Trilogia Homens Inadequados
Ela era sua mais difícil conquista!
Inglaterra, l862
Com a fama de maior conquistador de Londres, lorde Páris Mulholland sempre conseguia a mulher que desejava!
E o desafiador orgulho de Clara Wells o atraía como até então nenhuma outra mulher havia conseguido.
Mas aquela jovem de comportamento irrepreensível estava se revelando a mais difícil combatente que Páris já vira participar na guerra dos sexos!
Capítulo Um
Inglaterra, l862.
Já devíamos estar lá, vocês não acham? — reclamou Aurora Wells, ansiosa,inclinando-se para o lado da sobrinha e olhando para as nevoentas ruas de Londres
pela janela da carruagem alugada.
— Não faz tanto tempo assim que saímos de casa, titia — respondeu Clara Wells, num tom paciente.
Disfarçadamente a jovem procurou puxar a saia do vestido, que ficara presa por baixo das vastas ancas da tia, antes que a cara seda ficasse irremediavelmente
amarrotada.
Tia Aurora sacudiu a cabeça, o que fez com que o turbante azul-claro que usava sobre os cabelos pintados escorregasse para o colo de Clara.
— É claro que não podemos estar muito longe da casa de lorde Pimblett,mesmo com todo esse nevoeiro — insistiu a mulher, agora se dirigindo ao marido.
—Estou até desconfiando de que esse cocheiro está nos enganando!
— Ainda temos que percorrer uma boa distância até lá, mas não há pressa — respondeu tio Byron, distraído, sem parar de olhar para o desbotado teto da carruagem.
Clara reparou que, mesmo tendo aquele jeito distraído, o tio dela envergava roupas a rigor elegantes e perfeitas, ao contrário de tia Aurora.
Com aquela expressão de beatitude de quem usava os cabelos brancos na altura dos ombros, tio Byron parecia bondoso e até mesmo sensato.
Bondoso ele era, sem dúvida, e podia até ter se tornado um homem sensato se a mãe não houvesse cometido o enorme erro de batizá-lo de Byron.
Com tal nome o homem acabou acreditando que tinha
que ser um poeta.
Trilogia Homens Inadequados
1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
3 - Um Hospede Sedutor
Trilogia Concluída
23 de julho de 2010
Para Amar um Duque
Duquesa por acaso!
Depois de perder seu emprego de governanta, Rachel O'Leary encontra abrigo numa residência abandonada de Londres, sem saber nada sobre seu proprietário, nem por que a casa está vazia.
Mas quando Connor Kenroe, o duque de Killgory, regressa da viagem ao exterior e entra em seu quarto à meia-noite, ele se surpreende ao encontrar uma linda mulher dormindo em sua cama, e fica instantaneamente enfeitiçado...
Capítulo Um
Londres, 1866.Os dentes de Rachel O'Leary batiam a ponto de doer enquanto ela caminhava pelas ruas que pareciam cobertas por um tapete branco. Querendo saber se nunca chegaria à esquina da Knightsbridge, ela olhou para cima e descobriu que andava na escuridão por uma rua sem saída.
— Isto não pode estar acontecendo. — resmungou, aborrecida.
A pesada mala escorregou pelos dedos gelados e caiu com um baque surdo no meio da rua deserta. Ela sentou-se sobre a mala, seu cérebro gritando levante-se antes que congele! Mas as pernas não a obedeciam.
Ninguém se importaria se fosse encontrada congelada pela manhã, por certo não seu último patrão, que a demitira sem lhe dar referências e apenas com algumas moedas no bolso.
Desde que fora demitida da imponente mansão do visconde, havia quatro dias, Rachel tinha gastado suas poucas moedas no quarto de uma pobre taverna enquanto procurava emprego no jornal de Londres.
Mas tivera todas as portas fechadas.
Agora, com a bolsa e os bolsos vazios, e os membros adormecidos, questionava sua sabedoria em acreditar que o taverneiro tivesse compaixão e que permitiria que permanecesse hospedada ali por mais alguns dias.
Mas, a despeito da sua situação, não se arrependia de ter puxado o filho miserável do visconde pela orelha por dois andares depois de acordar em uma segunda-feira e descobrir que metade dos seus cabelos havia se perdido.
Nem podia entender por que o visconde não ficara do seu lado quando ela levará o menino à frente dele.
Lágrimas escorriam pelo rosto gelado de Rachel.
Seu pobre cabelo. Antes com trancas até a cintura, o cabelo era a única coisa que considerava atraente e agora ele se fora. E tudo porque se vingara de um menino de onze anos de idade.
Rachel havia chorado ao cortar o que sobrara das trancas na esperança de parecer mais apresentável antes de fazer as entrevistas para um novo emprego, porém, o visconde tinha cumprido a ameaça e se encarregara de arrasar sua reputação, acusando-a de bater em crianças.
Um cachorro latiu, trazendo-a de volta à realidade.
18 de julho de 2010
O Rapto
Ao regressar de um baile, a carruagem de Lilith é assaltada por um bandoleiro.
Na verdade, trata-se de Lorde Perth, o noivo que ela abandonou no altar há 10 anos.
Na época, ele não possuía fortuna e a família dela encontrava-se à beira da ruína. Para salvá-los da miséria, Lilith abriu mão do grande amor da sua vida e desposou o abominável Lorde de Lisle. Agora, ela é viúva e Perth, movido pela vingança, a seqüestra com o objetivo de seduzi-la.
Capítulo Um
— Levante e renda-se!
Lillith, Lady de Lisle, reconheceu a voz imediatamente.
Jason Beaumair, Conde de Perth.
Ela não precisou olhar através da janela da carruagem para visualizá-lo. Taciturno, com frisas prateadas nas têmporas e cabelo da cor do ébano, ele assombrava os seus sonhos. Uma cicatriz, adquirida em um duelo pela esposa de outro homem, recobria a face esquerda. Ela foi — ou era — tal esposa.
Um calafrio de premonição deslizou espinha abaixo.
O que pretendia ele, ao deter a sua carruagem aqui em Hounslow Heath?
Decerto não precisava das jóias dela. Era tão abastado quanto um sultão.
Que jogo arriscado jogava o conde?
— Ei, cocheiro — ordenou a imperiosa voz de barítono de Perth
— Desça com as mãos ao alto e vazias. E você… isto mesmo, você — acrescentou enfático para o único pajem.
— Largue a pistola ou o cocheiro pagará por seus atos.
Lillith entreabriu a cortina de veludo a tempo de ver o pajem largar a pistola. Perth assentava-se tranqüilo sobre um cavalo magnífico, um revólver em cada mão apontado para o cocheiro. Só mesmo o conde para reconhecer bons cavalos e não se importar com quem mais soubesse que o animal que montava era demasiado elegante para um salteador.
Ao menos, o sujeito usava uma máscara para cobrir o rosto. Acaso a sociedade ouvisse rumores da sua mais recente peripécia envolvendo-a, todos os escândalos de outrora seriam reavivados. Ela não tinha certeza se a própria reputação lograria resistir a outro assalto do conde. A única coisa que preservou seu bom nome da última vez foi a posição social do marido.
Ninguém ofendeu De Lisle deliberadamente: o homem conhecia gente demais na corte.
Entretanto, como viúva, ela não mais contava com a proteção do marido falecido.
E Deus sabe que, se o irmão dela tentasse preservar seu bom nome, ambos seriam escorraçados de Londres sob gargalhadas.
— Você, dentro do veículo — ordenou a voz lânguida de Perth.
— Saia e fique onde eu possa ver melhor o resultado da minha ação.
Ele permanecia arrogante como sempre. Era seu maior defeito e seu maior charme.
Ela frustrou-o apenas uma única vez na vida e passou um longo tempo arrependida.
Com um suspiro e um sorriso sutil curvando-lhe os lábios, ela apertou a capa para proteger-se da friagem noturna e desceu. O verão há muito se fora.
Uma brisa gélida fustigou os cabelos louros platinados, desfazendo os cachos intrincados nos quais a ama passou tantas horas caprichando.
Os pés calçados em babuchas afundaram na grama úmida.O couro fino ficaria manchado. Não importava. Um par de babuchas arruinadas não significava nada.
Uma grande fortuna foi o único benefício que ela recebeu por desposar De Lisle.
Ela fez uma mesura brejeira, sem jamais desviar o olhar da fisionomia arrogante de Perth. Ele lançou-lhe um sorriso sinistro, os majestosos dentes brancos reluzentes sob a luz pálida da lua cheia. Houve uma época em que aquela expressão no rosto dele a assustava. Agora a excitava. Ela era uma criança na primeira vez em que o enfrentou, ignorante e facilmente manipulada pela família. Era uma mulher agora, pronta para ele.
Os olhos dele cintilaram.
— Venha cá.
Ela retribuiu o olhar sem titubear.
— Acho melhor não.
Usando os joelhos, ele incitou a montaria a avançar, estacando apenas ao chegar perto o suficiente para que ela conseguisse sentir o odor almiscarado do animal.
— Venha cá — repetiu ele, um toque de afeto enfatizando as palavras.
Ela balançou a cabeça.
— Estou a caminho de casa e sem nenhuma disposição para frivolidades.
Os olhos dele aguçaram.
— Não se trata de nenhum assunto frívolo, madame. E falo sério.
Sem uma palavra, ele deu um tiro nos pés do cocheiro que saltou do assento e postou-se diante dos dois cavalos que puxavam a carruagem. O velho servo pulou para trás quando a lama se espalhou pelas botas.
A indignação fez Lillith dar um passo à frente.
— Você foi longe demais.
— Não longe o bastante — declarou Perth. — Venha cá ou a próxima bala penetrará a carne dele.
Lillith encarou aquele olhar implacável com outro.
— Você é um canalha, senhor, sem quaisquer escrúpulos.
Ele curvou-se numa breve cortesia.
— Você sempre foi observadora, assim como ambiciosa.
A frieza no tom dele fê-la recuar.
— Acabe logo com isso e siga o seu caminho. Estou farta dessa pantomima inconveniente.
— Isto não é uma pantomima, Lady de Lisle. Pretendo tomá-la como prisioneira.
Clique aqui o download do ebook grátis
Série Prescott
1 - Adorável Forasteira
Tudo era diferente no Oeste Selvagem!
Amélia Prescott mal pôde acreditar quando acordou e descobriu suas pernas enlaçadas nas de Gabriel Hatch.
Porém, não dispunha de tempo para fazer o atraente vigarista mudar de vida, mesmo sendo ele mais charmoso do que a lei permitia.
A srta. Amélia Prescott era mesmo intrigante, Gabriel concluiu.
A nova-iorquina bem-intencionada, que atravessara a fronteira com bravura em busca do irmão obstinado, havia desabrochado sob o vasto céu do Oeste.
E, milagrosamente, feito o coração endurecido de Gabriel começar a derreter.
Capítulo Um
Amélia Jenks Prescott endireitou os ombros e emitiu um suspiro deliberadamente alto. Se o sujeito de aparência duvidosa sentado à sua frente possuísse a mínima noção de cavalheirismo, ele acordaria e moveria as pernas longas para o lado, a fim de dar a ela um pouco de espaço.
Parecia que semanas haviam se passado, desde que Amélia trocara o conforto relativo do trem pela minúscula diligência, no leste do território de Dakota.
No início, somente ela e Morgan ocupavam o veículo, o que tornara a viagem tolerável. Em Rapid City, porém, um homem e uma mulher haviam se juntado a eles.
A mulher havia se apresentado de maneira vaga, dizendo chamar-se sra. Smith.
O homem sequer dissera alô. Os dois haviam caído no sono assim que a diligência se pusera em movimento, um feito que Amélia descobriu impossível ao longo da viagem longa e desconfortável.
Passou um dos pés por cima da bota do sujeito e tentou esticar as pernas. Ao menos, chegariam em Deadwood naquela noite. Então, ela poderia encontrar Parker, descansar por dois ou três dias e, com um pouco de sorte, estaria de volta a Nova York dentro de menos de duas semanas.
Cutucou a perna do passageiro com o joelho. Através do tecido fino de seu vestido, sentiu-lhe os músculos rijos da coxa. Para sua própria surpresa, Amélia corou.
Não era o tipo de mulher que corava com facilidade, mas também não estava habituada a ter as pernas enlaçadas com as de um estranho… Um estranho muito atraente.
Um estranho de cabelos loiros e ondulados, costeletas e bigode.
Os olhos eram azuis.
Amélia teve um rápido vislumbre deles, antes que o homem adormecesse. Dispondo de tempo para examiná-lo, chegara à conclusão de que ele não era um sujeito decente.
As roupas, apesar de serem de boa qualidade, apresentavam-se amarrotadas.
A camisa branca estava aberta no colarinho, onde não havia o menor sinal de uma gravata. Além disso, fazia no mínimo três dias que ele não se barbeava.
Como as tentativas anteriores, bastante sutis, não haviam surtido efeito, Amélia pigarreou e disse:
— Senhor, poderia fazer a gentileza de encolher um pouco as pernas?
Os olhos azuis se abriram.
2 - A Escolhida
Dizem que os opostos se atraem...
Parker Prescott não tinha a menor intenção de se envolver com qualquer rabo-de-saia, mas Molly Hanks era o tipo de mulher capaz de fazer um homem tremer... com ou sem sua espingarda!
Molly sabia reconhecer um homem sem destino e de boa lábia assim que o via.
Um homem tão charmoso era perigoso. E ela tinha coisas melhores a fazer, além de tomar conta de um caubói tolo!
Capítulo Um
Territ6rio de Wyoming
Novembro de 1876
Parker Prescott empurrou a aba do chapéu para longe dos olhos e fez uma careta ao observar a rua de terra. Quem quer que houvesse batizado aquele lugar de Canyon City, "cidade do cânion", possuía excelente senso de humor.
Aquilo não se parecia em nada com uma cidade e, ao longo das planícies que ele acabara de atravessar, o que vira de mais parecido com um cânion fora o buraco de marmota que deixara sua égua manca.
Com um suspiro, descobriu que a cocheira ficava do outro lado da cidade, depois de três saloons, uma casa de banho e uma barbearia. Afagou a crina da montaria e disse:
— Só mais um pouco, Diamond. Então, poderá descansar sua perna ferida.
Como havia caminhado pelos últimos quilômetros, a idéia de um banho era mais que atraente. Cuidaria de Diamond e, então, voltaria à casa de banho e tentaria livrar-se das dores musculares e do mau humor, dentro de uma banheira fumegante.
Com certeza, as dores desapareceriam muito antes do mau humor.
Diamond pareceu perceber que a dura viagem chegava ao fim, pois sacudiu a cabeça e seguiu Parker de boa vontade.
O acidente com o animal fora o último de uma seqüência de acontecimentos da mais pura falta de sorte. Parker chegara a se perguntar por que deixara Nova York.
Partira de Deadwood, no território de Dakota, em outubro, planejando chegar à costa oeste antes do inverno, a fim de tentar a sorte nas minas de ouro, já quase esgotadas, da Califórnia.
Porém, fora apanhado de surpresa por uma tempestade de neve, ainda no início do outono, e fora forçado a abrigar-se em uma caverna, até seus suprimentos chegarem ao fim. Então, tivera de voltar a Lead, para se reabastecer.
Quando finalmente deixara as montanhas, alcançando as imensas planícies, havia se perdido, tendo vagado como um idiota durante dias.
Definitivamente, concluiu, jamais seria um homem das montanhas.
Série Prescott
1 - Adorável Forasteira
2 - A Escolhida
Série Concluída
Tudo era diferente no Oeste Selvagem!
Amélia Prescott mal pôde acreditar quando acordou e descobriu suas pernas enlaçadas nas de Gabriel Hatch.
Porém, não dispunha de tempo para fazer o atraente vigarista mudar de vida, mesmo sendo ele mais charmoso do que a lei permitia.
A srta. Amélia Prescott era mesmo intrigante, Gabriel concluiu.
A nova-iorquina bem-intencionada, que atravessara a fronteira com bravura em busca do irmão obstinado, havia desabrochado sob o vasto céu do Oeste.
E, milagrosamente, feito o coração endurecido de Gabriel começar a derreter.
Capítulo Um
Amélia Jenks Prescott endireitou os ombros e emitiu um suspiro deliberadamente alto. Se o sujeito de aparência duvidosa sentado à sua frente possuísse a mínima noção de cavalheirismo, ele acordaria e moveria as pernas longas para o lado, a fim de dar a ela um pouco de espaço.
Parecia que semanas haviam se passado, desde que Amélia trocara o conforto relativo do trem pela minúscula diligência, no leste do território de Dakota.
No início, somente ela e Morgan ocupavam o veículo, o que tornara a viagem tolerável. Em Rapid City, porém, um homem e uma mulher haviam se juntado a eles.
A mulher havia se apresentado de maneira vaga, dizendo chamar-se sra. Smith.
O homem sequer dissera alô. Os dois haviam caído no sono assim que a diligência se pusera em movimento, um feito que Amélia descobriu impossível ao longo da viagem longa e desconfortável.
Passou um dos pés por cima da bota do sujeito e tentou esticar as pernas. Ao menos, chegariam em Deadwood naquela noite. Então, ela poderia encontrar Parker, descansar por dois ou três dias e, com um pouco de sorte, estaria de volta a Nova York dentro de menos de duas semanas.
Cutucou a perna do passageiro com o joelho. Através do tecido fino de seu vestido, sentiu-lhe os músculos rijos da coxa. Para sua própria surpresa, Amélia corou.
Não era o tipo de mulher que corava com facilidade, mas também não estava habituada a ter as pernas enlaçadas com as de um estranho… Um estranho muito atraente.
Um estranho de cabelos loiros e ondulados, costeletas e bigode.
Os olhos eram azuis.
Amélia teve um rápido vislumbre deles, antes que o homem adormecesse. Dispondo de tempo para examiná-lo, chegara à conclusão de que ele não era um sujeito decente.
As roupas, apesar de serem de boa qualidade, apresentavam-se amarrotadas.
A camisa branca estava aberta no colarinho, onde não havia o menor sinal de uma gravata. Além disso, fazia no mínimo três dias que ele não se barbeava.
Como as tentativas anteriores, bastante sutis, não haviam surtido efeito, Amélia pigarreou e disse:
— Senhor, poderia fazer a gentileza de encolher um pouco as pernas?
Os olhos azuis se abriram.
2 - A Escolhida
Dizem que os opostos se atraem...
Parker Prescott não tinha a menor intenção de se envolver com qualquer rabo-de-saia, mas Molly Hanks era o tipo de mulher capaz de fazer um homem tremer... com ou sem sua espingarda!
Molly sabia reconhecer um homem sem destino e de boa lábia assim que o via.
Um homem tão charmoso era perigoso. E ela tinha coisas melhores a fazer, além de tomar conta de um caubói tolo!
Capítulo Um
Territ6rio de Wyoming
Novembro de 1876
Parker Prescott empurrou a aba do chapéu para longe dos olhos e fez uma careta ao observar a rua de terra. Quem quer que houvesse batizado aquele lugar de Canyon City, "cidade do cânion", possuía excelente senso de humor.
Aquilo não se parecia em nada com uma cidade e, ao longo das planícies que ele acabara de atravessar, o que vira de mais parecido com um cânion fora o buraco de marmota que deixara sua égua manca.
Com um suspiro, descobriu que a cocheira ficava do outro lado da cidade, depois de três saloons, uma casa de banho e uma barbearia. Afagou a crina da montaria e disse:
— Só mais um pouco, Diamond. Então, poderá descansar sua perna ferida.
Como havia caminhado pelos últimos quilômetros, a idéia de um banho era mais que atraente. Cuidaria de Diamond e, então, voltaria à casa de banho e tentaria livrar-se das dores musculares e do mau humor, dentro de uma banheira fumegante.
Com certeza, as dores desapareceriam muito antes do mau humor.
Diamond pareceu perceber que a dura viagem chegava ao fim, pois sacudiu a cabeça e seguiu Parker de boa vontade.
O acidente com o animal fora o último de uma seqüência de acontecimentos da mais pura falta de sorte. Parker chegara a se perguntar por que deixara Nova York.
Partira de Deadwood, no território de Dakota, em outubro, planejando chegar à costa oeste antes do inverno, a fim de tentar a sorte nas minas de ouro, já quase esgotadas, da Califórnia.
Porém, fora apanhado de surpresa por uma tempestade de neve, ainda no início do outono, e fora forçado a abrigar-se em uma caverna, até seus suprimentos chegarem ao fim. Então, tivera de voltar a Lead, para se reabastecer.
Quando finalmente deixara as montanhas, alcançando as imensas planícies, havia se perdido, tendo vagado como um idiota durante dias.
Definitivamente, concluiu, jamais seria um homem das montanhas.
Série Prescott
1 - Adorável Forasteira
2 - A Escolhida
Série Concluída
16 de julho de 2010
Mais Brilhante Que O Sol
Série Irmãs Lyndon
Eleonor “Ellie” Lyndon nunca imaginou que seu tranquilo passeio pelo bosque acabaria com um homem a seus pés.
Charles Wycombe, conde de Billington, acabava de cair literalmente do céu com a solução para seus problemas.
O aristocrata conta com pouco tempo para se casar e conservar sua herança, e Ellie deve fugir de casa se não quiser ser desposada por qualquer velhote que sua pérfida madrasta considere adequado.
A solução parece clara… uma união de conveniência entre ambos.
A jovem nunca imaginou casar-se com um completo estranho, assim fixa uma condição inquebrável: o matrimônio não se consumará até que não conheça melhor o homem que se oculta atrás desse belo rosto.
Entretanto, Charles pode ser muito persuasivo, e rapidamente Ellie se vê apanhada por seus encantos sedutores.
Com um beijo que leva a outro, ambos descobrirão que seu casamento, ao final, não é tão inconveniente como parecia e que talvez, finalmente, os leve a experimentar o amor verdadeiro.
Capítulo Um
Kent, Inglaterra.
Outubro de 1817.Eleonor Lyndon estava pensando em suas coisas quando Charles Wycombe, conde de Billington, caiu, literalmente, em sua vida.
Ela ia caminhando, assobiando uma alegre melodia e tentando calcular mentalmente os benefícios anuais de East & West Sugar Company (da qual tinha algumas ações) quando, para sua maior surpresa, um homem caiu do céu e aterrissou a seus pés ou, para ser mais preciso, em cima de seus pés.
Quando prestou um pouco mais de atenção, descobriu que não tinha caído do céu, mas sim de um enorme carvalho.
Ellie, cuja vida tinha sido bastante monótona durante o último ano, quase tinha preferido que tivesse caído do céu. Teria sido muito mais emocionante que o fato de que tivesse caído de uma árvore.
Tirou o pé esquerdo de debaixo do ombro do cavalheiro, arregaçou o vestido por cima dos tornozelos para não manchar a saia e se agachou.
-Senhor? Perguntou. Encontra-se bem?
Ele só grunhiu:-Au.-Minha mãe.. murmurou ela. Não quebrou nenhum osso, não é?
Ele não respondeu, só esvaziou todo o ar dos pulmões. Ellie retrocedeu quando sentiu seu hálito.
-Por todos os Santos, disse entre dentes. Cheira como se tivesse bebido uma destilaria inteira.
-Uísque, respondeu ele, arrastando as letras. Um cavalheiro bebe uísque.
-Sim, mas nem tanto, disse ela. Só um bêbado bebe tanto do que seja.
Ele se levantou, com muita dificuldade, e meneou a cabeça para limpar-se.
-Exato respondeu ele, agitando a mão no ar, embora logo fez uma careta quando comprovou que enjoava com o movimento.- Temo que estou um pouco bêbado.
Ellie decidiu não fazer mais comentários sobre o assunto.-Está seguro de que não está ferido? Ele coçou o cabelo marrom avermelhado e piscou.
-Dói muito a cabeça.
-Suspeito que não seja só pela queda. Ele tentou levantar-se, cambaleou e tornou a sentar-se. É respondeu ela com um sorriso irônico. Por isso sou uma solteirona. Mas não posso lhe curar as feridas se não souber onde estão.
-E muito eficaz murmurou ele. E como está tão certa de que estou feri... ferido?
Ellie elevou o olhar para a árvore.O galho mais próximo que teria suportado seu peso estava a uns cinco metros.
-Se tiver caído de lá de cima, não pode sair ileso.Ele tornou a agitar a mão no ar para ignorar suas palavras e tentou levantar-se outra vez.
-Ah bom,os Wycombe são duros de cortar.Seria necessário mais que uma... Santo Deus!
Série Irmãs Lyndon
1 - Sob o Brilho da Lua
2 - Mais Brilhante que o Sol
Série Concluída
Eleonor “Ellie” Lyndon nunca imaginou que seu tranquilo passeio pelo bosque acabaria com um homem a seus pés.
Charles Wycombe, conde de Billington, acabava de cair literalmente do céu com a solução para seus problemas.
O aristocrata conta com pouco tempo para se casar e conservar sua herança, e Ellie deve fugir de casa se não quiser ser desposada por qualquer velhote que sua pérfida madrasta considere adequado.
A solução parece clara… uma união de conveniência entre ambos.
A jovem nunca imaginou casar-se com um completo estranho, assim fixa uma condição inquebrável: o matrimônio não se consumará até que não conheça melhor o homem que se oculta atrás desse belo rosto.
Entretanto, Charles pode ser muito persuasivo, e rapidamente Ellie se vê apanhada por seus encantos sedutores.
Com um beijo que leva a outro, ambos descobrirão que seu casamento, ao final, não é tão inconveniente como parecia e que talvez, finalmente, os leve a experimentar o amor verdadeiro.
Capítulo Um
Kent, Inglaterra.
Outubro de 1817.Eleonor Lyndon estava pensando em suas coisas quando Charles Wycombe, conde de Billington, caiu, literalmente, em sua vida.
Ela ia caminhando, assobiando uma alegre melodia e tentando calcular mentalmente os benefícios anuais de East & West Sugar Company (da qual tinha algumas ações) quando, para sua maior surpresa, um homem caiu do céu e aterrissou a seus pés ou, para ser mais preciso, em cima de seus pés.
Quando prestou um pouco mais de atenção, descobriu que não tinha caído do céu, mas sim de um enorme carvalho.
Ellie, cuja vida tinha sido bastante monótona durante o último ano, quase tinha preferido que tivesse caído do céu. Teria sido muito mais emocionante que o fato de que tivesse caído de uma árvore.
Tirou o pé esquerdo de debaixo do ombro do cavalheiro, arregaçou o vestido por cima dos tornozelos para não manchar a saia e se agachou.
-Senhor? Perguntou. Encontra-se bem?
Ele só grunhiu:-Au.-Minha mãe.. murmurou ela. Não quebrou nenhum osso, não é?
Ele não respondeu, só esvaziou todo o ar dos pulmões. Ellie retrocedeu quando sentiu seu hálito.
-Por todos os Santos, disse entre dentes. Cheira como se tivesse bebido uma destilaria inteira.
-Uísque, respondeu ele, arrastando as letras. Um cavalheiro bebe uísque.
-Sim, mas nem tanto, disse ela. Só um bêbado bebe tanto do que seja.
Ele se levantou, com muita dificuldade, e meneou a cabeça para limpar-se.
-Exato respondeu ele, agitando a mão no ar, embora logo fez uma careta quando comprovou que enjoava com o movimento.- Temo que estou um pouco bêbado.
Ellie decidiu não fazer mais comentários sobre o assunto.-Está seguro de que não está ferido? Ele coçou o cabelo marrom avermelhado e piscou.
-Dói muito a cabeça.
-Suspeito que não seja só pela queda. Ele tentou levantar-se, cambaleou e tornou a sentar-se. É respondeu ela com um sorriso irônico. Por isso sou uma solteirona. Mas não posso lhe curar as feridas se não souber onde estão.
-E muito eficaz murmurou ele. E como está tão certa de que estou feri... ferido?
Ellie elevou o olhar para a árvore.O galho mais próximo que teria suportado seu peso estava a uns cinco metros.
-Se tiver caído de lá de cima, não pode sair ileso.Ele tornou a agitar a mão no ar para ignorar suas palavras e tentou levantar-se outra vez.
-Ah bom,os Wycombe são duros de cortar.Seria necessário mais que uma... Santo Deus!
Série Irmãs Lyndon
1 - Sob o Brilho da Lua
2 - Mais Brilhante que o Sol
Série Concluída
11 de julho de 2010
O Anjo e o Príncipe
Ryen, o melhor guerreiro da França e líder de sua armada, conhecida como o Anjo da Morte por suas incríveis vitórias.
Captura Bryce, o Príncipe da Escuridão, temido líder das forças inglesas, para demonstrar a seu pai que ela, como cavalheiro, é tão capaz como seus irmãos.
As coisas se complicam rapidamente quando Ryen descobre sua crescente atração por seu inimigo.
No castelo de seu pai se dá conta de que levou ao Bryce a morte e de que seu pai não trocou que opinião respeito a ela.
Não obstante, sua lealdade a França e seu código de cavalaria entram em conflito quando os cavalheiros do castelo desafiam ao Bryce em uma justa.
Fica em mãos de Ryen encontrar uma maneira de lhe salvar.
Bryce escapa e na batalha do Agincourt toma Ryen como prisioneira e volta para a Inglaterra.
Como toda a França acredita que Ryen se converteu em uma traidora não pode voltar para seu lar. Ryen se rege pelo código de cavalaria e lealdade, mas seu amor pelo Bryce é inegável.
O amor é mais forte do que a pátria ou a família...
Prólogo
França, 1410
O coro de vozes subiu até os rincões mais longínquos da catedral, onde os anjos esculpidos escutavam com suas caras sombrias as palavras em latim.
Brilhantes pilares de mármore branco desciam em espiral para as escadas do grande altar.
No degrau superior estava o rei Charles VI e, atrás dele, oito rapazes muito jovens vestidos com imaculadas túnicas brancas, cada um sustentando uma almofadinha de veludo vermelho com borlas douradas. Sobre cada uma das almofadinhas havia uma espada resplandecente.
Em cima e atrás dos jovens, as estátuas douradas dos Santos abriam seus frios braços, com olhos invisíveis, em sinal de bem-vinda e de perdão.
O rei alterou sua postura régia e dirigiu seu olhar para as altas portas de madeira, na parte de trás da igreja. S
abia que oito homens jovens esperavam ansiosamente, com o fôlego contido no peito e com as palmas das mãos empapadas de suor nervoso.
Cada um entraria como um escudeiro, cheio de apreensões e receios ainda infantis, e sairia convertido em um cavalheiro do reino cheio do orgulho de um guerreiro.
Um dos estandartes lhe chamou a atenção.
Tratava-se do Ryen Du Bouriez, o terceiro filho do barão Jean Claude Du Bouriez. Os olhos do rei Charles passaram por cima do grupo de pessoas que havia ao seu redor e repousaram em dois homens: os irmãos mais velhos do Ryen Du Bouriez.
Eram altos, até para os mais altivos cavalheiros.
Lucien se destacava por sua beleza; e havia o boato que seu cabelo cor mel, seus olhos azuis e olhar de menino lhe concederam a virtude de mais de uma donzela.
Ambos foram notados por suas habilidades como consumados guerreiros e isto agradava ao rei, que adivinhava em Ryen uma excelente aquisição para suas tropas.
Sua Majestade estudou aos dois irmãos com atenção.
Viu como se apoiavam alternadamente, com certo nervosismo, de um pé para o outro, e notou que inclusive André, em geral o mais calmo, parecia um tanto inquieto.
O rei franziu o semblante.
Os dois irmãos colossais se sentiam incômodos ante a parafernália civil que os rodeava e eles desejavam que a cerimônia terminasse logo, para assim poder abandonar a igreja, coisa que Charles compreendia.
Os irmãos Du Bouriez, na verdade, não eram conhecidos por sua sociabilidade, mas sim por suas proezas nos campos de batalha.
O rei passeou seu olhar sobre filas e mais filas de nobres vestidos com seus melhores trajes de seda e de cetim. A condessa da Borgonha estava ali. Não longe dela, o chamativo chapéu dourado da duquesa de Orleans chamou sua atenção. Pouco a pouco, sua fronte se franziu ao terminar de inspecionar a nobreza que tinha comparecido para cerimônia.
Onde estava o pai de Ryen?
O coro de vozes que permeava pelo recinto se interrompeu de maneira repentina, fazendo que seus últimos ecos ressoassem ao longo da catedral antes de desaparecer em um nada.
6 de julho de 2010
Proibido
Série Medieval
Segundo uma antiga profecia, a bela e inocente Amber estava obrigada a levar uma vida isolada e solitária.
Se não o fizesse, uma terrível maldição cairia sobre ela.
Mas quando conhece Duncan de Maxwell, um dos mais duros e poderosos guerreiros de toda a Inglaterra, a jovem se apaixona irremediavelmente dele.
Desafiando os intuitos da profecia que a marcou desde seu nascimento, Amber se entregará por inteiro ao homem que chegou a ela de entre as sombras.
Um homem que a conduzirá pelos mais selvagens e escuros atalhos da paixão.
Um homem que lhe arrebatará seu coração, seu corpo... sua alma.
Juntos deverão fazer frente a maldições, ódios e vinganças para lutar por seu amor. Um amor eterno sem princípio nem fim.
Um amor que perdurará por sempre.
Um amor... proibido.
Capitulo Um
“Chegará a você por entre as sombras”.
As palavras da terrível profecia ressoaram na mente de Amber enquanto contemplava o poderoso corpo, nu e inerte, que Erik tinha colocado a seus pés.
As chamas das velas voaram como se tivessem vida, avivadas pelo vento frio do outono que entrava pela porta aberta da cabana.
A luz e as sombras brincavam sobre o corpo do desconhecido, destacando a fortaleza de suas costas e de seus ombros.
Em seu cabelo negro resplandecia a agua da neve derretida e em sua pele brilhavam gotas de chuva.
Amber sentiu no mais profundo de seu ser o estremecimento que atravessou o homem que estava no chão. Em silêncio, olhou Erik.
Os grandes olhos cor de âmbar da jovem estavam cheios de perguntas que não ousava formular.
Era melhor assim, pois o jovem lorde não saberia dar as respostas. Quem podia contar algo era o corpo inerte do desconhecido que tinha encontrado no lugar sagrado.
— Conhece? — perguntou Erik.
— Não.
— Acredito que está enganada. Leva sua marca. — Sem dizer mais nada, seu amigo da infância virou o desconhecido. A luz das velas e os fios de água derretida percorriam o musculoso torso, mas não foi a contundência daquele corpo nu que provocou o afogado grito de Amber.
Na intensa escuridão do pêlo que percorria o amplo peito daquele homem, reluzia uma pequena parte de âmbar pendurando em uma corrente.
Tomando cuidado de não tocá-lo, Amber se ajoelhou ao lado do desconhecido e aproximou uma das velas para estudar o talismã. Mostrava elegantes signos rúnicos que indicavam que o portador estava sob a proteção dos druidas.
— Vire o pendente — sussurrou a jovem.
Com um ágil gesto, Erik seguiu suas instruções. Na outra cara, dispostas em forma de cruz, várias palavras em latim proclamavam a glória de Deus e suplicavam seu amparo para o portador do talismã.
Tratava-se de uma oração cristã muito habitual entre os cavalheiros que lutavam contra os sarracenos pelo domínio da Terra Santa.
Amber suspirou aliviada ao perceber que o desconhecido não era nenhum feiticeiro maligno que tinha chegado as conflituosas terras da fronteira entre a Inglaterra e Escócia para ameaçar seus habitantes. Pela primeira vez, viu-o como um homem e não como um inimigo.
Ao observá-lo com atenção, sentiu-se impactada por sua imponente presença física.
A única concessão à delicadeza eram suas espessas pestanas e a suave curva de seus lábios. Era incrivelmente atraente e seu corpo parecia o de um guerreiro. Sua pele mostrava golpes recentes, cortes e arranhões que se confundiam com as antigas cicatrizes de batalhas e reforçavam sua aura de força e poder.
Embora não possuísse mais do que o talismã, Amber não tinha a menor dúvida de que aquele homem era alguém poderoso.
— Onde o encontrou? — quis saber.
— No Círculo de Pedra.
Ao escutar aquilo, ela levantou a cabeça.
— Como disse? — inquiriu, sem dar crédito.
— Ouviu bem
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
Segundo uma antiga profecia, a bela e inocente Amber estava obrigada a levar uma vida isolada e solitária.
Se não o fizesse, uma terrível maldição cairia sobre ela.
Mas quando conhece Duncan de Maxwell, um dos mais duros e poderosos guerreiros de toda a Inglaterra, a jovem se apaixona irremediavelmente dele.
Desafiando os intuitos da profecia que a marcou desde seu nascimento, Amber se entregará por inteiro ao homem que chegou a ela de entre as sombras.
Um homem que a conduzirá pelos mais selvagens e escuros atalhos da paixão.
Um homem que lhe arrebatará seu coração, seu corpo... sua alma.
Juntos deverão fazer frente a maldições, ódios e vinganças para lutar por seu amor. Um amor eterno sem princípio nem fim.
Um amor que perdurará por sempre.
Um amor... proibido.
Capitulo Um
“Chegará a você por entre as sombras”.
As palavras da terrível profecia ressoaram na mente de Amber enquanto contemplava o poderoso corpo, nu e inerte, que Erik tinha colocado a seus pés.
As chamas das velas voaram como se tivessem vida, avivadas pelo vento frio do outono que entrava pela porta aberta da cabana.
A luz e as sombras brincavam sobre o corpo do desconhecido, destacando a fortaleza de suas costas e de seus ombros.
Em seu cabelo negro resplandecia a agua da neve derretida e em sua pele brilhavam gotas de chuva.
Amber sentiu no mais profundo de seu ser o estremecimento que atravessou o homem que estava no chão. Em silêncio, olhou Erik.
Os grandes olhos cor de âmbar da jovem estavam cheios de perguntas que não ousava formular.
Era melhor assim, pois o jovem lorde não saberia dar as respostas. Quem podia contar algo era o corpo inerte do desconhecido que tinha encontrado no lugar sagrado.
— Conhece? — perguntou Erik.
— Não.
— Acredito que está enganada. Leva sua marca. — Sem dizer mais nada, seu amigo da infância virou o desconhecido. A luz das velas e os fios de água derretida percorriam o musculoso torso, mas não foi a contundência daquele corpo nu que provocou o afogado grito de Amber.
Na intensa escuridão do pêlo que percorria o amplo peito daquele homem, reluzia uma pequena parte de âmbar pendurando em uma corrente.
Tomando cuidado de não tocá-lo, Amber se ajoelhou ao lado do desconhecido e aproximou uma das velas para estudar o talismã. Mostrava elegantes signos rúnicos que indicavam que o portador estava sob a proteção dos druidas.
— Vire o pendente — sussurrou a jovem.
Com um ágil gesto, Erik seguiu suas instruções. Na outra cara, dispostas em forma de cruz, várias palavras em latim proclamavam a glória de Deus e suplicavam seu amparo para o portador do talismã.
Tratava-se de uma oração cristã muito habitual entre os cavalheiros que lutavam contra os sarracenos pelo domínio da Terra Santa.
Amber suspirou aliviada ao perceber que o desconhecido não era nenhum feiticeiro maligno que tinha chegado as conflituosas terras da fronteira entre a Inglaterra e Escócia para ameaçar seus habitantes. Pela primeira vez, viu-o como um homem e não como um inimigo.
Ao observá-lo com atenção, sentiu-se impactada por sua imponente presença física.
A única concessão à delicadeza eram suas espessas pestanas e a suave curva de seus lábios. Era incrivelmente atraente e seu corpo parecia o de um guerreiro. Sua pele mostrava golpes recentes, cortes e arranhões que se confundiam com as antigas cicatrizes de batalhas e reforçavam sua aura de força e poder.
Embora não possuísse mais do que o talismã, Amber não tinha a menor dúvida de que aquele homem era alguém poderoso.
— Onde o encontrou? — quis saber.
— No Círculo de Pedra.
Ao escutar aquilo, ela levantou a cabeça.
— Como disse? — inquiriu, sem dar crédito.
— Ouviu bem
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
O Indomável
Série Medieval
O perigoso e enigmático Dominic, o Sabre retorna à Inglaterra repleto de glórias e riquezas obtidas nas Cruzadas, para reclamar sua recompensa: a formosa dama saxã que lhe foi destinada pelo rei.
Entretanto, lady Margaret de Blackthorne, apanhada em uma rede de ódio, não pode ceder ante o invasor normando.
Mas o que não imagina é que vai ser submetida sem piedade a uma implacável sedução por parte do feroz guerreiro, em que ambos perderão seu coração e… também sua alma.
Juntos deverão enfrentar às traições que lhes rodeiam e liderar a batalha mais importante de suas vidas.
Uma batalha em que terão que lutar pela violenta paixão que lhes une, e… por seu amor.
Capítulo Um
Primavera no reino do Henry I , Norte da Inglaterra,
O eco produzido por um corno de guerra atravessou o dia, anunciando a chegada do próximo senhor do castelo de Blackthorne.
Como atraída pelo som, uma escura silhueta começou a condensar-se em meio da névoa...
Um cavalheiro vestido com cota de malha sobre um enorme garanhão.
O animal e o cavaleiro pareciam um só ser, indivisível, selvagem, no qual a masculinidade, potente, feroz, rugia através de seu sangue como uma tormenta.
— Dizem que é um selvagem, milady - murmurou a viúva Eadith.
— O mesmo se diz de todos os normandos - respondeu Meg a sua donzela, com fingida calma—. Mas ele não tem por que ser assim.
Eadith emitiu um som que poderia ter sido uma risada afogada.
— Sim, milady.
A prova está no jeito como seu prometido cavalga para nós com arnadura, no lombo de um cavalo de batalha. Sopram ventos de guerra.
— Não haverá nenhuma guerra - afirmou Meg, cortante—. Essa é a razão pela qual me casarei... Para acabar com o derramamento de sangue.
— Não se engane. É mais provável que tenha lugar uma guerra antes das bodas - profetizou a serva, com evidente satisfação—. Malditos normandos! Oxalá, morressem todos!
— Silêncio - ordenou Meg em voz baixa—. Não quero ouvir falar de nenhuma guerra.
Eadith apertou os lábios, mas não falou mais sobre o tema.
De pé ante uma janela alta do castelo, oculta à vista por uma cortina parcialmente fechada, Meg procurou ao longe a comitiva que deveria ter acompanhado o guerreiro, que logo se converteria em seu marido.
Nada se moveu depois do cavalo de batalha, exceto a densa neblina que serpenteava por cima dos campos, apesar de que o som do corno se fez ouvir de novo no bosque que se estendia além das terras cultivadas da fortaleza.
Sem mostrar nenhum temor, o corcel e o cavalheiro se faziam cada vez mais visíveis ao aproximar-se do castelo.
Não tinha motivo que se apressassem depois do ameaçador guerreiro, nem apareceu nenhum escudeiro que guiasse os cavalos de batalha ou animais de carga com armas e artefatos de guerra.
Contra o habitual naqueles casos, Dominic, o Sabre, se aproximava do castelo saxão acompanhado unicamente pelo agudo som do corno de guerra.
— É o diabo feito homem... —murmurou Eadith, benzendo-se—. Se estivesse em seu lugar não me casaria com ele.
— Mas não está em meu lugar.
— Que Deus lhe proteja!
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
O perigoso e enigmático Dominic, o Sabre retorna à Inglaterra repleto de glórias e riquezas obtidas nas Cruzadas, para reclamar sua recompensa: a formosa dama saxã que lhe foi destinada pelo rei.
Entretanto, lady Margaret de Blackthorne, apanhada em uma rede de ódio, não pode ceder ante o invasor normando.
Mas o que não imagina é que vai ser submetida sem piedade a uma implacável sedução por parte do feroz guerreiro, em que ambos perderão seu coração e… também sua alma.
Juntos deverão enfrentar às traições que lhes rodeiam e liderar a batalha mais importante de suas vidas.
Uma batalha em que terão que lutar pela violenta paixão que lhes une, e… por seu amor.
Capítulo Um
Primavera no reino do Henry I , Norte da Inglaterra,
O eco produzido por um corno de guerra atravessou o dia, anunciando a chegada do próximo senhor do castelo de Blackthorne.
Como atraída pelo som, uma escura silhueta começou a condensar-se em meio da névoa...
Um cavalheiro vestido com cota de malha sobre um enorme garanhão.
O animal e o cavaleiro pareciam um só ser, indivisível, selvagem, no qual a masculinidade, potente, feroz, rugia através de seu sangue como uma tormenta.
— Dizem que é um selvagem, milady - murmurou a viúva Eadith.
— O mesmo se diz de todos os normandos - respondeu Meg a sua donzela, com fingida calma—. Mas ele não tem por que ser assim.
Eadith emitiu um som que poderia ter sido uma risada afogada.
— Sim, milady.
A prova está no jeito como seu prometido cavalga para nós com arnadura, no lombo de um cavalo de batalha. Sopram ventos de guerra.
— Não haverá nenhuma guerra - afirmou Meg, cortante—. Essa é a razão pela qual me casarei... Para acabar com o derramamento de sangue.
— Não se engane. É mais provável que tenha lugar uma guerra antes das bodas - profetizou a serva, com evidente satisfação—. Malditos normandos! Oxalá, morressem todos!
— Silêncio - ordenou Meg em voz baixa—. Não quero ouvir falar de nenhuma guerra.
Eadith apertou os lábios, mas não falou mais sobre o tema.
De pé ante uma janela alta do castelo, oculta à vista por uma cortina parcialmente fechada, Meg procurou ao longe a comitiva que deveria ter acompanhado o guerreiro, que logo se converteria em seu marido.
Nada se moveu depois do cavalo de batalha, exceto a densa neblina que serpenteava por cima dos campos, apesar de que o som do corno se fez ouvir de novo no bosque que se estendia além das terras cultivadas da fortaleza.
Sem mostrar nenhum temor, o corcel e o cavalheiro se faziam cada vez mais visíveis ao aproximar-se do castelo.
Não tinha motivo que se apressassem depois do ameaçador guerreiro, nem apareceu nenhum escudeiro que guiasse os cavalos de batalha ou animais de carga com armas e artefatos de guerra.
Contra o habitual naqueles casos, Dominic, o Sabre, se aproximava do castelo saxão acompanhado unicamente pelo agudo som do corno de guerra.
— É o diabo feito homem... —murmurou Eadith, benzendo-se—. Se estivesse em seu lugar não me casaria com ele.
— Mas não está em meu lugar.
— Que Deus lhe proteja!
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
Feiticeira
Série Medieval
Simon "O Leal" tinha jurado não voltar a amar, pois o amor debilita os grandes guerreiros.
Seu casamento que já estava acertado com uma formosa herdeira Normanda, seria para ele um dever, e nada mais. Mas é mais que o dever o que inflama seu sangue a primeira vez que vê Ariane…
Ariane só tinha conhecido desafeto por parte dos homens… e uma traição tão profunda, que virtualmente aniquilou sua alma.
Sem desejar a nenhum homem, sem confiar em homem algum, falando unicamente através da triste canção que toca com sua harpa, Ariane aceita Simon sendo uma noiva reticente…
Simon e Ariane se casam para levar a paz às terras em conflito, mas o casamento não basta por si só. Simon sabe que deve ensinar Ariane o que é a paixão, e ela, em troca, deve lhe ensinar a confiar de novo.
E ambos devem sucumbir a doce violência do feitiço do amor… ou morrer…
Capítulo Um
Outono no reino do Rei Henry I.
Castelo do Círculo de Pedra, lar de lorde Duncan e lady Amber, nas terras da fronteira ao norte da Inglaterra normanda.
— O que será — sussurrou Ariane para si mesma — bodas ou velório?
A jovem observou a adaga em suas mãos, mas não recebeu resposta alguma, salvo o reflexo da luz das velas que deslizava como sangue sobre a lâmina.
Enquanto olhava o sangue fantasmal, a pergunta ressoou de novo no silêncio de sua mente.
Bodas ou velório?
A resposta que finalmente chegou não lhe serviu de alívio.
Não importa. Só são palavras diferentes para um mesmo fim.
Dos altos muros do castelo do Círculo de Pedra, o vento soprava anunciando o inverno.
Ariane não ouvia seu lúgubre lamento.
Não ouvia nada, exceto os ecos do passado, o momento em que sua mãe tinha depositado a adaga coalhada de jóias nas pequenas mãos de sua filha.
Em sua mente, ainda podia ver o escuro brilho das ametistas e sentir o frio peso da prata.
As palavras de sua mãe tinham sido ainda mais gélidas:
«O inferno não possui um castigo maior que um casamento não desejado.
Usa isto antes de ter que se deitar junto a um homem ao qual não ame».
Infelizmente, a mãe de Ariane não tinha vivido o suficiente para lhe ensinar como usar a arma, ou contra quem.
De quem devia ser o velório, do noivo ou da noiva?
Deveria suicidar-me ou deveria matar Simon, cujo único crime é ter concordado em casar comigo devido à lealdade que sente por seu irmão, lorde Dominic, senhor da fortaleza de Blackthorne?
Lealdade.
Um tremor ofegante percorreu Ariane, fazendo com que sua túnica de uma viva cor dourada e nata estremecesse como se estivesse viva. Deus, oxalá tivesse sido abençoada com uma lealdade semelhante por parte de minha família!
O escuro pesadelo voltou, ameaçando romper o muro que Ariane tinha construído a seu redor. Sombria, afastou seus pensamentos da noite em que tinha sido traída, primeiro por Geoffrey o Justo e, depois, por seu próprio pai.
A folha da adaga feriu ligeiramente a mão de Ariane, indicando que a segurava com muita força.
Distante, perguntou-se o que sentiria se a arma se cravasse profundamente em sua carne.
Com toda segurança, não podia ser pior que seus pesadelos.
— Ariane, viu mi... Oh!, que adaga tão extraordinária
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
Simon "O Leal" tinha jurado não voltar a amar, pois o amor debilita os grandes guerreiros.
Seu casamento que já estava acertado com uma formosa herdeira Normanda, seria para ele um dever, e nada mais. Mas é mais que o dever o que inflama seu sangue a primeira vez que vê Ariane…
Ariane só tinha conhecido desafeto por parte dos homens… e uma traição tão profunda, que virtualmente aniquilou sua alma.
Sem desejar a nenhum homem, sem confiar em homem algum, falando unicamente através da triste canção que toca com sua harpa, Ariane aceita Simon sendo uma noiva reticente…
Simon e Ariane se casam para levar a paz às terras em conflito, mas o casamento não basta por si só. Simon sabe que deve ensinar Ariane o que é a paixão, e ela, em troca, deve lhe ensinar a confiar de novo.
E ambos devem sucumbir a doce violência do feitiço do amor… ou morrer…
Capítulo Um
Outono no reino do Rei Henry I.
Castelo do Círculo de Pedra, lar de lorde Duncan e lady Amber, nas terras da fronteira ao norte da Inglaterra normanda.
— O que será — sussurrou Ariane para si mesma — bodas ou velório?
A jovem observou a adaga em suas mãos, mas não recebeu resposta alguma, salvo o reflexo da luz das velas que deslizava como sangue sobre a lâmina.
Enquanto olhava o sangue fantasmal, a pergunta ressoou de novo no silêncio de sua mente.
Bodas ou velório?
A resposta que finalmente chegou não lhe serviu de alívio.
Não importa. Só são palavras diferentes para um mesmo fim.
Dos altos muros do castelo do Círculo de Pedra, o vento soprava anunciando o inverno.
Ariane não ouvia seu lúgubre lamento.
Não ouvia nada, exceto os ecos do passado, o momento em que sua mãe tinha depositado a adaga coalhada de jóias nas pequenas mãos de sua filha.
Em sua mente, ainda podia ver o escuro brilho das ametistas e sentir o frio peso da prata.
As palavras de sua mãe tinham sido ainda mais gélidas:
«O inferno não possui um castigo maior que um casamento não desejado.
Usa isto antes de ter que se deitar junto a um homem ao qual não ame».
Infelizmente, a mãe de Ariane não tinha vivido o suficiente para lhe ensinar como usar a arma, ou contra quem.
De quem devia ser o velório, do noivo ou da noiva?
Deveria suicidar-me ou deveria matar Simon, cujo único crime é ter concordado em casar comigo devido à lealdade que sente por seu irmão, lorde Dominic, senhor da fortaleza de Blackthorne?
Lealdade.
Um tremor ofegante percorreu Ariane, fazendo com que sua túnica de uma viva cor dourada e nata estremecesse como se estivesse viva. Deus, oxalá tivesse sido abençoada com uma lealdade semelhante por parte de minha família!
O escuro pesadelo voltou, ameaçando romper o muro que Ariane tinha construído a seu redor. Sombria, afastou seus pensamentos da noite em que tinha sido traída, primeiro por Geoffrey o Justo e, depois, por seu próprio pai.
A folha da adaga feriu ligeiramente a mão de Ariane, indicando que a segurava com muita força.
Distante, perguntou-se o que sentiria se a arma se cravasse profundamente em sua carne.
Com toda segurança, não podia ser pior que seus pesadelos.
— Ariane, viu mi... Oh!, que adaga tão extraordinária
Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída
3 de julho de 2010
Discretamente Sedutora
Trilogia do Fogo
Medo de amar
Impulsiva e rebelde, Kitt Wentworth não tinha intenção de obedecer ao pai, nem de se submeter a um marido. Uma traumática experiência do passado fora suficiente para destruir todas as suas ilusões românticas, e ela não pretendia nem mesmo se apaixonar. Contudo, nunca imaginou que pudesse despertar o interesse de um homem como Clay Harcourt...
Como filho ilegítimo de um duque, Clay não se chocava com pequenos escândalos. Casamento não fazia parte de seus planos, mas a natureza espontânea de Kitt o atraía como uma chama na escuridão, e os mexericos em torno dela o levavam a querer protegê-la. Quando Clay arquitetou uma armadilha para induzi-la a se casar com ele, Kitt não conseguiu deixar de se render à paixão que sentia por aquele homem. No entanto, um terrível segredo do passado a impedia de entregar seu coração ao atraente libertino que lhe despertava os mais ardentes desejos...
Capítulo Um
Londres, Inglaterra 1805
— Desmiolada, eis o que ela é. Rebelde e insolente demais para que algum homem respeitável queira se casar com ela.
Com as sobrancelhas grisalhas erguidas em reprovação, lady Dempsey levou ao nariz seu monóculo cravejado de brilhantes, a fim de examinar a jovem em questão.
— Houve um tempo em que ela era a queridinha das altas-rodas — a mulher continuou. — O pai deve estar terrivelmente desapontado.
— Sem dúvida — concordou lady Sarah, meneando a cabeça. — Pelos rumores que ouvi, é bom que a pobre mãe dela não esteja viva para ver.
Atrás de uma coluna, dentro da mansão do conde de Winston, no bairro nobre de Mayfair, Clayton Harcourt estudou o objeto de escárnio das duas senhoras. Fazia quatro anos que ele conhecia Kassandra Wentworth, ou Kitt, desde que ela fora apresentada ao círculo casamenteiro da sociedade londrina. Agora, às vésperas de completar vinte e um anos, Kitt ficara exposta tempo demais para constituir um atrativo. Seu pai, o visconde Stockton, decidira pôr um fim à incômoda situação.
Clay a analisou como fizera nos últimos meses: com franco interesse masculino. A seu ver, ela era uma incrível mistura de mulher e menina, inocentemente sedutora, com seios exuberantes, grandes olhos verdes e magníficos cabelos acobreados. Quando ria, nada havia de infantil no som, que atestava uma feminilidade vicejante e uma candura confortadora.
Não que Clay lhe revelasse sua admiração. Sempre que se encontravam face a face, os dois eram como água e óleo. Como dissera lady Dempsey, a jovem era teimosa e independente. Precisava de um marido forte que a domasse. Sem planos para casar-se, Clay não seria essa pessoa. — Ela é mesmo especial, não? — A voz do pai de Clay soou ao lado dele, mas seus olhos permaneceram em Kitt.
— De fato, é impulsiva e voluntariosa. Muito ousada para o gosto dos pretendentes.
— Tem razão, filho. Talvez seja por isso que eu gostei dela desde que a conheci.
Clay então olhou para seu pai: Alexander Barclay, sexto duque de Rathmore, o nobre que generosamente cobria seus gastos, e até lhe dedicava afeição, mas que se negava a conceder-lhe a legitimidade do sobrenome.
— O senhor tem um bom olho para a beleza, Vossa Graça.
— Isso e mais — o duque concordou, servindo-se de uma dose de conhaque. — Stockton quer vê-la casada. Acho que já lhe falei.
— Vendo como o senhor e o visconde se entendem nos negócios e como se alinham politicamente na Câmara dos Lordes, creio que gostaria de agradá-lo.
— Refere-se à minha sugestão de cortejá-la? Para o homem certo, Kassandra Wentworth será a esposa perfeita.
Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída
Medo de amar
Impulsiva e rebelde, Kitt Wentworth não tinha intenção de obedecer ao pai, nem de se submeter a um marido. Uma traumática experiência do passado fora suficiente para destruir todas as suas ilusões românticas, e ela não pretendia nem mesmo se apaixonar. Contudo, nunca imaginou que pudesse despertar o interesse de um homem como Clay Harcourt...
Como filho ilegítimo de um duque, Clay não se chocava com pequenos escândalos. Casamento não fazia parte de seus planos, mas a natureza espontânea de Kitt o atraía como uma chama na escuridão, e os mexericos em torno dela o levavam a querer protegê-la. Quando Clay arquitetou uma armadilha para induzi-la a se casar com ele, Kitt não conseguiu deixar de se render à paixão que sentia por aquele homem. No entanto, um terrível segredo do passado a impedia de entregar seu coração ao atraente libertino que lhe despertava os mais ardentes desejos...
Capítulo Um
Londres, Inglaterra 1805
— Desmiolada, eis o que ela é. Rebelde e insolente demais para que algum homem respeitável queira se casar com ela.
Com as sobrancelhas grisalhas erguidas em reprovação, lady Dempsey levou ao nariz seu monóculo cravejado de brilhantes, a fim de examinar a jovem em questão.
— Houve um tempo em que ela era a queridinha das altas-rodas — a mulher continuou. — O pai deve estar terrivelmente desapontado.
— Sem dúvida — concordou lady Sarah, meneando a cabeça. — Pelos rumores que ouvi, é bom que a pobre mãe dela não esteja viva para ver.
Atrás de uma coluna, dentro da mansão do conde de Winston, no bairro nobre de Mayfair, Clayton Harcourt estudou o objeto de escárnio das duas senhoras. Fazia quatro anos que ele conhecia Kassandra Wentworth, ou Kitt, desde que ela fora apresentada ao círculo casamenteiro da sociedade londrina. Agora, às vésperas de completar vinte e um anos, Kitt ficara exposta tempo demais para constituir um atrativo. Seu pai, o visconde Stockton, decidira pôr um fim à incômoda situação.
Clay a analisou como fizera nos últimos meses: com franco interesse masculino. A seu ver, ela era uma incrível mistura de mulher e menina, inocentemente sedutora, com seios exuberantes, grandes olhos verdes e magníficos cabelos acobreados. Quando ria, nada havia de infantil no som, que atestava uma feminilidade vicejante e uma candura confortadora.
Não que Clay lhe revelasse sua admiração. Sempre que se encontravam face a face, os dois eram como água e óleo. Como dissera lady Dempsey, a jovem era teimosa e independente. Precisava de um marido forte que a domasse. Sem planos para casar-se, Clay não seria essa pessoa. — Ela é mesmo especial, não? — A voz do pai de Clay soou ao lado dele, mas seus olhos permaneceram em Kitt.
— De fato, é impulsiva e voluntariosa. Muito ousada para o gosto dos pretendentes.
— Tem razão, filho. Talvez seja por isso que eu gostei dela desde que a conheci.
Clay então olhou para seu pai: Alexander Barclay, sexto duque de Rathmore, o nobre que generosamente cobria seus gastos, e até lhe dedicava afeição, mas que se negava a conceder-lhe a legitimidade do sobrenome.
— O senhor tem um bom olho para a beleza, Vossa Graça.
— Isso e mais — o duque concordou, servindo-se de uma dose de conhaque. — Stockton quer vê-la casada. Acho que já lhe falei.
— Vendo como o senhor e o visconde se entendem nos negócios e como se alinham politicamente na Câmara dos Lordes, creio que gostaria de agradá-lo.
— Refere-se à minha sugestão de cortejá-la? Para o homem certo, Kassandra Wentworth será a esposa perfeita.
Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída
2 de julho de 2010
Coração de Gelo
Trilogia do Fogo
Inesperada paixão!
Para fugir de uma vida de pobreza como filha de um arrendatário de terras, Ariel Summers fez um pacto com o diabo: ela se tornaria amante do conde de Greville, em troca de estudos e aulas de etiqueta.
Ariel não previa, entretanto, a morte precoce do conde e a poderosa atração que viria a sentir pelo filho ilegítimo dele, e herdeiro, Justin Ross.
Justin não tinha intenção de exigir pagamento da linda jovem que seu pai tão perversamente planejara arruinar. Mas aquela mulher tentadora lhe despertava um forte fascínio, e ele jurou a si mesmo que a seduziria.
Contudo, Justin se surpreendeu ao descobrir que a apaixonante Ariel lhe provocava emoções que ele acreditava estarem soterradas para sempre. Agora, a desconfiança e a traição ameaçam a frágil felicidade que os dois encontraram, e Justin precisa convencer Ariel de que não é o homem desalmado que ela o julga ser...
Capítulo Um
Surrey, Inglaterra, 1800
Agachada atrás da cerca viva que se estendia ao longo da magnífica Mansão Greville, Ariel Summers observava a carruagem preta desfilando com o brasão do conde reluzindo em dourado. Apoiada no estofado estava lady Barbara Ross, filha do conde, que ria com os amigos como se não se importasse com o resto do mundo.
Ariel imaginou-se em vestidos confeccionados na mais fina das sedas, os matizes variando entre rosa, lavanda e o verde mais iridescente. Fechando os olhos, sonhou usar um vestido dourado, com os cabelos do mesmo tom caindo em cachos perfeitos sobre os ombros desnudos. Nos pés o mais formoso dos sapatos.
Um dia terei a minha própria carruagem, além de um vestido diferente para cada dia pensou suspirando, pois sabia que seu desejo não se realizaria em um futuro próximo.
Quando a carruagem desapareceu, levantou o vestido surrado e correu de volta para casa. Estava atrasada e, àquela hora, seu pai ficaria furioso se soubesse por onde andara. Podia até levar uma surra.
Rezou para que ele estivesse no campo. No entanto, ao levantar a cortina de couro que servia de porta para a cabana em que vivia, Whit Summers a aguardava. Gemeu de dor quando ele pegou seu braço com força, puxando-a para dentro. Ao levantar os olhos, não se surpreendeu com o estrondoso tapa que levou no rosto.
— Eu avisei que não a queria vagando por aí! Pedi que fosse entregar a roupa para consertar e que voltasse para cá o mais rápido possível. Onde estava? Aposto que espionando as damas em suas carruagens, não é? Por que teima em sonhar com algo que nunca poderá ter? É melhor encarar a realidade, menina.Você é e nunca deixará de ser a filha de um lavrador. Agora, vá trabalhar.
Ariel não reclamou e tratou de se afastar rapidamente da fúria do pai. Do lado de fora, respirou fundo e deixou que a brisa fizesse esvoaçar seus cabelos. A face ainda doía pelo tapa, mas sabia que este fora merecido.
Disparou em direção à horta, e o avental subiu com o vento, cobrindo seu rosto de linhas suaves. Abaixou-o, pensando que tudo nela refletia sua teimosia. Por mais que o pai insistisse no contrário, tinha plena convicção de que um dia se tornaria uma lady. Ele, porém, não conseguia vislumbrar outro futuro que não aquele que havia herdado. Era muito diferente dela, que tinha jurado se fazer merecedora de uma vida melhor do que aquela.
Considerava-se dona do próprio destino. Apesar de o pai enegrecer seu caminho, haveria de encontrar uma luz para guiá-la.
Depois de a mãe ter falecido, trabalhava desde a alvorada até o entardecer. Começava o dia varrendo o chão de terra batida da cabana, depois cozinhava o que colhia, cuidava da horta e ajudava o pai nos trigais. Planejava fugir assim que possível daquela rotina extenuante e sem fim. E seus anseios não se limitavam a preces apenas, pois tinha um plano bem elaborado para atingir seu objetivo.
Como fazia uma vez por mês, Edmund Ross, quarto conde de Greville, passava o dia inspecionando seus campos e visitando arrendatários. Aquele dia em especial estava muito quente. O sol parecia uma esfera chamuscante lançando seus raios impiedosos sobre a terra, cozinhando raízes, castigando os campos. Ele preferia cavalgar em vez de seguir em um coche, e a cobertura sombreava sua elegante figura, protegendo-o do calor. Recostado no estofamento de couro, deliciou-se com a brisa que soprava do Norte.
Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída
Inesperada paixão!
Para fugir de uma vida de pobreza como filha de um arrendatário de terras, Ariel Summers fez um pacto com o diabo: ela se tornaria amante do conde de Greville, em troca de estudos e aulas de etiqueta.
Ariel não previa, entretanto, a morte precoce do conde e a poderosa atração que viria a sentir pelo filho ilegítimo dele, e herdeiro, Justin Ross.
Justin não tinha intenção de exigir pagamento da linda jovem que seu pai tão perversamente planejara arruinar. Mas aquela mulher tentadora lhe despertava um forte fascínio, e ele jurou a si mesmo que a seduziria.
Contudo, Justin se surpreendeu ao descobrir que a apaixonante Ariel lhe provocava emoções que ele acreditava estarem soterradas para sempre. Agora, a desconfiança e a traição ameaçam a frágil felicidade que os dois encontraram, e Justin precisa convencer Ariel de que não é o homem desalmado que ela o julga ser...
Capítulo Um
Surrey, Inglaterra, 1800
Agachada atrás da cerca viva que se estendia ao longo da magnífica Mansão Greville, Ariel Summers observava a carruagem preta desfilando com o brasão do conde reluzindo em dourado. Apoiada no estofado estava lady Barbara Ross, filha do conde, que ria com os amigos como se não se importasse com o resto do mundo.
Ariel imaginou-se em vestidos confeccionados na mais fina das sedas, os matizes variando entre rosa, lavanda e o verde mais iridescente. Fechando os olhos, sonhou usar um vestido dourado, com os cabelos do mesmo tom caindo em cachos perfeitos sobre os ombros desnudos. Nos pés o mais formoso dos sapatos.
Um dia terei a minha própria carruagem, além de um vestido diferente para cada dia pensou suspirando, pois sabia que seu desejo não se realizaria em um futuro próximo.
Quando a carruagem desapareceu, levantou o vestido surrado e correu de volta para casa. Estava atrasada e, àquela hora, seu pai ficaria furioso se soubesse por onde andara. Podia até levar uma surra.
Rezou para que ele estivesse no campo. No entanto, ao levantar a cortina de couro que servia de porta para a cabana em que vivia, Whit Summers a aguardava. Gemeu de dor quando ele pegou seu braço com força, puxando-a para dentro. Ao levantar os olhos, não se surpreendeu com o estrondoso tapa que levou no rosto.
— Eu avisei que não a queria vagando por aí! Pedi que fosse entregar a roupa para consertar e que voltasse para cá o mais rápido possível. Onde estava? Aposto que espionando as damas em suas carruagens, não é? Por que teima em sonhar com algo que nunca poderá ter? É melhor encarar a realidade, menina.Você é e nunca deixará de ser a filha de um lavrador. Agora, vá trabalhar.
Ariel não reclamou e tratou de se afastar rapidamente da fúria do pai. Do lado de fora, respirou fundo e deixou que a brisa fizesse esvoaçar seus cabelos. A face ainda doía pelo tapa, mas sabia que este fora merecido.
Disparou em direção à horta, e o avental subiu com o vento, cobrindo seu rosto de linhas suaves. Abaixou-o, pensando que tudo nela refletia sua teimosia. Por mais que o pai insistisse no contrário, tinha plena convicção de que um dia se tornaria uma lady. Ele, porém, não conseguia vislumbrar outro futuro que não aquele que havia herdado. Era muito diferente dela, que tinha jurado se fazer merecedora de uma vida melhor do que aquela.
Considerava-se dona do próprio destino. Apesar de o pai enegrecer seu caminho, haveria de encontrar uma luz para guiá-la.
Depois de a mãe ter falecido, trabalhava desde a alvorada até o entardecer. Começava o dia varrendo o chão de terra batida da cabana, depois cozinhava o que colhia, cuidava da horta e ajudava o pai nos trigais. Planejava fugir assim que possível daquela rotina extenuante e sem fim. E seus anseios não se limitavam a preces apenas, pois tinha um plano bem elaborado para atingir seu objetivo.
Como fazia uma vez por mês, Edmund Ross, quarto conde de Greville, passava o dia inspecionando seus campos e visitando arrendatários. Aquele dia em especial estava muito quente. O sol parecia uma esfera chamuscante lançando seus raios impiedosos sobre a terra, cozinhando raízes, castigando os campos. Ele preferia cavalgar em vez de seguir em um coche, e a cobertura sombreava sua elegante figura, protegendo-o do calor. Recostado no estofamento de couro, deliciou-se com a brisa que soprava do Norte.
Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída
1 de julho de 2010
Vítimas da Paixão - Tracey Bateman
Jornada rumo ao amor
Desesperada para proporcionar uma vida melhor a seus irmãos, Fannie decide embarcar secretamente numa caravana rumo ao Oeste.
Mas seu plano ameaça falhar quando Blake Tanner, o atraente porém irredutível líder da caravana se recusa a permitir que uma moça solteira viaje no comboio.
Fannie, no entanto, está determinada a seguir em frente, com ou sem ajuda!
À medida que o dia a dia na caravana põe à prova a paciência e a fé dos passageiros, Fannie descobre os perigos a que está exposta uma mulher solteira naquelas paragens inóspitas.
Ao testemunhar Fannie superar um obstáculo após o outro, porém, Blake começa a reconhecer o quanto aquela jovem corajosa e encantadora está se tornando cada vez mais importante para ele.
Mas será que o afeto que Fannie lhe desperta o levará a sacrificar os próprios sonhos para garantir a segurança dela, ou a teimosia e sede de independência de Fannie a impedirão de encontrar o verdadeiro amor?...
Capítulo Um
Estados Unidos, 1850
Os moradores da pequena cidade de Hawkins, no Kansas, tinham apenas duas razões para se agitarem, em determinado dia.
Uma era o nascimento de algum bebê, o que ocorria nos quartos superiores dos sobrados, mas não obstante dava origem a certo alvoroço.
Outra consistia na presença de uma caravana de diligências e carroções estacionados às margens do riacho próximo, às vezes por dois ou três dias, se os pioneiros e colonizadores que demandavam o oeste do país estivessem cansados demais ou necessitassem efetuar reparos demorados.
Naquela ocasião, nenhum nascimento havia sido registrado, mas a cidade mesmo assim se achava em alerta.
Isso significava somente uma coisa: os ocupantes da primeira diligência do ano tinham montado acampamento nos limites da localidade.
— É uma caravana chegando! — O grito, vindo da porta do armazém, prendeu a atenção de Fannie Caldwell e gerou um longo hausto de ar para seus pulmões.
Cada terminação nervosa de Fannie a inspirava a correr até a calçada e juntar-se à pequena multidão de moradores, todos homens, exceto por ocasionais mulheres da vida, com maquiagem exagerada e aspecto sonolento.
Trajando xales sobre as blusas, ou até sobre combinações, elas se aventuravam a sair de uma ou outra taverna em que trabalhavam.
Da mesma forma, e com toda a certeza, Fannie ansiava por ganhar a rua.
Podia sentir os olhos de Tom cravados em seu corpo. Aqueles olhos escuros, libidinosos, a seguiam onde quer que ela fosse.
Hora após hora, dia após dia, ano após ano.
Tinha de permanecer viva e intacta se quisesse manter Kip e Katie igualmente vivos e intactos. Por isso, conservou-se como estava, com o olhar focado no livro contábil aberto à sua frente, no balcão.
Resmungando, Tom ergueu a figura obesa da cadeira no canto do estabelecimento comercial. A aversão tomou conta de Fannie, enquanto o comerciante de meia-idade movia-se com certa dificuldade pelo gasto piso de tábuas.
Ele segurou a porta pelo trinco, abriu-a e espiou o movimento na rua poeirenta.
— Garota — chamou, girando a cabeça. — É melhor você tirar os olhos desse livro e arrumar a loja para os negócios de hoje. Este parece ser um grande comboio, creio eu, com cerca de cem veículos.
O coração de Fannie vibrou de expectativa.
Clique aqui o dowbload do ebook
27 de junho de 2010
Fogo Secreto
Na furiosa paixão do desejo!
Eles descobriram o glorioso êxtase do amor...
Quando viu a moça fugazmente do guichê de sua carruagem, o jovem príncipe sabia que devia fazê-la sua.
Poucos minutos depois, Lady Katherine Saint John era seqüestrada em uma rua de Londres como uma prostituta e levada a uma suntuosa mansão...
para o prazer de seu admirador.
Mas o que o príncipe Dimitri achou em sua cama foi uma tigresa cativa... consumida por uma ira feroz para o "bárbaro" russo que a tinha raptado... mas a quem, ao mesmo tempo, desejava com um ânsia alheia a sua compreensão...
Capítulo Um
Londres, 1844
Desabava outro aguaceiro primaveril, mas Katherine Saint John fez pouco caso do céu encapotado que pendia pesadamente sobre ela.
Distraída se deslocava pelo jardim, cortando rosas rosadas e vermelhas que mais tarde disporia para sua própria satisfação, em um vaso para sua sala de visitas e outro para sua irmã Elisabeth.
Seu irmão Warren estava ausente, em seu típico empenho de divertir-se em alguma parte, pelo qual não necessitava flores para adornar uma habitação onde quase nunca dormia. E a seu pai, George, desagradavam-lhe as rosas, assim não cortou nenhuma para ele. “me dêem açucenas ou lírios, ou até margaridas silvestres; mas lhes guarde essas rosas tão enjoativas para vocês, as meninas”.
A Katherine não lhe ocorreria obrar de outro modo. Em tal sentido, era regulável. Por isso cada manhã se enviava um criado em busca de margaridas silvestres para o conde do Strafford, embora não fossem fáceis de encontrar na cidade.
—É uma maravilha, minha querida Kate —estava acostumado a dizer seu pai, e Katherine aceitava então o completo como justo.
Não era que ela necessitasse elogios; nem muito menos. O fazia por orgulho próprio, para sua auto-estima. adorava que a necessitassem, e a necessitavam.
Talvez George Saint John fora o chefe da família, mas era Katherine quem dirigia a casa, e ante ela cedia ele em todos os aspectos.
Tanto a Mansão Moldes, aqui no Plaza Cavendish, como a Residência Brockley, o imóvel rural do conde, eram os domínios do Katherine. Ela era a anfitriã de seu pai, sua ama de chaves e sua administradora. Tinha a raia as trivialidades domésticas e os problemas com os arrendatários, o qual deixava ao conde livre de preocupações para meter-se em política, sua paixão.
—bom dia, Kit. Deve tomar o café da manhã comigo?
Quando elevou a vista, Katherine viu Elisabeth aparecendo pela janela de seu dormitório, de onde se divisava a praça.
—Já tomei o café da manhã, carinho, faz várias horas— respondeu Katherine com voz apenas audível. Não era propensa a gritar quando podia evitá-lo.
—Café, então? Por favor —insistiu Elisabeth— Preciso falar contigo.
Katherine sorriu assistindo; logo levou dentro seu cesto de rosas. Para falar a verdade, tinha estado aguardando pacientemente a que sua irmã despertasse, para poder falar com ela. Sem dúvida ambas pensavam no mesmo tema, pois as duas por separado tinham sido chamadas o estudo do conde a noite anterior, mas pela mesma razão: lorde William Seymour.
Lorde Seymour era um jovem elegante, de atitude diabólica, que tinha tomado por assalto a inocente jovem Elisabeth. conheceram-se a começos da temporada desse ano, a primeira do Beth, e após a pobre moça não tinha cuidadoso a nenhum outro homem. Estavam apaixonados.
Mas quem era Katherine para mofar-se tão somente porque pensasse que essa emoção era tola e um desperdício de energia que era melhor dedicar a alguma atividade útil? Estava contente por sua irmã menor, ou ao menos, tinha-o estado até a noite anterior.
Enquanto se encaminhava para a escada, fez correr aos criados para cumprir suas ordens: enviar acima uma bandeja com o café da manhã, levar a correspondência a seu escritório, enviar ao conde um aviso de que lorde Sheldon tinha uma entrevista essa manhã e chegaria dentro de meia hora; despachar duas donzelas ao estudo do conde para assegurar-se de que estivesse em ordem para receber um hóspede (seu pai não se distinguia por seu esmero) e levar vasos com água ao sal de visitas do Beth. Ela arrumaria as rosas enquanto conversavam.
Se Katherine tivesse sido das que adiam as coisas, teria evitado ao Elisabeth como a peste. Entretanto, não era essa sua atitude. Mesmo que não estava segura ainda do que se propunha dizer exatamente a sua irmã, estava segura de que não rechaçaria o rogo de seu pai.
—Você é a única a quem ela escutará, Kate –lhe havia dito seu pai a noite anterior—. Deve fazer compreender ao Beth que eu não me limitei a formular ameaças ociosas. Não permitirei que minha família se associe com este farsante. Sabe que não acostumo a ser autocrático. Isso lhe deixo isso a ti, Kate. –Ambos sorriram por isso, pois ela podia realmente ser despótica quando se justificava, embora isso era pouco habitual, já que todos se esmeravam para agradá-la. George Saint John continuou sua defesa—. Quero que minhas filhas sejam felizes. Não dito a lei, como certos pais.
—É muito pormenorizado.
—Agrada-me pensar que é assim, certamente.
Era verdade. Saint John não interferia nas vidas de seus filhos, o qual não queria dizer que se despreocupara.
Nem muito menos. Mas se um deles se metia em apuros –mais exatamente, quando Warren se metia em apuros—, encomendava ao Katherine arrumar o enredo. Todos dependiam dela para que as coisas andassem sem tropeços.
—Mas te pergunto, Kate, o que outra coisa podia fazer eu? Sei que Beth crie estar apaixonada por esta moço. Provavelmente o esteja, em efeito.
Mas o mesmo dá. soube pelas melhores fontes que Seymour não é o que afirma ser. Está a um passo de ir ao cárcere por dívidas. E o que disse a isto essa moça? “Não me importa”, disse. “Fugirei-me com o William se for necessário.” Vá senhorita Impertinente.
Poucas coisas podiam diminuir a deslumbrante beleza do Elisabeth Saint John.
As duas irmãs se pareciam tão somente na altura e na cor de seus olhos, nem verdes nem azuis, mas sim de uma sutil mescla de ambas as cores. Todos os Saint John possuíam estes olhos de cor turquesa claro, bordeados por um verde azulado mais escuro.
A Fugitiva
Mentiria para proteger aquela mulher…mas tinha de fazer dela a sua esposa!
Cassie Phillips não estava casada com Will Tolliver, por muito que ele dissesse isso a toda a gente. Obviamente, transformar-se na esposa de um homem tão respeitado e amável como ele seria um sonho tornado realidade.
Contudo até um homem como Will a abandonaria quando soubesse porque fugia.
Cassie era o tipo de rapariga que qualquer homem poderia apresentar à mãe e Will estava decidido a fazer precisamente isso.
Todavia nunca imaginara que para a proteger tivesse de manter uma mentira que podia trazer-lhes muitos problemas.
Sobretudo se não conseguisse convencer Cassie de que o melhor era casar-se mesmo com ele.
Capítulo Um
Norte do Texas, 1894
O seu padrasto estendeu as mãos com os dedos abertos como se fossem garras, como se uns pêssegos maduros estivessem à espera de serem colhidos e acariciados.
Mas o fogo ávido e ambicioso do seu olhar não observava nenhuma bandeja de fruta, mas os seios suaves e arredondados da jovem que havia no outro lado da divisão.
— A tua mãe queria que eu cuidasse de ti, Cassie. Aguda e melosa, aquela voz fazia-lhe doer os ouvidos.
A rapariga recuou outro passo para a porta.
— Eu cuido de mim própria. Tentava enrolá-la, mas ela dera-se conta das suas intenções.
Vira-o e ouvira-o elogiar a sua mãe sobre a sua beleza, até que conseguiu finalmente ficar com ela e maltratá-la durante três intermináveis anos.
Mais um passo e a liberdade estaria ao seu alcance. Um pequeno movimento para a direita, deslizando o pé devagar junto ao monte de roupa sujae conseguiria desatar a correr.
Quando alcançasse a porta, ele não conseguiria pará-la.
Enquanto esperava que Cleta desse o seu último suspiro, bebera o suficiente para que os seus movimentos fossem trôpegos e a sua voz arrastada.
— A tua mãe está quase fria. Temos de a enterrar, eu e tu.
Levantou uma mão suja e passou-a pelo nariz. Cassie sentiu repugnância.
Moveu o pé direito e depois o outro, já conseguia ver os desenhos que a luz do sol formava no chão da divisão ao lado. Com as mãos contra a parede que tinha atrás de si, procurou o puxador da porta.
— Não penses que vais fugir, menina. Há umas coisas que temos de esclarecer. A tua mãe disse-me que precisas que cuidem de ti e quem melhor do que o teu padrasto para isso?
Estendeu para ela a mesma mão com a qual limpara o nariz, as unhas sujas cravaram-se na sua carne e Cassie deu um salto.
Tremendo, lançou-se para a outra divisão, pestanejando para se habituar à luz do sol depois da penumbra. Passara horas junto da cama, a cuidar da mulher que já não se parecia nada com a mãe que ela recordava. — Volta aqui, megera! Remus Chandler correu atrás dela, mostrando os dentes sujos de tabaco.
Conseguiu apanhar a ponta do seu xaile e puxou-o com todas as suas forças.
Era uma decisão simples e Cassie tomou-a sem perder tempo.
Largou o xaile que a abrigara durante a noite e correu, passando junto à mesa sobre a qual estava o prato do pequeno-almoço de Remus junto ao do jantar da noite anterior.
Perguntou-se se fora na noite anterior que encontrara a sua mãe aninhada na cama a ofegar, como se tivesse de aproveitar cada baforada de ar.
Cleta murmurara-lhe umas instruções ao ouvido, umas palavras que a acautelavam contra a maldade do homem que era seu marido e que arruinara as vidas de mãe e filha.
— Foge, filha. Foge de... Remus...
DOWNLOAD
Cassie Phillips não estava casada com Will Tolliver, por muito que ele dissesse isso a toda a gente. Obviamente, transformar-se na esposa de um homem tão respeitado e amável como ele seria um sonho tornado realidade.
Contudo até um homem como Will a abandonaria quando soubesse porque fugia.
Cassie era o tipo de rapariga que qualquer homem poderia apresentar à mãe e Will estava decidido a fazer precisamente isso.
Todavia nunca imaginara que para a proteger tivesse de manter uma mentira que podia trazer-lhes muitos problemas.
Sobretudo se não conseguisse convencer Cassie de que o melhor era casar-se mesmo com ele.
Capítulo Um
Norte do Texas, 1894
O seu padrasto estendeu as mãos com os dedos abertos como se fossem garras, como se uns pêssegos maduros estivessem à espera de serem colhidos e acariciados.
Mas o fogo ávido e ambicioso do seu olhar não observava nenhuma bandeja de fruta, mas os seios suaves e arredondados da jovem que havia no outro lado da divisão.
— A tua mãe queria que eu cuidasse de ti, Cassie. Aguda e melosa, aquela voz fazia-lhe doer os ouvidos.
A rapariga recuou outro passo para a porta.
— Eu cuido de mim própria. Tentava enrolá-la, mas ela dera-se conta das suas intenções.
Vira-o e ouvira-o elogiar a sua mãe sobre a sua beleza, até que conseguiu finalmente ficar com ela e maltratá-la durante três intermináveis anos.
Mais um passo e a liberdade estaria ao seu alcance. Um pequeno movimento para a direita, deslizando o pé devagar junto ao monte de roupa sujae conseguiria desatar a correr.
Quando alcançasse a porta, ele não conseguiria pará-la.
Enquanto esperava que Cleta desse o seu último suspiro, bebera o suficiente para que os seus movimentos fossem trôpegos e a sua voz arrastada.
— A tua mãe está quase fria. Temos de a enterrar, eu e tu.
Levantou uma mão suja e passou-a pelo nariz. Cassie sentiu repugnância.
Moveu o pé direito e depois o outro, já conseguia ver os desenhos que a luz do sol formava no chão da divisão ao lado. Com as mãos contra a parede que tinha atrás de si, procurou o puxador da porta.
— Não penses que vais fugir, menina. Há umas coisas que temos de esclarecer. A tua mãe disse-me que precisas que cuidem de ti e quem melhor do que o teu padrasto para isso?
Estendeu para ela a mesma mão com a qual limpara o nariz, as unhas sujas cravaram-se na sua carne e Cassie deu um salto.
Tremendo, lançou-se para a outra divisão, pestanejando para se habituar à luz do sol depois da penumbra. Passara horas junto da cama, a cuidar da mulher que já não se parecia nada com a mãe que ela recordava. — Volta aqui, megera! Remus Chandler correu atrás dela, mostrando os dentes sujos de tabaco.
Conseguiu apanhar a ponta do seu xaile e puxou-o com todas as suas forças.
Era uma decisão simples e Cassie tomou-a sem perder tempo.
Largou o xaile que a abrigara durante a noite e correu, passando junto à mesa sobre a qual estava o prato do pequeno-almoço de Remus junto ao do jantar da noite anterior.
Perguntou-se se fora na noite anterior que encontrara a sua mãe aninhada na cama a ofegar, como se tivesse de aproveitar cada baforada de ar.
Cleta murmurara-lhe umas instruções ao ouvido, umas palavras que a acautelavam contra a maldade do homem que era seu marido e que arruinara as vidas de mãe e filha.
— Foge, filha. Foge de... Remus...
DOWNLOAD
25 de junho de 2010
As Aparências Enganam
Série Rosemoor
Quando o coração diz "sim"...
Henry Ashton, o marquês de Mandeville, sabe exatamente o que espera de sua futura noiva: que seja uma moça dócil, de família rica e tradicional, e que o ajude a obter êxito na carreira política.
Obviamente, um homem como ele pode escolher a mulher que desejar...
Mas então, por que será que se sente tão atraído por Lucy Abbington, uma jovem que é exatamente o oposto de tudo o que ele procura em uma esposa?
A natureza livre e espontânea e o sonho de se tornar veterinária fazem de Lucy a mais inadequada das noivas, embora seja a mais desejável das mulheres...
Lucy não está interessada em encontrar um marido, mas um cavalheiro, em especial, a atrai como nenhum outro...
No entanto, mesmo determinada a resistir à atração que sente pelo marquês, como conseguir fugir daquele homem quando tudo o que ela mais deseja na vida é estar nos braços dele?...
Capítulo Um
Glenfield, Essex, Inglaterra, 1817
— Veterinária?! — Jane arregalou os olhos. — Lucy, você deve ter enlouquecido.
— Pois lhe asseguro que estou falando sério. — Lucy Abbington sorriu para a amiga. Não, ela não enlouquecera, porém sua vida estava a caminho de sofrer uma mudança dramática.
Seu sonho sempre havia sido ser veterinária, mas deixara o tempo passar sem tomar decisão alguma. Tinha descoberto definitivamente sua verdadeira vocação no momento em que o pai a enviara a Essex, antecipando a apresentação dela na temporada de festas londrinas.
Meneou a cabeça e suspirou profundamente. Se nem Jane entendia, quem a aceitaria trabalhando em uma área especificamente masculina?
— Na verdade, não é que eu espere estudar em uma universidade. — Puxou com impaciência as rédeas da égua. — Apenas estou querendo algum tipo de... — Deu de ombros e procurou pela palavra certa. — Bem, de tutor, suponho.
— Mas por quê? É sua primeira temporada de festas. Certamente não vai querer passar o seu tempo com o nariz enterrado nos livros ou em um estábulo com criados, como faz aqui em Glenfield.
Lucy viu que os cantos da boca de Jane revelavam um leve sorriso.
As duas amigas deram-se o braço e seguiram a pé em direção ao rio.Uma suave brisa fria trazia consigo o perfume das flores silvestres.
— Pelo menos, devo tentar fazer bom uso do meu tempo em Londres. Simplesmente não posso desperdiçar esses meses todos.
Agradeço muito a generosidade de seus pais, mas não faço a mínima questão do baile de debutante. — Lucy balançou a cabeça. — Não lido bem com essa história de ser uma dama e não consigo me animar. Papai está me mandando para Londres na esperança de que eu me case. E isso me apavora.
— Mas seu avô era um barão, assim você tem direito por nascença de ser apresentada à sociedade. E já está passando da hora, vcê está praticamente com vinte e um anos.
— Ainda não posso ser considerada uma solteirona, apesar de que tia Ágata parece não falar de outra coisa.
— Sua tia quer apenas...
— Ver me casada, e bem casada ainda por cima. Já ouvi isso uma dúzia do vezes. Ela tem sido como uma mãe para mim já faz um bom tempo, mas temo que eu a tenha desapontado.
— Nunca vai conseguir desapontá-la, Lucy. Aquela mulher tem adoração por você.
— Talvez. — Lucy chutou uma pedra. — Jane, você sabe muito bem que não vou me ajustar à sociedade.
— Por que não? Você se dá muito bem com Susanna, comigo e até com Colin. Somos como uma família.
Os Rosemoor eram mesmo como uma família para ela, Lucy reconheceu Jane, Susanna e Colin eram mais como irmãos do que amigos.
Mas se os Rosemoor achavam divertidas as excentricidades dela, a sociedade londrina não seria tão indulgente.
— Além do mais, estou ansiosa em ver você receber várias propostas de casamento no fim da temporada — Jane acrescentou sorrindo.
— Sei que deveria ficar encantada em receber alguma proposta, mas eu...
Série Rosemoor
1 - Um Homem Certo para Amar
2 - As Aparências Enganam
3 - Depois Daquele Beijo
4 - A Senhora de Glenbroch
Série Concluída
Quando o coração diz "sim"...
Henry Ashton, o marquês de Mandeville, sabe exatamente o que espera de sua futura noiva: que seja uma moça dócil, de família rica e tradicional, e que o ajude a obter êxito na carreira política.
Obviamente, um homem como ele pode escolher a mulher que desejar...
Mas então, por que será que se sente tão atraído por Lucy Abbington, uma jovem que é exatamente o oposto de tudo o que ele procura em uma esposa?
A natureza livre e espontânea e o sonho de se tornar veterinária fazem de Lucy a mais inadequada das noivas, embora seja a mais desejável das mulheres...
Lucy não está interessada em encontrar um marido, mas um cavalheiro, em especial, a atrai como nenhum outro...
No entanto, mesmo determinada a resistir à atração que sente pelo marquês, como conseguir fugir daquele homem quando tudo o que ela mais deseja na vida é estar nos braços dele?...
Capítulo Um
Glenfield, Essex, Inglaterra, 1817
— Veterinária?! — Jane arregalou os olhos. — Lucy, você deve ter enlouquecido.
— Pois lhe asseguro que estou falando sério. — Lucy Abbington sorriu para a amiga. Não, ela não enlouquecera, porém sua vida estava a caminho de sofrer uma mudança dramática.
Seu sonho sempre havia sido ser veterinária, mas deixara o tempo passar sem tomar decisão alguma. Tinha descoberto definitivamente sua verdadeira vocação no momento em que o pai a enviara a Essex, antecipando a apresentação dela na temporada de festas londrinas.
Meneou a cabeça e suspirou profundamente. Se nem Jane entendia, quem a aceitaria trabalhando em uma área especificamente masculina?
— Na verdade, não é que eu espere estudar em uma universidade. — Puxou com impaciência as rédeas da égua. — Apenas estou querendo algum tipo de... — Deu de ombros e procurou pela palavra certa. — Bem, de tutor, suponho.
— Mas por quê? É sua primeira temporada de festas. Certamente não vai querer passar o seu tempo com o nariz enterrado nos livros ou em um estábulo com criados, como faz aqui em Glenfield.
Lucy viu que os cantos da boca de Jane revelavam um leve sorriso.
As duas amigas deram-se o braço e seguiram a pé em direção ao rio.Uma suave brisa fria trazia consigo o perfume das flores silvestres.
— Pelo menos, devo tentar fazer bom uso do meu tempo em Londres. Simplesmente não posso desperdiçar esses meses todos.
Agradeço muito a generosidade de seus pais, mas não faço a mínima questão do baile de debutante. — Lucy balançou a cabeça. — Não lido bem com essa história de ser uma dama e não consigo me animar. Papai está me mandando para Londres na esperança de que eu me case. E isso me apavora.
— Mas seu avô era um barão, assim você tem direito por nascença de ser apresentada à sociedade. E já está passando da hora, vcê está praticamente com vinte e um anos.
— Ainda não posso ser considerada uma solteirona, apesar de que tia Ágata parece não falar de outra coisa.
— Sua tia quer apenas...
— Ver me casada, e bem casada ainda por cima. Já ouvi isso uma dúzia do vezes. Ela tem sido como uma mãe para mim já faz um bom tempo, mas temo que eu a tenha desapontado.
— Nunca vai conseguir desapontá-la, Lucy. Aquela mulher tem adoração por você.
— Talvez. — Lucy chutou uma pedra. — Jane, você sabe muito bem que não vou me ajustar à sociedade.
— Por que não? Você se dá muito bem com Susanna, comigo e até com Colin. Somos como uma família.
Os Rosemoor eram mesmo como uma família para ela, Lucy reconheceu Jane, Susanna e Colin eram mais como irmãos do que amigos.
Mas se os Rosemoor achavam divertidas as excentricidades dela, a sociedade londrina não seria tão indulgente.
— Além do mais, estou ansiosa em ver você receber várias propostas de casamento no fim da temporada — Jane acrescentou sorrindo.
— Sei que deveria ficar encantada em receber alguma proposta, mas eu...
Série Rosemoor
1 - Um Homem Certo para Amar
2 - As Aparências Enganam
3 - Depois Daquele Beijo
4 - A Senhora de Glenbroch
Série Concluída
Depois Daquele Beijo
Série Rosemoor
Londres, 1824
Ela não queria se casar...
Solteira convicta, Jane Rosemoor recusou um bom número de pretendentes à sua mão, porque tem medo da misteriosa doença que afeta as mulheres casadas de sua família.
Por isso, quando fica conhecendo o conde de Westfield, e começa a se sentir atraída por ele, Jane trata de se afastar o quanto antes...
Ele não queria amar!
Hayden Moreland, o conde de Westfield, fica surpreso com a recusa de Jane. Afinal, ele lhe está oferecendo uma oportunidade de se tornar uma condessa. Hayden não está interessado em romance...
Ele já aprendeu que a intimidade traz sofrimento, e não deseja fazer mulher alguma sofrer por sua causa.
No entanto, apesar de seus esforços em contrário, ele está se apaixonando por Jane, o que só vai lhe trazer problemas...Principalmente depois que uma noite de paixão sela o destino de ambos, exigindo que eles confrontem seus medos se quiserem viver um amor que nenhum dos dois pode negar...
Capítulo Um
Glenfield, Essex, 1810
Estava acontecendo novamente.
Um relâmpago iluminou por um instante o lugar escuro onde Jane Rosemoor estava escondida.Ela fechou os olhos fugindo da claridade, cobrindo os ouvidos com as mãos enquanto o estrondo do trovão ressoava na noite.
A tempestade rugia lá fora, ecoando naquela que rugia dentro de Jane.— Jane — Susanna murmurou, procurando enxergar melhor no escuro.
— Por favor, o que há de errado com você?
Jane não queria falar com ninguém, nem mesmo com sua irmã.
— Eu... eu quero ficar sozinha, Susanna.
— Mas faz horas que está escondida. Por que não sai daí de baixo?
Jane prestou atenção à chuva e ao vento que batia na janela, sacudindo as cortinas. Não disse nada. Lágrimas ardentes invadiam seus olhos, queimando a pele ao deslizar por seu rosto.
— Não vou sair — ela finalmente conseguiu dizer.
— Por favor, Susanna, vá embora.
Jane escutou a irmã suspirar profundamente e então deixar o quarto, os chinelos ressoando no assoalho.
Procurou normalizar a respiração e controlar o tremor de suas mãos quando um trovão fez trepidar também as paredes do quarto.
Mas não era a tempestade que a assustava, e sim o desespero que parecia envolver seu coração, deixando-a sem esperança alguma. Isso já acontecera antes, mais de uma vez. O que havia de errado com ela? Oh, sim, sabia o que era.
Ela os ouvira murmurar baixinho na noite anterior, falando da avó.
Os pais falavam da velha senhora apenas quando pensavam estar sozinhos, sem criança alguma por perto, para evitar que escutassem suas perturbadoras palavras. Mas ela as escutara. Havia ficado imóvel, do lado de fora do quarto da mãe, bem tarde da noite, numa hora em que já devia estar na cama.
— Está piorando — a mãe murmurara por detrás da porta fechada.
— Tia Gertrude disse que mamãe não sai mais do quarto. — Sua mãe parecia estar chorando, e o pai procurava consolar a esposa.
— E quanto a sua irmã Susan? — ele perguntou.
— Não há dúvida de que ela também está com o mesmo mal. Vem piorando com o nascimento de cada filho, exatamente como aconteceu com mamãe. Simplesmente não sei o que fazer.
Série Rosemoor
1 - Um Homem Certo para Amar
2 - As Aparências Enganam
3 - Depois Daquele Beijo
4 - A Senhora de Glenbroch
Série Concluída
Londres, 1824
Ela não queria se casar...
Solteira convicta, Jane Rosemoor recusou um bom número de pretendentes à sua mão, porque tem medo da misteriosa doença que afeta as mulheres casadas de sua família.
Por isso, quando fica conhecendo o conde de Westfield, e começa a se sentir atraída por ele, Jane trata de se afastar o quanto antes...
Ele não queria amar!
Hayden Moreland, o conde de Westfield, fica surpreso com a recusa de Jane. Afinal, ele lhe está oferecendo uma oportunidade de se tornar uma condessa. Hayden não está interessado em romance...
Ele já aprendeu que a intimidade traz sofrimento, e não deseja fazer mulher alguma sofrer por sua causa.
No entanto, apesar de seus esforços em contrário, ele está se apaixonando por Jane, o que só vai lhe trazer problemas...Principalmente depois que uma noite de paixão sela o destino de ambos, exigindo que eles confrontem seus medos se quiserem viver um amor que nenhum dos dois pode negar...
Capítulo Um
Glenfield, Essex, 1810
Estava acontecendo novamente.
Um relâmpago iluminou por um instante o lugar escuro onde Jane Rosemoor estava escondida.Ela fechou os olhos fugindo da claridade, cobrindo os ouvidos com as mãos enquanto o estrondo do trovão ressoava na noite.
A tempestade rugia lá fora, ecoando naquela que rugia dentro de Jane.— Jane — Susanna murmurou, procurando enxergar melhor no escuro.
— Por favor, o que há de errado com você?
Jane não queria falar com ninguém, nem mesmo com sua irmã.
— Eu... eu quero ficar sozinha, Susanna.
— Mas faz horas que está escondida. Por que não sai daí de baixo?
Jane prestou atenção à chuva e ao vento que batia na janela, sacudindo as cortinas. Não disse nada. Lágrimas ardentes invadiam seus olhos, queimando a pele ao deslizar por seu rosto.
— Não vou sair — ela finalmente conseguiu dizer.
— Por favor, Susanna, vá embora.
Jane escutou a irmã suspirar profundamente e então deixar o quarto, os chinelos ressoando no assoalho.
Procurou normalizar a respiração e controlar o tremor de suas mãos quando um trovão fez trepidar também as paredes do quarto.
Mas não era a tempestade que a assustava, e sim o desespero que parecia envolver seu coração, deixando-a sem esperança alguma. Isso já acontecera antes, mais de uma vez. O que havia de errado com ela? Oh, sim, sabia o que era.
Ela os ouvira murmurar baixinho na noite anterior, falando da avó.
Os pais falavam da velha senhora apenas quando pensavam estar sozinhos, sem criança alguma por perto, para evitar que escutassem suas perturbadoras palavras. Mas ela as escutara. Havia ficado imóvel, do lado de fora do quarto da mãe, bem tarde da noite, numa hora em que já devia estar na cama.
— Está piorando — a mãe murmurara por detrás da porta fechada.
— Tia Gertrude disse que mamãe não sai mais do quarto. — Sua mãe parecia estar chorando, e o pai procurava consolar a esposa.
— E quanto a sua irmã Susan? — ele perguntou.
— Não há dúvida de que ela também está com o mesmo mal. Vem piorando com o nascimento de cada filho, exatamente como aconteceu com mamãe. Simplesmente não sei o que fazer.
Série Rosemoor
1 - Um Homem Certo para Amar
2 - As Aparências Enganam
3 - Depois Daquele Beijo
4 - A Senhora de Glenbroch
Série Concluída
Assinar:
Postagens (Atom)