20 de abril de 2010

Juntos Outra Vez







Londres, 1816

Quem ama de verdade sabe pedir perdão... E sabe perdoar!

O major Anthony Sheridan deixou de acreditar no amor quando sua noiva o abandonou num campo de batalha na Espanha para se casar com outro.
Porém, ao reencontrar Felicity algum tempo depois, viúva e com um filho pequeno, sente renascer emoções que julgara soterradas para sempre.
Felicity garante que Anthony é o pai de seu filho, e que a criança nunca recebeu afeto do homem que a desposou. 
O pequeno Charles tem curiosidade em conhecer o pai verdadeiro, e Felicity não pode negar a alegria que sente ao ver a atenção e o carinho que Anthony dedica ao menino.
Seu desejo é fortalecer o sentimento que os uniu no passado e transformá-lo num amor para sempre, mas primeiro terá de recuperar a confiança de Anthony, seu respeito e, antes de tudo, seu perdão!

Capítulo Um

Fevereiro, 1816
— Não acha que aquele jovem seria um maravilhoso par para você?
Felicity Merriwether ignorou a sugestão nada sutil e apenas observou o homem que descia da carruagem na frente da sua,
— Não posso me casar ainda. Seria terrivelmente inadequado.
— Devia casar-se agora, sim. — Lady Greyston cobriu o rosto com o leque chinês para que os criados não percebessem que ela repreendia a filha adulta.
— Charles precisará de um pai para orientá-lo — acrescentou o pai de Felicity.
Uma sombra de culpa fez Felicity franzir o sobrolho.
Charles sofreria se ela não se casasse? Essa era sua única dúvida para tomar uma decisão. Contudo Layton, em vida, pouco fizera para dar ao filho pouco mais que um nome.
— Na verdade, de acordo com o que me lembro — disse Felicity ao sair da carruagem —, se a pessoa tiver determinação, algumas semanas serão suficientes para convencer um homem a se casar.
Mas Felicity parecia muito decidida a não se casar de novo.
Não queria um marido.
Um havia sido mais do que suficiente, mas seus pais eram da opinião de que uma mulher sem guia e sem proteção era como um navio sem leme. Em pouco tempo sofreria um acidente em praia rochosa.
— Felicity, se você não se casar, precisa contratar alguém para cuidar dos interesses de Layton, seu falecido marido.
Não pode adiar isso para sempre — disse-lhe o pai, na tentativa de fazer a filha raciocinar.
Felicity não respondeu nada, na esperança de que eles mudassem de assunto.
Os homens, um deles em especial, lhe haviam causado muitos problemas.
A última coisa que ela queria era voltar a ter a mesma vida de antes.
Por isso, quando entrou no salão de baile e viu lá o pai de seu único filho, virou o rosto.
O major Anthony Sheridan notou-a assim que ela apareceu.
Por apenas um segundo os olhos castanhos de Felicity encontraram os dele, e seis anos de sua vida se apagaram de repente.
Mas logo depois ela deu-lhe as costas e lembrou-se do abismo da traição que os separara.
— Você está bem? — perguntou o tenente Randleton. — Parece que viu um fantasma...

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18 de abril de 2010

Proposta de Noivado

Ela era amaldiçoada por seu próprio povo... 

Desde a sangrenta batalha de Falkirk, Cristiane MacDhiubh era desprezada pelos habitantes do vilarejo onde vivia. 
Filha de um escocês e de uma inglesa, ela não tinha pátria nem lar... até que o cavaleiro mais galante com que uma mulher poderia sonhar apareceu em busca de uma noiva! 
O primeiro casamento de Adam Sutton terminara de maneira trágica. 
Mas o dever exigia que ele se casasse de novo.  E certamente não faltavam à bela e corajosa Cristiane MacDhiubh qualidades para despertar as paixões adormecidas de Adam. Mas, por mais encantadora que ela fosse, consequiria algum dia curar sua alma tão amargurada e ferida? 

Capítulo Um

Vila de St Oln, Escócia, 1300
Cristiane MacDhiubh, a filha metade in­glesa de Domhnall MacDhiubh, sentou-se à beira de um penhasco e ficou olhando as ondas escuras do mar do Norte chocarem-se contra o paredão de pedra. O vento aumentara de intensidade e nuvens escuras co­briam o firmamento. Cristiane sabia que a chuva não iria demorar a cair.
Mas não se importava com isso, porque havia uma caverna por perto e poderia se refugiar nela. Não voltaria à vila, se tivesse escolha. Sabia muito bem que era apenas tolerada em St. Oln desde a morte de seus pais.
Cristiane procurou se ajeitar na rocha e ficar em uma posição mais confortável. Logo um casal de pequenas gai­votas se aproximou cauteloso, mas logo perdeu o medo e veio comer as migalhas de pão que ela trouxera para alimentar os pássaros.
Fazia anos que Cristiane ia até os penhascos onde estavam os ninhos de aves marinhas. Nenhum dos pás­saros tinha medo dela e vinham comer em sua mão. Um pouco ressabiados, mas isso era natural.
Logo Cristiane não os veria mais. Sua mãe, Elizabeth, antes de morrer, arranjara que levassem a filha até seu tio, que morava no condado de York, na Inglaterra. Quan­do seu marido morrera em uma disputa com um clã vizinho, Elizabeth começou a procurar um novo lar para a filha, porque sabia que ela não teria chance alguma de um futuro feliz no vilarejo.
Cristiane ficava imaginando se a mãe combinara um enlace para ela em York. Ali em St. Oln não arranjaria marido, sobretudo agora que seu pai falecera. Nenhum escocês ia querer uma esposa que tivesse sangue inglês, e Cristiane era filha de um escocês com uma inglesa. Isso a tornava uma espécie de inimiga, pois escoceses e ingleses sempre se odiaram.
Bem, não ia se preocupar agora com esse assunto de matrimônio, mas gostaria de ter uma família. Os homens locais se casavam com um pouco mais de vinte anos, e todos os rapazes que conhecia já estavam casados, e al­guns até com filhos. Era provável que ela não viesse a se casar, e nunca iria conhecer o prazer de ser mãe.
Sabia que era diferente das outras moças de St. Oln, não só porque tinha sangue inglês nas veias, mas porque seu pai a ensinara até a ler francês e latim. Desde criança, explorara os rochedos querendo saber como era a vida dos animais e das aves da região.
Ora não adiantava pensar nisso agora. Voltou a aten­ção para a gaivotinha que se aproximou e com seu bico longo e afiado pegou mais um pedaço de pão. Quando voou para se reunir a seu grupo, Cristiane ficou obser­vando as fortes ondas que batiam nos rochedos.
Iria passar mais um dia ou dois ali em St. Oln até a chegada dos cavaleiros que a levariam até York. Tinha de respeitar a vontade de sua mãe que agora estava morta e enterrada.
Não tivera dificuldade em prometer à mãe que partiria. Nada a prendia a St. Oln, e só lamentava não poder ver mais os pássaros, que faziam seus ninhos nos penhascos e eram seus amigos.
Não lhe restava escolha. O povo de St. Oln empobrecera com as lutas contra os ingleses e alguns clãs vizinhos, e não queria ter entre eles alguém com sangue inimigo.
Cristiane sempre soubera ter parentes na Inglaterra. O irmão mais velho de Elizabeth era o conde de Learick, que morava ao sul de York, e era para lá que sua mãe queria que ela fosse. No leito de morte, Elizabeth fizera a filha prometer que iria com os homens do conde de Bitterlee, quando eles viessem buscá-la.
Cristiane não tinha idéia que ligação a mãe mantinha com esse conde, porque nunca escutara antes o nome Bitterlee. E Elizabeth não estava em condições de lhe explicar bem os planos que fizera. Parecia estranho que não fosse seu tio quem a levasse para York.
Agora era tarde para saber o que sua mãe planejara. Elizabeth não costumava falar de sua família, que a man­dara da Inglaterra para St. Oln para se casar com Domhnall MacDhiubh, que era chefe de um clã escocês.
Cristiane sentiu as primeiras gotas de chuva caindo em seu.rosto. Ergueu a saia fina e rasgada para ter mais facilidade para subir nas pedras e chegar até a caverna, onde guardava seus poucos pertences. Visto que ninguém costumava vir até aquele lugar tão alto, Cristiane sabia que estaria segura.

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14 de abril de 2010

O Guerreiro das Terras Altas

















Capítulo Um

Provincia de Caithness, Escócia 1415

O estrondo das espadas,os gritos dos feridos e o aroma agudo do sangue coagulado se elevavam por sobre da sinistra neblina que envolvia aos combatentes.

A vingança que aumentava desde mais de um século no vale que separava as terras dos MacKenna daquelas dos MacKay; iniciou-se quando os MacKenna haviam subtraído ao clã rival a Torra do Ravenscraig e as férteis terras que a rodeavam, e após as duas famílias eram acérrimas inimizades.
Ross Mackenna, um guerreiro forte e valente, dirigia com habilidade a espada defendendo seu clã, combatia lada a lado com seus parentes e se estremecia cada vez que um deles caía abatido por um dos MacKay.
Ross sabia que os Mackenna não podiam permitir-se mais perdas: no transcurso dos anos já muitos tinham caído vítimas desta interminável sede de vingança com os MacKay e seus aliados.
O pai e um de seus tios, além disso, do seu irmão menor tinham morrido em mão dos MacKay; Ross sabia que aquela tragédia insensata tinha que terminar, mas não tinha idéia de como lhe pôr fim. “Cuidado! Cuide de suas costas!” gritou seu tio Gordon Ross.
Ross imediatamente girou e seu tartán flutuou ao redor de suas musculosas coxas. 

Abriu os olhos encontrando-se diante uma mulher de longos cabelos vermelhos, de delicado rosto e um tartan com as cores dos MacKay que ondeava ao redor de pernas bem torneadas para pertencer a um perito guerreiro.
Ross interrompeu no ar o golpe de sua espada que pelo menos teria destroçado seu corpo em duas partes, mas isto não impediu à mulher lhe ferir de canto uma coxa.
“Pare moça!” Estalou Ross.
“Eu não Mato mulheres”
“Eu sou uma MacKay!” Replicou ela. “Se defenda ou morra!”
Lançou-se novamente ao ataque, com os cabelos vermelhos que dançavam ao redor de seu rosto como chamas e os faiscantes verdes olhos.
Uma rajada de vento levantou o tartan oferecendo a Ross uma fugaz visão de sólidas nádegas; esse espetáculo o surpreendeu ao ponto que quase esqueceu defender-se, para depois recuperar o sentido e voltar em si apenas a tempo de parar seu ataque.
“Pare, eu disse!” Grunhiu. “Quem é você?”
“Um inimigo” A respondeu, inclinando-se para esquivar sua espada.
“Não quero te matar, mas se não abandonar o campo de batalha o farei”.
“Pode tentar” O provocou a mulher. “fui treinada com meus irmãos, descobrirá que não será muito fácil me matar”.
Era hábil com a espada, Ross tinha que admitir, mas não podia igualar-se a um guerreiro como ele. Continuou a enfrentar e esquivar suas estocadas sem lhe infligir muitos danos, mas já estava farto desse jogo.
O sol se estava escondendo detrás das Colinas Cuillin e parecia difícil distinguir os tartan vermelhos e negros dos MacKenna dos verdes e azul dos MacKay.
Ross observou o campo de batalha de reojo: homens de ambos os clã jaziam em terra, enquanto alguns ajudavam aos companheiros feridos a levantar-se e afastar-se do meio da confusão.
Ross divisou ao chefe do clã inimigo inclinado sobre um corpo recostado em uma poça de sangue, logo ouviu seu grito de dor e o viu golpear o peito.
O morto devia ser uma pessoa muito querida, estava claro.
A névoa escura que se levantou quase lhe impedia de ver sua adversária, Ross amaldiçoou para si e esquivou um enésimo ataque.
De improviso o senhor dos MacKay apareceu ao lado da moça, o rosto retorcido pela dor, tirou-a de um braço e a afastou da letal espada do Ross.
“Gillian que faz aqui?”
“Combato. solte-me, posso acabar com o senhor dos MacKenna”.

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10 de abril de 2010

Anjo ou Demônio



Inglaterra, 1487

Uma mulher com um segredo...
Um homem com uma missão...
Uma paixão incontrolável!


No passado, Ariana de Rosebriar cometeu um crime para proteger o filho.
Agora, alguém está ameaçando revelar a verdade e destruir a vida de Ariana, se ela não entregar certas mensagens aos inimigos do rei... 

Gabriel de Whitestone é um cavaleiro corajoso e leal ao rei, determinado a capturar a mulher que matou seu meio-irmão, para então reivindicar as terras de sua família e fazê-la pagar pelos crimes de assassinato e traição... 
Enviada a uma abadia para roubar um pergaminho, Ariana cai nas garras de Gabriel, e logo uma paixão irrefreável a impele para ele, deixando seu corpo cativo do desejo, embora sua alma relute em se deixar aprisionar.
Pondo em risco a honra e o dever, Gabriel luta para conquistar a confiança de sua corajosa, esperta e irresistível prisioneira.
Mas será que o amor poderá mantê-los unidos quando forças poderosas conspiram para destruí-los?

Capítulo Um

Abadia de Thornbury, Inglaterra, 1487
Um estranho objeto que se fazia notar sob o manto escarlate do sacerdote chamou a atenção de lady Ariana. O homem caminhava perto do altar da catedral acendendo as altas velas.
Ariana sentiu o coração bater mais forte e um nó na garganta. Caso fosse de fato a súdita indolente do rei como fingia ser, talvez aquele objeto sob o manto do estranho tivesse escapado à sua observação.
Mas como espiã experiente que era, fora ensinada a perceber certas sutilezas e, ajoelhada perto do altar, notara muito bem esse detalhe.
O homem carregava uma espada.
Com as mãos unidas em oração, inclinou a cabeça, pensando no que poderia fazer.
Uma mulher nas circunstâncias em que se encontrava não podia cometer erros.
Não ousava levantar o rosto com medo de se trair e revelar o real propósito de sua vigília naquele dia: colocar o pequeno pergaminho que trazia escondido no corpete do vestido em um compartimento secreto sob o altar.
A mensagem no pergaminho continha anotações que reunira sobre membros da corte. Segredos imorais a respeito dos envolvimentos sexuais de lordes e damas.
Bem que Ariana gostaria de se ver livre dessas tarefas, mas havia muita coisa em jogo.
A pessoa que a chantageava fora muito clara.
Ariana precisava passar as informações sobre a vida imoral de nobres da corte ou seria enforcada, deixando o próprio filho desamparado.
Ao pensar em Jason, seu filho de sete anos, sentiu-se mais forte.
Nenhum homem fingindo ser padre a deteria. Faria o que fosse preciso para manter o menino a salvo.
Até roubar, trair ou matar. Outra vez...
Um sino soou do lado de fora da catedral. O homem se aproximou; o odor era de couro, em vez de incenso, e Ariana reprimiu um estremecimento.
Ele podia enganar os outros, mas não uma espiã treinada. Era óbvio que não se tratava de um sacerdote.
Mas quem seria esse homem? Havia também cheiro de perigo em seu corpo.
A sua frente, Ariana viu um pequeno nicho no altar onde deveria colocar o pergaminho.
A luz do sol da tarde se infiltrava pelos vitrais.
Baixou ainda mais o véu sobre o rosto; as longas mangas do vestido azul roçavam o chão de mármore, revelando o azul mais claro da túnica de baixo.
Os fios de ouro bordados em suas vestes reluziam à luz das velas.
Desejou que o homem fosse embora, porém ele se aproximava cada vez mais.
— Que Deus a abençoe, minha filha — murmurou.
Sua voz era sensual, rouca e profunda, nada apropriada para um local de oração.
Era uma voz que poderia ser ouvida em um bordel na Rua Rose.
Uma estranha e inoportuna onda de desejo invadiu Ariana. Era algo que não sentia havia anos. Tratou de afastar o pensamento perturbador. Não tinha mais a menor dúvida de que aquele homem não era um sacerdote!
Nenhum padre teria uma voz acariciadora.
Com gesto rápido, Ariana segurou a saia para sair correndo, mas o homem se postou à sua frente, arrogante demais para alguém habituado a livros religiosos e contemplação espiritual.
Era melhor permanecer quieta e em silêncio, ponderou.
Nada de movimentos bruscos, pensou. Espere pela oportunidade certa. Será preciso esperteza e não força para vencer essa situação.
O homem tossiu e disse:
— Deus ama os humildes.

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Mestre da Sedução


Traição... Vingança... Desejo!

Por decreto real,
Meirion é prometida em casamento a um cavaleiro da dinastia de York.

Desesperado com a idéia de entregar a filha a um guerreiro inimigo,
o pai de Meirion arma uma cilada para Godric Montgomery, embora não antes que os dois troquem um beijo do qual ela jamais esqueceria...

Enviado como escravo para o Oriente, Godric se toma o divertimento predileto de uma princesa árabe.
Mas ao dar à luz a filha de Godric, ela não vacila em despachá-lo para bem longe, levando o bebê nos braços.
Godric está livre outra vez, porém sete anos de sua vida foram perdidos, e ele não descansará enquanto não se vingar da mulher que o traiu...
Godric volta para reivindicar a noiva que lhe foi prometida.
Apesar da intenção de resistir a seu captor, o desejo que Meirion sente por ele a consome, e a cada pequeno sinal de rendição a alma do guerreiro se inflama, lançando-o num conflito contra um novo adversário... Seu próprio coração!

Capítulo Um

Castelo de Whitestone, Inglaterra, Novembro de 1470
Lady Meirion observava uma minúscula teia de aranha no batente da porta, enquanto esperava para trair seu noivo. Seus pés, calçados de chinelos, batiam impacientes contra o piso vermelho e preto da capela. Se pelo menos pudesse fazer seu pai entender que seu noivado poderia ser rompido com diplomacia, sem ter de usar a força.
Por que os homens não entendem que violência só gera mais violência?
— Prometa-me que não o matará, papai. Force-o a assinar os papéis e acabe logo com isso.
— Farei o que achar melhor — a voz do seu pai se fez ouvir atrás de uma tela de madeira com a imagem pintada de uma Bíblia.
O cheiro de incenso da igreja penetrava nas narinas de Meirion, provocando-lhe náusea.
— Detesto servir de isca, papai. O contrato, certamente, po¬de ser quebrado de outra maneira.
— Não há outra maneira — disse seu pai, furioso, a voz ressoando na igreja vazia. — Edward forçou o noivado, e nós forçaremos o rompimento. Você ficará sentada aí até que isso termine.
— Não sou mais uma criança, papai — Meirion declarou, em um tom de voz desafiador.
— Você só tem quinze anos.
— Idade suficiente para me casar — ela rebateu.
A figura alta e magra de seu pai saiu de trás da tela pintada, punhos fechados e capa vermelha sobre a armadura ondulando à medida que ele caminhava em direção à filha. Ele tinha a barba grisalha e os cabelos despenteados como se não os tivesse alisado depois de haver tirado o elmo.
— Desafie-me, e eu com certeza matarei o bastardo! — Ele deu um soco no altar de madeira, fazendo com que uma vela acesa caísse sobre o ladrilho do piso.
Meirion ajeitou o véu sobre a cabeça e enfrentou o olhar do pai. Por que os homens preferem guerrear, quando a diplomacia conseguiria atingir os mesmos objetivos? Os cemitérios já estavam repletos de vítimas do conflito entre a casa de Lancaster e a casa de York.
Seu pai se aproximou e parou em frente a ela, o cenho carregado.
— Filha, você é uma Lancaster ou uma York?
— Papai, por favor. O senhor sabe que a minha lealdade é verdadeira — Meirion o encarou. — Henry recuperou o trono. Talvez possamos romper o contrato de noivado legalmente.
— Legalmente? Bah! — Ioworth ergueu o punho no ar, como se lutasse com monstros invisíveis. — Sua mãe foi estuprada legalmente?

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Honra e Paixão










Capítulo Um

Inglaterra, 1099

Pretendiam matá-lo.
O guerreiro estava de pé no centro do pátio deserto, com as mãos atadas à costas por uma corda a um poste às suas costas.
Sua expressão se achava desprovida de toda emoção enquanto olhava adiante, sem fazer aparentemente caso de seus inimigos.
O cativo não tinha oferecido nenhuma resistência, permitindo que seus captores o despissem até a cintura sem sequer levantar um punho ou pronunciar uma única palavra de protesto.
Sua magnífica capa para o inverno forrada de pele, sua grosa cota, sua camisa de algodão,meias e suas botas de couro lhe tinham sido arrancadas e jogadas no chão gelado, diante dele.
A intenção de seus inimigos não podia ser mais clara.
O guerreiro morreria, mas sem que sua morte chegasse a trazer consigo nenhuma nova marca para acrescentá-la a seu corpo, já famoso pelas cicatrizes da batalha. Enquanto sua ávida audiência olhava, o cativo podia dedicar-se a contemplar seus objetos enquanto ia congelando-se pouco a pouco até morrer.
Doze homens o rodeavam.
Com as facas desenvainados para dar-se valor, aqueles homens andavam em círculos ao redor do cativo, zombando-se dele gritando insultos e obscenidades enquanto seus pés calçados com botas chutavam o chão em um esforço por manter a gélida temperatura.
Mesmo assim, todos e cada um deles se mantinham a uma prudente
distancia dele, se por acaso chegasse a dar o caso de que seu no momento dócil cativo trocasse subitamente de parecer e decidisse liberar-se de suas ataduras e atacá-los. Não lhes cabia nenhuma dúvida de que era perfeitamente capaz de tal façanha, porque todos tinham escutado as histórias que se contavam de sua hercúlea fortaleza.
Alguns inclusive tinham podido presenciar em uma ou duas ocasiões as tremendas proezas que era capaz de levar acabo no curso da batalha.
E se o cativo se liberava das cordas que o sujeitavam ao poste, os homens se veriam obrigados a utilizar suas facas,
mas não antes de que o guerreiro tivesse enviado a três, possivelmente inclusive a quatro deles, à morte.
O grupo de doze homens não podia acreditar em sua boa fortuna. Tinham capturado ao Lobo e não demorariam para presenciar sua morte.
Que engano tão terrível tinha cometido seu cativo ao deixar-se arrastar pela temeridade! Sim, Duncan, o poderoso barão dos feudos do Wexton.
Tnha entrado na fortaleza de seu inimigo cavalgando completamente só,
e sem levar consigo nenhuma arma com a qual pudesse chegar a defender-se.
Tinha cometido a insensatez de acreditar que Louddon, um barão que era igual a ele no título, faria honra à trégua temporária que havia entre eles.
Tem que estar muito pago de sua própria reputação, pensou o homem que os mandava. Realmente deve se ter por tão invencível como asseguravam que era aquelas histórias de grandes batalha que tanto tinham chegado a exagerar sua figura.
Sem dúvida essa era a .razão de que o barão do Wexton parecesse sentir-se tão pouco preocupado pelas terríveis circunstâncias nas que se encontrava agora.

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Só uma revisão

Amor e Vingança




















1086, Inglaterra

O cavalheiro se preparava em silêncio para a luta.
Escarranchado em um tamborete de madeira,
estendeu suas largas e musculosas pernas e solicitou a seu criado que lhe pusesse o calção de malha.
Continuando, levantou-se e deixou que outro lhe colocasse a pesada cota por cima da camisa de algodão acolchoada.

Por último, levantou os braços queimados pelo sol, a fim de que sua espada, valioso presente dado pelo próprio Guilherme, pudesse ser colocada através de um aro de metal.
Não estava atento à armadura, nem ao que o rodeava, apenas concentrava-se na iminente batalha; metodicamente, repassava a estratégia a ser empregada para obter a vitória.
Um trovão o distraiu.
Carrancudo, afastou o tecido da loja e ergueu a cabeça para examinar a formação de grossas nuvens, enquanto, em plena observação do céu, afastava automaticamente do pescoço umas mechas negras.
Atrás dele, os dois criados prosseguiam com suas ocupações.
Um deles agarrou o tecido engraxado e começou a polir minuciosamente o escudo.
O outro subiu no tamborete e aguardou, sustentando para o cavalheiro o elmo pontudo.
O criado permaneceu por um longo momento na mesma postura, até que o cavalheiro deu meia-volta e se fixou no elmo que lhe era estendido.
Rechaçou-o mediante um gesto da cabeça, pois preferia conservar a liberdade de movimentos, mesmo ante o risco de possíveis ferimentos.
A negativa do cavalheiro em levar aquela proteção adicional fez o criado franzir o sobrecenho, mas teve a sensatez de não protestar verbalmente, pois já tinha reparado no semblante aborrecido de seu senhor.
Uma vez vestido, o cavalheiro girou e, com largas passadas, alcançou e montou sua forte montaria.
Saiu do acampamento sem olhar para trás.
Desejoso de estar sozinho antes da batalha, cavalgou depressa até um bosque próximo, sem dar importância aos arranhões que os ramos baixos infligiam tanto a ele quanto ao cavalo.
Ao chegar ao topo de uma colina, atirou as rédeas da besta que bufava e concentrou sua atenção no castelo que tinha a seus pés.
Uma vez mais, enfureceu-se ao pensar nos infiéis que o tinham convertido em seu ninho, mas refreou sua ira.
Teria sua vingança quando a fortaleza voltasse a ser sua. Então, e não antes, daria livre curso a seu furor.
Dirigiu sua atenção aos detalhes do que estava vendo, e voltou a ficar impressionado pela simplicidade do desenho, detendo-se nos grossos e irregulares muros, que se erguiam quase sete metros para o céu e circundavam por completo as diversas construções do interior.
O rio lambia três dos flancos, para satisfação do cavalheiro dada a impossibilidade, ou quase, de penetrar pela água.
No edifício principal preponderava a pedra, havia uma ou outra área de terra, e em suas duas vertentes era flanqueado por pequenos abrigos, todos eles virados para o pátio, que era amplo e gramado.
Quando o castelo voltasse a suas mãos, estava decidido a torná-lo inexpugnável.
Não podia tolerar que algo assim se repetisse!

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9 de abril de 2010

O Segredo do Guerreiro













O que ela sabia de fato sobre aquele estranho que tinha resgatado sua casa e aquecido seu coração? 


Caddie Marsh era uma confederada, que se orgulhava de defender uma causa nobre.
Até que Manning Forbes apareceu em sua vida e reabriu antigas feridas em seu coração!
Como a providência divina o julgaria?
Embora uma promessa feita em campo de batalha obrigasse o ianque Manning Forbes a proteger e zelar pela família de um rebelde, ele ficou atônito ao se dar conta de que Caddie Marsh e seus filhos eram tudo com que sempre sonhara.
Mas, com o sangue do marido de Caddie em suas mãos, ele poderia, algum dia,
julgar-se merecedor de tamanha felicidade?

Capítulo Um

Virgínia do Norte,
— A casa ainda está em pé. Já é alguma coisa. — Havia alívio nas palavras de Caddie Marsh.
Ela ouvira muitas histórias sobre a Geórgia e sobre seu Estado natal, a Carolina do Sul, que lhe causavam medo de regressar para Sabbath Hollow, seu lar, e encontrar nada mais do que escombros.
Parou em uma pequena elevação, de onde se podia ver a fazenda dos Marsh.
E, de onde estava, tinha a impressão de que os efeitos da guerra não haviam sido tão devastadores assim.
Ainda viam-se quatro fortes e orgulhosos pilares brancos sustentando o pórtico triangular que fornecia sombra à varanda da Crente.
E, diante da propriedade, os arbustos floridos que conferiam um aspecto romântico ao local continuavam ali, como sentinelas sopradas de leve pela brisa de abril.
Pela primeira vez desde que as tropas sulistas abandonaram Richmond, Caddie permitiu que as lágrimas lhe viessem aos olhos.
Fora um exílio longo e amargo o seu, mas finalmente estava de volta com seus filhos.
A velha égua que os trouxera avançou alguns passos, parando ao lado de Caddie, resfolegando no que parecia ser um grande sinal de alegria.
No assento da carroça precariamente carregada, Templeton Marsh, de oito anos de idade, despertou de seu cochilo.
Afastou uma onda de cabelos castanhos que atrapalhavam sua visão, esfregou as pálpebras, sonolento, e murmurou:
— Já chegamos mamãe?
Ao lado dele, a pequena Varina continuava a dormir, muito serena, como fizera enquanto as baterias da União ressoavam em Cold Harbor.
Caddie fitou as crianças por alguns momentos, sentindo a imensa onda de energia e ternura invadir seu peito.
Era terna por eles e forte no desejo de protegê-los dos males do mundo. Afinal, seus garotos já tinham sofrido muito em suas curtas existências.
— Sim, querido, estamos em casa. — Apontou para a mansão. — Deve achar que já faz muito tempo desde que partimos para Richmond, não?
Para ela própria, era como se fossem séculos....

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8 de abril de 2010

Peregrino Apaixonado






Inglaterra, 1359

Um dilema difícil...

Merielle St. Martin já sofrerá demais.
Viúva duas vezes, culpava sir Rhyan Lombard pela perda do filho.
Ao preparar-se para visitar a sobrinha órfã em Winchester, ficou furiosa quando sir Rhyan apareceu para acompanhá-la.

Um contrato entre as famílias de ambos decretava que cabia a ele aprovar ou não, quando Merielle decidisse se casar.
E ele logo tratou de deixar claro que o único candidato possível seria ele próprio!
Mas, para Merielle, não importava que sir Rhyan despertasse nela sensações e emoções indescritíveis. Ela jamais concordaria em ser mulher dele!

Capítulo Um

Primavera, 1359

Se lhe fosse dado escolher, Merielle St. Martin tomaria banho de água quente perfumada com lavanda.
Em vez disso, fora obrigada a aceitar a guirlanda de poejo para sua dor de cabeça e ainda escutar, com o melhor dos sorrisos, os poemas de amor lidos por seu fiel adorador, Bonard de Lincoln.
Estava desatenta, não por os versos serem em latim, mas pelo dia estafante que precedia a chegada de sir Adam.
Esticou as pernas no banco do átrio e ajeitou as dobras do tecido fino de lã, que roçou com graça no chão lajeado.
Girou os pés doloridos e observou como.o sol do entardecer refletia-se nas pedras e pérolas da filigrana de prata da caixa de noz-moscada.
Merielle usara o odor forte da semente na casa de tingimentos, naquela manhã, e mais tarde nas ruas de Canterbury, apinhadas de peregrinos, onde o cheiro de suor e imundície eram constantes.
Bonard declamava o poema, que dizia ser de sua própria autoria e escrito especialmente para Merielle.
Ele afirmara que em latim a poesia era mais bela. A verdade era que Bonard, por timidez e respeito, não ousaria dizê-los em inglês.
Pobre Bonard... Era um bom amigo, e trabalhara para o falecido marido de Merielle. Ela não tivera coragem de dispensá-lo, pois ele se considerava membro da família.
Embora um rapaz mais jovem ocupasse então o cargo de assistente administrativo, Merielle creditava a Bonard a fide
¬lidade, que escoltava-a sempre com cavalheirismo e não lhe tolhia a liberdade de tomar as decisões.
Se fosse de outro modo, Merielle não teria suportado. Philippe de Canterbury, seu marido, falecera fazia três anos. Bonard nunca a aborrecera com interferências, e dera-lhe apoio no penoso período de luto, quando a tristeza fora muito maior pela criança que perdera do que por Philippe.
O zumbido da roda grande chamou-lhe a atenção.
Merielle fitou, sob os cílios espessos e negros, Bess, uma encantadora ruiva, dar um piparote no raio e tirar a outra mão, amarrada à bobina com um cordão de fios entrelaçados.
— Já basta, Bonard — Merielle disse, gentil. — É muito difícil ler com metade da visão e tão pouca luz.

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4 de abril de 2010

O Diabo Irlandês

Série Olhos Irlandeses

Uma Mulher Marcada...

Anos atrás Faith foi vítima de um ataque feroz que deixou uma cicatriz que vai desde sua testa até seu peito.
Quando todos pensavam - e alguns desejavam - que ela morreria, 
Faith lutou corajosamente para sobreviver.
Mas sua vida mudou para sempre, isolada e rejeitada por sua família pela mancha em sua honra e a vergonhosa cicatriz, 
Faith se dedicou ao estudo das artes curativas e se transformou na mais famosa curandeira da região.
Um Homem Marcado...
Eric foi levado da Irlanda, sua terra natal, quando criança.
Ele prometeu voltar, mas voltar para recolher sua herança. Lutou como mercenário para Lordes e Reis, é um guerreiro temido ao que chamam “o Diabo Irlandês", e finalmente obteve que lhe concedessem um castelo. Agora tem um lar na Irlanda. Só falta uma esposa e filhos que continuem sua linhagem.

Por imposição do rei, o Diabo Irlandês chega à fortaleza de Lorde e Lady Terra para fazer sua escolha de esposa entre as filhas do casal.
Como o consideram um bárbaro, Lorde e lady Terra planejam um ardil para que Lorde Eric se veja obrigado a escolher Faith, uma filha de quem querem desfazer-se.
A armadilha funciona e Faith e Eric partem da fortaleza casados.
A atração entre eles é inegável, mas muitos segredos e circunstâncias fortuitas impedem a consumação desse amor.

Um Nôvo Araque e um mistério...
Com o tempo Eric se obceca por saber quem é o responsável pelo ataque de Faith e os motivos por trás dessa aberração. Um novo ataque, com similares características, porão-o sobre a pista do atacante... Um fanático religioso?... Um amante rejeitado?
... Uma madrasta cruel? ... Um pai negligente que deseja desfazer-se de sua filha?
Quem pôde ter desejado a morte de Faith e continuar atormentando-a agora que encontrou uma nova vida ao lado de Eric?

Prólogo

Cork, Irlanda, 1171
- O diabo irlandês cavalga com a tormenta, seu exército o segue diretamente atrás. Ele toma a iniciativa, temerário como é sabendo que o amo do mal o protegerá.
Ele leva uma arma, mas, uma espada especialmente forjada para ele. Ninguém exceto o diabo possui a força para esgrimi-la, a arma pesa com as almas e os gritos daquelas vidas que passaram por ela.
Em seu caminho ele deixa destruição.
Aldeias inteiras queimadas, homens sacrificados e mulheres arrasadas.
O diabo saboreia sua porção de mulheres levando uma dúzia ou mais...
- Basta de tolices Nora - Não ouvirei mais. - Lady Terra severamente a desafiou, entrando no pequeno quarto de costura para a surpresa das três mulheres jovens que estavam sentadas apinhadas ao redor da mesa.
As duas mulheres enfocaram seus olhos grandes e assustados em Nora, suas mãos tremendo e suas cabeças com toucas assentindo enquanto ela persistia em continuar com sua história.
- Mas é verdade, minha lady. O diabo irlandês é conhecido por sua crueldade. Ele saqueia e massacra por prazer e por ganho. Não importam os seres humanos, só seus prazeres do mal.
- Cuida de sua língua ignorante, Nora. - Lady Terra explodiu. - O diabo irlandês é simplesmente um homem, excepcional no que ele faz, mas continua sendo um homem, não um mito ou uma lenda.
Um homem, e não preciso te recordar, estará aqui dentro do prazo de um mês para escolher uma de minhas filhas como esposa.
Não tolerarei tais mentiras e não terei a minhas filhas atemorizadas pelas intrigas de uma criada.
- Sim, minha lady - Nora obedientemente disse, sua cabeça se curvou respeitosamente e seus dedos retomaram sua costura.
As outras duas mulheres imediatamente baixaram suas cabeças e se enfocaram só em seu trabalho.
- Se um ponto estiver fora da linha, todas vocês ficarão sem o jantar - Lady Terra disse e lentamente circulou ao redor da mesa, seu corpo alto, esbelto e rígido, suas mãos magras, colocou seus braços cruzados sobre seu peito e seus olhos escuros observando atentamente seu trabalho.
Com as respirações suspensas e corpos tensos, as mulheres jovens esperavam. Lady Terra não era conhecida por sua compreensão e encanto.
Ela era conhecida por sua língua aguda e sua mão veloz. Ninguém do pessoal da casa escapava a sua raiva;
Alguns inclusive levavam em seus corpos uma marca permanente de sua crueldade.
A bofetada ressonou no quarto confinado, surpreendendo todas elas.
As outras duas mulheres se sobressaltaram, suas agulhas acidentalmente cravaram seus dedos, entretanto elas permaneceram mudas pois temiam que Lady Terra lhes fizesse o mesmo.




Série Olhos Irlandeses
1 - O Diabo Irlandês
2 - Irlandês
Série Concluída

Feiticeira Das Terras Altas

Série Dragões de Challon


Escócia, 1296

Sortilégio de amor

Na época mais sombria da Escócia,
um guerreiro inglês trajado de negro chega em busca de Tamlyn MacShane.
Abençoada com os poderes da percepção, Tamlyn previra aquele dia, em que o implacável guerreiro Julian Challon conquistaria sua terra — e seu coração.
Determinada a resistir a ele, Tamlyn luta com todas as armas que tem ao alcance... mas não há como se contrapor àquela força e sensualidade...
Cansado de batalhas sangrentas, Julian anseia por uma vida tranqüila, e o bucólico vale no coração da Escócia é o lugar ideal para reaver a paz de espírito de que ele tanto precisa.
Em seus planos, a jovem dama, moradora do castelo, deveria ser apenas uma prisioneira, mas a beleza vibrante de Tamlyn o enreda de corpo e alma... E o intrépido guerreiro corre o risco de sucumbir a um encanto que não pode ser quebrado...

Capítulo Um

Terras Altas da Escócia, Abril de 1296
— Senhora! O grito agudo rompeu a quietude do vale. Assustados, bandos de corvos alçaram vôo. Seus grasnidos fizeram eco ao chamado: senhora, senhora. Por um ins¬tante singular, o mundo conteve o fôlego, como se os céus tivessem se tingido de negro.
Tamlyn MacShane colhia as primeiras violetas da primavera. Endireitou-se. A ventania ergueu-se do lago, a brincar com as mechas dos cabelos cor de mel que escapavam da trança caída por suas costas. Ela afastou os cabelos da face, e seu olhar seguiu, pelo céu, a trilha em espiral dos barulhentos pássaros pretos em vôo.
Um mau presságio.
O dom paranormal de sentir as coisas e o comportamento peculiar dos pássaros trouxeram de volta fragmentos do pesadelo persistente que a acordara naquela manhã. Vago, apenas à fímbria da mente... Era algo acerca de corvos grasnando e uma tempestade a caminho. Tamlyn estremeceu.
Ao surgir no alto do pico rochoso, o garoto gritou uma vez mais:
— Senhora! Ele se aproxima!
Tamlyn sorriu para o moleque que acabara de estacar a seus pés.
— Puxa, Connor Og, recupere o fôlego antes que fique roxo como estas violetas.
— Precisa vir, minha senhora — ele disse, ofegante —, para que eles possam barrar os portões.
— Ora, quem chega que nos obriga a fechar os portões de Glenrogha?
— Ele... — Havia medo na voz do garoto. — Kinmarch está sitiada pelo rei inglês, o temível Eduardo Plantageneta.
Ergueram o estandarte do Dragão. Seu pai está morto. — Lágrimas escorregaram pela face empoeirada do jovem.
Que bobagem! Hadrian de Kinmarch morto? Com o poder de sua percepção, certamente teria pressentido.
— O lorde não morreu. Eu teria sentido aqui.—Tamlyn bateu a mão em punho no peito.
As feições do garoto relaxaram.
— A senhora sabe, foi tocada pelo sangue da deusa do monte. Mas avistaram o estandarte na estrada de Lochshane, perto dos desfiladeiros sagrados. O dragão verde sobre o campo em negro!
— O Dragão de Challon! É ele que chega?
Só poderia ser uma brincadeira. Um dragão chegando no dia de São Jorge? O sorriso de Tamlyn sumiu e, então, ela sentiu o coração disparar.
— Corra para Güenrogha, Connor Og, e não olhe para trás. Vou buscar minha montaria.


Série Dragões de Challon
1 - Feiticeira das Terras Altas
2 - Em Sua Cama
3 - A Última Esperança
4 - Redemption

Em Sua Cama

Série Dragões De Challon





Não era a primeira vez que Damian St. Giles despertava
desorientado depois de ter bebido muito, mas era a primeira vez que se encontrava acorrentado a uma cama.

Como se fosse um sonho, uma bruxa de cabelo vermelho apareceu na frente dele para oferecer uma beberagem que acalmaria sua dor... e inflamaria seu desejo.
Logo se deu conta de que aquela beleza das Highlands havia dado a ele um potente afrodisíaco e que estava completamente preparada para tomar tudo o que o corpo dele pudesse oferecer.
Lady Aithinne Ogilvie sabia o que esse homem deveria representar para ela... Era apenas um meio para conseguir um herdeiro que salvaria sua herança dos selvagens guerreiros escoceses e do cobiçoso rei Eduardo, e logo se desfaria dele.
Mas ainda assim, não podia negar a instantânea atração que sentiu pelo belo estranho, e a sensação de que, seria o prisioneiro deitado em sua cama que acabaria reivindicando o seu coração.

Capítulo Um

Noite de 1º de maio de 1296, Glen Shane, Escócia.
— Abandonando as festividades de Beltane, Damian? — perguntou Guillaume Challon.
— A fumaça do fogo… faz a minha cabeça girar.
Estou me sentindo… indisposto. — Damian St. Giles não estava mentido para seu primo.
Ele estava realmente doente.
E não era uma doença típica que podia afligir um guerreiro que levava muitos anos vivendo com uma espada na mão. Essa doença comia sua alma.
Devorava seu coração. Se tivesse nascido um homem de caráter mais fraco, ele poderia facilmente ter considerado a morte como um meio para “curar” sua doença.
Era uma pena que tivesse escrúpulos, pois a morte simplificaria a situação.
Sem se importar com a alegre celebração do Primeiro de Maio, Damian se afastou da fogueira.
Com uma mistura de emoções desencontradas, ele parou e olhou por cima do ombro para seu primo, Julian Challon. Alto, forte, cabelos pretos, um homem bonito, Challon, o temido Dragão Negro, antigo campeão do rei, era agora o novo Conde de Glenrogha, senhor desse vale e além.
Aos cinco anos de idade, Damian tinha sido enviado para servir como pajem no Castelo de Challon, na Normandia.
Três anos mais jovem, Damian adorava Challon. Mais tarde, ele ficou como escudeiro, para treinar, então como cavaleiro, pelas mãos do pai de Julian.
Com seus cabelos negros e olhos verdes, assim como os filhos de Challon, todos assumiram que Damian era outro dragão bastardo na ninhada do conde Michael.
Riquezas e glória tinham vindo para Julian, seus direitos como herdeiro de Challon. Damian realmente amava seu primo, o honrou acima de todos os outros, não teve uma única vez que sentiu ressentimento pelos elogios que Julian recebia.
Ao longo das décadas, seu vínculo só tinha reforçado.
Foi um privilégio servir Julian e estar ao seu lado na batalha, juntamente com Guillaume e Simon, os irmãos bastardos de Julian. “Os Dragões de Challon” comentavam as pessoas. Os homens os temiam.
As mulheres os desejavam.
Por várias vezes, eles tinham salvado a vida um dos outros.
Todos esses anos, ele teve orgulho de permanecer à sombra de seu primo, sem nunca ter sentido inveja.
E nunca imaginou que algo poderia se colocar entre eles.
Suspirando, ele fechou os olhos e lutou contra o desespero esmagador que o dominava. Esta situação era difícil de suportar justamente porque ele realmente gostava de seu primo. Respirou profundamente, para se fortalecer, abriu os olhos e observou.
Embora ele tentasse evitar, procurou pela multidão reunida junto à fogueira a figura de Tamlyn MacShane, a Senhora de Glenrogha.
Tamlyn...
A mulher que deveria ter sido dele.
Quando não conseguiu localizá-la, voltou a observar Julian uma vez mais, com as palavras amontoando-se em sua cabeça.
Palavras inúteis. Palavras que nunca pronunciaria. Se houvesse a mínima esperança de fazer seu primo mudar de idéia, Damian se humilharia diante de todos, se poria de joelhos diante de Julian num gesto de súplica e pediria para liberar Tamlyn de seu noivado. Ele sabia que não adiantaria nada.
Seu primo amava Tamlyn com loucura.
Sim, o rei Eduardo decretou que seu Dragão casasse com uma das filhas de Hadrian, conde de Kinmarch e Julian tinha escolhido Tamlyn.
O veredito real não tinha nada a ver com o motivo pelo qual Julian planejou fazer de Lady Tamlyn sua esposa. Seu primo se consumia por ela, ansiava possuí-la com uma necessidade impulsiva que era assustadora.
E, de uma maneira triste, Damian estava feliz por Challon. Por muito tempo, a alma de Julian tinha sofrido em tormento.
A encantadora Tamlyn tinha o poder de curá-lo, de reestruturá-lo. De salvá-lo.
Damian sabia que Julian respeitava muito o vínculo fraternal que ambos compartilhavam.
Mas nenhum homem ficaria entre Challon e sua noiva.
Ele mataria, sem vacilar, para possuir Tamlyn.


Série Dragões de Challon
1 - A Feiticeira das Terras Altas
2 - Em Sua Cama
3 - A Última Esperança
4 - Redemption

O Cavaleiro Mercenário







Lady Katherine Dumonde e Sir Rafe Bracton
são duas almas amarguradas que ao se conhecerem
redescobrem as alegrias de um amor inesperado. 


Rafe é um cavaleiro errante, que sai pelo mundo em busca de um lugar para si.
Ao chegar à mansão de Katherine, ele pretende apenas se abrigar de uma intensa nevasca. 
Mas acaba se encantando pela bela anfitriã, que embora muito severa, ainda traz acesa em seu coração a chama do desejo.

Capítulo Um

Sir Rafe Bracton soprou uma madeixa de cabelo ensopado da testa com certa frustração. A neve estava mais forte agora, e logo anoiteceria. O vento frio penetrava em seu manto fino, e suas mãos nuas estavam vermelhas e queimadas pelo frio.
— Pela prisão de São Davi, Cassius — murmurou Rafe, se dirigindo ao seu único companheiro quando socou mais uma vez os portões de madeira à sua frente. — O lugar não parece abandonado.
O grande cavalo negro bufou, o hálito fazendo fumaça no ar gélido.
Eles viajavam havia horas e, apesar de terem passado por alguns povoados e cabanas na estrada, Rafe estava certo de que encontrariam melhores acomodações se continuassem andando. Quando divisara o muro de pedra dividido pelo grande portão, vira que tinha razão.
Porém, ninguém aparecera para atender.
Talvez a neve cobrisse a desolação de uma propriedade abandonada.
Talvez os moradores tivessem ido comemorar o Natal em outro lugar. Ou podia ser que todos estivessem mortos por alguma doença terrível...
Uma pequena janela se abriu no portão e um par de olhos castanhos apareceu.
— Graças a Deus! — disse Rafe. Ele levantou a voz para ser ouvido em meio ao vento.
— Procuro abrigo por causa da tempestade!
Os olhos piscaram.
— Pelas chagas do Cristo, homem, está mais frio que uma teta de bruxa e a tempestade está piorando. Seja um bom cristão e deixe-me entrar!
Os olhos se apertaram quando Cassius bufou. Ele batia as patas no chão, congelando, tão ansioso quanto seu senhor.
A pessoa olhou para trás, escutou alguma coisa, assentiu... e bateu a janela.
Rafe soltou um sonoro palavrão. Bateu no portão outra vez.
Não havia outro abrigo por ali.
Ele precisava e iria entrar de qualquer maneira. Era um cavaleiro do reino, por Deus, apesar de pobre e sem terras, e ninguém devia...
A porta abriu devagar.
— Ainda bem — disse Rafe quando pegou as rédeas de Cassius e entrou no pequeno quintal.
Ele olhou para o homem baixo e gorducho que segurava a tranca do portão.
Não era à toa que o porteiro relutava em aparecer, já que parecia ser a única defesa do lugar. Ele parecia incapaz de se defender de uma abelha, o que diria de um intruso hostil.

3 de abril de 2010

Paixão e Êxtase






Quando o rei decretou que Gwyneth se casasse
com o poderoso cavaleiro conhecido como Bran, o Justo,
ela jurou que jamais prestaria obediência ao marido.

Como poderia esquecer que ele era filho do responsável pela morte de seus pais?
Mas, a medida que o tempo passava, ela descobriu que era impossível odiar aquele homem.
Tão habilidoso na arte da sedução quanto nas batalhas, em pouco tempo Bran tinha nos braços uma esposa pronta para entregar-se sem reservas à paixão...
Sem saber que ela quardava um terrível segredo que poderia colocar a vida de ambos em perigo e ameaçar seu recém-descoberto amor!

Capítulo Um

Inglaterra, durante o reinado do rei Henrique I

— Corra, a estrada está perto. — Gwyneth afastou a capa -de lã e expôs o rosto ao vento frio da noite.
— Mas, milady, eu...
Ignorando as queixas da moça, Gwyneth passou rapidamente pelo terreno acidentado e ergueu as saias para subir no barranco que surgiu a sua frente.
— Milady! — Ivy chamou, ansiosa. — Há um fantasma aqui. Ele está nos seguindo, juro!
— Fantasmas não existem.
Gwyneth tinha mais com que se preocupar do que com os medos da acompanhante. Tudo dependia de encontrar o mercador naquela noite. Não podia esperar outra lua nova para escapar e procurar pelo rei. E ela escaparia, não importava o quanto custasse.
Esquecendo o medo de alturas, Gwyneth arrumou a sacola in¬cômoda no ombro. O capim enregelado quebrou-se sob seus pés quando ela se aproximou do barranco. Posso fazer isso. Não tenho escolha.
O chão congelado sustentou o seu peso e então uma raiz se soltou e ela deslizou alguns metros abaixo até o pé bater contra uma pedra. Praguejou, exasperada.
Pelos céus, não tinha tempo para aquilo. Se não estivesse no lugar marcado à meia-noite, o mercador não esperaria por ela.
Gwyneth escorregou outra vez e ficou pendurada por uma das mãos. Temendo uma queda feia, esforçou-se para encontrar novo apoio.
— Senhora, o fantasma que não existe roçou o meu tornozelo.
— Impossível. — Gwyneth agarrou-se à raiz exposta de uma árvore e subiu até o alto do barranco. Ela olhou para os lados. Não havia ninguém na estrada escura.
— Agora ele está andando em círculos — Ivy gemeu quando a terra sob seus pés começou a deslizar. — Olhe e veja por si mesma.
— Não posso ver o que não existe — Gwyneth colocou a sacola em segurança numa pedra coberta de musgo e deixou-se cair de joelhos. Sem hesitar, agarrou os pulsos de Ivy e puxou a garota gorducha para a terra firme.
Ela se levantou e limpou os galhos e torrões de terra dos cabelos.
— Isso é perigoso. Deveríamos pegar a trilha principal para a estrada.
—Não, seria pior. Há muitos ladrões por aqui. —Aqueles eram tempos de desespero e Gwyneth aprendera muito cedo sobre a natureza dos homens, e como os mais fortes tiravam tudo o que podiam do mais fraco. — Veja, alguém se aproxima. Talvez, afinal não tivesse perdido o mercador.
— O fantasma! Ele está vindo. — Ivy agarrou-lhe a mão, apa¬vorada. — Corra, milady. Corra para se salvar.
— Que bobagem!

O Cavaleiro Ideal







Montanhas Escocesas - 1715

Se não os houvesse coberto com edredons e grossas mantas,
seus membros, estariam tremendo de medo e de desespero, tinha que partir.
Catherine McLane tinha cochilado ocasionalmente a noite anterior, mas não havia possibilidade alguma de que dela dormisse esta noite.
Um rangido do chão de madeira no corredor lhe fez conter a respiração, escutando enquanto os passos desiguais passavam sua porta e se perdiam ao longe. Esse era o vigilante fazendo suas rondas.

Capítulo Um

Agora! Ela tinha que ir agora. Esta era sua única ocasião de fugir.
Levantou-se e sacudiu a saia cheia do vestido negro de luto que tinha usado para deitar-se.
Cinza escuro devido às múltiplas lavagens que lhe tinha dado durante os dois anos que tinham passado da morte de seu pai.
Era o vestido mais escuro e mais robusto que possuía. E por sua condição desbotada, ninguém pensaria que a portadora era a herdeira das terras e do castelo e de seu pai.
Jogou a um lado as cobertas e um edredom, e empurrou as mantas para simular que ainda estava dormindo.
Arrumou um pescoço de pele de raposa vermelha no travesseiro e rogou por que se parecesse com seu próprio cabelo vermelho.
Assim a criada pensaria que dormia até mais tarde e não entraria no quarto até que estivesse o bastante longe para descobrir seu engano.
Necessitaria cada minuto que pudesse ganhar para fugir do castelo para um refúgio onde ninguém pudesse encontrá-la.
Por um tempo pelo menos. Andando nas pontas dos pés foi para o arca situado ao pé de sua cama, abriu a tampa e ficou tensa quando chiaram as envelhecidas dobradiças. Aspirou em uma respiração rápida e escutou, mas não ouviu ninguém.
Sentia-se como um gamo assustado olhando fixamente o extremo da flecha de um caçador.
Tirou o pacote que tinha preparado anteriormente essa tarde com uma troca de roupas e de alguns mantimentos que tinha podido roubar da mesa sem que ninguém o notasse.
Tinha envolvido tudo em um grande xale firmemente tecido e tinha os laços colocados para sustentá-lo através de seus ombros, lhe deixando as mãos livres para dirigir seu cavalo.
Calçou seus sapatos mais robustos e meteu sua adaga na faixa negra amarada ao redor de sua cintura.
Movendo-se na claridade da lua que brilhava nas estreitas janelas de seu dormitório, agarrou um xale grande negro da cadeira, e o atou sobre seu cabelo,
Puxando-o sobre seu rosto para cobrir a pele pálida que estaria exposta na escuridão da noite.
Com exceção de seus próprios e rápidos batimentos de seu coração, escutou somente o vento do verão deslizar-se através dos corredores no velho castelo cheio de correntes.
Possivelmente se o castelo tivesse estado em um estado melhor e as arcas de seu pai mais cheias, não a teriam prometido em matrimônio a seu bruto vizinho.

Dominados Pela Paixão



Inglaterra, 1164

Corações seduzidos!

Por decreto real, Raven e seu irmão
Peter devem se casar com as primas Pamela e Roxanne,
do País de Gales, para garantir a segurança da fronteira.
Embora Raven não deseje se casar, o senso de dever fala mais alto, e pelo menos sua noiva Pamela é dócil e cordata, ao contrário da temperamental e rebelde Roxanne.
Inconformada com a ordem do rei, Roxanne não aceita a imposição do casamento e decide fugir. 
Raven vai atrás dela, determinado a trazê-la de volta e obrigá-la a honrar o compromisso com seu irmão.
A hostilidade inicial entre Raven e Roxanne se transforma numa atração e num desejo poderoso.
O problema é que Roxanne está prometida a Peter, e Raven deve desposar Pamela... Agora, ele se vê diante de um triplo dilema, pois além de decidir entre contrariar o rei e viver o grande amor de sua vida, terá também de enfrentar Pamela e Peter, e deixar a noiva e o irmão saberem que ele e Roxanne foram feitos um para o outro!

Capítulo Um

Palácio de Westminster, Londres, Final do inverno, 1164.
— Lucien! Lágrimas de Deus, é bom ver você novamente depois de tanto tempo! 
Henry II, ainda jovem, ruivo e cheio de sardas no rosto, cumprimentou Lucien de Eynsham ao vê-lo entrar nos aposentos privados do rei.
Levantando-se de sua cadeira sobre as pernas ligeiramente arqueadas, ele abraçou o jovem lorde como a um irmão.
— Como vai, Vossa Majestade? — perguntou Lucien, sentando-se diante do rei.
— Muito bem. E como vai sua família?
— Adrienne e Lilith são belas e encantadoras. Minha esposa espera nosso segundo filho para qualquer momento. Minha mãe prevê que ela terá gêmeos.
O que me leva a indagar, senhor, que assunto me traz aqui a sua presença. Seja qual for, gostaria de resolvê-lo rapidamente.
Se for possível, prefiro não estar longe de Adrienne por mais tempo do que é necessário.
— Não se preocupe com ela, Lucien. Há séculos as mulheres têm seus bebês sem a ajuda dos homens. Quero dizer, não quando os pequenos estão, de fato, fazendo sua primeira aparição. Mas você fala na possibilidade de gêmeos, e isso nos remete diretamente ao centro da questão que o trouxe aqui, seus irmãos mais novos, Peter e Raven.
— Ah, sim?
— Sim. Eu os vejo freqüentemente quando estou desse lado do Canal, embora reconheça que Raven visita a corte com mais assiduidade do que Peter. Sem esposa e filhos, Peter, como você, considera investir bem seu tempo administrando a propriedade. Enquanto isso, Raven se aborrece com a condição de nobre.
Ele gosta de se entreter com as beldades que servem minha esposa real. Como eu também — Henry acrescentou com uma piscada.
Lucien assentiu e esperou, preferindo não se comprometer. Henry prosseguiu:
— Pensei muito no assunto, Lucien, e acho que é hora de seus irmãos se casarem. Desejo que eles desposem duas jovens donzelas postas sob minha proteção.
Lucien controlou um sobressalto e assentiu mais uma vez.
Considerava uma grande tolice o costume de qualquer monarca assumir a guarda de jovens súditas sem pai, mais ainda no caso de Henry II, mas, aparentemente, Henry não tinha ocupações suficientes, nem mesmo com suas investidas contra Gales, e era isso que o levava a meter sua colher no pudim dos outros.

Meu Querido Guerreiro













Inglaterra, 1086

Em silêncio, o cavaleiro preparou-se para a batalha. 


Sentou-se em um banco de macieira,
estendeu as pernas longas e musculosas de cada lado, diante de si, e pediu ao servo que lhe pusesse a calça de malha de aço.
Depois, de pé, permitiu que outro servo lhe prendesse a túnica de malha pesada sobre a camisa de baixo de algodão almofadado.
Finalmente, ergueu os braços bronzeados ao sol para que sua espada, um presente extremamente valorizado por ter sido dado pelo próprio rei Guilherme,
pudesse ser-lhe pendurada a uma alça de metal à altura da cintura.
Seus pensamentos não estavam em seus trajes nem no que o cercava, mas na batalha que iria travar, e ele metodicamente revisou a estratégia que empregaria para obter a vitória.
O trovão lhe atrapalhou a concentração.
Com a testa franzida, o cavaleiro ergueu a aba da tenda e olhou para cima a fim de analisar a pesada formação de nuvens, inconscientemente roçando os pêlos negros que lhe espreitavam da gola enquanto ele observava o céu.

Capítulo Um

Longos e delgados dedos de luz começaram sua ascensão ritual, penetrando nas trevas, sem se deixarem inibir pelos tufos de nuvens alvas e ralas, na incontestada tentativa de introduzir a aurora no mundo.
Elizabeth encostou-se na ombreira lascada da porta aberta da choupana, contemplando detidamente o nascer do sol, durante vários minutos, antes de deixar seu apoio e entrar na habitação.
Um poderoso falcão, pairando com facilidade em círculos largos acima das árvores, viu a silhueta esguia sair da cabana e acelerou, descendo até uma pedra salpicada de lama ao lado da moça.
Com um estridente piado, batendo de modo vigoroso as asas marrons e cinzentas, anunciou sua chegada.
— Aí estás, meu majestoso — cumprimentou Elizabeth. — Chegaste cedo hoje. Também não lograste repousar? — indagou baixinho.
Contemplou seu bicho de estimação com um sorriso terno e depois er¬gueu devagar o braço direito até ele estar totalmente estendido, com os músculos contraídos pouco acima de sua cintura delgada.
— Vem — ordenou com voz firme, porém suave.
O falcão inclinou a cabeça de um lado para o outro, o olhar pe¬netrante jamais se desviando do rosto dela, e começou a emitir um gorgolejar gutural.
Seus olhos eram da cor de cravos-de-defunto, e embora houvesse neles algo de selvagem, ela não sentiu medo.
Pelo contrário, retribuiu o olhar com total confiança e voltou a lhe pedir que viesse até ela.
Dentro de uma fração de segundo, o falcão pousou no braço desprotegido da moça, todavia ela não se encolheu em razão do peso nem do toque da ave. Suas garras irregulares eram afiadas como lâminas, mas ela não estava de luvas.
Seu braço macio e imaculado provava que o falcão era capaz de ser delicado com sua dona. — O que hei de fazer de ti?
— perguntou Elizabeth. Seus olhos azuis cintilaram de alegria enquanto ela contemplava o animal. — Estás ficando gordo e preguiçoso, meu amigo, e embora eu tenha lhe dado liberdade, recusas-te a aceitá-la. Ah, meu fiel bichinho, se ao menos os homens fossem leais como és. — A alegria lhe fugiu do olhar, substituída por uma imensa mágoa.
O som de um cavaleiro aproximando-se assustou Elizabeth.
— Vai-te embora — disse ela ao falcão, e ele imediatamente alçou vôo.
Sua voz deixava transparecer o pânico quando ela chamou seus dois enormes mastins e correu para a segurança da floresta

O Lorde da Névoa

Série MacGregors

Paula Quinn nos entrega uma maravilhosa novela que combina equilibradamente história, paixão, ódios, sensualidade , ação e intriga. Para amantes do romance escocês,é imperdível.
E para o resto um atrativo convite para inundar-se no coração cruel e ardente da Escócia.



Callum MacGregor chefe de um clã proscrito na Escócia
deu um passo muito importante em seu plano de vingar as afrontas de seu sobrenome. 


Capturou a neta de Liam Campbell, quem o manteve preso em um calabouço durante sua infância.Ele já é um monstro que várias vezes se banhou com o sangue de seus inimigos. 
Ele é o Diabo que matou mais Campbells do que queria recordar.
Ele jurou morrer com o coração de um Campbell em sua mão. Ele jurou morrer espremendo esse coração. E esse coração não será outro que o de Katherine Campbell.

Capítulo Um

Glen Orchy, Escócia, Século XVII
Kate Campbell olhou o seu inimigo diretamente em seu rosto inanimado.
Sua espada tinha cortado um braço, mas o torso permanecia intacto.
Sem prestar atenção aos homens de seu tio exibindo suas habilidades de batalha ao redor dela , ela levantou a tocha que segurava em sua outra mão e grunhiu enquanto esta se afundava profundamente no tórax de palha de seu oponente.
Tirando seu cabelo longe de seus olhos, ela viu seu tio Duncan cruzando o pequeno pátio de sua fortaleza.
Ele tinha chegado a Glen Orchy alguns dias atrás para levá-la ao Castelo de Kildun, em Inverary. Ele tinha prometido levá-la e a seu irmãopara a sua casa desde que eles eram crianas, mas ao final de cada visita ele partia sem eles.
Sua mãe tinha morrido dando a luz a Kate.
Seu pai tinha sido morto em Kildun doze anos depois disso, pouco antes que Duncan fosse renomado Conde de Argyll, guardião de Kate e de Robert.
Kate o observou caminhar em direção a ela, suas pernas magras embainhadas em breeches de fina lã e botas polidas.
Sua estrutura era magra, seus ombros estreitos debaixo de um gibão cor azeitona . Seu corpo estava dotado mais para ser um sacerdote que para ser um lutador , embora ele freqüentemente alardeava de suas vitórias nas batalhas.
Essas batalhas eram o que mantinham longe de Kildun por meses , ele lhes recordava isso muitas vezes durante suas visitas, lhes colocando um beijo em suas testas quando foram rumo aos portões.
Logo ele viria para levá-los com ele. Mas ele nunca o fazia.
Nem sequer quando os vassalos de seu pai tinham começado a partir, exceto por um pequeno punhado que os tinham criado.
Kate encontrou o olhar do conde brevemente, e seus olhos cinzas ficaram escuros por sua intensidade , o que fez que sua pele se arrepiasse.
Ele podia não havê-la querido quando era uma menina, mas ele a queria agora.
- Maneja muito bem as armas , Katherine.


Série MacGregors
1 - O Lord da Névoa
2 - Um Higlander Nunca Se Rende
Série concluída

Meu Querido Escocês






Escócia, 1775

Bem-vindo ao meu mundo!

Quando menos espera, Claire MacGregor recebe uma herança,
e entre os pertences está uma caixa estranha.
Ao abri-la, qual não é sua surpresa quando um homem maravilhoso, se materializa à sua frente sem ter a menor noção de onde se encontra...
O ponto negativo é que sir Cameron MacLeod tem quase três séculos de idade...
E o positivo é que ele não aparenta a idade que tem. É lindo, atraente e sexy... muito sexy!
Antes de acordar no século vinte e um, nos aposentos de uma jovem, o último fato de que Cameron tinha lembrança era de estar se preparando para lutar numa batalha por seu clã.
Ele não entende como foi parar ali, e faz de tudo para voltar no tempo. Pouco a pouco, porém, a convivência com a adorável Claire o faz perceber que talvez o mundo de hoje seja bem melhor do que o que ele conhece...

PRÓLOGO

Escócia, Dezembro de 1745
— Eu lhe imploro, Cameron! Por favor! Não vá! — Mhairie Stewart segurou com força a pele de lobo sobre os ombros largos e sólidos do sobrinho que adotara como seu próprio filho.
— Eu sei o que acontecerá no final. A derrota será inevitável, a matança em vão. Ouça o que eu digo. Raramente me engano em minhas profecias.
Na verdade, Mhairie jamais se enganava em suas previsões, mas preferia fingir esporadicamente que desconhecia os fatos, de modo que os membros de seu clã não lhe atribuíssem culpa por tudo de ruim que lhes acontecia.
Ao dividir a responsabilidade de seus poderes com as forças sobrenaturais, sentia-se mais próxima de seu povo.
Afinal, bastavam os ares de suspeita com que a maioria encarava suas poções, mesmo quando em desesperada necessidade de alívio para as dores.
O filho, alto e musculoso, embainhou a espada e se levantou, fazendo com que ela se sentisse ainda menor, em comparação.
Com extrema gentileza, Cameron tomou as mãos encarquilhadas nas dele, grossas e ásperas, e disse:
—Apesar de sua preocupação, eu tenho de ir. Minha devoção pelo príncipe Charles não é maior do que a sua. Nosso soberano, afinal, mal sabe falar o escocês, quanto mais o gaélico. Mas a ordem foi dada e deverá ser cumprida. Se meu pai e nosso líder me requisitou para a luta, eu devo me apresentar sem demora.
Cameron se inclinou para secar uma lágrima no rosto emaciado e marcado pelo tempo. Seus cabelos longos e pretos como as asas de um corvo acompanharam o movimento, emoldurando-lhe as faces viçosas.
— Mas... — Mhairie se deteve, porém a súplica permaneceu em seu olhar.
— 
Por que tanto medo, minha mãe? Você sabe que eu sou o mais forte entre o nosso clã.


28 de março de 2010

A Honra de um Cavaleiro


Não importa o preço que tenha que pagar, Slane Donovan manterá a promessa que fez a seu irmão Richard: trazer de volta a prometida lady Taylor Sullivan ao castelo Donovan.

Taylor fugiu de sua casa na noite depois de que seu pai queimou sua mãe na fogueira. Após isso, dedicou-se a viajar com Jared Mantle, contratado como mercenário.
Ela é uma mulher forte, violenta e uma feroz lutadora.
Slane custa a acreditar que tenha sido enganado por uma mulher e ela critica sua arrogância. Mas depois do assassinato de Jared, Taylor decide viajar com Slane.
Seu inimigo Corydon fará tudo para impedir que cheguem ao castelo Donovan.
Sua viagem acaba se convertendo em uma constante e selvagem fuga, enquanto tentam livrar-se de Corydon e chegar a Bristol, consumido pela peste, para encontrar à sua prometida.
Mas o perigo de que se apaixonem é maior que seus inimigos.
Slane não romperá jamais sua promessa e Taylor nunca permitirá que nenhum homem controle sua vida. Slane se vê ante a dicotomia de manter ou não sua promessa quando descobre o que seu vil irmão os preparou.

Inglaterra, 1340
Taylor Sullivan se perguntou se sua mãe teria ficado louca.
Em semelhantes circunstâncias, ninguém em seu são julgamento poderia irradiar um sorriso tão resplandecente como o que se desenhava nos lábios de sua mãe.
Como podia sorrir quando se encontravam nessa indescritível e horrorosa situação?
A menina se perguntou se aquilo era possível.
Seu corpo tremeu de medo.
Teve que agarrar-se firmemente as pequenas mãos para evitar que sua mãe se desse conta de que seus dedos tremiam de terror e medo.
O traje negro da mãe contrastava com sua pálida pele de alabastro, fazendo que parecesse de um branco quase fantasmal.
Seu cabelo castanho estava recolhido em uma grosa trança que se pendurava ao longo das costas e se balançava, como uma corda, de um lado a outro à medida que caminhava para Taylor. Taylor baixou a cabeça, incapaz de olhar o radiante rosto de sua mãe.
— OH, querida — murmurou esta última e estendeu as mãos para tomar as de Taylor
— Por que tem essa cara tão triste?
De repente e sem poder controlar-se, Taylor se lançou para ela, abraçando-a com toda a força de que foi capaz.
Com uma risada sobressaltada, a mulher lhe devolveu o abraço.
Taylor fechou com força os olhos, lutando contra as lágrimas que a queimavam.
Sua mãe lhe acariciou a cabeça com calma, tratando de tranqüilizá-la.
— Não se preocupe — murmurou — Ele virá por mim. Sei que o fará.