8 de outubro de 2010
Indomável Conquistador
Unidos pela paixão!
Bonita e elegante, Elise, a duquesa de Wynd, é conhecida nos círculos sociais por sua língua ferina e seu coração de pedra. Nada a abala, e homem nenhum é capaz de derrubar suas defesas...
Colin, o novo duque de MacGowan, não fica atrás.
O nobre lorde tem a fama de ser pouco mais civilizado do que um bárbaro. Talvez porque não seja homem de recuar diante de um desafio... ou de recusar os prazeres que a vida oferece.
A mera presença de Colhi atiça a língua afiada de Elise. Ela sabe que aquele homem pode ser a realização de seu sonho... ou de seu pior pesadelo. Pois Elise guarda segredos que poderão mudar a vida de ambos. Antes de revelá-los, porém, ela precisa conquistar o coração daquele homem indomável...
Capítulo Um
Londres, 1876
Do alto da escadaria, Elise espiou a multidão no salão abaixo e, antes de iniciar a descida dos degraus, mirou-se no espelho de cristal, emoldurado com madeira entalhada e decorada com filetes de ouro.
Ajeitou alguns fios de cabelo que se desprenderam do coque primoroso, trabalhado no alto da cabeça. Fazia questão de que os detalhes estivessem perfeitos.
Afinal, gastara uma fortuna para apresentar-se impecável naquele dia especial.
Empinou o nariz e mascarou um sorriso polido e costumeiro, antes de descer o primeiro degrau. Acostumada a aparições estonteantes, a duquesa de Wynd estranhou o fato de não atrair os olhares curiosos e admirados dos cortesãos.
Ainda assim, manteve o semblante sereno e sorridente.
Elise era uma bela e desejável mulher.
Também reconhecida por seu temperamento frio, distante e calculista. Sempre conseguia o que queria por trás da fachada amável.
Naquela noite, porém, a elegância e o encanto da duquesa pareciam não estar sendo notados.
E a razão disso estava no palco montado no fundo do salão de festas do palácio, ocupado por um grupo de nobres visitantes e um vasto nú-mero de damas e cavalheiros enfileirados, aguardando a oportunidade de conhecer a celebridade.
Enquanto Elise descia a escadaria, foi difícil conter a decepção, embora mantivesse o rosto impassível. Afinal, ensaiara por horas como deveria aparecer e, naquele momento, nem sequer via um cavalheiro no hall, aguardando para escoltá-la.
Respirou fundo e cruzou o salão até próximo da pista de dança; onde o piso era diferenciado, pois recebera um revestimento de granito, formando um imenso círculo.
A cada ocasião social, a duquesa costumava apresentar-se com um traje original e jóias diferentes. Adorava destacar-se.
Contudo, naquela noite, exagerara no luxo!
O vestido que usava ia além dos limites da extravagância. O tecido rosa parecia cravejado de minúsculos diamantes. 15, a julgar pelo que tinha custado, provavelmente o era. A
longa cauda da saia, bordada com lantejoulas, aparentava um desperdício de material.
Tomando lugar na fila para cumprimentar a célebre visita, notou olhares de censura no rosto de algumas matronas. Sabia que seria criticada pela ostentação. Porém, longe de perder o controle, Elise mantinha nos lábios o padronizado sorriso.
De onde estava, conseguiu avistar sir Roald Easton, que caminhava, apressado em sua direção.
— Lady Elise! Que prazer revê-la! Está mais adorável a cada dia que passa! É a visão mais estonteante que um simples mortal pode ter a honra de admirar!
Roald iniciou os efusivos cumprimentos antes mesmo de aproximar-se da dama, terminando por beijar-lhe respeitosamente na mão.
Elise acompanhou a crescente ladainha, ansiando por livrar-se logo das intermináveis bajulações do nobre.
— Juro que me mato se não dançar comigo agora! — exclamou ele, erguendo as sobrancelhas.
—Não posso perder o lugar na fila — respondeu a duquesa em tom formal.
— Não acredito que vá se submeter a essa incômoda situação. Não é o seu comportamento habitual, se me permite a observação.
— Mas é justamente o que estou fazendo — afirmou ela.
— Sendo assim, faço questão de acompanhá-la. — Roald falou e ofereceu-lhe o braço direito. — Quem vamos conhecer?
— O novo duque de MacGowan, é claro.
— O escocês? Santo Deus! Por que deseja conhecê-lo? Não passa de um bárbaro!
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Série Irmãos de Armas
Um terrível juramento...
Ela desejava jamais se casar, jamais permitir que homem algum a reivindicasse ou tivesse sua mão em casamento.
Lady Adelaide dispensara diversos caçadores de fortuna ao chegar à Corte do rei.
No entanto, quando sussurros nos sombrios corredores do castelo a jogaram nos braços de um valente cavaleiro em busca de uma esposa, a bela herdeira começou a questionar seu solene juramento.
Um audacioso noivado...
Para pagar o resgate de seu irmão, Armand de Boisbaston precisava de uma esposa rica e disposta a ajudá-lo.
Em vez disso, o destino lhe enviou Adelaide, uma mulher que afirmava querer evitar o leito nupcial, mas cujos lábios contavam outra história.
As perigosas intrigas da Corte, no entanto, estavam prestes a obrigá-los a uma união tão inescapável quanto a paixão que nascia entre eles...
Capítulo Um
Wiltshire, 1204
— Fique de olhos abertos, Bert — disse o soldado robusto, para seu colega mais jovem, junto aos portões do Castelo Ludgershall. — Não estou gostando do modo desse sujeito.
Bert, magrinho e cheio de sardas no rosto juvenil, parou de olhar para o cavaleiro que se aproximava, olhando Godwin com surpresa.
— Ele está sozinho, não está? Não pode estar pensando em atacar esse castelo por conta própria. Só poderia estar louco, já que estamos abarrotados de soldados, enquanto o rei está aqui.
— Tolos e loucos já causaram problemas antes disso — alertou Godwin —, e esse cavaleiro aparenta ter capacidade de liquidar uma dúzia de homens, antes de cair.
— Como sabe que ele é um cavaleiro? — perguntou Bert.— Onde estão seus homens? Os escudeiros? Pajem? Ele não traz nem serviçais, nem bagagem. Provavelmente é mais um daqueles forasteiros que o rei contratou.
Bert cuspiu de aversão. Como a maioria dos soldados ligados ao seu lorde pela terra e a lealdade, ele detestava mercenários, e os que o rei João Sem Terra empregara eram da pior espécie.
Godwin sacudiu a cabeça.
— Ele, não. Olhe a forma como está sentado naquele cavalo. O bicho não é grande coisa, mas só um cavaleiro bem treinado monta daquela forma, como se fosse uma dama costurando. E ele está com a malha de armadura, não está? E uma espada e, a menos que eu esteja ficando cego, há uma clava amarrada à sua sela.
— Muitos homens carregam selas — respondeu Bert —, e sentam eretos quando cavalgam. Além disso, que tipo de cavalo é aquele, para um cavaleiro? Deveria estar puxando uma carroça de feno. Seu sobretudo também já teve dias melhores. E olhe aqueles cabelos. Que tipo de cavaleiro usa os cabelos até os ombros? O sujeito parece mais um viking, ou um daqueles escoceses do norte.
— Confie em mim. Aquele homem é um cavaleiro, ou eu sou uma freira.
— Bem, supondo que seja — cogitou Bert —, por que se preocupar? Nós temos cavaleiros de sobra indo e vindo.
— Como esse, não — respondeu Godwin, saindo da torre da fortaleza para desafiá-lo.
Conforme o estranho obedientemente sofreava seu cavalo, Godwin estudou o rosto sério do homem, suas feições angulosas e os traços de seus lábios. Não, esse não era um homem comum, fosse mercenário, cavaleiro ou lorde.
— É Godwin, não é? — perguntou o estranho, com uma voz grave e rouca.
Ao som da voz familiar e dando uma olhada mais atenta ao rosto esguio, Godwin resfolegou ao reconhecê-lo. Ele imediatamente baixou a lança e abriu um sorriso largo no rosto, fazendo com que a cicatriz em seu queixo também se curvasse.
— Perdoe-me, milorde! — gritou ele de alegria e alívio. — Mas que surpresa, e uma surpresa boa, diga-se de passagem! Fiquei muito feliz em saber que o senhor não tinha morrido.
— E eu fico feliz em não ter morrido — disse lorde Armand de Boisbaston, girando e descendo do cavalo. Ele olhou o segundo guarda, que ainda estava com a lança em punho. — Será permitida a minha entrada em Ludgershall, ou não? Godwin gesticulou para Bert baixar a lança.
— Esse é o lorde Armand de Boisbaston, um bom amigo do conde. Esteve aqui pela última vez... quando mesmo? Três anos atrás, milorde?
Quando o cavaleiro assentiu, Bert fez como lhe foi dito.
— Perdão, milorde. Isso foi antes de meu tempo.
— Não tem importância — respondeu lorde Armand. — Você foi sábio em negar minha entrada, até que soubesse que eu não era um inimigo, principalmente se o seu amado soberano estiver aí dentro.
Série Irmãos de de Armas
1- A Dama e o Barbaro
2- Uma dama para um cavalheiro
3- Casamento Combinado
4- A Dama Desejada
5- Desejo Proibido
6- Desejo Soberano
7- Inimigos nas Sombras – na lista
8- Cumplices nas Sombras- idem
9- A Noiva do Guerreiro
7 de outubro de 2010
Jessie e James
Jessie conhece James desde que tinha catorze anos e começou a correr como jóquei, representando o haras de seu pai.
Apesar das constantes provocações de James, Jessie o adora.
Na verdade, ela nutre por ele uma paixão secreta, mas não consegue demonstrar o que sente, ou não sabe como fazê-lo, e o resultado é uma impressão exatamente oposta, agravada pelo fato de ambos serem adversários nas pistas de turfe.
Nada preparou Jessie e James para a reviravolta do destino que mudaria suas vidas para sempre.
Um tombo de uma árvore, em circunstâncias suspeitas, compromete a reputação de Jessie, obrigando James a lhe propor casamento, o que, por sua vez, desencadeia uma série de estranhos pesadelos em Jessie, pesadelos perturbadores, que sugerem algo terrível relacionado à sua infância, um mistério assustador que precisa ser desvendado para que eles possam, finalmente, encontrar a felicidade nos braços um do outro...
Capítulo Um
Baltimore, Maryland Março de 1822
óquei Clube do condado de Slaughter. Sábado, última corrida. A derrota era certa.
Perder era sempre difícil. Principalmente para Jessie Warfield. James sabia que Rialto, o representante do Haras Warfield, o estava alcançando, com seus cascos golpeando firme e velozmente a pista de terra.
Virou a cabeça sobre o ombro esquerdo, movido por um reflexo.
Rialto estava correndo mais rápido do que um sedutor da cama de sua amante, ao ouvir os passos do marido se aproximando pelo corredor.
James curvou o corpo para a frente e alongou-o até encostar o rosto à orelha de Tinpin. Tinha por hábito falar com seus cavalos antes das corridas e também durante as competições, para lhes transmitir ânimo e confiança.
Tinpin era um bravo competidor, sem deixar de ser dócil.
Lutava pela vitória tanto quanto seu dono.
Sua determinação só foi esquecida uma vez, quando preferiu reagir a um jóquei que lhe batera com um chicote, impedindo-o de continuar em sua garupa, a disputar o prêmio.
Tinpin estava ofegante. Da raça quarto de milha, aquela era a segunda corrida de que participava na categoria.
Rialto levava vantagem sobre ele, tanto em capacidade quanto em experiência.
James, contudo, continuava a pressioná-lo pelos flancos, com os pés e os tornozelos, e a dizer que acreditava que ele seria capaz de vencer Rialto, um nome tolo, de uma ponte de Veneza.
Ainda lhe prometeu uma ração extra de aveia e uma taça de champanhe diluída no cocho de água.
E o cavalo acelerou, e foi diminuindo a distância, mas perdeu assim mesmo, embora apenas por uma cabeça.
James afagou o pescoço de Tinpin e confortou-o, certo de que seu cavalo teria conquistado o primeiro lugar se tivesse sido outro jóquei a montá-lo.
Tinpin estava coberto de suor, resfolegando com insistência.
A multidão assobiava e ovacionava.
Algumas vaias se misturavam aos aplausos.
As pessoas diziam que James era um mágico com seus cavalos. Não naquele dia.
Não conseguira levar Tinpin nem mesmo em segundo lugar à linha de chegada. No último instante, um puro-sangue castanho, como Rialto, o vencera.
O animal era jovem, com quatro anos, de nome Pearl Diver, também pertencente ao Haras Warfield.
James conduziu Tinpin para as cocheiras, pensativo.
Ao apear, brandiu o chicote contra sua bota e baixou a cabeça.
Em sã consciência, não podia culpar seu cavalo.
A derrota se devera ao excesso de peso do cavaleiro.
— Que fiasco, James! Você me fez perder dez dólares.
Um sorriso se sobrepôs à onda de depressão diante de Gifford Poppleton, que caminhava em sua direção.
Um bom rapaz. James aprovara o casamento da irmã, Ursula, com Giff, um ano antes.
— Não ficará mais pobre por isso, cunhado!
— Não, mas não é essa a questão! — Giff e James prosseguiram lado a lado. — Você é grande demais para ser um jóquei. Seja cordato, meu caro. Vinte e cinco quilos fazem uma grande diferença!
James parou e cruzou os braços.
— Brilhante dedução! Pena que eu não tivesse desconfiado até agora.
Giff não se importou com o sarcasmo do cunhado e abraçou-o pelo ombro.
— Eu não queria ter usado de franqueza com você. Ursula insistiu tanto que eu acabei cedendo.
— A fedelha pesa ainda menos — James resmungou.
— Fedelha? Oh, já sei quem é. Jessie Warfield, claro. Você sempre se refere a ela desse jeito, embora a menina tenha crescido e se transformado em mulher.Redcoat poderia tê-la derrotado, se você não gostasse tanto de correr. É um excelente jóquei. Você o treinou muito bem. Quanto ele pesa? Cinqüenta quilos?
Trilogia Legacy
1 - A Duquesa
2 - O Legado de Nightingale
3 - Jessie e James
Trilogia Concluída
A Rosa de Gelo
Vivienne, uma jovem sonhadora e amante de contos de fadas, é forçada a se casar por dinheiro com um desconhecido cavalheiro, Erik de Blackleith, que precisa de uma esposa para lhe dar um herdeiro nobre para recuperar os seus direitos à herança familiar.
Vivienne, condenada ao papel de mãe, decide lutar com toda sua força para abrir o coração gelado de Erik e realizar seus sonhos de amor.
Capítulo Um
Kinfairlie, costa oriental da Escócia, agosto de 1421
Alexander se felicitava por um assunto bem resolvido.
Embora o matrimônio de Madeline, sua irmã mais velha, não tivesse começado debaixo de bons auspícios, a solução que ele tinha procurado demonstrava ser boa.
Tal como havia predito, Madeline estava casada e feliz, ainda mais contente pelo bebê que já lhe arredondava o ventre.
Embora Alexander não tivesse localizado Rhys FitzHenry mediante os métodos convencionais para formar casais, o homem que comprou em leilão para a mão de sua irmã tinha resultado ser um marido excelente.
Tudo terminava bem e Alexander se outorgava o mérito por este fato tão feliz. Tinha que tomar fôlego como melhor pudesse.
Em Kinfairlie eram poucos os méritos que ele podia atribuir-se; freqüentemente se sentia afligido pela carga dessa propriedade hereditária.
Diante da janela, cravou a vista nos campos da propriedade, carrancudo ao ver o pouco viço de seu verdor.
A colheita era algo melhor do que seu alcaide tinha previsto, mas não o suficiente. Embora Madeline já estivesse casada e seus dois irmãos em treinamento (Malcolm no Ravensmuir e Ross no Inverfyre), havia ainda quatro irmãs solteiras sob a responsabilidade de Alexander.
O alcaide se mostrava firme ao advertir que deviam reduzir o número de bocas à mesa antes que chegasse o inverno.
Os campos lhe ofereciam um revelador aviso. Ainda teria que casar a Vivienne, a segunda depois de Madeline, antes que chegassem as nevascas.
Por desgraça Vivienne estava sendo tão difícil de casar como sua irmã mais velha. Estava bem disposta a tomar marido, mas desejava sentir afeto por ele antes que celebrassem as núpcias.
De fato, queria estar apaixonada.
Alexander tinha a impressão de que ambos tinham visitado todos os homens da Cristandade sem proveito algum. E se ela voltasse para buscar seu olhar para fazer esse imperceptível gesto negativo com a cabeça, ele poderia perfeitamente explodir em um rugido.
Embora tivesse preferido que Vivienne fosse feliz, agosto já vinha em cima. Logo se veria obrigado a intervir no assunto.
Com um suspiro, Alexander sepultou a cabeça nas contas do imóvel, com a esperança de descobrir que as coisas estavam um pouco melhor do que ele pensava. Antes que chegasse a aborrecer-se de comprovar os ganhos, alguém bateu na porta de madeira. Anthony, o velho alcaide de Kinfairlie, entrou na sala e, como o amo demorasse a responder, pigarreou.
— Um cavalheiro deseja vê-lo, milord. Solicita que o receba em privado assim que seja possível.
Alexander se sentiu intrigado, pois era estranho que chegasse alguém a Kinfairlie sem ser convidado, mais ainda que requeresse privacidade.
— Deu seu nome?
Série As Joias de Kinfarlie
1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
4 - a revisar
6 de outubro de 2010
O Legado de Nighthingale
Sem Medo de amar.
Caroline Derwent-Jones está a um dia de completar dezenove anos.
E está desesperada para escapar do controle de seu primo e guardião, o odioso, obsessivo e assustador Roland Falkes, que tem planos nada agradáveis para ela.
Caroline consegue fugir para a casa de sua tia, apenas para descobrir que a pobre mulher morreu em circunstâncias misteriosas.
Começa, então, uma série de atentados à vida de Caroline, que procura a ajuda de Frederick North Nightingale, o fascinante cavalheiro que ela conheceu numa estalagem, a caminho da casa da tia. À medida que o perigo e o mistério aumenta, Caroline se vê cada vez mais atraída por North, que insiste em afirmar que é um homem solitário, talhado para uma vida reclusa.
A idéia de levar uma mulher para sua casa é inconcebível para North, até então.
Porque, para sua surpresa, ele descobre que o que mais deseja é que Caroline Derwent-Jones entre em sua vida, para nunca mais sair.
Capítulo Um
Promontório St. Agnes — Cornualha Agosto, 1814
Frederick North Nightingale olhou para a mulher caída a seus pés. Estava curvada, com os joelhos dobrados quase lhe tocando o peito, os braços sobre a cabeça, como se tivesse tentado se proteger ao cair do alto do rochedo.
O vestido de musselina azul-claro, antes elegante, estava sujo e rasgado debaixo dos braços. Uma das sandálias pendia do pé direito, presa pelas tiras de couro, rebentadas e torcidas.
North ajoelhou-se ao lado do corpo da mulher e afastou-lhe da cabeça, delicadamente, os braços endurecidos.
Avaliou que ela devia estar morta havia pelo menos dezoito horas, pois os músculos começavam a relaxar novamente, o rigor da morte diminuíra.
Ele pressionou de leve os dedos sobre o pescoço da mulher, onde a gola do vestido tinha sido arrancada. Por que tentava encontrar a pulsação, não saberia dizer. Talvez estivesse esperan
do por um milagre, mas, claro, não havia batimento nenhum, apenas um corpo frio e morte. Nos olhos azuis, voltados para North, não tinha o menor sinal de calma aceitação, estavam saltados de terror, com a certeza da morte iminente.
Embora tivesse visto muitos homens morrendo numa batalha ou depois do combate, por causa de uma infecção, a morte dessa mulher tocou North de modo diferente.
Ela não era um soldado manejando uma espada ou um mosquete.
Era uma criatura frágil e desamparada diante de uma queda tão violenta.
North fechou os olhos da mulher, depois pressionou o queixo para fechar a boca, muito aberta, num último grito.
Não conseguiu fechá-la, e o terror continuou presente para ser visto, uma vez que não podia ser ouvido.
Permaneceria ali até que o corpo se tornasse nada além de ossos brancos, descarnados.
North ergueu-se devagar e afastou-se, mas não muito para não despencar da estreita borda, indo cair diretamente no mar da Irlanda, cerca de doze metros abaixo.
O cheiro da água salgada era forte e o barulho das ondas batendo nas eternas rochas negras e escarpadas era alto, mas, para ele, essa agitação rítmica era curiosamente calmante.
Tinha sido assim desde que ele era garoto, acostumado a fugir de casa em busca de paz.A mulher morta não era estranha para ele.
Não a reconhecera de imediato, mas depois de um instante soube que se tratava de Eleanor Penrose, viúva do juiz de paz, Josiah Penrose, dona de Scrilady Hall, que ficava a uns cinco quilômetros dali, ao norte, perto da angra Trevaunance.
Ele a conhecia desde que ela chegara à região, vinda de algum lugar de Dorset e se casara com o juiz de paz.
North era na época um garoto de dez anos.
Lembrava-se bem de Eleanor, jovem alegre, com grandes seios é um sorriso maior ainda, os cabelos castanho-claros caídos ao redor do rosto em cachos que balançavam quando ela brincava com o marido, conseguindo arrancar-lhe um sorriso, apesar de ele estar sempre com os lábios comprimidos.
Agora Eleanor Penrose estava morta, encolhida como um bebê na estreita borda do penhasco. Tinha sido um trágico acidente, pelo menos era o que devia parecer.
Mas ele sabia intimamente que isso não seria possível.
Eleanor conhecia toda a região tão bem quanto ele.
Ela não sairia andando sozinha pelos rochedos íngremes, tão longe de casa, para escorregar e cair do alto de um dos penhascos.
Não fazia sentido. Então, o que teria, realmente, acontecido?
Trilogia Legacy
1 - A Duquesa
2 - O Legado de Nightingale
3 - Jessie e James
Trilogia Concluída
A Noiva de Kinfairlie
Escócia, 1421.
Lady Madeline foge de casa — depois de ter sua mão leiloada contra a sua vontade por seu irmão para que houvesse uma boca a menos a alimentar em Kinfairlie durante o difícil inverno que se aproxima — a fim de não ser obrigada a casar com um homem que sequer vira antes.
Mas o noivo desconhecido a resgata e casamento se realiza.
Rhys FitzHenry é um misterioso cavalheiro galês, atraente, generoso e com talento para contar histórias encantadoras – mas sua cabeça está a prêmio por traição contra a Coroa. Lentamente, Madeline passa a acreditar na inocência de Rhys e entre eles emerge o amor... Um amor que em breve será posto à prova, já que a jovem senhora terá que salvar a vida de seu amado, frente a um antigo inimigo...
Prólogo
Kinfairlie, costa oriental da Escócia, abril de 1422.
Alexander, magnificente Lorde de Kinfairlie, cravou um olhar ardente em sua irmã.
Não houve efeito imediato.
De fato, Madeline brindou—o com um sorriso cativante.
Era uma mulher formosa, de cabelo escuro e olhos azuis; essa combinação de cores fazia sua beleza tão chamativa que os homens costumavam olhá—la com espantada admiração.
Além disso, era absolutamente encantadora e inteligente.
Isso, somado à vintena de homens desejosos de obter a mão dela, não faziam mais que aumentar a irritação do irmão por ela recusar—se a casar.
— Não há motivos para essa cara de aborrecimento, Alexander – disse Madeline, em tom irônico — Minha objeção é razoável.
— Não há nada razoável no fato de uma mulher, aos vinte e três anos, insistir em permanecer solteira — grunhiu ele — Não posso entender o que papai tinha na cabeça, para não tê—la casado decentemente há dez anos.
Os olhos de Madeline cintilaram.
— Papai levava em consideração que eu amava James e me casaria com ele no momento certo.
— James está morto. — replicou Alexander, com mais aspereza do que desejava. Já tinham discutido isso dezenas de vezes e ele estava farto da teimosia da irmã em aceitar o óbvio — Morreu há quase um ano.
A face de Madeline ficou sombria e ela ergueu o queixo.
— Não há nenhuma certeza disso.
— Morreram todos aqueles que participaram do ataque inglês aos franceses em Rougemont. O fato de não haver nenhum sobrevivente para contar como tudo aconteceu não muda as coisas. – Alexander suavizou o tom de voz ao ver que ela afastava o olhar piscando para conter as lágrimas – Ambos teríamos preferido outro destino para James, mas você deve aceitar que ele não retornará.
Alexander notou com alívio que Madeline erguia as costas e o fogo ressurgia nos olhos dela. Era um bom sinal vê—la com ânimo para discutir com ele.
— Compreendo que as feridas do coração demoram a cicatrizar, Madeline, mas o tempo está passando para ti.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— Para todos nós, meu irmão. Por que você não se casa primeiro?
Série As Joias de Kinfarlie
1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
4 - a revisar
A Marca
Troy, capitão do exercito inglês cai prisioneiro dos franceses.
É confinado em uma remota prisão. A sua cela chegam duas mulheres. Mulheres que colecionam homens e Troy fará parte dessa coleção.
Em um ato degradante, ele é marcado a fogo como propriedade de Lillian.
Um ano mais tarde Troy e Lillian se encontram em Londres, em circunstâncias muito diferentes... tão diferentes que se verão unidos em um matrimônio que nenhum dos dois deseja.
Capítulo Um
França, Outono 1804.
O chiado das portas foi o que o alertou primeiro. Nesse fedido e escuro inferno onde estava encarcerado, um som significava alimento no melhor dos casos e os passos do carrasco no pior.
Mas para então, a maioria dos homens tinham estado aqui por tanto tempo que eles davam boas-vindas até a isso.O som dos corpos se arrastando ao redor dele significava que seus companheiros de prisão estavam despertando?
Ambos, o alimento e o carrasco era melhor receber de pé, embora que só fosse para tirar dos guardas da prisão o prazer de transportar a um puxando dos pés.
Cansado, Troy ficou de pé, ignorando seu pé esquerdo.
A dor ali foi uma companheira constante desde que sua última batalha, quando um golpe havia o alcançando em sua coxa, derrubando e o deixando vulnerável quando o tomou prisioneiro. Trazendo-o aqui.
Distante coçou sua barba espessa, que estava escura com a sujeira.
Uma pulga foi esmagada sob a pressão de dois de seus dedos calosos, suas unhas quebradas, e foi esquecida sem nenhum pensamento consciente.
Muito tempo. Passou muito tempo desde que foi preso aqui.
Perdeu a conta dos dias, das semanas e dos meses que formando um buraco negro onde se transformou em uma eternidade.
Uma maldição eterna.
Havia um rumor de que a guerra terminou que Bonaparte estava vencido.
Não era o costume liberar os prisioneiros de guerra em caso de uma derrota?
Se ele tivesse sido um oficial, eles provavelmente pedissem um resgate antes disso. De fato, ele fora um oficial, pareceu recordar, mas não estava vestindo seu uniforme normal nessa última batalha.
E fora tratado como um soldado comum arrastado a uma prisão, e jogado em companhia de ladrões e assassinos, e esquecido junto com eles.
Uma prisão pequena no fim do mundo, a beira do mar? Era aí que estava?
Não podia confiar em suas lembranças nesse aspecto, não podia estar seguro se o rangido em seus ouvidos durante o deslocamento na parte traseira desse carro tosco era o som das ondas ou apenas o de seu próprio sangue.
À medida que o chiado se fez mais ruidoso, seu vizinho afundou seu cotovelo nas costelas de Troy, causando as correntes que os amarravam à parede se entrechocaram a contraponto.
—Ei, homem — o homem murmurou em francês grosseiro,— O que pensa que será hoje?
Troy deu de ombros.
O outro prisioneiro lambeu seus lábios cinza.
—Chicotadas? passou algum tempo desde que tivemos um desses. Gratien estará impaciente a esta altura. Desejando nosso sangue. — Uma luz estranha entrou em seus olhos.
Troy a viu muito frequentemente para sentir-se perplexo.
Sim, devia ser chicotadas, todos seriam reunidos no pátio pequeno para observar o espetáculo.
Os prisioneiros gostavam das chicotadas. Significavam uma interrupção da vida cinza em suas celas.
Gratien apareceu, arrastando os pés pelo corredor entre as celas.
Parecia uma brincadeira do destino que um homem cujo nome significava "satisfazer" se transformasse em um espécime baixo, de pele-vermelha com cabelo amarelo opaco, sua respiração que saía ofegante de seus pulmões.
Entretanto quando Gratien descia ao coração de sua prisão, ninguém se atrevia a rir dele.
Todos os homens temiam seu caráter violento.
Esta vez, entretanto, não vinha sozinho.
Quando os homens viram quem estava caminhando atrás dele, alta e elegante como a morte, um murmúrio se expandiu entre eles como se uma pedra tivesse sido jogada em um lago escuro e profundo.
—A Viúva Negra.
—Silêncio! — O punho do chicote de Gratien golpeou contra as barras antes que virasse para fazer uma breve inclinação.
—Aqui está, senhora.
Ele parou frente à cela de Troy.
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Os Devaneios De Sorcha
Reféns da paixão!
Lady Sorcha Hay fica arrasada ao descobrir que soldados ingleses capturaram seu irmão mais novo.
Sem dinheiro, a única maneira de pagar pela liberdade dele será tomar um refém para pedir o resgate.
Seu prisioneiro, um cavaleiro ferido no campo de batalha, fica furioso ao ser capturado por uma mulher.
Mas nada impedirá Sorcha de manter sir Ruari Kerr aprisionado, mesmo que a visão do corpo bronzeado deixe sua mente girando e seus sentidos em fogo...
Ruari encontrou tudo o que procurava em uma mulher na figura de Sorcha, uma jovem linda e encantadora de cabelos escuros.
Enquanto ela trata de seus ferimentos, ele luta contra a intensa atração que o incendeia a cada toque daquela mulher.
Mas Ruari não pode permitir-se perder o coração para sua irresistível captora. Quando ele finalmente é resgatado por seus homens, Sorcha pagará caro pela traição... e a amar poderá arriscar a vida de ambos...
Capítulo Um
Fronteira da Escócia Verão de 1388
— Por Deus, Sorcha, não posso descer até lá.
Sorcha Hay entendeu a hesitação da prima Margaret ante o horror da cena.
Na base da pequena colina ventosa, estavam caídos os homens vencidos na última batalha entre sir James Douglas e o lorde inglês Hotspur Percy, de Northumberland. Fora uma luta sangrenta devida ao roubo de uma bandeira pelos escoceses durante um ataque à Inglaterra, em que Hotspur jurara consegui-la de volta.
Dizia-se que os escoceses haviam vencido e capturado Hotspur, mas isso lhes custara a vida de sir James Douglas.
Sorcha duvidou que muitos dos homens espalhados no solo rochoso abaixo tivessem se sentido vitoriosos antes de dar o último suspiro.
Uma rajada de vento fez uma madeixa de cabelos castanhos cobrir seu rosto, e Sorcha bendisse a falta de visão momentânea.
Era doloroso ver tantos mortos empilhados, e apavorava-a imaginar que um deles pudesse ser seu irmão Dougal. Suspirou e amarrou os cabelos escuros para trás com uma tira de couro. Não podia ceder aos próprios receios.
Tinha de ser forte.
Segurou a mão da tímida e roliça Margaret, que estava com os olhos arregalados, e começou a descer a encosta rochosa.
Na outra mão, levava as rédeas desgastadas de Bansith, seu robusto pônei das Terras Altas. Rezou para que sua montaria não precisasse carregar para Dunweare o corpo de Dougal.
Os carniceiros humanos já se aproximavam dos mortos, e seria preciso encontrar Dougal, se ele estivesse ali e vivo, antes que outros o fizessem.
Os moribundos teriam as gargantas cortadas enquanto os bolsos eram esvaziados, pois os homens e as mulheres que percorriam os campos de batalha não queriam testemunhas para seus roubos horripilantes.
Sorcha esperava que ela e Margaret pudessem imitar a habilidade de agir de maneira tão desprezível como os violadores de cadáveres.
Tocou no arco e nas flechas que carregava nas costas. Ela e Margaret também portavam espadas e adagas feitas especialmente para elas por Robert, o mestre armeiro.
Não estavam indefesas.
— Aqueles abutres nos matarão — Margaret sussurrou e envolveu melhor o corpo voluptuoso com a capa marrom.
— Não o farão, se nos juntarmos a eles — retrucou Sorcha.
— Se eles cortam as gargantas dos infelizes que estão morrendo, por que não nos matariam?
— Não digo que não sejam perigosos, mas se vasculharmos os cadáveres como se estivéssemos acostumadas a fazê-lo, eles provavelmente vão nos ignorar. — Sorcha parou ao lado do corpo de um jovem e pensou na tristeza de uma vida tão curta.
— Não posso tocá-lo, Sorcha.
— Então segure as rédeas de Bansith e fique atenta à turba.
Margaret obedeceu. Sorcha agachou-se ao lado do morto, pronunciou uma prece por sua alma e, furtivamente, para não ser flagrada num ato de bondade, fechou-lhe os olhos. Pegou a espada, a adaga e tudo mais que era valioso, prometendo em silêncio que faria o possível para devolver os pertences aos parentes do rapaz.
Prestou atenção à aparência dele, único indício de sua identidade, antes de guardar os objetos na albardilha pendurada nas costas do pônei. Relutante e lutando contra a náusea, caminhou até a próxima vítima.
Em sua procura por Dougal, não se abaixava diante de cada cadáver, e o fez apenas o suficiente para não despertar suspeita entre os ladrões desumanos.
Quando se agachou diante do quinto homem que seria obrigada a roubar, sentia-se mal. Embora aliviada por não ter encontrado o irmão entre os mortos, preocupava-se com o destino dele.
Seria uma crueldade macular sua alma com o crime de roubar mortos, e ter de sair de lá sem saber o que acontecera a Dougal.
— Este homem está muito bem-vestido — sussurrou e deteve a mão sobre a fivela da bainha da arma, observando o peito largo subir e descer com a respiração.
— Toque nessa espada, abutre, e eu a mandarei para o inferno!
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A Princesa de Gelo
Esta história nos apresenta Coral, um personagem secundário da trilogia: O Príncipe Corvo, O Príncipe Leopardo e O Príncipe Serpente.
Havia uma vez, em um reino muito, muito longínquo, uma princesa feita completamente de gelo... A princesa de gelo.
Capítulo Um
Londres, 1762.
A madame de um infame bordel tem que lutar com uma grande variedade de personalidades masculinas, refletiu Coral Smythe.
Lordes bêbados, mercadores arrogantes, imaturos jovenzinhos a borda do abismo de sua própria ruína e, simplesmente, muitos homens com mais dinheiro nos bolsos que sentido comum na cabeça.
Mas poucos homens eram tão irritantes, provocadores, desconcertantes ou broncos como um puritano capitão naval.
Um atraente capitão naval.
Coral tocou com um dedo a máscara dourada que ocultava seu rosto, revisando como sempre que estivesse em seu lugar.
Uma vez comprovado, desceu pelas escadas que fazia o adornado antro que era a Gruta de Afrodite. O local estava animado essa noite.
A grande escada se estendia para o saguão.
Ao outro lado do mesmo se encontravam as duas portas de entrada à Gruta; sobre sua cabeça Afrodite pulava entre nuvens pintadas de rosa com seus bem dotados amantes e debaixo...
Bom, debaixo era um alvoroço, naturalmente.
Damas (algumas da noite, algumas de verdade), rondavam com máscaras, cobrindo seus rostos muito melhor que seus corpos.
Os cavalheiros (aqui o termo tinha uma ampla fila de interpretações) pavoneavam-se, gritavam e chocavam uns com outros em farra bêbada.
Coral franziu os lábios debaixo da máscara.
Uns tolos, todos eles. Todos esses homens esperando para perder seu dinheiro.
E em troca do que? Uns seios suaves? Uma boca quente e úmida lhes mamando o membro? Um prazer insensato e efêmero, que desaparecia com as primeiras luzes da manhã.
Os homens eram tão idiotas, todos tão iguais em seus desejos e demandas.
Duques ou comerciantes de carvão, todos elevavam a vista e riam enquanto Afrodite lhes sorria de entre suas nuvens.
Todos menos um puritano capitão naval.
O capitão Isaac Wargate se encontrava como um pássaro de mau agouro a um lado do salão. Ainda vestia a longa capa de seu uniforme a pesar do calor no concorrido recinto e levava seu chapéu debaixo de um braço.
Observava tudo sem expressão alguma, mas Coral sabia que havia reprovação nesses olhos ardilosos que olhavam tudo debaixo de umas grossas sobrancelhas negras.
Que homem irritante.
Dirigiu-se lentamente para ele, de alguma forma consciente de que ele já sabia de sua presença, embora não se dignasse em olhá-la.
Dessa maneira, ela podia estudá-lo: seu longo nariz de perfil, seus grossos lábios um pouco apertados, seus longos cabelos penteados para trás e atado em uma tensa trança, as linhas ao redor de sua boca profundas e cínicas; podia sentir esse calor que se acumulava no seu ventre cada vez que o via. Maldito.
- Deus Santo, Capitão, faz mais ou menos meio ano que não o víamos por aqui - disse docemente quando esteve a uns passos de distância. - Já encontrou companhia para a noite?
- Sabe muito bem que não participo - respondeu com um grunhido.
Nem sequer se incomodou em olhá-la, a pesar do decote de seu brilhante vestido dourado e negro.
Seus mamilos estavam maquiados de vermelho e apareciam pela borda do decote quadrado, em alarmante contraste entre o tecido negro e sua pele branca.
Tinha o olhar de todos os homens na sala, menos o dele.
O que só a chateava mais.
- Mas, claro. Que tola por ter me esquecido - debaixo da máscara sorria ao mesmo tempo que tentava soar arrependida. Inclinou-se sobre ele a modo de confidência. - Mas sabe, também posso lhe conseguir moços, se isso lhe interessar.
Então girou seu rosto e o olhar de seus olhos azuis, os sentiu como um golpe.
- Não me interessa o comércio de nenhuma carne humana, senhora.
- Nesse caso, qualquer um se perguntaria o que faz em um bordel.
- Estou aqui para procurar a meus oficiais mais novos - respondeu cortante. Assinalou com a cabeça a um briguento, um de seus marinheiros. - Como tão bem sabe.
- Mmm, estou segura de que sei antes do que seu superior quando o Challenger ancora no porto. Todos esses oficiais com seus lindos uniformes vêm direto de seu navio a minhas portas.
Por sobre o ombro do capitão, cruzou olhares com Big Billy, um dos esbirros da Gruta. Os esbirros eram contratados para manter aos tipos perigosos fora e, quando fosse necessário, para apressar a partida dos habitantes que excediam a paciência do estabelecimento.
Ao ver Billy, um gigante cuja testa era quase inexistente, ninguém nunca pensaria que era bem preparado.
Ele roçou a ponta do nariz com o polegar, um gesto pré-acordado que significava "problemas a caminho".
Trilogia dos Príncipes
1 - O Princípe Corvo
2 - Príncipe Leopardo
3 - O Príncipe Serpente
3.5 - A Princesa de Gelo
Trilogia Concluída
5 de outubro de 2010
A Princesa de Akora
Uma paixão proibida
É a primeira viagem da princesa de Akora para o exterior.
Deslumbrada com tudo que se relacione à Inglaterra, a exótica beldade está ansiosa por conviver com a sociedade londrina e conhecer um autêntico cavalheiro inglês.
Mas o homem intrigante que Kassandra encontra na casa de seu irmão é bem diferente do que ela imaginava.
Forte e autoritário como um guerreiro akoriano, ele pouco tem a ver com o rapaz educado e sensível que Kassandra esperava conhecer... e, no entanto, é tudo de que ela precisa. Pois a viagem de Kassandra está prestes a colocá-la frente a frente com o homem dos seus sonhos e com seu medo mais aterrador...
Capítulo Um
Royce caminhava sozinho pelos jardins da casa ancestral.
Os derradeiros raios do sol poente derramavam um brilho dourado sobre as folhas das árvores e sobre o gramado, como que a se despedirem do dia que findava.
Ao cintilar das primeiras estrelas no céu límpido, Royce contemplou a imensidão do mar, sobre o qual a lua acabara de desenhar uma longa e cintilante trilha prateada. Na quietude daquele momento, a estranha sensação de estar à beira de algo vago e irreal, embora de suma importância, apoderou-se dele.
A experiência foi tão poderosa e irresistível que ele ergueu uma das mãos, como que a tatear a substância de que ela era feita.
Tivera um dia cansativo e estava fatigado e, talvez por essa razão, ao inalar o olor de pedra e mar com a mão ainda estendida, tivesse a nítida impressão de captar no ar um aroma cítrico de limão...
O ar da noite estava impregnado do perfume de jasmim, tomilho e oleandro, tecendo aquela fragrância tão familiar a Kassandra desde que nascera, ali em Akora, ao mesmo tempo lar e prisão.
Como desejaria deixar aquele lugar e, no entanto, quanta saudade sentiria se o fizesse! Suspirando, ela apoiou os braços cruzados sobre o parapeito da janela alta do palácio e repousou sobre eles a cabeça, os olhos fixos no oceano, onde o luar desenhara uma longa e cintilante trilha prateada.
Para onde apontaria aquela rota argêntea, para qual dos futuros possíveis, ali, além da próxima respiração, do momento seguinte?
Via-se estranhamente incapaz de visualizar o futuro, coisa que sempre lhe havia sido tão fácil fazer.
No entanto, podia senti-lo... Tomada repentinamente por uma sensação intensa e desconhecida, estendeu uma das mãos e, por não mais de um segundo, sentiu o toque de uma outra mão, forte e máscula. Através das solas finas dos chinelinhos de seda, ela sentia a maciez do tapete persa em contraste com a lisura do piso de madeira encerada sobre o qual caminhava, ao longo do corredor que se estendia de seus aposentos até a escadaria.
O corrimão arredondado era liso e frio sob a palma de sua mão.
A casa cheirava a óleo de limão, pétalas de rosa e água de lavanda, usada para perfumar as roupas de cama e mesa. Era possível perceber também um leve odor acre de vinagre, uma vez que todos os escoadouros tinham sido higienizados no dia anterior, como era hábito fazer semanalmente.
A luz acinzentada da aurora tornava imprecisos cantos e arestas, esfumaçando cores e formas que se tornariam nítidas com a chegada da luz do sol da manhã.
À hora do crepúsculo, então, quando as lamparinas fossem acesas, cores e formas de novo se recolheriam, recatadas, às sombras.
Kassandra acabara de passar sua primeira noite em Londres, tendo se maravilhado a cada momento, desde que pisara no cais em Southwark.
Um primeiro vislumbre da cidade, alcançado do rio Tâmisa, havia lhe provado quão limitada e insignificante era a Londres de sua fantasia quando comparada à assombrosa realidade daquele lugar.
Da mesma forma, o número incalculável de pedestres que enchiam as ruas, os cheiros variados e nem sempre agradáveis, e o rumor intenso e constante da cidade haviam superado qualquer possível expectativa.
E como poderia ter imaginado a grande cidade como realmente era, estando na distante Ilius, sua terra natal? Mas afinal estava lá, no lugar que sempre almejara conhecer.
Série Akora
1 - Ilha dos Sonhos
2 - A Princesa de Akora
3 - Brumas de Akora
4 - Fonte de Sonhos
5 - Fonte de Segredos
6 - Fountain of Fire
A Duquesa
Paixão e intriga!
Por ser sempre serena e controlada, a filha ilegítima do conde de Chase é chamada de Duquesa.
Após ficar órfã, ela recebe a inesperada notícia de que foi legitimada e transformou-se em uma herdeira.Porém, ao discordar das cláusulas do testamento de seu pai, ela descobre que a única maneira de consertar a situação é casando-se com seu teimoso primo...
Dono de um temperamento explosivo, Marcus, o novo conde de Chase, fica revoltado ao saber das providências tomadas pelo tio e vai para Paris.
Ele não imagina, contudo, que logo se verá preso a um casamento indesejado com a distante Duquesa.
De volta à propriedade da família, os dois se deparam com a visita de parentes americanos em busca de um tesouro escondido.
Enquanto isso, misteriosos atentados que põem em risco a vida de Duquesa aproximam o casal, trazendo à tona os reais sentimentos que têm um pelo outro...
Prólgo
Em junho de 1804, no segundo dia de sua visita a Chase Park, aos nove anos de idade, ela ouviu uma criada dizer a Tweenie que ela era uma bastarda.
— Uma bastarda!? Absurdo! A menina é uma bastarda, Annie? Todo mundo diz que é uma prima da Holanda ou da Itália...
— Prima da Holanda ou da Itália o diabo! A mãe dela mora perto de Dover, e o senhor a visita freqüentemente. Ouvi a sra. Emory contar à cozinheira. Sim, ela é filha bastarda do lorde. Veja aqueles olhos azuis!
— É muita ousadia do lorde trazer sua bastarda para cá, no nariz de milady!
— Sim, mas a nobreza é assim. O lorde deve ter uma coleção de bastardos espalhados por aí. Que diferença faz mais um? Mas ela está aqui e, por isso, deve ser especial. E é toda sorriso e doçura, como se este fosse o seu lugar! Milady ignora a menina, mas ela vai passar pelo menos duas semanas aqui.
— E mais do que o suficiente. Imagine, trazer uma bastarda a Chase!
— Mas a menina é bonita!
— E o lorde é tão belo quanto o avô dele. Minha avó me contou que ele era um cavalheiro de grande nobreza e beleza... Faz sentido que a menina seja linda. Aposto que a mãe também não é feia. Ouvi a sra. Emory dizer que eles estão juntos há doze anos... como se fossem casados.
As duas criadas se afastaram, ainda conversando. Ela permaneceu escondida em um dos muitos nichos do corredor do segundo andar, imaginando o que seria uma bastarda. Não era nada bom, isso ela sabia.
O conde de Chase era seu pai? Ela balançou a cabeça veementemente.
Não, ele era seu tio James, irmão mais velho de seu pai, e ia visitá-la a cada dois meses para se certificar de que ela e a mãe estavam bem.
Seu pai fora morto em fevereiro de 1797, quando tropas francesas tinham invadido a Inglaterra.
Ela sempre ouvia a mãe dizer como havia quase dois mil franceses, não soldados de verdade, mas criminosos, todos libertados de prisões e perdoados em troca do ataque a Avon e da destruição de Bristol, seguida de Liverpool.
Sua mãe dizia também que aqueles criminosos franceses tinham desembarcado em Pencaern, e lá haviam sido enfrentados e rendidos pelo exército de Pembrokeshire.
E seu pai liderara aqueles bravos ingleses, que derrotaram os franceses que ousaram pisar em solo britânico. Não, seu verdadeiro pai era o capitão Geoffrey Cochrane, e ele morrera como herói, defendendo a Inglaterra.
Os olhos de sua mãe sempre se tornavam mais suaves quando ela dizia:
— Seu tio James é um nobre, minha querida, um homem muito poderoso, com muitas responsabilidades, mas ele vai cuidar de nós para sempre. Ele tem a própria família, por isso não pode nos ver sempre. As coisas são assim e sempre serão. Mas, não esqueça, ele nos ama e nunca vai nos abandonar.
E quando ela completara nove anos, sua mãe a mandara para passar duas semanas com tio James em sua magnífica mansão chamada Chase Park, perto de Darlington, no norte de Yorkshire.
Ela havia implorado à mãe para acompanhá-la, mas ela simplesmente balançara a cabeça e dissera:
— Não, minha querida, a esposa de seu tio James não gosta de mim. Fique longe dela. Você tem primos lá e vai se aproximar deles, mas mantenha distância da esposa de seu tio. Lembre-se, amor, nunca fale sobre você. E aborrecido, não acha? Muito melhor guardar segredos e ser misteriosa.
Ela havia evitado a condessa de Chase com pouca dificuldade, porque a dama, na única vez em que a vira, a olhara com grande desprezo e depois saíra da sala. Nem ela nem seus primos se uniam ao conde e à condessa na sala de jantar todas as noites; por isso era fácil manter-se longe dela.
Tio James era diferente ali em sua mansão, com tantos criados em uniformes elegantes de botões dourados reluzentes.
Era como se houvesse empregados em todos os lugares, em cada corredor, sempre olhando, mas nunca falando.
Exceto por Annie e sua colega.
Tio James era atencioso em Rosebud Cottage, quando ia visitá-la e conversar com sua mãe, mas agia diferente ali.
Ela franziu a testa, tentando entender por que ele não a abraçara. Seu tio a chamara na biblioteca, um aposento quase tão grande quanto a casa onde ela morava, com paredes cobertas por livros e escadas que corriam por trilhos presos ao teto.
Tudo ali parecia pesado e escuro, até o luxuoso tapete sob seus pés. Quando ela entrou, não havia nada além de sombras, pois era final de tarde e as cortinas estavam fechadas. Mas ela viu o tio e sorriu.
— Olá, tio James. Obrigada por ter me convidado para ficar aqui.
— Olá, minha querida criança. Entre, e vou lhe dizer como deve agir enquanto estiver aqui.
1 - A Duquesa
2 - O Legado de Nightingale
3 - Jessie e James
Trilogia Concluída
Anjo Negro
Um tesouro mais valioso que ouro...
Keelan despertou de um sono profundo numa outra era, em outro lugar, e ainda assombrado pelos demônios do passado.
Determinado a recuperar o tesouro que causou a ruína de sua família, ele chega ao magnífico cenário do interior da Escócia, e fica conhecendo uma jovem encantadora, que desperta uma paixão ardente em seu coração...
A misteriosa chegada do guerreiro escocês quase faz com que Charity abandone seus planos, mas ela já representou por tempo demais o papel de criadinha dedicada para desistir a esta altura dos acontecimentos e permitir que outra pessoa se apodere do tesouro, mesmo sendo Keelan uma tentação tão grande quanto o tesouro em si.
No entanto, quando os dois são forçados a fugir, Charity descobre que o escocês é mais irresistível do que ela imaginou a princípio, e que negar o desejo entre ambos é impossível... pois uma gloriosa promessa de amor espera por ela nos braços fortes e nos beijos sensuais de Keelan...
Escócia 1653
— Era eu quem deveria estar aqui — Keelan disse por entre os dentes. Tentou ser forte, mas sua voz soou fraca e estranha em meio aos lamentos dos habitantes escondidos na prisão de Old Bailey.
Sua mãe estendeu a mão através das barras da cela no calabouço. Os braços estavam magros, pálidos e manchados de sujeira.
Ele tomou-lhe as mãos e sentiu os ossos, finos e salientes por baixo da pele fria e ressequida.
— Você não tinha como saber dos nossos problemas, Ange.
E era verdade. Ninguém o havia informado ou enviado qualquer tipo de mensagem ou correspondência.
O único aviso que tivera foram os sonhos repetitivos que sugeriam problemas em casa. Somente os sonhos...
— Quem fez isso com a senhora? — perguntou ele, agora com a voz mais firme. Era a voz do homem que sua família tinha contribuído para que se tornasse.
— Não importa — respondeu lona.
Keelan cerrou os dentes, sentindo na língua o gosto da morte, o gosto amargo da bile se revolvendo em seu estômago.
— Eu soube... Me contaram que... — A voz dele falhou. — Eles mataram papai.
Iona apertou as mãos, segurando com mais firmeza as de Keelan, fincando as unhas quebradas na pele dele.
— Não... Não, filho, eles não o mataram — assegurou, mas havia medo em sua voz e lágrimas em seus olhos fundos. — Ele morreu por causa dos ferimentos, meu amor. Não foi culpa de ninguém...
A raiva se misturou às inúmeras emoções que borbulhavam no peito de Keelan, fazendo com que sua pele ficasse úmida e a cabeça zonza.
— Onde está o Sr. Kirksted? Por que não está aqui, defendendo a senhora? — Keelan quis saber.
— Ele esteve aqui, claro, mas como imediato de seu pai, também ficou muito doente enquanto estava no mar — informou lona. — Mesmo assim, tentou convencê-los de minha inocência.
— Inocência! — A voz de Keelan soou esganiçada como a de um adolescente. — Isso é loucura! A senhora não é uma... — Não conseguiu fazer a palavra passar por seus lábios congelados.
— Não se preocupe com isso, tudo há de ficar bem. Volte para Paris, volte para seus estudos!
— Voltar?! — Teria aquele lugar hediondo deixado sua mãe tão perturbada a ponto de perder o juízo? — Não posso deixá-la aqui, neste... nesta...
Keelan calou-se, com medo de começar a chorar.
Chorar e soluçar, como a criatura aterrorizada que sentia ser naquele momento.
— Sim, é uma loucura, exatamente como disse. — As mãos de lona se apertaram, assim como sua voz. — Por isso mesmo, tenho certeza de que vão me libertar.
— Mamãe, eles a acusaram de bruxaria... — Keelan sussurrou, como se pudesse manter aquilo em segredo, como se tudo o que ouvira tivessem sido mentiras horríveis —...quando tudo que a senhora fez foi tentar salvá-lo.
— Eu sei, meu filho, eu sei. Tudo não passou de um grande engano. Eles vão me libertar, com certeza.
Keelan desejava desesperadamente acreditar naquilo, mas o tremor na voz e o terror nos olhos da mãe abalaram sua determinação.
— Eu vou libertá-la, mamãe. — Suas palavras eram uma promessa solene, feita em voz baixa. Vou falar com o sr. Kirksted. Ele ainda tem influência com o...
— Não! — A voz de lona ficou estridente de repente.
— Não faça isso. Volte para a universidade. Volte!
— Mas Kirksted...
— Fique longe dele! — ordenou lona, desesperada.
— Ouviu o que eu disse? Longe!
Keelan balançou a cabeça, tentando enxergar a verdade por trás de todo aquele medo que via em sua mãe.
— Mamãe, por acaso ele foi responsável por...
— Não! Claro que não — afirmou ela, veemente.
— Mas se você criar problemas, eles vão pensar que estamos agindo em conluio, você e eu. — Lágrimas grossas rolaram por sobre o rosto sujo, deixando duas trilhas cintilantes.
— A senhora não é uma bruxa!
— Não, não sou... Mas isso não importa para eles.
— Por que, então, estão fazendo isso? — perguntou Keelan, enquanto a mãe apenas balançava a cabeça.
— O que esperam ganhar? Dinheiro? Acham que papai saqueou o grande tesouro do qual falava? Acham que o tesouro não estava perdido de volta ao mar como...
— Filho, isso não importa...
Keelan se ergueu. O medo ainda estava lá, embora controlado.
— De fato, não importa, pois vou detê-los, eu juro.
— Não! Por favor... — implorou lona. Parecia tão pequena, tão pálida e frágil atrás daquelas barras.
— Prometa que não irá fazer isso!
Keelan apertou a mão da mãe e fitou-a nos olhos.
— A senhora acha que sou covarde a ponto de não fazer nada?
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2 de outubro de 2010
Seduzir a Donzela
É uma época festiva e alegre, mas a idéia de que lhe imponham um tutor, faz Lady Francine Fitz Hugh se sentir pouco feliz. Terá que fazer com que seu tutor mal-humorado vá embora de uma vez! Porém... Desgraçadamente, Lucien Kendall é alto, moreno e pecaminosamente atraente. A paixão que vê em seus olhos ao olhá-la revela a Francine que ele não irá tão cedo... pior ainda, ela na realidade não deseja que o faça.
Por ser sua pupila, Fancy está proibida para Lucien, mas o atrevido encanto da jovem, sua lealdade e suas graciosas curvas, são uma tentação insuportável. Não pode evitar imaginar como seria guiá-la pelos ardentes caminhos da paixão... e como a inocência da moça poderia aliviar sua tortura. Entretanto, se o escuro passado de Lucien for revelado, a verdade poderá destruí-los. Na época do ano em que reinam o amor e a boa vontade, será que seria muito, esperar um milagre?
Capítulo Um
Do ponto de vista de um perito, o traseiro que tão docemente se elevava para o céu, a uns seis metros diante de Lucien, era o mais provocante que tinha tido a sorte de admirar: sensualmente arredondado, firme, arrebitado, prolongamento de pernas torneadas e delicados pés. O efeito final era tão atraente que as horrendas calças de um cinza indefinido não quebravam a harmonia do conjunto.
O espetáculo era uma compensação por todas as desgraças que tinha sofrido até esse momento, o que incluía a eterna garoa que caía sem parar há três dias, quando sua carruagem tinha entrado estralando ruidosamente no purgatório cheio de buracos e infestado de tojos dos ermos montes da Cornualha.
Bem, se pelo menos pudesse ver o resto do pacote que vinha com esse doce traseiro, pensou Lucien, reclinando-se contra a porta do estábulo.
Mas a pequena continuava revirando os bolsos do bêbado. Este estava completamente inconsciente e seus roncos ressonavam mais que um moinho madeireiro, e isso podia ser a causa da moça não ter ouvido Lucien chegar, com o cavalo por trás dela.
Seu carro afundou numa daquelas malditos fossas tão comuns neste miserável ponto do universo, e tinha ficado parado até que Tahj, (a sombra e consciência budista de Lucien), pudesse enviar ajuda.
Feliz por poder observar, Lucien se acomodou em uma posição mais confortável e se absteve de mostrar sua presença à moça. Bem, devia aproveitar quando lhe davam uma oportunidade de observar algo tão belo, e com toda certeza esse era o caso.
Um confuso delírio se apossou dele enquanto permanecia ali de pé, perguntando-se distraidamente se seria possível que alguém ficasse prisioneiro de um traseiro, sentindo uma leve curiosidade a respeito do que seria que a dona daquele traseiro lindo pretendia roubar, já que não parecia estar pegando nada.
Aquele pensamento ficou relegado ao esquecimento quando o leve chapéu da jovem caiu da cabeça, revelando uma sedosa cascata de cabelo negro azulado que se derramou sobre o atoleiro junto à cabeça do bêbado.
Lucien apertou os punhos só lado de seu corpo enquanto sua excitação aumentava até converter-se em uma pontada quase intolerável que o fez lembrar, com muita intensidade, que há muito tempo não tinha sexo com uma mulher.
Cinco meses, seis dias e doze horas, nem um minuto mais, nem um minuto a menos.
Série Buscadores de Prazer
1 - Os Buscadores de Prazer
2 - Seduzir a Donzela
3 - A Noiva Roubada do Highlander
Série concluída
PARCERIA LRTH+PRT
1 de outubro de 2010
Os Buscadores de Prazer
A adorável Lady Bliss Ashton foi cortejada pelos homens mais sofisticados e atraentes da sociedade inglesa… mas desprezou todos. Mas quando Caine Ballinger, Conde de Hartland — conhecido em todo o país por sua perícia sexual — começa a tecer uma teia de sedução em torno dela, Lady Bliss sente-se muito tentada a deixar-se enredar. Não só pela paixão que ele desperta em cada poro de sua pele, mas também pela vulnerabilidade que ela percebe debaixo dessa arrogante e perigosa fachada que ele se empenha em mostrar ao mundo inteiro.
Caine está tentado seduzir Lady Bliss para ganhar uma aposta e assim poder recuperar a propriedade que pertenceu durante gerações à sua família — com o estímulo de que, com esse jogo, também poderá vingar do pai da dama. Só está interessado em possuir seu delicioso corpo… e depois envergonhá-la. Mas, por que se sente tão estranho quando seus delicados dedos acariciam seu corpo, ou suas suaves palavras acalmam sua alma torturada?
Agora a aposta veio à luz e Caine terá que escolher entre sua ansiada vingança… ou a mulher que deseja ardentemente com todo seu coração.
Capítulo Um
— Vamos, demônios. — O suor escorria pelas costas enquanto Caine dava violentas estocadas no sexo da mulher que estava debaixo dele; seu choro costumeiro fazia que subisse um gosto amargo à garganta. Queria acabar de uma vez para que fosse embora.
Ela sempre estava faminta de sexo ao despertar, motivo pelo qual ele geralmente queria desaparecer; mas ela o tinha pegado despreparado, encarapitando-se na sua cama de madrugada, quando ele tinha bebido até perder a lucidez... Acordou abruptamente quando ela montou sobre sua ereção matinal, por isso quase a estrangulou ao empurrá-la de costas.
— Oh, sim, Caine... Assim — ela ofegava com uma expressão de êxtase no rosto. Olivia Hamilton, viúva do marquês de Buxton, e agora patroa de Caine, estava chegando ao orgasmo. — Agora, Caine. Agora.
Prendeu-o com as pernas, tirando cada gota dele, ele querendo dar ou não.
Jogou a cabeça para trás e gemeu. Um brilhante raio de sol se projetou enviesado em seu pescoço, revelando sua idade: ela aparentava quarenta, mas ele suspeitava que se aproximasse dos quarenta e cinco. Embora seus vinte e cinco, não facilitar em nada sua tarefa. Justo castigo para um homem que tinha vivido imerso em um mundo de pecado e que ganhou o apelido de "Vício" por parte de seus companheiros de aventuras. Que destino perverso... Estar preso em sua própria imoralidade!
Do lado de fora, o estampido seco das armas indicava o começo de uma manhã de caça à raposa e de mais outra semana de festa na mansão que já durava vários dias, onde ele ficaria à margem enquanto os nobres mais imorais da Inglaterra se hospedavam na mansão Northcote. Pessoas que em outros tempos, ingenuamente, tinha chamado amigos, e estavam na casa que fora sua.
Northcote tinha pertencido aos Ballinger desde o século XIV, sobrevivendo a estados de sítio, as intransigências da costa Devon, e a um incêndio que quase a aniquila um século atrás. Mas não tinha sobrevivido a Henry Ballinger. Seu pai.
Série Buscadores de Prazer
1 - Os Buscadores de Prazer
2 - Seduzir a Donzela
3 - A Noiva Roubada do Highlander
Série concluída
PARCERIA LRTH+PRT
28 de setembro de 2010
Liberdade para Sonhar
O amor mais precioso do mundo...
Patrick Mullen tem vasta experiência com mulheres, mas estava despreparado para conhecer a deslumbrante Camille Bradburn.
Culta, rica, inocente e incrivelmente linda, Camille é tudo com que Patrick jamais ousou sonhar, e tudo o que ele sempre desejou...Criada em meio a títulos, propriedades e uma grande fortuna, Camille parece viver um conto de fadas.
Porém, tantos privilégios cobram um preço terrível.
E quando conhece Patrick ela compreende, pela primeira vez, que paixão e liberdade são sonhos que podem se realizar.
O sentimento profundo que compartilham transcende as normas sociais e os coloca diante de grandes provações. Afinal, algumas pessoas seriam capazes de qualquer coisa para afastá-los, testando a fé de Camille e Patrick nas promessas que fizeram...
Capítulo Um
Béauport, 1743
Seria o demônio se agitando dentro dela? Os sussurros tinham voltado, apesar de seus esforços para reprimi-los.
As vontades, que diziam ser do mal, fervilhavam em suas veias e instigavam sua mente até a dominarem por completo. Era uma compulsão sem freios que vinha de dentro e não podia ser afastada.
Talvez sua mãe tivesse razão e isso atemorizava Camille. Não queria enfrentar seus desejos.
Não queria reconhecer aquela voz que sussurrava dentro de sua cabeça palavras de sobrevivência, de liberdade.
Tentou pensar em algo que pudesse distraí-la. Manteve o olhar fixo, deixando-se deleitar com os detalhes do lugar em que vivia desde seu nascimento.
A primavera chegara, por fim. As árvores agora tinham folhas e tudo prometia um verão intenso.
O sol inundava tudo, abrilhantando as cores e trazendo vida. Atrás dela, a mansão de tijolos mantinha-se firme, elegante e vistosa como um bom soldado inglês.
As colunas brancas pareciam reluzir ao sol, num contraste profundo com o verde que circundava tudo.
Mas as vozes não paravam... E eram contrárias às palavras constantes de sua mãe, Amélia Mary Bradburn, nona duquesa de Eton e senhora de Beauport que, com intensos olhos azuis, fitava a filha como um predador à espera do menor vacilo da presa.
— Ouviu o que eu disse? — ralhou ela, de dentro da carruagem.
— Sim.
— E o que foi?
— Que devo administrar a casa em sua ausência, praticar o cravo todos os dias, cuidar dos ajustes finais de meus ves¬idos novos, cavalgar no máximo uma hora por dia, sempre acompanhada. Não devo sair da propriedade e nem ir à cidade, a não ser que papai ou Eric estejam comigo.
— Excelente, mas se esqueceu de uma coisa. Tensa, Camille desviou o olhar.
— Vou ser observada — disse, em voz bem baixa.
— Exatamente. Devo confessar que não estou tranqüila em deixá-la sem uma criada junto o tempo todo. Mas espero que, aos vinte anos, você tenha autocontrole e não necessite mais de uma vigilância tão acirrada.
O cocheiro aproximou-se, assoviando uma canção que Camille não reconheceu. Acomodou o corpo enorme na boléia e calçou as luvas.
Os cavalos mexeram as orelhas, percebendo a presença do homem que conheciam bem, ansiosos pelo movimento causado pelo toque nas rédeas.
Alguns pássaros se assustaram com o movimento dos animais e voaram para longe, desaparecendo entre as árvores que indicavam o início do bosque distante. O bosque que sempre a chamava... Voltou-se para a mãe, sabendo que, se seu olhar fosse percebido, seria castigada.
— Vou obedecer — prometeu.
— Honrar pai e mãe, menina. Lembre-se bem do manda¬mento divino.
— Sim, mamãe.
— Um dia, quando seu marido falar de você com orgulho e seus filhos desfrutarem do prestígio e dos privilégios de seu nascimento, vai me agradecer por ter cuidado tão bem de sua educação. Espero que me conte tudo quando eu vol¬tar. — Amélia bateu no teto da carruagem com a ponta do leque, indicando estar pronta para partir. Teve, porém, tem¬po para dizer: — Lembre-se, plantamos o que colhemos. Sua obediência trará recompensas no futuro. Mas, se não obedecer, enfrentará as piores conseqüências.
A porta da carruagem foi fechada pelo criado que acompanharia o cocheiro na boléia. Camille afastou-se para deixar passar o comboio de empregados que seguiria a mãe.
E foi apenas quando todos os veículos se afastaram, atravessando os enormes portões, que ela pôde respirar aliviada.
Lembrou-se das palavras da mãe e observou ao redor, imaginando se já estaria sendo observada.mais felizes da vida de Camille, perturbados apenas pela idéia de que ela retornaria.
Seria pecado querer distância da própria mãe? Fantasiar que pudesse haver um assalto na estrada? Imaginar a ferocidade e a violência do assaltante? Vê-la caída numa poça de sangue, silenciada para sempre?
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Pescar Uma Herdeira
Quando a atraente Caroline Trent é sequestrada por Blake Ravenscroft ela não tenta evitar a este perigoso e bonito agente da coroa.
Depois de tudo, ela esteve a maioria de seus dias fugindo das ofertas indesejadas de matrimônio do filho de seu guardião.
Sim, Blake acredita que ela é uma espiã chamada Carlotta de Leão, mas só será por seis semanas, até seu vigésimo primeiro aniversário, então ela terá o controle de sua fortuna.
Enquanto se ocultasse na companhia de seu captor misterioso e sombrio, isto será muito conveniente e romântico.
A missão de Blake Ravenscroft é levar Carlotta à justiça, não apaixonar-se.
Seu coração se endureceu durante anos por causa da perda de sua noiva querida.
Mas esta pequena tentadora garota prova ser estranhamente tenra e deliciosamente adorável.
E repentinamente, o inconcebível se converte em possível. Será que este casal tão diferente está destinado ao amor?
Capítulo Um
Hampshire, Inglaterra 3 de Julho de 1814
Caroline Trent não pretendia atirar em Percival Prewitt, mas o fez, e agora ele estava morto. Ou ao menos ela pensou que estava morto.
Certamente, havia bastante sangue.
Gotejava das paredes, o chão estava salpicado, os lençóis estavam totalmente manchados. Caroline não sabia muito de medicina, mas estava segura de que um corpo não podia perder tanto sangue e seguir com vida.
Agora tinha um grande problema.
—Maldição — murmurou. Embora ela fosse uma autêntica senhorita, nunca teve uma vida muito fácil, e sua linguagem, às vezes, deixava muito a desejar.
—Estúpido — disse ao corpo que havia no chão. — Por que me agarrou dessa maneira? Por que não te afastou de mim e me deixou tranquila? Disse a seu pai que não me casaria contigo, disse que não me casaria mesmo que fosse o último idiota da Grã-Bretanha.
Faltou pouco para lhe dar um pontapé de frustração. Por que nenhuma vez a entenderam?
—O que eu quis dizer é que você é idiota, — disse ao Percy, que, surpreendentemente (obviamente), nem respondeu.
—E que não me casaria contigo nem que fosse o último homem na Grã-Bretanha, e oh diabos, que estou fazendo te falando, de toda forma? Está morto.
Caroline gemeu. Que diabos se supunha que devia fazer agora?
O pai do Percy voltaria em menos de duas horas e não se requeria um título em Oxford para deduzir que Oliver Prewitt não ficaria feliz de encontrar a seu filho morto no chão.
—Que incômodo é seu pai — agachou-se — este é seu defeito, se não estivesse tão obcecado te procurando uma herdeira...
Oliver Prewitt era o tutor de Caroline, ou ao menos o seria durante as próximas seis semanas, até que fizesse vinte e um anos.
Esteve contando os dias que lhe faltavam até 14 de agosto de 1814, desde em 14 de agosto de 1813, quando completou os vinte.
Só faltavam quarenta e dois dias, quarenta e dois dias e por fim teria o controle de sua vida e de sua fortuna. Nunca quis saber o quanto gastaram os Prewitt de sua herança.
Atirou a arma em cima da cama, colocou as mãos sobre seus quadris e olhou fixamente ao Percy. E então... os olhos dele se abriram.
Série Agentes da Coroa
1-Pescar uma Herdeira
2- Como Casar com um Marquês
3- O Primeiro Beijo
Série Concluída