikings
1 - A Amante do Viking/ Coração Bárbaro
2 - A Paixão de Um Guerreiro/ Força Invasora
3 - Uma Princesa Indomável
Série Concluída

16 de setembro de 2010

O Legado Do Diamante

Série Diamante Negro

Slayde, conde de Pembourne, está disposto a tudo para salvar a sua irmã Aurora.

Inclusive a entregar o Diamante Negro, uma jóia muito valiosa que, depois de tudo, não tem feito mais que trazer desgraça e sofrimento a sua família, mas quando realiza a troca em alto mar, descobre que foi enganado: os cabelos vermelhos que brilhavam na névoa não são os de Aurora, a não ser os da jovem Courtney, vítima de alguns piratas que mataram a seu pai e a capturaram como isca.
Slayde acolhe Courtney em sua mansão e a ajuda a recuperar-se, enquanto tenta descobrir quem planejou o engano.
Os dois têm agora na vida um objetivo comum: a vingança, mas logo começa a surgir entre eles um impulso ainda mais forte, uma paixão desconhecida.

Capítulo Um

Maio de 1817, Devonshire, Inglaterra

Essa era terceira das notas com pedido de resgate recebidas em três dias, e a quinta esta semana, mas só era a segunda que parecia indicar um verdadeiro sequestro.
Pembourne:A troca se fará esta noite, às onze. A dez milhas ao sul do Dartmouth, mar a dentro, no Canal. Venha com um barco pequeno, sem armas.Venha sozinho, unicamente acompanhado pelo diamante. Obedeça estas instruções, se não, sua irmã morrerá.”
Devolvendo a lacônica mensagem ao bolso de sua jaqueta, Slayde Huntley, nono conde de Pembourne, lançou com uma mão a roda do leme de seu barco de pesca, ao tempo que com a outra inclinava seu relógio para a tênue luz do abajur.
Segundo seus cálculos, já tinha percorrido mais de nove das dez milhas.
Fez um esforço para acalmar-se e preparar-se para o enfrentamento, e manobrou a barco para entrar mais nas águas do Canal coberto de névoa, águas tão revoltas que davam a impressão de que poderiam tragar um barco do tamanho do seu.
Deveria ter trazido uma embarcação maior, pensou.
Todos seus instintos gritavam que esse barquinho não só era inadequado para o mar revolto, mas também que sua estrutura a fazia absolutamente vulnerável ao inimigo, mas a mensagem do sequestrador foi muito clara, por isso, dissesse o que dissesse seu instinto, não se atreveu a desobedecer, não iria pôr em perigo a vida de sua irmã.
Aurora.
Imaginar prisioneira de um sujo pirata arrepiava sua pele.
Pela enésima vez se repreendeu por ter faltado a suas responsabilidades, por ter permitido que acontecesse essa atrocidade sem precedentes.
Nos dez anos transcorridos desde que se converteu no responsável por Aurora, tinha conseguido mantê-la isolada do mundo e, mesmo em suas frequentes e prolongadas ausências, organizou seus exercito de criados e guardas, para mantê-la segura e confortável, além de proteger sua propriedade de intrusos.
Os acontecimentos demonstravam que esse último era mais fácil de conseguir que o primeiro.
De todos os modos, segundo informações que recebeu cada vez que voltava para casa, Aurora estranha vez conseguia aventurar-se além de seu adorado farol sem que a descobrissem e levassem de volta a Pembourne.
Como demônios pôde ocorrer o sequestro, então?
Deixou de lado os sentimentos de frustração e de culpa; nessa apurada situação não havia espaço para nenhum dos dois.
As dúvidas e as repreensões a si mesmo viriam depois.
Nesse momento só conseguiu dissipar suas reservas mentais, diminuindo assim as possibilidades de realizar o que tinha vindo a fazer: entregar o preço do resgate e recuperar a sua irmã.
O preço do resgate, esse detestável diamante negro cuja lenda tinha enterrados suas garras em seu passado e se negava a soltá-lo, cuja maldição atormentava os Huntley como um fantasma letal, um fantasma cuja presença não dissuadia absolutamente às centenas de corsários que vinham procurar a cobiçada pedra.
Pensando na brilhante pedra negra que tinha metido em sua bota hessiana, apertou com uma incrível força o leme até suas mãos perderem a cor.
O que o convenceu de que essa mensagem não era um simples invento com o fim de obter a pedra? E se, como a maioria dos anteriores, essa mensagem fosse um engano? E se esse pirata não tinha sequestrado Aurora?


Série Diamante Negro
1 - O Legado do Diamante Negro
2 - O Diamante Negro
Série Concluída

12 de setembro de 2010

Saga Coração

1- A DAMA E O DRAGÃO


Na guerra enfrentada pela casa dos York com os Lancaster, o nome
“Dragão”passou a ser sinônimo de crueldade.

Temido e desprezado sem igual, Henrique VII o considera um de seus mais fiéis servidores.
Depois de anos combatendo ardentemente por sua causa, a paz parece afirmar-se no reino e chega o momento de premiar a fidelidade do feroz e hermético guerreiro com uma recompensa ansiada por muitos: a mão de Lady Norfolk.
Lady Margaret Norfolk é uma mulher acostumada guiar as rédeas de sua vida; por isso, quando tem que defender-se dos avanços de um pretendente muito ansioso por conseguir sua mão, não duvida em pedir audiência ao rei e pactuar com ele.
Agora, por decreto real está obrigada a contrair matrimônio com o genioso Dragão.
Mas a prática moça não pensou em se deixar intimidar pelo imponente guerreiro; e mais, está disposta a lhe fazer frente sempre que lhe for possível.
O que esconde o feroz guerreiro que tanto a comove?
Seu penetrante olhar cria na jovem uma ânsia difícil de qualificar, possivelmente seja certo que os dragões possuem um coração.


2- O CORAÇÃO DA DONZELA

A Condessa Darkmoon deixou para trás sua infância em Norfolk para converter-se em uma das herdeiras mais desejáveis da corte de Enrique VII, mesmo quando suas reiteradas negativas em aceitar um marido lhe valeram o sobrenome de Lady Não.


Mas quando os laços de fidelidade que a unem a Adrian Wentworth, seu mentor e protetor, obrigam-na a casar-se com Hugh de Claire, não terá mais remédio que aceitar esta união e tentar salvar da forca o homem pelo qual esteve apaixonada em sua infância.O reencontro com este ex-mercenário desperta em seu coração velhos desejos que não está disposta a reviver.
Acusado falsamente de assassinato, Hugh de Claire aguarda sua morte em uma escura masmorra da cidade de Amsterdã. 

Quando todas suas esperanças de redenção se desvaneceram recebe um trato que não poderá recusar embora isso implique casar-se com Anne, aquela irritante menina que ele estava acostumado a chamar "menina".
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Saga Coração
1 - A Dama e o Dragão
2 - O Coração da Donzela
Série Concluída

Coração Conquistado


Inglaterra, 1153

Da vingança à paixão

Quando o país é assolado por uma sangrenta guerra civil, e a propriedade e os bens da família de Griffyn Sauvage são usurpados, o coração dele endurece com a dor da traição e o desejo de vingança.
Griffyn será capaz de qualquer extremo para vingar-se, até mesmo formar uma aliança com seu mais odiado inimigo, casando-se com a filha dele, lady Guinevere de l'Ami. 
Porém, quando pousa os olhos em Gwyn, Griffyn fica completamente desarmado...
À medida que a guerra avança, Gwyn se vê sozinha para lutar contra os inimigos que querem dominar as terras de seus ancestrais.
Quando Griffyn surge em seu socorro, ela fica grata pelo fato de o valente e misterioso cavaleiro ter arriscado a própria vida para proteger a sua.
A cada dia que passa, Gwyn se sente mais atraída por ele, mesmo pressentindo que Griffyn esconde dela um segredo sombrio.
E quando outro perigoso inimigo fecha o cerco sobre ambos, a confiança e o amor de Griffyn e Gwyn um pelo outro são submetidos à mais dura das provas...

Prólogo

Docas de Barfieur, Normandia, França 1 de abril de 1152
― Quanto é? O capitão do navio olhou desconfiado para o homem de ar intimidante à sua frente. A chuva caía de lado nas docas vazias de Barfieur e estava escuro, um pesado silêncio pairando no ar.
Mais assustador, porém, era o modo como o capuz do homem, puxado para a frente, cobria-lhe parcialmente o rosto com sombras, onde apenas os olhos cinzentos se viam, brilhando feito brasas meio acesas.
— Mais do que um tipo como você pode pagar — resmungou o capitão, fazendo menção de se afastar.
Uma mão se fechou em torno do braço dele.
— Posso pagar mais do que um tipo como você já sonhou em ver. — Um saco de moedas foi atirado na mão calejada. — Isso é o suficiente?
O capitão arqueou as sobrancelhas grossas e, então, abriu bruscamente o saco.
Moedas de ouro e cobre se esparramaram, tilintando alto no silêncio das docas molhadas. Ele olhou na direção da tabuleta torta de uma taverna, vários metros adiante no cais e, em seguida, guardou rapidamente as moedas de volta no saco e amarrou-o.
— Eu farei o serviço.
Um riso baixo, zombeteiro, foi a resposta.
Ele guardou o saco debaixo do manto. Estreitou os olhos de encontro ao brilho intenso da luz proveniente das tochas que se refletia no chão escorregadio das docas. Ò manto do homem esvoaçava sob a chuva fina. Era difícil distingui-lo como uma figura sólida. Parecia etéreo e sombrio no vento escuro.
O capitão tocou a barba grisalha.
— Quantos de vocês falou que havia?
— Treze.
Ele se inclinou para a frente, tentando distinguir um rosto, mas a noite e o capuz o ocultavam. Até o cavalo do homem, parado a um metro ou dois era tão preto que teria ofuscado uma tocha.
— Sim, um número de azar, para se fazer coisas que trazem azar, sem dúvida.
Músculos se avolumaram quando o homem cruzou os braços sobre o peito.
— Sem dúvida. Mas não tanto azar quanto você terá se falar sobre isto a alguém.
O capitão tocou o saco de moedas sob o manto.
— Bem, quando eu estiver me divertindo com muita comida, bebida... e mulheres — riu ele —, não terei necessidade de contar histórias.
Os velados olhos cinzentos observaram-no fixamente, e o capitão parou de rir e pigarreou.
— Para onde querem ir?
— Meia légua a oeste de Wareham. Ele gelou.
— O quê? É perigoso demais navegar por aquela enseada. Não posso correr o risco...
Com gestos ágeis, o Homem enfiou a mão no manto do capitão e pegou de volta o saco de moedas de ouro.
— Outro alguém correrá o risco, então. E ficará com o dinheiro.
— Não, senhor, está certo. — O capitão umedeceu os lábios, observando o saco de dinheiro.— Não disse que não o farei, apenas que não é prudente é que não posso ser responsabilizado por nenhum infortúnio.
A figura grande e encapuzada sorriu com ar um tanto sombrio.
— Farei muitas coisas imprudentes, capitão, e não lhe pedirei que responda por nenhuma delas. Amanhã cedo estarei aqui com os meus homens.
— Combinado — resmungou o capitão, tornando a guardar o dinheiro com um suspiro de alívio.
O vulto fez menção de se afastar.
— E nós temos cavalos.
Quando o capitão se virou, já era tarde demais.
— Bem, o que... — Ele parou de falar, percebendo que já estava sozinho.

A Noiva Trocada

Série Família Sherbrook


A irmã errada... ou a irmã certa?

Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, decidiu que chegou a hora de se casar e ter um herdeiro.
E quem melhor do que a deslumbrante Melissa Chambers para ser sua esposa e mãe de seu filho?
Entretanto, quando surge um imprevisto que o obriga a viajar, ele pede a seu primo, que o ajude a se casar com ela por meio de uma procuração...
E qual não é sua surpresa, ao retornar, e encontrar à sua espera, em lugar de Melissa, a irmã dela, Alexandra!
Desde os quinze anos de idade, Alexandra é apaixonada pelo charmoso conde, e sem querer, de repente ela se vê casada com o objeto de seus mais românticos sonhos juvenis!
Embora o casamento tenha sido um engano, uma vez que a intenção de Douglas era casar-se com sua irmã. Alexandra, porém, não perderá a oportunidade de conquistar o coração do teimoso Douglas, e provar ao marido que ele se casou com a irmã... certa!

Capítulo Um

New Romney, Inglaterra Maio de 1803
— Eu a vi ontem à noite! A Noiva Virgem!
— Oh, não! É verdade, Sinjun? Jura que viu o fantasma?
Dois suspiros foram seguidos de gritos de medo e excitação. As vozes diminuíram, mas ele ainda ouvia os risinhos e as exclamações entusiasmadas conforme as moças se afastavam da porta do escritório.
Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, fechou a porta com firmeza e caminhou até a escrivaninha.
O maldito fantasma! Até quando os Sherbrooke estariam condenados a suportar as narrativas fantasiosas daquela menina?
Relanceou para a pilha de papéis na mesa, suspirou e sentou-se, olhando para o vazio de cenho franzido.
Vinha repetindo o gesto com freqüência nos últimos tempos, pois era bombardeado todos os dias com lembretes insistentes a respeito do mesmo assunto entediante: precisava se casar e providenciar um herdeiro.
Estava ficando velho e cada minuto representava um peso sobre sua virilidade. Segundo diziam primos, tios e os criados mais antigos, ele completaria trinta anos no dia de São Miguel.
Mas não podiam considerá-lo um ancião!
Fitou o relógio de pêndulo sobre a lareira.
Onde estaria Ryder? Como era possível que seu maldito irmão não se lembrasse das reuniões na primeira terça-feira de cada trimestre, às três horas?
A entrada abrupta de Ryder, somente cinco minutos além do horário, com os cabelos revoltos pelo vento e trazendo o cheiro de cavalos e do mar para dentro do cômodo, apaziguou os ânimos do conde.
Afinal de contas, o pobre tinha vinte e seis anos. Deveriam permanecer como aliados.
— Lindo dia, Douglas! Estava cavalgando com Dorothy nos despenhadeiros... Vou dizer, que espetáculo.
Ryder sentou-se diante do irmão mais velho, cruzou as pernas e escancarou um sorriso satisfeito.
— Conseguiu ficar sobre o cavalo?
Os olhos do rapaz se iluminaram e seu sorriso se alargou.
— Bem, se você insiste em manter estas reuniões trimestrais, Douglas, preciso me ocupar e fazê-las render.
— Com Dorothy Blalock? — Douglas ironizou.
— A viúva Blalock é suave e perfumada, e sabe agradar um homem. Sem falar que também é cuidadosa.
— Devo admitir que ela é uma boa amazona.
— E não são apenas os cavalos que ela monta bem, se é que me entende — Ryder completou, cínico.
Somente devido ao seu autocontrole Douglas conseguiu refrear um sorriso. Afinal, era o conde de Northcliffe, o chefe dos Sherbrooke.
— Vamos começar logo — Douglas pediu, mas Ryder não se deixou enganar, tendo percebido a curva nos lábios do irmão mais velho.
Douglas recusou o conhaque que lhe foi oferecido e passou a ler a papelada diante de si.
— Ao fim deste trimestre, então, você conta com quatro filhos e quatro filhas. O pobre Daniel morreu no inverno e a queda de Amy não parece ter deixado seqüelas. É isso?
— Terei outro filho em agosto. A mãe parece saudável e forte.
Douglas suspirou.
— Muito bem. Qual o nome dela? — Depois que Ryder o forneceu, perguntou: — Está certo agora?



Corações Rendidos

Série Irmãos McTiernay

Makenna Dunstan nunca precisou da proteção de homem nenhum.

No entanto, quando a saúde precária de seu pai a obriga a assumir a responsabilidade pela segurança do clã, ela não tem escolha senão casar-se com Colin McTiernay.
Embora tenha medo das emoções que Colin lhe desperta, 

Makenna se rende rapidamente a seus beijos e carícias, sem saber se pode confiar naquele belo escocês que está roubando seu coração...
Nascido nas Terras Altas, Colin McTiernay sabe que é odiado pelos Dunstan, principalmente pela filha caçula. Contudo, ele está determinado a salvar o povo dos inimigos, ainda que isto signifique ter de se casar com aquela jovem voluntariosa e impetuosa. Domar Makenna é um desafio que Colin está seguro de conseguir enfrentar, seduzindo-a e provocando-a com uma paixão que a irá deixar ansiando por mais...

Capítulo Um

— Basta! — gritou o velho chefe do clã Dunstan, levantando-se pesadamente de sua cadeira. Sua voz autoritária, tal como os olhos brilhantes, desmentia a fraqueza do corpo, que se movia com dificuldade.
Os cabelos densos, quase à altura dos ombros, um dia haviam sido ruivos e agora tinham uma bela tonalidade prateada.
O velho líder lançou olhares cortantes, misto de frustração e raiva, em direção à jovem e ao rapaz à sua frente.
Os dois continuavam impassíveis, diante de seu olhar de fúria. Estavam obstinados demais para perceber que sua tolerância, a respeito da velha hostilidade entre ambos, estava se esgotando.
Alexander trancou os dentes, enquanto uma sensação de fogo percorria-lhe o peito.
As dores estavam se tornando mais freqüentes... e mais fortes.
Restava-lhe pouco tempo de vida. Mas ele havia jurado que, antes de morrer, deixaria o clã Dunstan nas mãos de um homem que pudesse garantir sua sobrevivência.
Por um longo momento, observou o montanhas alto e robusto, que permanecia imóvel, junto à lareira.
Em seguida voltou-se na direção da jovem que, com o rosto contraído, as mãos cruzadas nas costas, caminhava furiosamente de um lado a outro da sala. Nenhum dos dois parecia disposto a ceder.
Com duas largas passadas, colocou-se em frente ao homem de estatura imponente, cujos olhos de tom azul-cobalto traziam uma expressão feroz.
Seu nome era Colin McTiernay.
Alexander sabia o quanto ele era temido pelos senhores das terras baixas. Sabia, também, que ele usava sua alta estatura e porte avantajado para intimidar os que se atrevessem a desafiá-lo.
Sorriu, intimamente.
A idéia de impor-se sobre seu genro, Colin, parecia ridícula. O homem era um gigante, mesmo entre os escoceses.
Mas agora, com a raiva e a frustração fazendo seu sangue ferver, já nem pensava na estatura de Colin.
— Orgulho! — gritou. — É isso o que está impedindo vocês dois de aceitar o que deve ser feito! — A dor no peito tornou-se ainda mais intensa.
Voltou à sua cadeira ampla e confortável, situada no ponto mais alto da sala. Sentou-se pesadamente, apoiando-se nas almofadas, esperando que Colin confiasse nele.
Sabia que seu povo não gostava de estrangeiros.
Mas esperava que, com o tempo, sua gente aprendesse a respeitar Colin e a acatar suas ordens.
Colin era um homem raro, Alexander bem o sabia. Fora uma sorte encontrá-lo. Além de ser um guerreiro habilidoso e experiente, possuía uma incrível capacidade de liderança. Era leal, com sua gente.
Voltou-se para a mulher esguia, vigorosa e de reluzentes olhos verdes. Não havia dúvida de que Makenna Dunstan era sua filha.
A cabeleira densa era de tom idêntico à que ele possuíra, quando jovem.
O olhar era altivo e encantador. E o comportamento, nada convencional, refletia muito dele...
Decididamente, entre todas as suas filhas, a caçula era a mais parecida com ele.
O problema era que a teimosia dela poderia destruir não apenas seu próprio futuro, mas o de todo o clã!Forte, corajoso... Por todos esses motivos, ele o considerava como o único homem capaz de conduzir seu estimado povo.
Mais que isso: era o único homem capaz de salvar o Clã!


Série Irmãos McTiernay 
1 - Sedução nas Terras Altas
2 - Corações Rendidos
3 - A Noiva do Guerreiro
4 - The Christmas Knight

10 de setembro de 2010

O Anjo do Lago


Perdidos nas águas revoltas!

Foi um verdadeiro milagre Josh Lyman ter sobrevivido ao naufrágio do S.S. Atlantic no imenso e traiçoeiro lago Eire!
Na tragédia morreu sua jovem e frágil esposa, mas ele conseguiu salvar uma imigrante norueguesa — feito que enchia Josh de culpa cada vez que fitava com ternura os confiantes olhos azuis de Kari Aslaksdatter…
Durante o desastre, Kari sofreu um golpe na cabeça e perdeu a memória. 
No entanto, em seu íntimo sabia que jamais havia conhecido um homem como o americano alto e moreno que salvara sua vida.
Só não suspeitava que Josh Lyman se tornaria seu maior desafio na nova pátria…

Prólogo

“Ah, minha pequena viking, não chore.”
Josh não foi capaz de conter-se. Com duas passadas largas, deu a volta à mesa da biblioteca, ergueu Kari da cadeira e tomou-a nos braços.
— Não chore — ele repetiu e encostou de leve os lábios nos dela.
Foi um beijo suave, leve como uma pluma, mas foi o bastante. Josh sentiu o corpo incendiar-se de desejo. Todos os sentimentos que haviam permanecido adormecidos, durante o ano em que estivera casado com Corinne, despertaram de uma vez.
Kari fechou os olhos. Sua cabeça girava. Depois dos dias que passara, carregando o fardo da incerteza e da solidão, os braços de Josh ofereciam-lhe um conforto irresistível.
— Josh… — murmurou quando ele se afastou.

Capítulo Um

Lago Erie, 20 de agosto de 1852

Sob o luar pálido e silencioso, uma névoa sinistra pairava sobre a água. 
O céu parecia sólido, a ponto de se poder tocá-lo. Josh Lyman estendeu a mão para a escuridão densa, como se fosse agarrá-la.
Então, com um sorriso, voltou a abaixar o braço.
— A noite está quieta demais, senhor.
Apesar de amigável, a voz o assustou. Virou-se e reconheceu o rosto marcado pelo sol e sal marinho. Era o capitão Garrity.
O leve sorriso provocado pelas fantasias infantis de Josh transformou-se em um sorriso genuíno e natural.
— Estava justamente apreciando a noite, comandante.
O ar parece tão denso que nem sei como ainda podemos respirar.
Garrity colocou-se a seu lado, pernas afastadas, os joelhos vergando-se automaticamente ao balanço do barco.
Com olhos experientes de velho marujo, esquadrinhou a escuridão que se estendia além da amurada.
— Não me agrada a sensação de morbidez da noite — comentou com voz soturna. — Sinto que há algo pouco natural… assustador se entende o que quero dizer.
Josh assentiu em concordância.
Tivera a mesma impressão, enquanto remoia pensamentos pouco agradáveis no convés.
No entanto, atribuíra a sensação ao estado de espírito sombrio em que se encontrava.
O SS Atlantic era o melhor dos barcos movidos por rodas propulsoras laterais que cruzavam os Grandes Lagos, carregando uma curiosa mistura de turistas abastados na primeira classe e imigrantes paupérrimos na terceira.
Os primeiros buscavam luxo e conforto, enquanto os últimos acalentavam sonhos de uma nova vida na nova terra.
As grandes embarcações eram apelidadas de “palácios flutuantes”, uma vez que seus interiores eram decorados com madeiras raras, pisos de mármore e candelabros de cristal. As suítes da primeira classe constituíam-se de aposentos suntuosos, com camas cobertas de cetim e seda e banheiros que contavam com diferentes torneiras para água quente e fria.
Para Josh, a excursão através dos lagos até Montreal parecera perfeita para a tentativa de construir um verdadeiro casamento com Corinne.
Além de satisfazer sua necessidade de aventura, a viagem os afastaria das atenções, às vezes sufocantes, dos bem intencionados pais de sua esposa.
Afinal, essas mesmas atenções o haviam impedido de sequer suspeitar dos problemas que enfrentaria ao tentar estabelecer um casamento “normal” com Corinne.
A união das fortunas dos Lyman e dos Pennington havia sido o grande assunto da sociedade de Milwaukee durante meses. Mas, uma vez formalizado o noivado, Josh não ficara um só minuto a sós com a noiva.
Nem sequer a beijara no rosto, uma vez que a mãe dela passava o tempo todo a vigiá-los de perto.
Assim, havia preferido passar seus últimos dias de solteiro em companhia dos lenhadores. Depois da morte do pai, durante a epidemia de cólera de 1849, Josh havia dedicado toda a sua energia, bem como o tino comercial que se tornara sua característica principal, na administração dos negócios da família.
Dono de excelente visão do futuro previra o que agora era do conhecimento de todos: as minas de chumbo tinham seus dias contados.
A partir de suas conclusões acertadas, investira todo o dinheiro da família na indústria madeireira, ganhando mais em três anos do que seu pai, em quinze.
Josh controlava seu pequeno império dos escritórios em Milwaukee, mas, quando chegava o inverno, partia para os acampamentos na floresta e trabalhava lado a lado com os lenhadores.
Todos o adoravam. E, quando a última tora flutuava rio abaixo, ele comemorava junto aos seus homens.
Se tais comemorações incluíssem mulheres, ele também participava.
Embora pretendesse tornar-se um marido fiel, uma vez que se casasse com Corinne, decidira tirar o máximo proveito dos últimos meses de liberdade.
— Espero que não esteja com problemas, senhor— a voz rude do marujo arrancou-o das divagações. — Já é tarde para estar acordado.
Josh refletiu antes de responder.
Talvez, devesse contar seu drama ao velho capitão.
Poderia dizer: “Não há nada errado, exceto pelo fato de hoje ser o primeiro aniversário do meu casamento.
E, a estas horas, minha esposa deve estar deitada na cama, apavorada pela possibilidade de seu marido chegar a qualquer momento, reclamando seus “direitos conjugais”.”
Em vez disso, falou:
— Estou sem sono, só isso.
— Ninguém disse que tem passar a noite toda dormindo, filho — o capitão corrigiu-o com uma piscadela. — Há passageiros que desaparecem em suas suítes durante a viagem inteira!

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9 de setembro de 2010

Segredos de Highlander

Série Pine C. Highlander
Megan escapou do excessivamente protetor clã dos MacKeage para trabalhar como cientista na tundra canadense. Ali, se apaixona pelo investigador Wayne Ferris, mas este a rejeita. Quando retorna ao Maine, só e grávida, conhece o novo chefe de polícia local, Jack Stone, que não é outro que Wayne. Em vez de um tranquilo cientista, Jack é um agressivo detetive particular que não se deterá diante nada para recuperar Megan, exatamente o mesmo que faria qualquer homem do clã MacKeage, de que tentou escapar. Megan resiste com todas suas forças, mas não pode evitar sentir-se tão atraída por ele como no primeiro dia. E embora Jack assegura que a seguiu porque a quer como pode, Megan confiaria em um homem que oculta tantos segredos?

Capítulo Um

Megan MacKeage saiu com sigilo pela porta principal de sua casa e cruzou a grandes pernadas a passarela que guardava a entrada. Ao descobrir que já não podia abotoar o jaquetão, puxou-o por cima da avultada barriga e se dirigiu à cavalariça. Fazia quase duas semanas que ninguém via Gesader, e Megan não acreditava na explicação que lhe deu sua irmã Winter: que a pantera semi selvagem se limitava a esconder-se da multidão de gente, que invadiu Gù Brath fazia oito dias.
O caos social começava com a festa de aniversário sua e de suas irmãs, quatro dias antes do Natal, e não tocava a seu fim até depois de Ano Novo. Aquela celebração anual que durava duas semanas se transformou em tradição desde o nascimento de Heather, fazia trinta e três anos… Um nascimento ao que seguiram os de outros seis bebês nos dez anos posteriores: todas as meninas e todas nascidas no dia do solstício de inverno. À medida que as sete filhas de Grace e Greylen MacKeage cresceram e começaram cada uma por seu caminho, a reunião antes íntima foi ampliando-se quando as garotas retornavam cada dezembro a Pene Creek com maridos a reboque e uma quantidade cada vez maior de filhos atrás de si.
Duas semanas era muito tempo para que Gesader não aparecesse, disse Megan, inquieta, enquanto abria de um empurrão a enorme porta da cavalariça e ia para a casinha de Penugem de Ganso. Uma vez ali, deu um carinhoso tapinha no focinho do enorme cavalo de carga e, cantarolando, disse.
— Olá, garotão! Gostaria de me ajudar a procurar o Gesader? — Tirou a brida de Penugem de Ganso do gancho que havia sob a placa de seu nome e abriu a porta da casinha — A neve só chegará ao joelho e não há capa de gelo, assim que o passeio será fácil — Colocou o freio na boca e pôs as correias da brida por cima das orelhas — Não vejo esse diabo de cor negra do solstício e estou preocupada com ele, embora ninguém mais o esteja.

Série Pine C. Highlander
1 - O Feitiço de Grey
2 - Amando o Highlander
3 - O Casamento do Highlander
4 - Tentar a um Highlander
5 - Só com um Highlander
6 - Segredos de Highlander
7 - O Natal de Highlander
8 - Highlander for the Holidays

Só com um Highlander

Série Pine C. Highlander

Passaram trinta e oito anos desde que o velho feiticeiro druida, Pendaär, lançou um feitiço para transportar certo laird escocês do século XII até ao presente. 

Só ele e uma mulher da época atual poderão conceber o filho que se transformará no sucessor de Pendaär. O feiticeiro é muito velho e 
seus poderes enfraquecem a olhos vistos.
O feitiço que lançou não atingiu só em Greylen MacKeage... Como também a outros nove homens e seus cavalos de batalha. Mas essa história já foi contada. Esta é a história da sétima filha de Grei e Grace MacKeage, Winter, nascida faz vinte e cinco anos do último solstício de inverno. Winter vive com seus pais e sua irmã, Megan, e dirige uma galeria de arte em Pene Creek em que expõe a obra de artistas locais, incluídas suas próprias pinturas sobre temas da natureza. Um dia, no fim de setembro, um homem assombrosamente masculino entra na galeria e faz uma oferta por "Observadores da lua", um quadro de Winter sobre um urso e seus filhotinhos. Ele tenta comprar seu esboço sobre um filhote de pantera, mas se decide por outra pintura e pela ajuda de Winter para localizar uma convocação de ursos de montanha. Parece que o homem, Matheson Gregor, comprou a montanha e quer que ela, com seus dotes de artista, ajude-o no desenho de sua casa. Winter se sente intrigada por Matt; ele é o primeiro homem que lhe inspirou algum tipo desejo. De modo que concorda em ajudá-lo e levar Megan consigo, apesar das suspeitas de seu pai, que ainda possui o coração de um guerreiro das Highlanders. Pendaär, agora conhecido como pai Daar, vive sozinho na montanha TarStone, aguardando o momento em que possa passar seus poderes a Winter. Mas agora sente uma mudança que poderia significar o fim da humanidade e estima que chegou o momento de Winter saber quem é e tome completa posse de seus poderes.


Capítulo Um

Winter MacKeage perdeu o fio da conversa assim que apareceu aquela grande figura masculina. Entretanto, Rose continuou falando, alheia ao feito de que o homem mais bonito que já tinha pisado em Pene Creek, acabava de parar diante a vitrine da galeria de arte de Winter para olhar o quadro que pendurava ali. Dando uma cotovelada no braço, exigiu:
—Diga que tenho razão: diga a Megan que ninguém cochicha a suas costas… Ei! — Rose subiu o tom de voz ao tempo que a agarrava pela manga para voltar a colocá-la na conversa — Sua irmã acredita que todo o povoado se compadece dela.
Winter afastou o olhar da divina aparição da vitrine e, piscando, olhou a Rose e a sua irmã Megan enquanto tentava recordar do que falavam.
Rose deu um suspiro.
—Maldição, Winter, me ajude. Diga a Megan que não é a fofoca do povoado.
Por fim, Winter olhou diretamente nos olhos cheios de lágrimas de sua irmã e assentiu.
—Talvez, é verdade que todo mundo fala de você, Meg… — Disse — Mas só porque vai pela rua com a pinta de uma boneca de pano que tivessem deixado todo o verão sob a chuva.

Aproveitando o puxão da manga, Rose deu a Winter um ligeiro empurrão.
—Isso não me serve! — Espetou, zangada.
Winter se afastou, cruzou os braços e, sem fazer caso de Rose, deu um olhar feroz a Megan.
—Sempre tem a face tão baixa que é um milagre que não te pise no queixo. Anda por aí arrastando os pés como um cachorrinho espancado. — Alargou a mão para acariciar o caído ombro de sua irmã e depois prosseguiu em tom mais doce — A gravidez não é uma doença, Meg, nem tampouco o fim do mundo. A única que tem pena de você por aqui é você, e se não mudar logo, seu bebê nascerá fazendo um bico que ficará para sempre.
De um tapa, Megan MacKeage limpou as lágrimas da vermelha face e recebeu com um olhar assassino o sorriso cheio de ternura de Winter.

Tentar A Um Highlander

Série Pine C. Highlander

Ela tem o poder de tentá-lo além de toda razão.

Catherine Daniels chega a Pene Creek, Maine, no momento mais adequado para Robbie MacBain.
Ela está fugindo de seu ex-marido e Robbie é um atraente pai solteiro que necessita uma governanta enquanto viaja para o passado, à Escócia medieval.
Sem Catherine saber, Robbie está procurando um livro de feitiços para salvar o futuro de sua família...
E não esperava poder encontrar uma ardente paixão nos braços de Catherine.
Poderá Robbie mudar o destino de sua família e seduzir Catherine para que esta lhe entregue seu coração e queira segui-lo aonde o amor os leve?

Comentário da Revisora Tessy: Como sou suspeita para falar sobre essa série... Pois a adoro!!!... Só vou dizer que não deixem de ler essa história, pois é linda!!!!!

Capítulo Um

— Venha, querida… Dá-me encanto…
Robbie MacBain despertou completamente alerta e disposto para o combate, embora sem ter a menor ideia do que acontecia.
— Assim. Anda, se mova, querida…
Mas que diabos…? Certamente não estava na cama com uma mulher, de modo que não deveria estar ouvindo uma voz rouca e sedutora na orelha. Sabia que estava em seu quarto da fazenda, mas também sabia, e isso era o mais importante, que estava sozinho.
— Venha, um mova um pouquinho mais, céu…
Sentou-se muito direito e tentou ver na escuridão. Nada: nem rastro de uma mulher. Entretanto, a voz tinha parecido muito clara… Além de suave, sexy e próxima.
— Venha… — Sussurrou ela cada vez com menos paciência — Que tenho que ir …Ai, pelo amor de Deus, se mova!
Ao ouvir o descontente cacarejo de várias galinhas, Robbie voltou a cabeça com gesto brusco para o monitor de bebês que estava em sua mesinha de noite. E, ao tempo que jogava para trás as mantas e saltava da cama, amaldiçoando.
O galinheiro.
Em teoria estava vigiando o galinheiro.
Colocou as calças depressa e correndo, agarrou a camisa e se deteve o suficiente para dar uma olhada no relógio que tinha junto à cama.
Viu que eram as cinco e meia e sorriu enquanto colocava a camisa a toda pressa e procurava as meias.
Horas antes, quando decidiu que não tinha por que dormir fora naquela fria noite de março, tinha levado o monitor de bebês ao galinheiro para que o aparelho eletrônico realizasse seu trabalho.
E funcionava, disse, enquanto colocava as botas e as atava, saltando primeiro sobre um pé e depois sobre o outro.
Era o terceiro assalto ao galinheiro da semana.
Só se levavam meia dúzia de ovos cada vez e sempre deixavam uma nota de um dólar, mas era questão de princípios.
Alguém estava comprando os ovos.
Robbie não fazia muita graça os mistérios e a mulher da voz sexy que tinha ouvido no transmissor era um mistério que de repente tinha muita vontade de resolver.
Desceu correndo a escada e patinou até deter-se na cozinha. Sem fazer ruído, abriu a porta da casa e saiu muito devagar ao alpendre iluminado pela lua, justo quando a mulher saía às escondidas do galinheiro.
Robbie piscou.
Menos mal que acabava de ouvir sua voz no transmissor, se não teria jurado que o ladrão era um pirralho: parecia um menino, agachada junto a uma mochila ao tempo que, com precaução, colocava dentro seu café da manhã roubado.
A mulher o divisou quando descia do alpendre.
Dando um grito de susto, deixou cair dois ovos enquanto ficava de pé, e depois jogou a mochila nas costas e começou a correr para o prado.
—Ei! Pare!
A mulher subiu à cerca do cercado com a agilidade de um gato.
Com um amplo sorriso absolutamente masculino, Robbie pôs-se a correr.
Certamente sua ladra tinha um bonito traseiro… E, de passada, enquanto saltava a cerca, também se fixou com agrado em que toda sua altura procedia de um par de longas pernas que, rapidamente, internavam-na na noite.
Mas ele media dois metros com meias, e estava seguro de que não demoraria para dar por fim com ela. Depois descobriria quem era e que fazia roubando ovos.
Ao cabo de quase um quilômetro o sorriso de Robbie tinha desaparecido. Escapou!


Série Pine C. Highlander
1 - O Feitiço de Grey
2 - Amando o Highlander
3 - O Casamento do Highlander
4 - Tentar a um Highlander
5 - Só com um Highlander
6 - Segredos de Highlander
7 - O Natal de Highlander
8 - Highlander for the Holidays

30 de agosto de 2010

A Paixão de um Guerreiro

Série Chefes Vikings

Tinha a intenção de reclamar o que era dele. 

Com o eco dos tambores de guerra martelando em seus ouvidos, e os olhos ofuscados pelo brilho deslumbrante que desprendiam as afiadas espadas, Sela aguardava inquieta.
Acabavam de chegar os navios dragões repletos de guerreiros preparados para a batalha e a glória.
Mas não era a ameaça da conquista o que a inquietava até o mais profundo de sua alma, e sim a maneira como seu coração respondia ao orgulhoso rosto e o corpo do jaarl Vikar Hrutson, o chefe da força invasora e seu ex-marido!

Capítulo Um

Noruega central, ano 794
— Preparem os escudos! Levantem as lanças! Desembainhem as espadas! Já se vê os telhados da fortaleza de Bose o Escuro, no horizonte — gritou a seus homens Vikar Hrutson, jaarl (NT. chefe territorial) de Viken.
— É um passo arriscado, Vikar — disse Ivar em voz baixa — E se te equivocar? E se Bose deseja a paz com Viken?
Vikar, que observava o lugar com suas enseadas e ilhotas rochosas que se abria diante dele, girou e olhou Ivar, chefe territorial como ele com quem compartilhava o posto de liderança dentro da felag (NT: sociedade de caráter econômico que se formava entre diferentes jaarls).
Observou com seus escuros olhos verdes seu amigo.
— Bose é pacífico só quando dorme. A incursão a Rogaland foi só o princípio. Quebrou a trégua e declarou a guerra.
— Mas Thorkell está de acordo? — Ivar se revolveu inquieto — Foi uma sorte que nos detivéssemos em Rogaland. Minha irmã e seu marido não teriam podido se defender da incursão.
— Foi uma vitória para felag, para Viken.
— Foi sua espada e seu escudo que derrotaram Hafdan. Talvez agisse sozinho. Navegava sob seu próprio estandarte.
— Só um homem poderia ter ordenado essa incursão e segue impune com suas terras intactas — Vikar se agarrou com força ao corrimão do navio e olhou para as escuras muralhas que se elevavam do fiorde — Bose o Escuro ordenou a incursão, a destruição. Hafdan não se atreveria a respirar, muito menos a entrar pela força no lar do jaarl Viken sem sua ordem expressa. Adverti a Thorkell de que Bose voltaria a atacar. Acredite não me alegro por ter acertado.
Ivar golpeou o corrimão com o punho.
— Thorkell não deveria ter perdoado a vida de Bose. O que esteve a ponto de fazer a Haakon era impensável! Deveríamos ter imaginado que Bose não ficaria tão tranqüilo no norte.
— Não sou adivinho. Não sei o que ocorre na mente do rei. Haakon está cada dia melhor. Nosso amigo é feliz com sua flamejante esposa e seu filho — Vikar encolheu os ombros — Bose muda suas palavras conforme lhe convém. Só entende de atos. E desta vez perderá... Tudo.
— E Thorkell... O que fará quando descobrir que comandou uma incursão para a fortaleza de Bose?
— Vai me recompensar. Foi Bose quem quebrou a trégua. E desta vez darei seu castigo — a brisa jogou para trás o cabelo loiro — Será uma batalha longa e sangrenta, meu amigo, mas Thor e Tyr estarão de nosso lado. Nem te ocorra subestimar Bose. Esse homem é um grande estrategista, mais escorregadio que Loki.
— Se você diz, acredito — Ivar deu uns pequenos golpes no nariz — Esteve casado com sua filha, não?
— Felizmente, foi uma curta aliança — disse Vikar, negando-se a pensar em sua antiga esposa.
Ela estaria ali, com seu cabelo loiro, suas tentadoras curvas e seu gênio de mil demônios? Ou teria voltado a casar? Com alguém que estivesse mais disposto do que ele a converter-se no cachorrinho mulherengo de Bose? Talvez.
Vikar ficou olhando fixamente o intrincado desenho. Pouco importava.
Aquela mulher era o símbolo de tudo o que abominava motivo pelo qual não voltaria a casar.



Série Chefes Vikings
1 - A Amante do Viking/ Coração Bárbaro
2 - A Paixão de Um Guerreiro/ Força Invasora
3 - Uma Princesa Indomável
Série Concluída

25 de agosto de 2010

Tarde Demais Para Esquecer

Shelley Bradley











Inglaterra, 1490
Dias de batalha, noites de paixão!

Guerreiro altivo e destemido, Kieran Broderick tem sangue irlandês, mas é leal à Coroa Britânica.
Por isso, quando o rei inglês decreta que ele se case com uma irlandesa para aplacar uma rebelião, Kieran concorda, embora com relutância.

Recém-nomeado conde de Kildare, Kieran viaja para o Castelo de Langmore, a fortaleza dos implacáveis O’Shea, a fim de escolher sua noiva.
No entanto, ao se decidir pela linda Maeve, que parece ser também dócil e submissa, Kieran se confronta com a mais difícil batalha de sua vida.
Maeve é tudo, menos dócil e submissa, e se recusa a partilhar com ele o leito nupcial. Mas Kieran está determinado a conquistá-la, mesmo sabendo que, para isso, terá de transpor a sólida muralha que protege o coração de sua noiva rebelde…

Sheen Palace, Londres, Meados de janeiro de 1490

Ao raiar da madrugada sobre o Tâmisa, finalmente Kieran se aninhou na cama, buscando o necessário repouso, após uma magnífica noite de prazer.
Espreguiçou-se e virou de barriga para baixo, ajeitando-se no travesseiro. Não foi por muito tempo. Pesados passos próximos à porta e o ruído de alguém invadindo o quarto interromperam o seu conforto.
Kieran pegou o punhal do chão e sentou-se.
Com a loira sobrancelha arcada em indagação, Aric o saudou.
— Pretende me apunhalar?
—Que tal bater antes de entrar? — reclamou Kieran, esfregando os olhos.
— Ainda deitado, com o dia claro?
Irritado, Kieran indicou as venezianas meio fechadas.
— O sol mal apareceu. O que há?
— Esta janela dá face para o oeste. O sol ergueu-se no leste há mais de duas horas, e eu também.
Suspirando, Kieran encarou o amigo de quase vinte anos. Aric, por ser mais velho, julgava-se mais sabido e com direitos sobre os amigos mais novos.
— O objetivo da minha vida não é erguer-me junto com o sol; quero apenas descansar. Se tivesse passado a noite que passei…
— Com uma mulher ardente como Gwenyth, o que o faz pensar que minhas noites possam ser calmas? — Aric indagou como que o desafiando.
Kieran o repreendeu.
— Ela terá um filho dentro de um mês.
Uma gargalhada do fundo do peito mostrava que Aric se divertia.
— Isso não quer dizer que Gwenyth esteja morta…
— Mas em estado interessante…
— Desde quando ela é tão frágil?
— Certo. — Gwenyth sempre fora cheia de fogo, da língua afiada à bravura. — Mas ela perdeu o último o bebê.
— Não perderá esse — respondeu Aric, como se fosse uma jura. — A criança cresce forte e firme.
Sabendo que o assunto perturbava Aric, Kieran perguntou:
— Quais as novidades de Guilford? Recuperou-se da febre?
— Sim, Drake e Averyl chegaram há duas semanas e contaram que, na véspera da partida deles, Guilford parecia estar se recuperando, graças a Deus.
— Mas isso é mesmo uma boa notícia.
— Drake contou que Averyl espera outro bebê para o verão.
— Mais festa!
Kieran gostava muito de Averyl. O coração bondoso da jovem muito ajudava o amigo Drake. As duas crianças davam grande alegria ao escocês; e agora, chegaria uma terceira!
A felicidade de Aric e Drake o alegrava sobremaneira. Também o alegravam todas as crianças em quem pudesse fazer cócegas e provocar. O mais velho de Drake, Lochlan, um menino de três anos, estava cada dia mais ousado. A menina, Nessa, começara a andar no início do outono. Com a ajuda do Senhor, Aric e Gwenyth também acrescentariam uma criança à família que Guilford mantinha unida com sua enérgica afeição.
Kieran não poderia estar mais feliz pelos amigos. Haviam vencido contendas políticas, acusações falsas e muita angústia, mas agora tinham amor. Entretanto, ele não tinha a menor intenção de seguir o exemplo. Amor e casamento não valiam tanto aborrecimento e trabalho.
No dia seguinte partiria para a Espanha, em suas viagens lucrativas de mercenário. Hoje aproveitaria o conforto que os castelos e as senhoras ofereciam-lhe.

24 de agosto de 2010

A Noiva Em Cativeiro

Série Ladys Escravas e Lords Tiranos


Em um ato arbitrário e irresponsável, Christina Wakefield insistiu em acompanhar o seu irmão John, de Londres ao Cairo, e agora é prisioneira de um desconhecido.Sequestrada e levada a galope em seu cavalo para um acampamento escondido Christina nunca se viu sendo escrava de alguém.
Mas logo ela descobrirá que seu raptor, Abu, o Sheik do deserto, tornar-se-ia o senhor de seu coração...

Capítulo Um

Reinava um tempo agradavelmente morno no princípio da primavera do ano de 1883.
Uma suave brisa soprava entre os grandes carvalhos que rodeavam ao longo do caminho no fundo do qual se elevava a Residência Wakefield.
Dois formosos cavalos brancos atados a uma carruagem aberta esperavam ofegantes frente à enorme mansão de dois pisos.
Dentro, Tommy Huntington caminhava nervoso, acima e abaixo, pelo amplo salão com seus móveis forrados a ouro, esperando impaciente que Christina Wakefield chegasse. Tommy chegou movido por um impulso, depois de ter adotado definitivamente uma decisão relacionada a ela; mas agora começava a sentir-se nervoso.
Tommy pensou: "Droga, nunca tinha se atrasado tanto." Deixou de caminhar e parou em frente à janela que dava à vasta propriedade dos Wakefield.
Mas isso era antes que ela começasse a usar aqueles vestidos muito elegantes e cuidar especialmente de seu penteado.
Agora, sempre que ele vinha vê-la terminava esperando meia hora ou mais antes que Christina aparecesse.
Tommy começava a se arrepender do que tinha decidido lhe dizer e de repente duas mãos suaves lhe cobriram os olhos e ele sentiu nas costas a pressão dos seios de Christina.
— Adivinha quem é? —Murmurou alegremente a jovem no ouvido de Tommy.
OH, Meu Deus, que ela não voltasse a fazer aquilo! Eles tinham se dado tão bem quando ambos eram crianças e cresciam juntos; mas ultimamente a proximidade da jovem avivava loucamente os desejos de Tommy.
Virou-se para olha-la e se sentiu encantado com sua estranha beleza.
Christina vestia um ajustado vestido de veludo azul escuro, com encaixe branco que ressaltava um pouco o se pescoço longo e longas mangas, e os cabelos dourados formavam inumeráveis tranças que lhe rodeavam a cabeça.
— Tommy, queria que não me olhasse assim. Ultimamente o faz frequentemente e me deixar nervosa. Se não te conhecesse, pensaria que tenho a cara suja. — disse a jovem.
— Sinto muito, Crissy. — balbuciou Tommy. — Mas neste último ano mudou tanto que não posso evita-lo. Agora esta tão linda...
— Caramba, Tommy, quer dizer que antes era feia? — Brincou Christina, fingindo-se ofendida.
— Claro que não. Sabe a que me refiro.
— Muito bem, perdôo-te. — riu a jovem, enquanto caminhava para o divã de estufagem forrado a ouro e se sentou. — Agora me diga por que veio tão cedo.
Não te esperava até a hora do almoço e Johnsy me disse que te viu muito nervoso quando entrou aqui.Tommy se sentia perplexo e tratava de encontrar as palavras apropriadas, pois não tinha preparado seu discurso. Bem, era melhor que dissesse algo antes que a coragem o abandonasse por completo.
— Crissy, não quero que vá a Londres neste verão. Seu irmão voltará em poucos meses e pretendo pedir sua mão. Depois, quando já estivermos casados, se ainda deseja ir a Londres a levarei.
Christina olhou surpreendida.
— Tommy, está colocando os cavalos na frente da carroça! — Disse com aspereza, mas se arrependeu quando viu a expressão dolorida no rosto juvenil do moço. 

Depois de tudo, ela sempre soube que chegaria este momento. — Lamento ter falado assim. Compreendo que nossas famílias sempre acreditaram que formamos um casal perfeito e que possivelmente um dia nos casaríamos; mas agora não. Você tem só dezoito anos e eu dezessete. Somos muito jovens para nos casar. Sabe que sempre vivi isolada nesta casa. Eu adoro meu lar, mas desejo conhecer outras pessoas e saborear a atração de Londres. Compreende-me? 

Série Ladys Escravas e Lords Tiranos
1 - Assim Fala o Coração
2 - A Noiva em Cativeiro
3 - Escrava do Desejo
4 - Fogo Secreto
5 - O Amor do Pirata
Série Concluída

OBS: Esses livros em si não formam uma série, mas por serem temas relacionados foram colocados juntos dessa forma. Podem ser lidos separadamente.

Lady Pirata


As circunstâncias mudaram… e para pior.

Valoree nunca mais voltaria a assumir a identidade de seu falecido irmão e cruzar os oceanos com o apelido de Capitão vermelho.
Nunca voltaria a comandar a seus piratas para recuperar os direitos que lhe correspondiam por nascimento e procurar os assassinos de seu irmão.

Agora, era a herdeira do Castelo Ainsley, e o executor do testamento não entregaria esse magnífico patrimônio a uma moça pirata solteira e a sua infame tripulação embora fosse à única descendente direta.
As condições da sucessão estavam claras, se quisesse herdar tinha que casar-se com um nobre… e ficar grávida.
Assim que se inteirou das más notícias, a virginal pirata decidiu voltar aos mares, mas a tripulação tinha submetido o problema em votação, e ela faria qualquer coisa por esses malandros que constituíam sua única família.
Assim, a contra gosto, aceitou seu destino e terá que se transformar em uma dama elegante e refinada com a ajuda de uma prostituta que fará a sua tia e sua alegre tripulação, que se tornará seu séquito de servos.
No entanto, uma coisa é clara: só se casará se ela conhecer um corajoso homem de caráter e que não tenha medo de uma Lady Pirata...
Daniel, Lorde Thurborne, precisa de uma esposa, e Valoree é um sopro de ar fresco e a mulher mais incomum que já conheceu.
Disposto a ajudá-la na busca de um marido, Daniel em breve sucumbirá aos encantos da moça, caindo em sua própria armadilha.

Prólogo
Caribe, fins de 1700.
A água estava calma como um espelho, capturando a luz da lua e das estrelas que piscavam em cima, refletindo só a luz necessária para que o navio que deslizava diante deles parecesse negro e semelhante a um fantasma na escuridão.
De sua posição, à frente da pequena canoa que ela montava, Valoree fez sinal, e os homens dos remos reduziram a marcha imediatamente. Com outro sinal, os marinheiros levantaram seus remos da água, e a embarcação deslizou silenciosamente ao lado da embarcação maior. Imediatamente, os do lado esquerdos retiraram ganchos atados em longas cordas e jogaram-nas assobiando pelo ar até agarrar-se ao corrimão superior.
Esperaram por um momento, contendo o fôlego observavam o lado do grande navio, sustentando as linhas e permitindo que sua embarcação fora arrastada pelo impulso do navio maior.
Por fim, quando não se levantou nenhum grito de alerta, todos os olhos se voltaram devagar para Valoree.
Ela devolveu-lhes o olhar, sabendo que estes homens a viam como um jovem magro… Realmente, pouco mais que um menino. Todos menos Henry.
Apenas ele sabia que Valerian, o jovem irmão de seu falecido capitão, que tinha servido como um grumete durante os últimos oito anos era realmente uma moça.
É claro que ele sabia; foi ele quem tinha sugerido a farsa há tantos anos, quando Jeremy — seu capitão e irmão — havia revelado que queria mantê-la a bordo de um navio cheio de piratas.
Sim, todos estes homens pensavam que era um rapaz jovem e sem experiência. E ainda assim, eles tinham jurado segui-la.
Só um desejo de vingança poderia fazer que duas dúzias de homens, todos assassinos e vândalos, seguissem alguém que sempre tinham considerado como um rapaz imaturo, um irmãozinho ou um filho mimado e malcriado. E a vingança que teriam. Olhando para a água, Valoree olhou seu reflexo. Seu corpo era magro — ela era esbelta, mais que musculosa — e tremia de antecipação. Durante um momento, viu que seus olhos já não eram o daquele jovem que se movia facilmente entre estes homens, rindo e conversando enquanto faziam suas tarefas. Não, agora seus olhos pareciam velhos, duros, amargos pela perda recente. Uma perda que também compartilhavam com estes homens.

Assim Fala O Coração

Série Ladys Escravas e Lords Tiranos

Nascida em berço de ouro, Brigitte de Loroux foi vítima de uma traição e submetida à servidão.

Ela tinha jurado jamais servir um homem.
Mas de repente, surgiu em sua vida Rowland de Montville, um impetuoso e obstinado guerreiro, que ela entregaria sua inocência devido à inusitada paixão que aflorou em seu coração.
Ambos viverão o feitiço do verdadeiro amor.

Capítulo Um

França,972 D.C.
Brigitte de Louroux suspirou, sem afastar seus claros olhos azuis do ganso cevado que jazia na sua frente sobre a mesa de trabalho.
Com o cenho franzido, concentrada, a jovem continuou depenando o animal, tal como lhe tinham ensinado recentemente.
Esta era uma tarefa nova para esta garota de dezessete anos, uma entre muitas às quais, com lentidão, já começava a habituar-se.
Fatigada, a moça separou uma mecha de sua larga cabeleira loira do rosto.
O sangue do ganso sacrificado salpicou no avental e na parte inferior da túnica de lã parda, que aparecia por abaixo. Todos os finos vestidos de Brigitte se achavam danificados pelas imundas tarefas que agora lhe eram impostas.
Entretanto, esse fatigante trabalho tinha sido escolhido por ela, à jovem recordou a si mesma: sua própria e obstinada eleição.
Do outro lado da mesa se encontrava Eudora, observando Brigitte cumprir sua tarefa. Os olhos pardos de Eudora observaram de forma compassiva a sua ama, até que esta levantou o olhar e sorriu com uma expressão protetora.
― Não é justo! ― Resmungou a criada, e seus olhos ficaram subitamente repletos de fúria. ― Eu servi na casa de seu pai durante toda minha vida, com grande satisfação, agora devo permanecer ociosa enquanto vocês trabalham.
Brigitte baixou o olhar e seus olhos azuis se umedeceram.
― Isto é melhor do que me render aos planos que Druoda tramou contra mim ― murmurou a menina.
― Essa dama é muito cruel.
― Eu sei. ― disse Brigitte com uma voz suave. - Temo que não agrado à tia de meu irmão.
― Ela é uma cobra! ― exclamou Eudora com veemência.
A mãe de Eudora, Althea, atravessou a cozinha, agitando uma enorme colher.
― Ela é uma santa, Eudora. Druoda nos obriga a chamá-la de lady, mas no fundo ela não passa de uma vaca preguiçosa. Cada dia que passa, ela se torna mais obesa, enquanto que eu só faço perder peso desde que cheguei aqui. Ela me disse que me cortaria os dedos se provasse o alimento enquanto cozinho, mas, eu me pergunto, como posso cozinhar sem provar a comida? Devo provar o que cozinho, entretanto, ela me proíbe. O que posso fazer?
Eudora sorriu e enquanto fazia uma careta.
― Podíamos jogar excrementos de frango em sua comida que ela não descobriria, devíamos fazer isso. Brigitte sorriu.
― Você não se atreveria, Althea. Druoda acabaria com você, podendo até despedi-la. Se não te matasse antes. Chegaria possivelmente a te despedir.
― É verdade, milady. ― Althea soltou um breve risinho, e todo seu enorme corpo se sacudiu. Mas foi agradável imaginá-la, saboreando uma torta de excrementos.
Eudora voltou a ficar séria novamente.
― Tudo foi terrível para nós desde que Druoda começou a mandar aqui. Ela é uma dama muito cruel, e seu marido um covarde que não faz nada por detê-la. Lady Brigitte não merecia ser tratada como a faxineira na mais humilde da mansão. ― Sua fúria se intensificou. ―Ela é a filha da casa e seu meio irmão deveria ter assegurado o futuro da moça depois da morte de seu pai. Agora que ele...
Eudora parou bruscamente e baixou a cabeça envergonhada, mas Brigitte sorriu.
― Está bem, Eudora. Quintin está morto e estou consciente disso.
― Só quis dizer que ele deveria ter feito certos arranjos com seu senhor. Não é justo que você tenha que se submeter à vontade de uma mulher como Druoda. Ela e seu marido vieram aqui suplicando a clemência de lorde Quintin logo depois que o barão morreu. O jovem não deveria tê-los aceitos. Agora já é tarde. Ambos parecem acreditar que este feudo lhes pertence, e não a você. Seu irmão foi um grande homem, mas neste caso...
Brigitte silenciou à outra jovem com um olhar severo, e seus claros olhos azuis brilharam com ferocidade.
― O que você esta falando sobre Quintin é injusto, Eudora. Meu meio irmão não podia saber que Druoda me manteria afastada do conde Arnulf. Mas o conde é nosso senhor e, a partir de agora, meu legítimo tutor, não importa o que Druoda diga, ele mesmo se ocupará de estabelecer meu futuro. Só devo chegar até ele.


Série Ladys Escravas e Lords Tiranos
1 - Assim Fala o Coração
2 - A Noiva em Cativeiro
3 - Escrava do Desejo
4 - Fogo Secreto
5 - O Amor do Pirata
Série Concluída

OBS: Esses livros em si não formam uma série, mas por serem temas relacionados foram colocados juntos dessa forma. Podem ser lidos separadamente.