16 de outubro de 2011

Promessas que Unem

Série Promessas
Elizabeth faria qualquer coisa, absolutamente tudo, para salvar a herança que seu pai lhe deixou, incluindo casar-se com Asa MacIntyre, um alto e atraente pistoleiro de ombros largos, quadris estreitos e olhos cinza como a prata, que goza de uma reputação implacável, e que gosta de terminar o que começa.
Asa sonha com algumas terras que possa chamar de sua, uma esposa e o respeito que vem acompanhado com tudo isso. 
O fato de casar-se com Elizabeth pode até ter começado como um mero meio para alcançar seus fins, mas nem os sonhos mais delirantes de Asa o prepararam para a excitante aventura de descobrir à apaixonada mulher que se esconde sob o pulcro e estrito aspecto de sua esposa.

Capítulo Um

Que uma dama entrasse resolutamente no negócio de Dell não era uma coisa que acontecesse todos os dias. Umas quantas rameiras honravam o lugar com sua presença, mas Asa apostaria todos e cada um dos dólares que levava no bolso, que nunca havia entrado naquele lugar sujo que chamavam de Salão, uma dama vestida como é devido e com as costas erguidas como um jogador de pôquer. Um a um, os outros clientes foram notando a presença da intrusa vestida de cinza. A gritaria de vozes foi baixando de tom até que o pianista também se precaveu, mostrando seu assombro com uma chiante nota falsa.
Asa contemplou como a mulher perambulava de um lado a outro, sem dúvida tentando distinguir alguém através das trevas que envolviam o local. Levou o seu uísque aos lábios, bebeu um gole e aguardou. Perguntou-se se era a um marido ou a um amante a quem procurava. Esperava que fosse o primeiro, uma esposa em busca de seu errante cônjuge prometia um espetáculo muito mais interessante.
A dama tirou as luvas dando firmes puxões a cada dedo. Asa podia ver cada detalhe de sua silhueta, recortada contra a claridade da entrada. Era pequena e estava bem formada, com uns quadris brandamente moldados que fizeram Asa pensar em quão gostoso seria afundar-se nelas e cavalgá-la até o amanhecer. Bebeu outro gole de uísque. Enquanto notava como ia queimando a garganta, tentou averiguar por que a visão daquela mulher tinha feito com que seu membro reagisse até ficar duro como uma pedra. Talvez fosse a atitude dela, o meio caminho entre o pânico e a determinação, a que tinha despertado seu interesse. Claro que talvez somente fosse porque ele era exatamente o contrário, e seu corpo respondia daquela maneira desejando o que nunca poderia ter. As damas respeitáveis como aquela, se casavam com juízes ou banqueiros. Nunca as via menos de uma milha de distância de um vaqueiro errante como ele. Que aquela mulher estivesse pisando na soleira do salão mais sórdido da cidade não alterava em nada esse fato.
O sol apareceu por detrás de uma nuvem. O débil raio de luz penetrou pela porta, iluminando a figura da mulher. A ereção de Asa ameaçou, convertendo-se em dolorosa, e ele esteve a ponto de desperdiçar um gole daquela beberagem de ínfima qualidade ao se engasgar devido à surpresa.
Poderíamos contemplar durante anos um rosto assim sem jamais se cansar de admirá-lo. Não porque fosse formosa, embora saltasse à vista que era muito atraente: Era a forma em que suas linhas se harmonizavam, criando um delicado equilíbrio de força, senso de humor e sensualidade a flor da pele que o deixou tão boquiaberto como se fosse um adolescente sem experiência. Um rosto como aquele expressava caráter e resistência. Um rosto como aquele despertava imagens de corpos nus e de noites longas e cheias de luxúria. E sua boca... Maldita fosse! Sua boca era uma fantasia em si mesmo. Asa não podia tentar sequer pôr freio às imagens que aqueles lábios cheios tinham evocado em sua mente.

Série Promessas
1 - Promessas que Unem
2 - As Promessas se Cumprem
3 - Promessas que Prevalecem
4 - Promessa Revelada
5 - Promises Decide

O Amor é Cego



Amor Perigoso

Adrian Montfort, o conde de Mowbray, sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Crambray poderia ser perigosa. 
Ela era, na verdade, um desafio. Mas era exatamente o desafio que ele precisava...
Clarissa sempre desejou encontrar um noivo, mas sua madrasta queria mais ainda que a enteada encontrasse alguém disposto a se casar com ela. 
Clarissa concordava que os óculos escondiam a beleza de seu rosto, mas se ela seguisse o conselho da madrasta e não os usasse, como iria enxergar?
Já causara confusão suficiente para merecer um apelido infame nos círculos sociais, em função de sua deficiência visual. 
Todos os possíveis pretendentes pareciam sair correndo... Até que de repente apareceu um cavalheiro disposto a dançar com ela. 
Um homem elegante, atraente, misterioso... E Clarissa se vê a tropeçar... no amor!

Capítulo Um

Londres, 1720
— Mowbray! Que bons ventos o trazem a cidade?
Lorde Adrian Montfort, o conde de Mowbray, desviou a atenção dos casais que dançavam e olhou para o homem que se aproximara dele. Alto, loiro, tremendamente bem-apessoado: Reginald Greville.
Adrian e Greville, seu primo, haviam sido muito amigos no passado. O tempo e a distância, porém, haviam enfraquecido esse laço, com uma pequena ajuda da guerra com a Espanha. Ignorando a pergunta de Reginald, ele retribuiu o cumprimento com um leve sorriso e voltou o olhar para a elegante coreografia dos homens e mulheres na pista de dança.
— Está aproveitando a temporada, Greville? — perguntou.
— Muito, muito. Sangue novo. Novas caras.
— Novas vítimas — Mowbray acrescentou em tom seco.
— Também. — Reginald riu. Ele era conhecido pelo sucesso em seduzir jovens inocentes. Só não fora ainda forçado a sair da cidade devido a seu título e fortuna.
Balançando a cabeça, Adrian esboçou um sorriso pálido.
— Você não se cansa nunca da caça. Lamento dizer que todas me parecem a mesma. Posso jurar que essas são decepcionantemente iguais às jovens que estavam debutando a última vez em que estive aqui, que eram iguais às do ano anterior.
O primo achou graça e sacudiu a cabeça.
— Faz dez anos que você se deu ao trabalho de vir pela última vez à cidade, Adrian. As jovens de então estão todas casadas e procriando, ou a caminho de se tornarem solteironas.
— Diferentes rostos, mesmas damas — Adrian disse, dando de ombros.
— Tanto cinismo — censurou Reginald — Você soa como um velho, homem.
— Apenas mais velho – Adrian corrigiu. — Mais velho e mais sábio.
— Não. Velho! — Reginald insistiu, rindo e voltando o olhar para as pessoas que se movimentavam diante deles. — Além disso, há algumas verdadeiras belezuras este ano. Aquela loira, por exemplo, ou a morena com Chalmsly.
— Hum. — Adrian observou-as. — Corrija-me se eu estiver errado, mas acho que aquela moreninha, por mais encantadora que seja, não tem nada na cabeça. Assim como lady Penélope que você seduziu da última vez em que estive aqui.
Reginald arregalou os olhos surpreso com a observação.
— E a loira — Adrian continuou, examinando a jovem em questão — é filha de pais comerciantes, muito endinheirada, e à procura de alguém que tenha título para se juntar. Mais ou menos como Lily Ainsley, outra de suas conquistas.
— Acertou em cheio — Reginald admitiu, parecendo um pouco incrédulo. Alternando o olhar de uma mulher para outra, ele riu contrafeito: — Agora você estragou tudo. Eu estava considerando dar atenção a uma delas, ou a ambas, mas, depois do que disse, elas perderam qualquer encanto. — Franzindo a sobrancelha, Reginald esboçou uma reação: — Ah, mas conheço alguém que você não conseguiria analisar com tanta facilidade.
Pegando Adrian pelo braço, ele obrigou o primo a circular até o outro lado do salão, parando então.
— Lá está ela!



Para Amar Outra Vez

Trilogia Lordes Perdidos
Casar por dever... ou por amor? 

Recém-nomeado conde, Archibald Sachse sabe que deve cortejar uma das jovens debutantes que a todo instante lhe são apresentadas. Mas há somente uma mulher em quem ele está interessado: a linda e discreta Camilla Warner. 
Reconhecida e respeitada pela aristocracia, Camilla está disposta a orientar Archibald sobre a etiqueta e protocolos da sociedade e ajudá-lo a encontrar a noiva ideal. 
 A única noiva que Archibald deseja é Camilla, e está decidido a conquistaria, seduzindo-a com beijos e carícias. 
Por que será que Camilla resiste tanto a se render, quando o brilho em seus lindos olhos indica que ela também anseia em se entregar àquela paixão? Mas o passado de Camilla está prestes a vir à tona, trazendo conseqüências Inesperadas... e quando Archibald descobrir o segredo que persegue aquela jovem encantadora, terá de tomar uma decisão que poderá mudar a vida de ambos para sempre... 

Capítulo Um 

Londres, 1879 
— Francamente, Sachse, como espera que eu lhe arranje uma esposa, se não quer experimentar estas roupas novas? Archibald Warner, sétimo conde de Sachse, olhou para a viúva condessa Camilla Warner, que andava de um lado para outro, visivelmente agitada, a testa franzida, torcendo as mãos delicadas. Camilla, dois anos mais nova do que Archibald, era a mulher mais linda que ele já conhecera. 
Casara-se muito jovem com Lucien Warner, sexto conde de Sachse, com o triplo da idade dela. Lucien era primo distante de Archibald, mas este não o conhecera. E, a julgar pelo que diziam a respeito do velho conde, Archibald alegrava-se por nunca tê-lo visto. 
Nesse dia, Camilla usava um vestido de seda cor-de-rosa bem claro, o qual valorizava a figura esbelta, e realçava a pele de alabastro. Ela ficava sempre à vontade na residência do atual conde, o que não era de se estranhar, pois a bela casa tinha feito parte dos bens do marido. 
Ela acabara de entrar na biblioteca e removera o chapéu. Os raios de sol que penetravam pela ampla janela incidiam sobre os cabelos castanho-claros primorosamente arranjados num penteado alto fazendo-os brilharem, dando a impressão de que eram fios de ouro. 
 Durante toda a temporada Camilla Warner tinha sido uma anfitriã perfeita, acompanhara Sachse a quase todos os eventos importantes, apresentara-o a duques, marqueses, condes e viscondes. 
Ela conhecia a história de cada família aristocrática e sabia detalhes sobre a vida de cada uma delas. 
Sem consultar o Guia Nobiliárquico de Debbrett, dava conselhos sobre etiqueta, orientava as pessoas sobre onde se senta à mesa, respeitando a devida hierarquia, de modo a se não cometer gafes ou ofender alguém. Sachse maravilhava-se ao constatar a desenvoltura e naturalidade com que Camilla dominava todas as regras de etiqueta e de protocolo, para as quais ele não tinha muito jeito. 
Em geral ele prezava a assistência de Camilla. Entretanto, nessa tarde, excepcionalmente, não se sentia disposto a ir a festas. Preferia continuar lendo em sua biblioteca. 
Estava muito interessado em terminar a leitura de um romance que tinha começado a ler na véspera. Para ele, uma das grandes vantagens de ser um conde era ter milhares de livros a seu dispor. Infelizmente, Camilla chegara à mansão minutos antes, entrara na biblioteca e, antes mesmo de cumprimentálo, zangara-se porque ele não estava disposto a experimentar as roupas novas. 
Por vezes a insistência da linda condessa o irritava tanto, com seus discursos e suas repreensões, que ele tinha vontade de dizer-lhe que havia servido no Exército de Sua Majestade e manejava um rifle com perícia. — Sachse, você ouviu pelo menos uma palavra do que eu disse?

Trilogia Lordes Perdidos
1 - Para Amar Outra Vez
2 - Matter of  Temptation
3 - Paixão Selvagem

O Segredo das Gêmeas

...Era uma vez um par de gêmeas - Charlotte e Elizabeth – As irmãs estavam numa situação desesperadora. Seu tio as tinha vendido em casamento a dois cavalheiros nada recomendáveis, para saudar suas dívidas de jogo.

...Era uma vez um casal de gêmeos – Charilie e Elizabeth – Eles estavam fugindo de seu tio, quando conhecem Lorde Jeremy Radcliffe.
O lorde oferece-lhes escolta até Londres, abrigo em sua casa introduzem-nos na sociedade como seus primos, para que Beth possa encontrar um marido e assim poder escapar dos sinistros planos de seu tio. Apesar de Beth ser uma jovem muito atraente, Radcliffe sente-se atraído é por seu irmão, Charlie!
Radcliffe fica preocupado com o “interesse anormal” que sente pelo rapaz. Quando finalmente admite que sente-se atraído por outro homem, descobre que também se sente atraído por Beth... Mas Radcliffe tem um plano para solucionar “essa situação estranha”. Decide que Charlie deve se converter em um verdadeiro “homem”, e para isso, o levará a um bordel.
Era uma vez um par de gêmeas Charlie e Beth que desenvolveram um complexo jogo de identidades e disfarces. Todos os dias Charlie e Beth trocavam de turno para desempenhar 'os papéis de Charles e Elizabeth'. O objetivo do astuto plano é que assim cada uma delas pode encontrar um marido e escapar dos casamentos arranjados por seu tio.
Como se já não bastasse esse jogo, aparece um chantagista que ameaça revelar suas identidades.

Capítulo Um

Lorde Radcliffe freou seu cavalo e contemplou o espetáculo que se desenvolvia diante dele. Um rapaz jovem estava parado debaixo da janela dianteira de uma hospedaria, olhando as saias de uma moça que se pendurava pela janela do segundo piso. 
O rapaz parecia falar com a moça enquanto tentava agarrar seus pés, mas Radcliffe estava muito longe para ouvir o que dizia.
Decidindo que provavelmente tentavam escapar da hospedaria sem pagar a conta, Radcliffe esporeou seu cavalo dirigindo-se aos estábulos, realmente o fato não lhe interessava o suficiente para ver-se comprometido. Mas nesse momento, a moça se desprendeu do parapeito da janela. Radcliffe parou outra vez, divertido ante a cena. 
O rapaz pegou os tornozelos da moça para evitar que ela caísse.
Incapaz e ver o que fazia, a moça chutou a peruca do moço com um pé, fazendo que ficasse deslocada. Radcliffe riu entre dentes, enquanto a moça tratava de sentar-se sobre os ombros do rapaz. As saias delas caíram sobre a cabeça dele, cegando-o momentaneamente. Neste ponto, ela agarrou-se nos cabelos dele para equilibrar-se, esquecendo-se que se tratava de uma peruca.
O rapaz perdeu o equilíbrio e ambos caíram no chão com um ruído surdo. Ficaram ocultos pelas sombras da hospedaria.
-Merda! - Charlie murmurou, olhando para cima das copas das árvores, até que um gemido de Beth cortou o ar fresco da noite. Juntando-se a ela, Charlie examinou à irmã caída com a testa franzida e preocupada.
-Está bem? - Elizabeth suspirou ante a pergunta. Seu gemido foi de mortificação, mas a cara que se inclinava sobre a sua lhe dizia que foi interpretada mal.
-Bem - ela disse secamente. Sentou-se sacudindo a grama e a terra de sua roupa. Charlie começou a ajudá-la, mas Beth rechaçou sua ajuda.
-Perdeu a peruca - ela comentou sentando-se, Charlie procurou entre as sombras sua peruca perdida, logo a sacudiu irritadamente contra sua coxa para tirar a grama antes de colocá-la novamente em seu lugar.
-Está direita?
Beth deu uma olhada e assentiu, logo lutou para ficar de pé.
-Bem, não foi tão mau - Charlie murmurou alegremente, levantando-se e indo agarrar as bolsas que tinham jogado pela janela antes de descer. Beth voltou-se abruptamente, com a boca aberta preparada para lhe dar sua própria opinião da desastrosa situação, mas captou o brilho maroto nos olhos negros, tão negros quanto seus. Ela relaxou, fazendo uma careta.
-Só um passeio pelo parque. - ela disse secamente. Rindo suavemente, Charlie deu-lhe uma das bolsas, e pegou a outra partindo para os estábulos.
-Oh! Está inconsciente?


Antologia Rakes and Rogues

1- Esconde-Esconde

A Srta. Juliet Waldron cuida dos sete filhos ilegítimos de George Atwell, Visconde Belmont, o homem que ela ama.

Mesmo sendo uma mulher atraente, o Visconde sempre a achou sem graça e nunca lançou nem mesmo um olhar em sua direção.
Então Juliet descobre um lindo vestido e decide ir a um baile de mascaras para encontrá-lo, dando a si mesma uma noite como cinderela.
Ela logo descobre que uma noite em sua companhia, como uma mulher desejável não é suficiente, e ambos, ela e Belmont, deixam suas necessidades e desejos para o futuros
tornarem-se mais importante.


2- Mad Bad and Dangerous to Know

Andrew Kane é o filho mais novo de um Baronete Inglês que passou os últimos dez anos na América jogando, muito inquieto para permanecer em um mesmo lugar.

No entanto, ele está agora a caminho do laço da forca, após ter sido preso por homicídio. 
 Quando a jovem viúva, Liza Holden vê-o ser maltratado, corre em seu auxílio, sem perceber a cadeia de acontecimentos que irá desencadear.

3- A Porta Errada




Em um caso de identidade trocada, um canalha é forçado a fazer uma proposta de casamento.

No entanto, se surpreende ao ver sua proposta rejeitada, porque a jovem, Caroline Astor,
recusa-se a casar sem amor.
Os dois acabam fazendo uma aposta onde cada um garante que consegue que o outro se apaixone em 24 horas. 
Isso faz com que eles passem tempo juntos, a tentar seduzir um ao outro, com a liberdade de saber que podem separar-se no dia seguinte, se necessário.
Esta é uma história excelente, porque mostra a razão do canalha querer mudar quando percebe que existe uma diferença entre uma parceira de cama e a pessoa.
Caroline é uma mulher sensata, que compreende os riscos que está correndo, mas que também é capaz de ver coisas boas no Visconde Lynton.










Antologia Rakes and Rogues
1- Esconde-Esconde
2- Mad Bad and Dangerous to Know
3- A Porta Errada

PRT

Amor Proibido

Série Clayton


Quando o desprezível lorde Bascomb tenta forçar Elizabeth Woolcot a se casar, ela se vê obrigada a recorrer, mesmo contra a vontade, a seu influente guardião. 

Nicholas Warring é um homem atraente e carismático, com o poder de salvar Elizabeth, mas com um passado que poderá colocar a reputação dela em risco. 
Conquistador incorrigível, ele também já foi condenado por assassinato... e escapou por pouco de ser executado na forca...
Elizabeth não consegue evitar a atração que sente pelo homem que povoa seus sonhos, assim como ele não consegue controlar o desejo que sente por ela. Mas Elizabeth sabe que aquele é um amor impossível, pois Nick é um homem casado. 

Então, um crime hediondo abala as vidas de ambos... e Nick é o principal suspeito. 
Elizabeth quer acreditar na inocência dele, mais do que na própria vida e no amor que invade seu coração... mas poderá confiar em um homem como ele?

"Uma história cativante, doce, romântica e envolvente, com personagens maravilhosos, fortes e corajosos!"

Capítulo Um

Sevenoaks, Inglaterra Fevereiro de 1803
Nicholas deslizou o dedo longo e bronzeado ao longo das pequenas depressões entre as vértebras da colu­na da viscondessa. Distraído, encontrou as nádegas firmes, admirando as curvas sedutoras e o modo como os cabelos brilhantes se espalhavam tal qual um leque sobre os tra­vesseiros. Talvez pudesse possuí-la outra vez, pensou, sen­tindo aumentar a tensão de sua masculinidade pressionada contra os lençóis. Porém, ao olhar o relógio dourado sobre a cornija de mármore da lareira, afastou a idéia com certa relutância.
Seu advogado chegaria dentro de uma hora e, embora Nick pouco se importasse com o que os outros pensassem, respeitava Sydney Birdsall, a quem considerava um ami­go. Não desejava piorar a opinião duvidosa que o velho amigo da família tinha a seu respeito.
Inclinando-se sobre a mulher que se encontrava satisfeita e aninhada em sua cama, Nicholas Warring, o quarto conde de Ravenworth, depositou um beijo sobre a nuca desnuda.
— Hora de partir, doçura.
A mulher se espreguiçou e ergueu a cabeça do travesseiro. Os fios negros caíram sedutoramente sobre os mamilos rosados.
— Ainda não, Nick, por favor. É cedo. Pensei que tivéssemos o resto da tarde para nós.
O conde balançou a cabeça em negativa.
— Desculpe, não desta vez — respondeu, brincando com uma mecha dos cabelos espessos. — Meu advogado está vindo de Londres. Deve chegar dentro de uma hora.
Languidamente, ela se virou, revelando os seios fartos e convidativos, embora a atenção do conde começasse a se esvair. Roçou os dedos nos pelos encaracolados do peito de Nick, circundando o mamilo cor de cobre.
— Diga-lhe que está ocupado, e que ele terá de voltar à noite.
Nick deteve a mão que o acariciava, percebendo uma onda de irritação e impaciência substituir o último vestí­gio de desejo. Estava na hora de ela partir; não a queria mais ali.
— Sydney não costuma vir com freqüência. Aparentemente é algo importante. — Dizendo isso, girou-a na cama e deu uma palmada leve na nádega firme. — Seja uma boa menina, Miriam. Vista-se e vá para casa.
Os olhos da viscondessa escureceram, enquanto ela emitia um som de irritação. O descontentamento estava explícito no olhar que lançava a Nick, enquanto reco­lhia as roupas. Vestiu-se com movimentos bruscos, mas deliberadamente lentos. Aos vinte e cinco anos, Miriam Beechcroft, lady Dandridge, era mimada e egoísta. Na maioria das vezes, Nick ignorava seus rompantes e sua infantilidade, mas em ocasiões como aquela questionava-se por quanto tempo seria capaz de suportá-la.
— Não devo retornar por algum tempo — informou
Miriam por sobre o ombro, enquanto ele fechava os botões do vestido de seda cor de vinho.
— Max chegará amanhã ficará em Westover até o final da próxima semana. — Maxwell, o visconde de Dandridge, era o marido idoso de Miriam. O casal residia a maior parte do ano em Westover, uma propriedade rural próxima, ao norte de Ravenworth Hall. Conveniente para ambos, já que Max estava sempre viajando.
Nick exibiu um sorriso zombeteiro.
— Estou certo de que Dandridge está ansioso por vê-la.


Série Clayton
1 - Amor Proibido
2 - Inocência e Pecado
Série Concluída

Contratado para Amar

Escândalo... ou casamento?

Leah Jamison sabia que um dia se casaria, mas sempre imaginara que seria por amor, e não por causa de um plano arquitetado por seu pai. 
No entanto, a indignação logo se dissolve em desejo quando ela experimenta as carícias sensuais e os beijos ousados daquele que se tornará seu marido. Richard Wexton é um homem, habituado a dar ordens, e em vez de resistir, tudo que Leah consegue fazer é ansiar por mais...
Richard Wexton, é um homem honrado, e fica furioso com a idéia de ser chantageado para se casar! 
No entanto, ele não tem outra escolha, a não ser concordar com aquele esquema pérfido. Mas então, fica conhecendo sua noiva... e ao ver a jovem de beleza incomparável, ele se vê incapaz de esconder seus sentimentos e o ardente desejo que ela lhe desperta...

Londres, 1821
— O duque de St. Austin está aqui para vê-lo, senhor — anunciou o mordomo à porta da biblioteca.
— Mande-o entrar, por favor — ordenou Thaddeus Jamison, tentando esconder a insegurança.
O fato era que estava brincando com o perigo, tendo como opositor, um dos homens mais poderosos da cidade.
No momento, entretanto, todo o seu futuro dependia daque­le encontro.
Quando a porta se abriu, respirou fundo e se dirigiu até o duque com passos firmes.
Richard Wexton, o sexto duque de St. Austin, era tudo que um homem almejava ser. O poder e a autoridade evidencia­vam-se em cada linha de seu rosto. Os cabelos lhe caíam, meio desalinhados, sobre a testa, o que lhe conferia um charme ne­gligente, e os ombros largos ostentavam uma arrogância her­dada de gerações.
O duque geraria uma prole de alta estirpe, concluiu. Era o tipo de homem que queria para marido de sua filha.
— Agradeço por me receber sem aviso — desculpou-se Wexton, com voz grave.
— Não há problemas. Aceita um refresco?
— Não, obrigado. Gostaria de ir direto ao assunto.
— Como quiser, — Jamison indicou uma poltrona de couro.
O sol entrava pela janela da sala, iluminando a grande mesa bem polida, atrás da qual ele tomou assento.
— Em que posso ser útil, Vossa Graça?
— Estou aqui representando meu irmão. Pelo que sei, ele perdeu uma quantia considerável para o senhor, ontem à noite, e eu gostaria de saldar sua dívida.
O anfitrião tomou uma pena de escrever e a acariciou, pensativo.
— O rapaz é seu irmão?
Um brilho de ironia passou pelos olhos escuros do duque.
— Está insinuando que não sabia quem ele era?
— Na realidade, eu não fazia idéia. Só compreendi tudo quando vi Vossa Graça entrar por essa porta. Seu irmão afir­mou ser o duque de St. Austin, ontem.
— Difícil acreditar que uma coisa dessas tenha acontecido. Jamison soltou a pena e ficou em pé, assumindo ares de ofendido.
— Insinua que estou mentindo?
— De forma alguma — Richard respondeu com um suspi­ro. — Meu irmão não me contou os detalhes do encontro que teria hoje com o senhor. Talvez seja melhor que me inteire da situação.
Jamison puxou a cadeira e se sentou novamente.
— O rapaz disse pertencer à família St. Austin. Confesso que estranhei a presença de um duque em um lugar como aquele... O Pigeon Hole não é muito popular entre a nobreza. Mas não vi razão alguma para não acreditar nele.
— Compreendo — anuiu Richard, tenso. — Quero me des­culpar, caso esse mal-entendido tenha lhe causado algum in­conveniente. Fique tranqüilo. Vou repreender meu irmão assim que chegar em casa. Se me apresentar as notas, faço questão de pagar uma a uma.
— Creio que o incidente não possa ser resolvido assim, tão facilmente — elaborou Jamison, esfregando as mãos suadas contra o joelho.
— O que quer dizer?
A voz gutural do duque feriu o peito de seu interlocutor como uma lança afiada. A impressão era que a frieza de Richard fize­ra cair a temperatura da sala.
— Seu irmão se fez passar pelo senhor; tanto que assinou as notas com o seu nome. Se não acreditar, posso mostrar as assinaturas. É um caso de fraude e falsificação, sem contar com a ofensa de ter me logrado.
— Quanto Geoffrey perdeu?
— Trinta mil libras.
— De fato, é muito dinheiro. Infelizmente, meu irmão é tão impulsivo quanto todos de sua idade. Sessenta mil libras seriam suficientes para reparar a situação e compensá-lo pelo transtorno?
— O senhor está me insultando novamente.
— Lamento, mas não vejo como uma oferta dessas possa ser um insulto — redargüiu Richard em um tom de voz que implicava em tudo, menos em desculpas.
— Não quero seu dinheiro — Jamison explicou, frio. — Não preciso dele. Sou dono da maioria dos moinhos de algodão de Lancashire.
Richard cruzou as pernas, o rosto não demonstrando nenhuma emoção.
— O que quer, exatamente?
Jamison sentiu um calafrio percorrer o corpo. Havia chega­do o momento.
— Tenho uma filha adorável, de dezoito anos. É a garota mais doce e responsável que poderá encontrar...

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Carrossel de Emoções

Amores e desamores...
A baronesa Antonia Thornton é uma das moças mais lindas da sociedade, se não a mais bela de todas. 
Judith Winslow é a dama de companhia perfeita para ela... Além de terem se tornado, boas amigas, Judith complementa a beleza arrojada de Antonia com seu jeito gracioso e discreto, que funciona como um antídoto para a exuberância e rebeldia de Antonia.
No entanto, quando o primo de Antonia, o charmoso Adam Yorke, retorna à Inglaterra depois de passar alguns anos na Índia, e traz consigo seu grande amigo, o atraente lorde Simon Launceston, Antonia e Judith ficam completamente divididas. O mesmo acontece com os dois garbosos rapazes, e esses quatro jovens corações terão de passar por muitas reviravoltas, aventuras e desventuras, até encontrar a felicidade...

Capítulo Um

Antonia olhou o livro sobre o colo e percebeu que já havia lido a mesma página três vezes, sem conseguir se lembrar de uma única palavra. Na verdade, nem lembrava que livro era. Provavelmente, um romance.
Ela levantou a cabeça e olhou para Judith.
— Você acha que Adam demorará a chegar? Deve ser quase meio-dia.
Sem erguer os olhos do bordado, Judith sorriu com simpatia.
— Você fez a mesma pergunta há cinco minutos, e ainda falta muito para o meio-dia.
Antonia franziu o nariz e desistiu do livro. Colocou-o sobre a mesa e se pôs a andar de um lado para o outro, impaciente. Desde que recebera a carta do primo, no mês anterior, estava ansiosa pelo momento de revê-lo.
— Se eu soubesse em que navio vai chegar, poderia esperá-lo no cais.
— Não foi para menos que ele não contou — Judith respondeu com a paciência habitual. — Mesmo sem se encontrarem a quase oito anos, Adam a conhece o suficiente para saber que se atreveria a esperá-lo na Ilha dos Cães, lugar nada adequado para uma dama.
— Não diga bobagens! — Antonia exclamou, rindo de si.
Ela voltou a passear com ansiedade no cômodo em que as duas mulheres passavam grande parte do tempo quando estavam em Londres. Menos formal que a sala de estar, o aposento proporcionava uma bela vista para Grosvenor Square.
Embora não fosse tão luxuoso quanto o da propriedade Thornleigh, o quarto de Adam era o cômodo mais acolhedor da casa. A mobília fora escolhida priorizando o conforto em vez do estilo. Estantes com livros, revistas periódicas e instrumentos musicais proporcionavam uma atmosfera aconchegante e íntima.
— Você está certa. Mesmo depois de oito anos, Adam me conhece melhor do que ninguém.
Ela e Adam Yorke, seu primo em terceiro grau, haviam crescido juntos. Três anos mais velho, ele era o irmão que Antonia nunca tivera. Quando jovens, fora a pessoa mais importante do mundo para ela. Adam fora seu melhor amigo do sexo masculino, assim como Judith certamente era a melhor amiga que Antonia já tivera. Como fazia diariamente havia mais de dois anos, abençoou a oportunidade de tê-la em sua vida.
Embora na superfície as duas fossem diferentes, a viúva era inteligente, tinha opinião e senso de humor semelhante aos dela. Contratar Judith fora uma ótima idéia. Ao mesmo tempo em que lhe fazia companhia, a amiga respeitava sua privacidade e se refugiava quando pressentia a necessidade de Antonia ficar sozinha.
Tia Lettie se vangloriava pelo sucesso da intromissão, prazerosa pelo fato de que a natureza calma de Judith começara a influenciar a vida de Antonia.
Em contrapartida, Judith tinha amadurecido, sendo encorajada a exprimir seus pensamentos, e era valorizada pelos conselhos úteis.
Agora, a palidez sombria do rosto severo ganhara um leve tom rosado. Os ricos cabelos castanhos, antes presos num coque senhoril, caíam em ondas suaves sobre os ombros delicados, deixando-a com um aspecto mais jovial do que seus vinte e oito anos.
As duas mulheres tinham vivido o luto na mesma época, Antonia pela morte do pai, e Judith pela perda do marido. Antonia aproveitara a ocasião para convencer sua nova dama de companhia da necessidade de um novo guarda-roupa que fizesse jus à sua posição. Judith hesitara, receando arcar com as extravagantes despesas dos trajes elegantes e simples, mas as contas sempre se mantiveram em segredo entre Antonia e a modista.
Antonia cruzou a sala e apanhou a graciosa escultura de madeira que representava um falcão peregrino pousado em um galho, com a cabeça inclinada para o lado como se estivesse relembrando a alegria do vôo. Adam a esculpira quando tinha apenas quinze anos e lhe dera como presente de aniversário.
Com um suspiro, ela acariciou a madeira polida, admirando a perfeição do entalhe. O primo sempre fora dono de uma invejável habilidade manual. Quando crianças, os dois percorriam juntos os campos em busca de ninhos, tomando o cuidado de não tocar nos ovos nem afugentar os pássaros.
Inquieta, ela colocou a escultura de volta na prateleira com expressão saudosa. — Provavelmente eu não deveria sugerir isso, mas...
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Mestre do Desejo

Série Legado Espada de Sangue

Oito cavaleiros mercenários, cada um deles nascido bastardo, cada um deles forçados por inexprimíveis torturas em um cárcere sarraceno, cada um deles selado com a marca da espada por toda a vida.

Cada um de seus destinos marcado por uma mulher.Foi sussurrado ao longo das fronteiras que os cavaleiros do demônio, os quais cavalgavam sobre negros cavalos, levando negras armaduras e esgrimiam negras espadas, mataria a qualquer homem, mulher ou menino que se atrevesse a olhá-los. Foi sussurrado que sua lealdade era só para uns aos outros e ninguém poderia dividi-los, não havia suficiente ouro ou prata no Reino para comprar seu juramento.
Era bem sabido que cada um deles não foi tocado pela mão de Deus, mas sim pelo próprio Lúcifer.
Foi sussurrado também, mas só pelas mais valentes das almas, que cada Espada de Sangue estava destinada a encontrar a uma única mulher em toda a Cristandade, que arcaria com ele e somente seus filhos, e até que a mulher fosse encontrada, ele batalharia e devastaria a terra...

Série Legado Espada de Sangue
1 - O Senhor da Rendição
2 - O Senhor do Tormento
3- Mestre do Desejo
4- A Knight to Remember

Saga Família Calder

1- OS DONOS DA TERRA

Um céu de sol; Um céu de mudanças; Este céu que cobre A terra dos Calders.
Sob um céu límpido, as planícies de Montana se estendiam até o horizonte longínquo num mar ondulante de relva. Este pasto grande e esparramado era interrompido por morros isolados e ravinas ocasionais. Era uma terra imensa, quase vazia, sempre desafiadora. Sua vastidão fazia o homem pequeno menor e o homem grande rei.

Onde antigamente pastavam os búfalos felpudos, um rebanho de 600 animais de pêlo vermelho, gado Hereford, estava reunido num bolsão da planície. Forçados a ficar ali por um grupo de cavaleiros que os rodeavam, os animais mugiam o seu descontentamento. No meio de toda essa confusão, vaqueiros trabalhando aos pares entravam a cavalo no meio do rebanho para lenta e metodicamente separar o gado inferior... as vacas estéreis, as vacas com crias de primavera fracas, e o ocasional novilho castrado que escapara ao recolhimento de gado do outono anterior.Webb Calder apontava o focinho do seu garanhão amarelado para a vaca que deveria ser separada do rebanho, depois sentava-se tranquilamente na sela e deixava o cavalo fazer o serviço. O garanhão era da cor do felino amarelo do qual tirara o nome, cougar. No instante em que a vaca era isolada, o garanhão frustrava todas as suas tentativas de se reunir ao rebanho abaixando-se, parando instantaneamente, e adiantando-se com a velocidade de um gato.

2 - A TERRA DOS CALDER
Relva livre, gratuita... Minha sorte vai mudar, Porque não há nada no Texas Como esta terra dos Calders.
Setembro de 1878 
A região era de terras planas, com relevos ocasionais, ravinas profundas, mesetas e relva que se estendia por centenas de quilómetros em todas as direções. O céu imenso e azul parecia contê-la no horizonte, mas essa vastíssima área de pastagens ondulava como um mar tempestuoso. Sua grandiosidade arrebatava o coração do forte e intimidava o fraco.
Dois cavaleiros, puxando animais de carga, chegaram à crista desse território virgem de Montana, pararam e recolheram as rédeas. Das selas robustas, com cilhas duplas, às bainhas dos rifles e à copa baixa dos chapéus de vaqueiro, roupas e equipamento identificavam-nos como texanos. Cobria-os uma grossa camada de poeira da viagem.
Levaram os cavalos a passo pela suave encosta e pararam novamente onde não eram mais silhuetados pela ondulação da planície. O couro da sela gemeu quando o mais alto deslizou para o chão num movimento fluídico. Seu baio de focinho amarelo bufou e inclinou o nariz para a relva.
Muito magro, quase pele e ossos, Chase Benteen Calder movia sua altura de quase um metro e noventa com a agilidade de um homem mais baixo. Seu peso era distribuído em músculos rijos que se acomodavam chatos sobre o peito, os ombros largos e a longa extensão das pernas. Vinte e seis anos de vida imprimiram-lhe a dureza refletida nas feições amplas, na vivacidade dos olhos escuros, na pequena entrada no canal do nariz e no risco apagado de uma velha cicatriz na têmpora direita. A experiência tornara-o taciturno e vigilante, e o sol o bronzeara.
Continuou segurando as rédeas quando o baio baixou a cabeça. O tilintar do cabresto atraiu por um momento sua atenção para o cavalo, que rasgava a relva ondulada, mosqueada, rente ao chão.
Aquilo era capim-de-búfalo nativo, mais nutritivo do que qualquer outro tipo de forragem natural. Nem calor nem seca podiam matá-lo; os frios invernos transformavam-no em feno; o pisotear de cascos não o destruía. Dizia-se que esse capim baixo podia dar uns cem quilos extras a um garrote, transformando-o em boi feito. Minutos antes, haviam cavalgado por um trecho de capim-de-búfalo, de hastes cinzento-azuladas, com espigas parecendo de trigo, roçando os estribos da sela. Os grandes rebanhos de búfalos que outrora vaguearam por essa pastagem estavam sendo lentamente exterminados por caçadores de carne e couro. Era uma atividade estimulada pelo governo de Washington, numa deliberada tentativa de quebrar a resistência dos índios das planícies e subjugá-los para sempre.


3-  A LUTA PELA TERRA
Lá está um Calder, Jovem e orgulhoso, Pronto a decidir Qual será o seu destino.
Um sol indiferente brilhava na extensão infinita do céu de Montana, chamejando sobre o gado agitado e ruidoso que entulhava os currais próximos à linha do trem. O silvo explosivo da locomotiva imóvel era quase inaudível ante o mugido amedrontado dos bois e o estrondo de cascos fendidos sobre a rampa de madeira que levava aos vagões de carregamento. O ruído era pontuado por gritos e xingamentos dos cowboys que incitavam os bois com longas varas, forçando-os a entrar no vagão.
- Dezoito!
com um vagão de gado já lotado, a locomotiva saiu de seu ronco preguiçoso, ribombando para puxar a fila de vagões para frente, a fim de que o próximo pudesse ser carregado. Rolos de fumaça fluíam da chaminé, os tinidos e guinchos juntando-se à cacofonia reinante. Colocar o gado destinado ao matadouro do leste nos vagões era uma tarefa tediosa, ainda mais desagradável devido ao ruído e fedor coletivo dos animais do curral.
Benteen Calder assistia aos trabalhos do lado de fora. A grande aba do chapéu sombreava o rosto queimado de sol, escondendo parcialmente o olhar inquieto e analítico. Os cabelos negros tingiam-se de prateado, os cinquenta anos colocando algum peso naquele corpo de ossos largos, sem dúvida típico dos reis do gado. Pedaço por pedaço, ele construíra a fazenda Triplo C com seu suor, seu sangue e sua astúcia. Lutara com criminosos, índios renegados e vizinhos ávidos por tomar-lhe o rancho. Sempre existiria alguém querendo fazer isso. E o homem que dera seu nome a Chase Benteen Calder sabia disso.



4- O AMOR PELA TERRA
Ty Calder era um estranho no poderoso império que herdara - os pastos que se estendiam até a linha do horizonte, onde a terra se unia ao céu azul de Montana.
Ele aprendeu os segredos da vida de fazenda com a jovem Jessy, que conhecia aquelas
terras como a palma da mão, Só que ele adorava a glamourosa Tara, de cabelos negros, fruto do novo Oeste dos negócios, onde mandavam o poder e o dinheiro. Tara seduziu Ty, ansiosa para ser a soberana do reino dos Calders. Mas quando a gente de Tara acorreu para explorar a fortuna que se escondia sob as pradarias, foi Jessy que lutou ao lado de Ty, enfrentando a morte para defender as terras que ele jurara manter na família.




Série Saga Família Calder
1  Os Donos da Terra
2  A Terra dos Calder
3  A Luta pela Terra
4  O Amor pela Terra


5- O Orgulho Calder

Um Homem que promete

À margem de ser uma das mulheres mais belas da França de 1849, a melhor virtude de Madeleine DuMais é sua inteligência… que põe ao serviço da espionagem britânica. 

Quando seus serviços são requeridos no sul da Inglaterra para desmantelar uma trama de contrabando, Madeleine não duvida em arriscar sua vida pela coroa britânica.
Ao chegar ao pitoresco povo, chamado Winter Garden, Madeleine conhece quem será seu companheiro na luta secreta: Thomas Blackwood, um homem diferente a qualquer que tenha conhecido antes. S
ua Competência, sua atitude silenciosa e o mistério que o rodeia acendem o desejo do Madeleine, que prende e prende até chegar ao vermelho vivo, até converter-se em um ardor desesperado.

Capítulo Um 

Sul da Inglaterra, 1849

O gélido vento de finais de novembro lhe açoitou a face e sacudiu as vaporosas saias do vestido contra suas pernas enquanto Madeleine DuMais desembarcava da carruagem de aluguel no Winter Garden. A jovem respirou fundo para encher os pulmões com o vivificante ar vespertino, fechou os olhos durante um momento enquanto girava o rosto para o sol e se envolvia sob a capa de viagem para proteger-se desse frio ao que não estava acostumada.
Inglaterra. Por fim tinha retornado a Inglaterra. O aroma dos fogos de lenha dos lares e dessa terra rica e fértil não se apagou nem de seus sentidos nem de suas lembranças. O sussurro das árvores e o repico dos cascos dos cavalos com o passar do caminho de cascalho que serpenteava através do povo despertavam tenras lembranças referentes à família, ao lugar ao que pertencia. Esse era o país de seu pai (embora também gostasse de considerá-lo o seu) e, de ter podido escolher qualquer lugar do mundo para viver, teria se instalado ali para o resto de seus dias.
Por desgraça, era francesa, e a vida não era tão singela.
Quando fez um gesto com a cabeça ao chofer, este deixou suas coisas (um par de baús, nada mais) junto a ela a um lado do caminho, e depois retornou ao seu assento para dirigir-se a seguinte parada. O homem não tinha podido aproximar-se mais a casa com a carruagem devido à estreiteza do atalho, e posto que ela não pudesse as levar sem ajuda, suas posses teriam que ficar onde estavam. Não importava. Os baús estavam fechados com chave e Thomas Blackwood, seu novo colega e um homem ao que logo conheceria, poderia ir buscá-los em questão de minutos.
As instruções que tinha recebido no dia anterior eram muito claras. Durante as semanas seguintes trabalharia e viveria na parte sul da cidade, na última casinha da direita: Hope Cottage. De onde se encontrava nesse momento, podia ver a cerca que rodeava a propriedade, uma estrutura que lhe chegaria à altura da cintura e que estava pintada da cor dos narcisos na primavera. Madeleine colocou o folgado capuz sobre a cabeça e colocou as mechas de cabelo que o vento lhe tinha soltado sob o couro escuro. Depois de sujeitar o pescoço da capa na nuca com uma das mãos, utilizou a outra para elevar as saias e recolher a pequena bolsa de viagem antes de começar a avançar pelo Farrset Lane. Essa missão tinha sido toda uma surpresa para ela.

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Inocência marcada

Ela precisava de proteção... Ele precisava de amor!

Depois de passar anos trabalhando numa profissão arriscada, Ken Caulder finalmente retornou ao rancho de sua família, decidido a levar uma vida sem sobressaltos. 
Mas seus planos de paz e tranquilidade foram abalados quando seu pai o convenceu a ajudar a linda jovem que morava no rancho vizinho a proteger-se contra um inimigo que pretendia se apossar das terras que o pai dela havia deixado. 
Habituado a enfrentar situações de perigo, Ken era o homem certo para assumir a incumbência de proteger a solitária e indefesa Shelby Raines. Porém, Ken precisaria de muito mais que habilidade, argúcia e experiência quando chegasse o momento de proteger seu próprio coração do irresistível feitiço daquela jovem encantadora e inocente...

Capítulo Um

Shelby sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha. 
Suas mãos começaram a tremer ao ouvir o ruído das patas de um cavalo sobre o chão poeirento do lado de fora da cabana. De repente, o medo aliou-se a um sentimento de raiva. 
O que ele estaria fazendo tão cedo em casa?
Tentou ignorar a intranquilidade que a importunava. Apressa­da, empilhou grossas fatias de pão em um prato.
— Papai, chegou cedo — disse, num tom firme, não querendo lhe dar a satisfação de ouvir o medo em sua voz. Movendo-se ao redor da pequena cozinha, enxugou o filete de suor que lhe es­corria pelas sobrancelhas. — Vá se lavar, que eu porei a mesa.
Uma brisa fraca agitou o seco calor do Texas através da porta aberta, fazendo-a sentir um arrepio na nuca. O cheiro azedo de odor corporal inundou o ambiente. Shelby enrijeceu. Um nó aper­tou-lhe a boca do estômago. Nesse instante, uma voz, que parecia vinda das profundezas do inferno, sussurrou-lhe junto ao ouvido:
— Sinto muito, meu bem. Não sou seu papai.
Gritando, Shelby fugiu em pânico para longe do cheiro de uísque e tabaco que a respiração do intruso exalava. Em um frenesi aterrorizado, largou os pratos, que se espatifaram no chão, igno­rando o caldo quente do guisado que a queimou através do tecido fino da saia.
Com um baque duro, bateu de encontro à parede. O terror se instalou em seu íntimo, queimando-a até os ossos como ácido escaldante. Estava acuada e vulnerável em um canto, sem poder fugir para parte alguma.
Jatos de adrenalina corriam em suas veias, como se aguardasse, em um tormento silencioso, o próximo movimento.
— Não vim aqui para machucá-la — trovejou a voz estridente. — Apenas faça o que eu mandar.
O som de vidro estilhaçado ressoou sob as botas do estranho, enquanto o ouvia caminhar em sua direção. Quando uma mão calejada a segurou pelo braço, Shelby saltou, sobressaltada.
— Fique longe de mim! 
— Sente-se!
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14 de outubro de 2011

Pura Tentação





Os espíritos podem ser realmente imprevisíveis e o espectro de Lady Amélia é o pior de todos.

Justo quando um de seus irresponsáveis descendentes pensa que pode seguir o mau caminho, o fantasma sempre aparece para mudar seu mau comportamento.

Jackson Graystoke, um descarado sem igual, quer fazer do jogo e do excesso da sociedade londrina seu modo de vida.


E este barão sem dinheiro teria seguido o caminho da perdição, cheio de mulheres e bebida, se Lady Amélia tivesse permitido.
Recém chegada da Irlanda, Moira Ou'Toole não é tão tola para acreditar em lendas, nem o bastante ingênua para confiar em um libertino.
Não obstante, depois de um acidente que a leva a Graystoke Manor, encontra-se total e completamente cativada pelo encanto de Black Jack Graystoke e sua deliciosa promessa de... Pura tentação.

Comentário Revisora Waléria Vieira: Para aqueles que gostam de regência vão adorar, apesar de não ter muitos bailes. O livro é hot, tem insinuações, cenas de sexo sem consentimento, mas no geral é muito bom.
Um homem “galinha” encontra uma mulher para amar com a ajuda de um fantasma familiar. Ocorrem inúmeras situações de tensão, suspense e romance.
Ele é um canalha que muda de vida, mas em alguns momentos dá vontade de torcer o pescoço dele e ajudá-lo providenciando um óculos. Espero que gostem.

Capítulo Um

Londres, 1795

Os fantasmas eram tão condenadamente imprevisíveis.
Durante seus anos de juventude, Jackson Graystoke percorreu cada rincão e cada greta da arruinada mansão de pedra que herdou, procurando o fantasma de Lady Amélia, e não encontrou nada.
Quando era um moço teria dado tudo por uma olhadela da evasiva dama que ocasionalmente frequentava os corredores de Graystoke Manor.
Mas certamente não agora, não quando ele já não acreditava que os fantasmas existissem.
Durante os peculiares duzentos anos que seguiram à morte de Lady Amélia, quem segundo a lenda aparecia só ante aos Graystoke masculinos que andavam pelo caminho da perdição, ela apareceu estranha vez, posto que poucos de seus honestos descendentes ao longo dos anos foram o bastante libertinos para necessitar sua ajuda.
Até que chegou Black Jack Graystoke.
A ovelha negra da família Graystoke, um homem dedicado à libertinagem.
Vagabundo, vilão, aventureiro, ruim, sedutor de mulheres.
Aos homens caía bem, e as mulheres o amavam.
E Lady Amélia, que gravitava sobre sua cama como um anjo vingador, fulminava-o com o olhar com óbvio desagrado.
—Vá-se — disse Jack irritado.
Acabava de deitar-se depois de uma noite nas mesas de jogo e não tinha tempo para uma aparição que poderia ou não ser uma invenção de sua imaginação.
Ele sabia que bebera mais do que devia, mas não acreditava que fosse tanto para intoxicar-se.
Coberto por uma luz brilhante e roupas soltas, o fantasma negou com sua cabeça.
—Que diabos quer? Lady Amélia simplesmente o olhou com seus olhos vazios.
—Por que agora? Por que escolheu este momento para aparecer quando houve uma época em que seria bem-vinda uma visão sua?
— Jack estava familiarizado com a lenda do fantasma familiar, a ouviu muitas, muitas vezes — Estou muito sumido no pecado; nada do que possa fazer me salvará da perdição.
—Lady Amélia foi flutuando para a porta. Jack se apoiou em um cotovelo e viu que lhe fazia gestos.
Gemeu consternado e se firmou no travesseiro, fechando com força os olhos.
Quando os abriu, Lady Amélia ainda estava ali.
—Aonde devo ir? Está chovendo lá fora, pelo amor de Deus!

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13 de outubro de 2011

Sem Medo do Passado

Série Volta no Tempo

Um heroi do passado...

Durante as pesquisas para seu trabalho de conclusão de curso, Haley Fitzpatrick se depara com um estranho artefato que a manda de volta no tempo para a Escocia do seculo 17, e para o caminho do notorio Alasdair MacColla, um guerreiro com uma presença impressionante e uma reputação sanguinaria...Um amor do presente...Deduzindo que aquela mulher com sotaque estranho é uma espiã inimiga, MacColla trata de rapta-la. Porem , a sua beleza e a coragem de Haley despertam no guerreiro um desejo que ele até então desconhecia... A principio, Haley fica apavorada diante de seu imponente raptor, mas logo ela descobre que MacColla é muito mais do que o bruto descrito nos livros de História, e compreende que ele é o homem da sua vida. Entretanto, a menos que ela consiga descobrir um meio de mudar o passado, o guerreiro por quem ela se apaixonou esta destinado a ter uma morte tragica...

Nota Jenna: Esta história é linda..e muito engraçada, vocês vão adorar!!!

Prólogo, Escocia, 1646,
Campbell olhou para a mulher. Parecia uma criatura maltratada e murcha, apesar de não ser muito mais velha do que ele, com seus quarenta e três anos.
O luar destacava umas poucas mechas brancas que estriavam seus cabelos ruivos e, embora o corpo estivesse curvado, os músculos esticavam-se, finos e tensos, sobre os ossos.
Ele se remexeu. Os membros de seu clã ficariam horrorizados com tal magia negra, mas o temor que ele sentira no início estava se dissipando, e a curiosidade aumentava a cada minuto que passava. Pena estar sentado no chão como um camponês; suas costas doíam, e pedrinhas se enterravam em suas palmas cada vez que ele ajeitava o peso no solo gelado.
O modo reservado da mulher plantara a semente da dúvida em sua cabeça; seria ela realmente alguém a se temer, ou era apenas uma velha senhora esperta, perita em separar os homens de suas bolsas?
Campbell só conseguia vê-la de relance. Os olhos dela focavam-se em um lugar à distância e não se dignavam a pousar sobre ele, piscando como se ela fosse cega, embora ele soubesse que não era.
Movia-se como um gato no escuro, e ele percebeu por que as bruxas escolhiam esse animal como bichos de estimação. Veria se, aquela Finola tinha poderes. E a queimaria ele mesmo, se não fosse a feiticeira que proclamara ser.
Finola. Sua pele arrepiou-se. Campbell sabia que o nome significava "sombra branca", e isso provocava imagens íntimas e indesejadas em sua cabeça. Fragmentos de pele cor de marfim.
A cascata de cabelos ruivos sobre um ombro pálido.
Desvencilhou-se do devaneio.
Talvez fosse a magia negra em ação. Talvez ela tivesse o poder de mudar de forma para o de alguma companheira diabólica do próprio Lúcifer.
Sem pensar, cuspiu na fogueira ritual para exorcismar os pensamentos.
O olhar de Finola ergueu-se de chofre para encontrar o dele.
A luz das chamas, as pupilas verde-amareladas reluziram, e Campbell imaginou ver uma fagulha maligna ali, como uma sombra oleosa deslizando logo abaixo da superfície. Antes, queria vê-la de cabeça erguida e, agora, só queria que ela desviasse os olhos.
Sua voz vibrou na escuridão. Qualquer coisa para quebrar o sortilégio que o enregelava até os ossos.
— Quando vai começar, mulher?
O olhar sinistro recuou como uma membrana retrátil, e o que restou foi somente Finola e encará-lo com indisfarçável desgosto.
— Você anseia por seu inimigo como uma criança mimada. Sua impaciência transforma em trabalho muito penoso uma tarefa simples.
Ele franziu os lábios. Impaciência... era isso mesmo.
Havia uma tarefa a ser feita, e ele não precisava ouvir reprimendas de uma bruxa.
Seu clã mantinha uma rixa de longa data contra o clã MacDonald.
Porém, fora Alasdair MacColla quem erguera as lanças, usando as batalhas do reino como desculpa para encharcar o solo escocês com o sangue de incontáveis filhos dos Campbell.


Série Volta no Tempo
1 - O Destino de Lily
2 - Em Algum Lugar do Passado...
3 - Sem Medo do Passado
4 - Lord of the Highlands

12 de outubro de 2011

Noites de Tormenta

Trilogia Noites

Eugenia Paston tinha jurado que faria um pacto com o próprio demônio, se isso significasse salvar da ruína o estaleiro de seu pai. 

Mas, associar-se com o rico capitão inglês Alec Carrick parecia ser um acordo muito mais perigoso.
Quando adentraram as tempestuosas águas do mar, o aristocrata britânico provocou nela desejos que nunca antes tinha conhecido, prazeres que nem sequer imaginava. E, com suas carícias e cuidados, ele ia obter as mais valiosas posses da Eugenia: sua independência e seu frágil e apaixonado coração.

Revisão Inicial Ana Júlia
O livro é bom, nos mostra a triste realidade das mulheres no século XIX, e quanto o machismo era grande, o como o mocinho desse livro é machista, que horror...
Quis matá-lo durante todo o livro, e dei graças a Deus por não ter nascido nessa época.
A mocinha é uma guerreira, luta pelo que quer. Boa leitura

Capítulo Um

A bordo do Bailarina Noturna
Perto da baía de Chesapeake
Outubro, 1819
Carrick estava parado na cobertura, perto do leme do Bailarina.
Sua atenção estava dividida entre as velas em cruz que não deixavam de golpear o mastro e sua pequena filha, que estava sentada com as pernas cruzadas no meio de um círculo de fibras de cânhamo enroladas, onde praticava seus nós.
De onde Carrick estava, via que a pequena parecia estar aperfeiçoando os nós.
Jamais começava uma nova tarefa, ou neste caso, nunca passava ao nó seguinte até que o anterior tivesse saído exatamente como desejava.
Carrick recordava que a pequena passou mais de dois dias praticando seu nó de volta redonda, até que Ticknor, o segundo mestre do Bailarina, um jovem de vinte e três anos que tinha navegado de York Shire e se ruborizava como uma adolescente ante a coisa mais insignificante, finalmente lhe disse:
- Chega senhorita Hallie. Já está ótimo. Já o fez. Não queremos que lhe encham as mãos de calos como as de um pedreiro, não? O mostraremos ao seu papai e vai ver que está perfeito.
E Alec elogiou o nó.
Deus não permitisse que a menina tivesse mãos de pedreiro!




Trilogia Noites
1 - Noites de Fogo
2 - Noites de Sombras
3 - Noites de Tormenta
Trilogia Concluída