Série Rosemoor
Um Cavalheiro com um plano...uma dama com um problema!
Embora tenha a reputação de irresponsável, Colin Rosemoor não trapaceou no jogo de cartas, uma acusação que o deixa malvisto perante a sociedade e a jovem com quem pretende se casar.
Colin recorre à ajuda de seu amigo Hugh Ballard, para recuperar a honra, e a namorada, mas quando fica conhecendo a irmã de Hugh, que foi raptada quando criança e que recentemente regressou ao convívio com a família, as coisas mudam.
Brenna Maclachlan é uma jovem inteligente, independente e irresistível...
Vivendo numa mansão na Escócia, herdada de seus supostos pais, Brenna não está preparada para descobrir que é, na verdade, filha de um conde inglês e sua esposa. Levada para Londres, onde se sente completamente fora de seu ambiente, ela conhece Colin e se sente atraída por ele.
E fica horrorizada ao saber que sua família a prometeu em casamento ao pior inimigo de Colin!
Entretanto, as reviravoltas do destino que separam Brenna e Colhi logo se transformam em aventuras apaixonadas que os aproximam mais do que nunca, revelando todos os segredos...
Prólogo
North Road, Inglaterra, março de 1793
— Conseguiu, mulher? — Quando a porta da carruagem fechou e o veículo moveu-se, o homem olhou para o pequeno pacote que a mulher trazia junto ao peito.
— Consegui, marido.
— Ela gentilmente abaixou o pacote revelando um chumaço de cabelinhos castanhos com fios dourados. Olhos azul-claros devolveram o olhar dos dois adultos. O bebê bocejou e começou a sugar o punho ruidosamente.
— E onde está a ama de leite?
— Nós a pegaremos na estalagem. Donald, olhe o garotinho. O que acha dele?
O homem observou o bebê, atento.
— Ele é bonito de verdade, Ceilie, assim como você disse.
Agora ninguém vai dizer que Donald Maclachlan não é capaz de gerar um filho. — Pegou o bebê e o colocou sobre o banco de couro, começando a abrir os panos que o envolviam. Um braço gordinho apareceu, depois o outro. Uma pequenina mão se estendeu e agarrou-lhe a barba.
— Não pode fazer isso, meu menino. — Ele tirou os dedos do bebê de sua barba. — Agora, meu filho, temos uma longa jornada pela frente. Melhor dormirmos um pouco. — Acariciou os cachinhos dourados. — Iain será seu nome — disse.
— Examine as fraldas — a mulher pediu. — Um bebê sequinho é um bebê feliz, minha mãe costumava dizer.
O homem abriu as fraldas e então franziu a testa.
— Diabos, Ceilie!
— Senhor Deus! — A mulher fez o sinal da cruz.
— É... É...
— Uma menina! — o homem completou a frase da esposa.
— Mas... Como é possível?
— Não sabe a diferença entre um menino e uma menina, Ceilie?
— Não sei como isso aconteceu! O bebê ainda estava lá em cima com a babá, mas ela havia dado uma saidinha. Eu não sabia como...
Série Rosemoor
1 - Um Homem Certo para Amar
2 - As Aparências Enganam
3 - Depois Daquele Beijo
4 - A Senhora de Glenbroch
Série Concluída
25 de junho de 2010
Só Você
Quando crianças, eles formaram uma amizade improvável,
amigos que riram juntos, compartilharam esperanças, desilusões e os seus pensamentos mais profundos.
Uma amizade de infância única, forjada na solidão e interesses comuns.
Em sua juventude, Ethan Baxter era completamente obcecado pela "sua" Cassie, mas não tinha nada para lhe oferecer...
Exceto... seu amor, seu coração, sua alma.
Foi tudo tão injusto, pois ela nunca, nunca seria dele, esses eram os duros fatos da vida!
O menino que cuidava dos estábulos e a filha do visconde claramente não poderiam se misturar.Durante os últimos dez anos, a vida de casada de Cassandra Heywood foi cheia de solidão e um vazio amargo.
Agora, como uma jovem viúva, ela percebe que Ethan Baxter poderia dar a ela tudo que precisava... paixão, risos e afeto.
Comentário da Revisora Ana Carol: Livro curtinho de uma historia de amor ingênuo, mas inesquecível. Com uma cena sensual no final, mas vale a pena pra quem quer se inspirar no amor verdadeiro.
Capítulo Um
— Pare a carruagem! — exigiu Cassandra Heywood, condessa de Westmore, golpeando o teto com o punho para atrair a atenção do condutor.
— O que foi milady? — perguntou Sophie, com seu bonito rosto fechado pela preocupação — Está pálida, está indisposta?
O carro parou e ouviu o senhor Watley, o chofer, descer da boleia.
— Estou... — Aterrorizada. Insegura. Deus santo, estou cometendo um terrível engano? —... Um pouco perturbada — Reprimiu um gemido ante uma expressão tão comedida.
O senhor Watley abriu a porta, fazendo uma rajada de ar fresco que cheirava a maresia entrar no quente interior.
— Há algum problema?
— Lady Westmore não se encontra muito bem — disse Sophie — Falta muito para chegar?
— A estalagem Blue Seas está a menos de dois quilômetros — informou o senhor Watley.
Menos de dois quilômetros. Os dedos enluvados de Cassandra se fecharam com força sobre a capa negra que vestia pelo luto.
— Possivelmente não deveríamos nos deter na estalagem — disse o senhor Watley com o cenho franzido em sua cara curtida pela vida.
Precisamente, as mesmas palavras que não deixavam de lhe dar voltas na cabeça desde que essa mesma manhã tinha subido no carro para a última etapa da cansativa viagem de três semanas a Cornwall.
— Gateshead Manor está só a duas horas de distancia — continuou ele — Sei que pensava passar a noite no Blue Seas, mas se passa mal, talvez seja melhor seguir até chegar a casa.
Não era a enfermidade o que fazia que tivesse um nó no estômago, mas não podia negar que talvez o melhor fosse seguir. Covarde, burlou-se uma voz em seu interior. Em efeito, era. Mas não queria ser. Não mais. Embora velhos hábitos fossem muito difíceis de mudar.
— Acredito que... O que preciso é um pouco de ar — murmurou ela. Aceitou a enorme e calosa mão do senhor Watley e saiu do carro.
A cálida e brilhante luz do sol e o ar fresco a reconfortaram e se esticou.
Doíam-lhe os músculos e a cabeça palpitava pelos intermináveis buracos do caminho, que as faziam saltar nos assentos de couro, e o monótono estalo continuo das rodas.
Afastou-se vários metros, olhando por cima das sebes que rodeavam o estreito caminho de terra e respirou profundamente, encantada com a vista.
A assombrosa luminosidade da baía do St. Ives a deu boas-vindas.
Uma extensão azul se fundia no horizonte com o brilhante índigo do Atlântico. As gaivotas desciam sobrevoando as dunas de areia, e passavam quase roçando as ondas de espumas brancas.
Os raios dourados do sol das primeiras horas da tarde brilhavam sobre os navios que se balançavam perto da orla esperando que os homens tirassem as redes cheias de sardinhas e lagostas.
Cassandra respirou lenta e profundamente fechando os olhos durante uns instantes, desfrutando o aroma de sal que perfumava a brisa de verão. A nostalgia lhe fez um nó na garganta, e pela primeira vez em dez longos anos, a profunda saudade que sentia por sua amada Cornwall se suavizou um pouco.
Gateshead Manor em Land’s End, a casa de sua infância que não tinha visto durante uma década, estava só a duas horas de distancia.
Um lugar a que ansiava e temia voltar.
Um lugar cheio de lembranças, onde passou alguns de seus dias mais felizes, e alguns dos mais infelizes.
O lugar no que se veria obrigada a fazer frente a um futuro incerto.
23 de junho de 2010
A Besta Negra do Belleterre
A história da Bela e a Besta na Inglaterra vitoriana.
A besta negra do Belleterre tem um herói: James Markland, barão de Falconer, que cresceu em solidão e, além disso, está desfigurado por uma lesão. Leva um capuz para ocultar seu rosto, e vive em solidão.
Um homem chamado Sir Edward Hawthorne toma emprestada uma quantidade substancial de dinheiro dele, e não pode devolver. Quando vai enfrentar ao senhor Hawthorne, vê de longe a Ariel, sua formosa filha.
Logo se inteira de que Sir Hawthorne tem a intenção de casá-la com um homem mais velho com o fim de pagar a seus credores. Falconer se oferece em seu lugar, a contrair matrimônio só de nome com Ariel.
Comentário da Revisora Waleria: O livro é de uma leitura rápida, principalmente para quem gosta de romances históricos. Tem muito da "Bela e a Fera". E os sonhadores adorarão a história. Uma moça linda que se sente deslocada por ser inteligente e só ser vista como uma decoração, um homem bondoso e fiel que foi desfigurado ainda jovem. Não é hot, mas é uma graça. Boa leitura.
A Besta Negra Do Belleterre
Ele era feio, muito feio. Não sabia disso quando era jovem e tinha uma mãe que o amava apesar de seu rosto.
Quando as pessoas o olhavam de modo raro, havia presumido que era porque era o filho de um lorde. Como havia poucos meninos que estivessem dispostos a serem amigos dele, não pensou mais nisso.
Foi só mais tarde, quando sua mãe havia morrido e o acidente tinha aumentado sua natural fealdade, que James Markland se deu conta de quão diferente era.
As pessoas o olhavam fixo ou, se eram educados, afastavam rapidamente o olhar.
Seu próprio pai não o olhava diretamente nas raras ocasiões em que se encontravam.
O sexto barão Falconer tinha sido um homem muito arrumado; James não o culpava por desprezar a um filho que era tão claramente indigno do antigo e nobre nome que ambos levavam.
Não obstante, James era o herdeiro, assim lorde Falconer tinha dirigido o desagradável assunto com uma consumada e aristocrática graça: tinha instalado ao menino em um pequeno e remoto imóvel, ocupou-se de que fossem contratados tutores competentes, e não tinha pensado mais nele.
O chefe dos tutores, senhor Grice, era um homem severo e beato, generoso com as surras (punição por mau comportamento) tanto como com os sermões sobre a inevitável maldade da natureza humana.
Em seus dias mais joviais, o senhor Grice dizia a seu estudante quão afortunado era por ser bestial em um modo que todo mundo podia ver; a maioria dos homens levava a fealdade em suas almas, onde facilmente podiam esquecer sua maldade básica.
James deveria sentir-se agradecido de que lhe tivesse concedido semelhante oportunidade assinalada para ser humilde.
James não tinha estado agradecido, mas sim resignado. Sua vida poderia ter sido pior; aos serventes pagava o suficiente para tolerar ao moço ao que serviam, e um dos moços do estábulo inclusive era amistoso.
Assim James tinha um amigo, uma biblioteca, e um cavalo. Estava satisfeito a maior parte do tempo.
Quando o sexto lorde morreu — de um modo próprio de um cavalheiro, enquanto jogava whist — James se converteu no sétimo barão Falconer.
Perigosa Promessa
A mão que o trouxe ao mundo pode ser uma mão assassina...
Simon de Croix foi literalmente arrancado do ventre de sua mãe. Seu pai Christian conhecido como o Açougueiro recorreu a essa medida desesperada para salvar a vida de seu filho ou para livrar-se de sua esposa e ficar com suas terras?
A mão que balança o berço pode ser uma mão assassina...
Para Clarise du Boise foi dado um ultimato. Deve infiltrar-se no castelo de Slayer e matar o famoso Açougueiro. Mas como vai fazer para matar o pai da criança de quem ela finge ser a babá, especialmente quando ele não é o guerreiro sanguinário que ela esperava encontrar?
Entre o sangue derramado, o desespero e a traição poderá surgir o amor entre um homem e uma mulher presos aos seus destinos?
Um drama profundo e comovente, cheio de intriga e suspense, fazem deste, um romance inesquecível.
Capítulo Um
York Moors, A.D - 1150
Na batalha, ele lutava como um homem possuído.
Com seus inimigos, ele era implacável. Suas atitudes numa guerra causavam calafrios em pessoas comuns. Entretanto, refletido nas profundezas cinzentas dos olhos de seu filho recém-nascido, Slayer parecia um homem comum.
Um homem profundamente humilhado.
Seu bebê tinha herdado sua cor morena e sua natureza teimosa, já que ele ainda estava vivo. Era menor que um filhote de gato, mas seu tórax elevava-se em uma respiração saudável, e suas mãos se assemelhavam a punhos de ferro. Com um choro, que fez tremer o teto, Simon anunciou seu nascimento.
Através das janelas, um trovão ecoou e um raio crepitou.
Slayer quase sorriu. Simon de La Croix seria o próximo Barão de Helmesly, não um guerreiro bastardo como seu pai.
Não um homem forçado a lutar por tudo o que tinha.
A porta se abriu de repente, surpreendendo ao bebê e fazendo com que silenciasse. Uma corrente de ar fez tremer a luz da tocha e iluminou as vestes da parteira, quando ela entrou apressadamente no quarto.
— Dê-me o bebê!— gritou a mulher.
Tentou agarrá-lo com suas mãos trêmulas.
— Devo batizá-lo agora mesmo!
Christian afastou seu filho do alcance da mulher — Já lhe disse que saia!— ele disse com sua voz mais serena.
A velha paralisou-se, seus olhos movendo-se além dele, para o corpo inanimado da esposa de Slayer. —Mãe de Deus, o que fez?— ela sussurrou.
Christian sentiu seu horror crescer, e rapidamente o reprimiu.
—O que fiz?— ele replicou. — Eu não fiz nada mais que salvar meu filho de morrer com sua mãe. Foi você quem a deixou morrer. Saia daqui, antes que eu mande encarcerá-la por assassinato!
A parteira estava chocada e deu um passo para trás. Apressadamente, juntou seus pertences: garrafas, infusões, facas e agulhas. Os objetos foram guardados dentro de uma bolsa, enquanto ela virtualmente corria. Com um olhar furtivo, partiu precipitadamente.
A porta se fechou atrás dela. No silêncio que seguiu, Christian ouviu os batimentos de seu próprio coração. Seu olhar se moveu pelo quarto, pousando-se no corpo mutilado de sua esposa, as contas do rosário apertadas, inutilmente, em sua palma, a toalha do altar sobre a cadeira.
Finalmente ele olhou para o bebê em seus braços. Simon devolveu, atentamente, seu olhar.
— Sua mãe está morta, — Christian sussurrou. —E sinto que é minha culpa.
Até a parteira chegar, o trabalho de parto tinha transcorrido normalmente.
Genrose sofria as contrações com o mesmo silêncio santo com que tinha suportado suas obrigações conjugais. Então, sutilmente, ela começou a enfraquecer como a luz agonizante de dia.
— Não há nada mais que possa fazer. _ A parteira tinha declarado. — Agora, está nas mãos de Deus.
18 de junho de 2010
A Amante do Viking
Série Chefes Vikings
Os Vikings chegaram dizendo que vinham em missão de paz, mas logo Lindisfarne se encontrou em chamas.
Annis de Birdoswald fugiu presa ao pânico, mas não conseguiu escapar dos guerreiros nórdicos.
Entretanto, um homem a protegia: Haakon Haroldson.
O arrogante Viking levou Annis consigo a sua terra, a afastando de tudo o que ela amava. E agora se via obrigada a escolher entre o humilde trabalho que correspondia a uma cativa ou uma vida de prazer pecaminoso nos braços do viking.
Capítulo Um
8 de Junho do ano 793
Lindisfarne, Northumbria
Annis apertou os lábios, tentando não mover a cabeça, enquanto sua criada lhe trançava o cabelo. O que tinha esperado em realidade?
Que seu tio, o abade do mosteiro de São Cuthbert, daria-lhe dinheiro para enfrentar-se a seu padrasto?
A única opção que tinha sugerido era a de unir-se à igreja. Ela poderia ter uma boa posição sempre que levasse seu dote com ela.
—Milady, demoraria menos se inclinasse ligeiramente a cabeça para este lado.
Annis olhou à parede do pavilhão dos hóspedes de São Cuthbert, com seu mural da María ajoelhada aos pés da Cruz, e se concentrou nessa imagem.
Tinha sido um engano ir ali.
A conversação da noite anterior ainda se repetia em seus ouvidos. Seu tio se negou a escutar seus argumentos. Por que lhe teria ocorrido pensar que o faria?
Deixaria o monastério e a ilha no dia seguinte, quando a maré estivesse baixa, quando pudesse cruzar o passo elevado. Isso foi o que Annis decidiu.
Teria que retornar a sua casa em Birdoswald, no rio Irthing, no oeste da Northumbria. E ali enfrentaria o futuro a seu modo.
—Assim lhes parece bem, milady?
Sua nova criada, Mildreth, terminou de lhe trançar o cabelo e lhe entregou um pequeno espelho.
Annis se olhou. Sua indomável juba castanha de cachos tinha ficado recolhida com duas cuidadas tranças em ambos os lados da cabeça.
Annis considerava que seu cabelo era seu melhor atributo, talvez sua única qualidade destacável, embora parecia atuar por própria vontade.
Mildreth sabia o que fazia, mas Annis se negava a confiar nela.
—Seu padrasto tinha obrigado que todas suas criadas e criados fossem substituídos depois de que o marido de Annis morrera e ela tivesse que voltar para as terras da família.
Não havia nenhuma desculpa para que ela ficasse com a família de Selwyn. Não tinha filhos e sua cunhada sempre tinha tido ciúmes dela.
Assim, tinha retornado, esperando um recebimento melhor, mas tinha descoberto que seu padrasto tinha todo o controle das terras da família.
—Logo prepararemos seu casamento.
Se Deus quiser…
Série Chefes Vikings
1 - A Amante do Viking/ Coração Bárbaro
2 - A Paixão de Um Guerreiro/ Força Invasora
3 - Uma Princesa Indomável
Série Concluída
Os Vikings chegaram dizendo que vinham em missão de paz, mas logo Lindisfarne se encontrou em chamas.
Annis de Birdoswald fugiu presa ao pânico, mas não conseguiu escapar dos guerreiros nórdicos.
Entretanto, um homem a protegia: Haakon Haroldson.
O arrogante Viking levou Annis consigo a sua terra, a afastando de tudo o que ela amava. E agora se via obrigada a escolher entre o humilde trabalho que correspondia a uma cativa ou uma vida de prazer pecaminoso nos braços do viking.
Capítulo Um
8 de Junho do ano 793
Lindisfarne, Northumbria
Annis apertou os lábios, tentando não mover a cabeça, enquanto sua criada lhe trançava o cabelo. O que tinha esperado em realidade?
Que seu tio, o abade do mosteiro de São Cuthbert, daria-lhe dinheiro para enfrentar-se a seu padrasto?
A única opção que tinha sugerido era a de unir-se à igreja. Ela poderia ter uma boa posição sempre que levasse seu dote com ela.
—Milady, demoraria menos se inclinasse ligeiramente a cabeça para este lado.
Annis olhou à parede do pavilhão dos hóspedes de São Cuthbert, com seu mural da María ajoelhada aos pés da Cruz, e se concentrou nessa imagem.
Tinha sido um engano ir ali.
A conversação da noite anterior ainda se repetia em seus ouvidos. Seu tio se negou a escutar seus argumentos. Por que lhe teria ocorrido pensar que o faria?
Deixaria o monastério e a ilha no dia seguinte, quando a maré estivesse baixa, quando pudesse cruzar o passo elevado. Isso foi o que Annis decidiu.
Teria que retornar a sua casa em Birdoswald, no rio Irthing, no oeste da Northumbria. E ali enfrentaria o futuro a seu modo.
—Assim lhes parece bem, milady?
Sua nova criada, Mildreth, terminou de lhe trançar o cabelo e lhe entregou um pequeno espelho.
Annis se olhou. Sua indomável juba castanha de cachos tinha ficado recolhida com duas cuidadas tranças em ambos os lados da cabeça.
Annis considerava que seu cabelo era seu melhor atributo, talvez sua única qualidade destacável, embora parecia atuar por própria vontade.
Mildreth sabia o que fazia, mas Annis se negava a confiar nela.
—Seu padrasto tinha obrigado que todas suas criadas e criados fossem substituídos depois de que o marido de Annis morrera e ela tivesse que voltar para as terras da família.
Não havia nenhuma desculpa para que ela ficasse com a família de Selwyn. Não tinha filhos e sua cunhada sempre tinha tido ciúmes dela.
Assim, tinha retornado, esperando um recebimento melhor, mas tinha descoberto que seu padrasto tinha todo o controle das terras da família.
—Logo prepararemos seu casamento.
Se Deus quiser…
Série Chefes Vikings
1 - A Amante do Viking/ Coração Bárbaro
2 - A Paixão de Um Guerreiro/ Força Invasora
3 - Uma Princesa Indomável
Série Concluída
17 de junho de 2010
Série Dinastia O`Hara
1 - Os Rebeldes
Tempestuosos Jogos de Amor e Paixão uniam os amantes nas cortes da Inglaterra e Irlanda!
Lady Elizabeth Hatton, inglesa e nobre, não sentia escrúpulos em usar sua posição e beleza para conseguir o que queria… E, mais do que qualquer coisa neste mundo, ela desejava Rory O’Donnell, o impetuoso rebelde irlandês. Essa paixão correspondida, alucinada e sem limites era um sentimento que só lhes traria sofrimentos.
O amor de Rory por Elizabeth punha em risco a lealdade jurada à família e à pátria, sua adorada Irlanda. E entre a paixão pela bela inglesa e sua ânsia de liberdade havia um abismo intransponível!
Primavera de 1590
O coche não passava de uma caixa quadrada presa por correias de couro à armação de madeira que, por sua vez, equilibrava-se precariamente sobre as quatro rodas. Durante as últimas três horas vinha sacolejando aos trancos pelos campos da Irlanda e a sua única passageira, pálida, rezava pela segurança da própria vida.
Os quatro cavalos, sob arreios que gemiam, resfolegavam com o esforço de puxar a carga colina acima. Finalmente, chegaram ao topo onde as árvores desapareciam para dar lugar ao campo aberto, e o coche parou de maneira brusca.
— Lá está, milady.
Deirdre, filha de lorde Haskins, soltou um suspiro profundo. Escorregou pelo banco incômodo e, apesar da saia farta e com anquinhas, conseguiu se debruçar na meia porta e olhar para o rosto de barbas grisalhas do camponês enviado para buscá-la no porto.
— Lá está, milady — repetiu ele ao fazer um gesto indicativo e, numa mistura de gaélico e inglês, completou: — Ballylee… a morada do clã O’Hara.
Deirdre deixou que os olhos enormes e arredondados percorressem a charneca larga e colorida de dourado, vermelho vivo e cobre escuro das flores que a inundavam e se fixassem no seu novo lar, o castelo de Ballylee. Um nó apertado de emoção subiu-lhe do peito e quase fechou-lhe a garganta enquanto ameaçava dificultar ainda mais a respiração ofegante.
O castelo majestoso erguia-se no cimo de outra colina, como que desligado do mundo que o rodeava. Gotas de orvalho brilhavam como jóias no verde do gramado que cobria as ondulações do terreno. O fosso era largo e a água dele, sob os raios do sol, produzia reflexos que se movimentavam pelos paredões cinzentos e marrons. Parapeitos dentados e torres imponentes apontavam para o azul do céu, num sorriso maldoso de recepção à sua nova dona.
— Ballylee… — murmurou ela.
— O castelo mais inexpugnável de todos os clãs do norte. Nem mesmo Dungannon, de O’Neill, ou Donegal, fortaleza ainda mais para o norte, pertencente a O’Donell, podem competir com Ballylee. As paredes altas, com três metros e tanto de largura, não conseguem ser escaladas e garantem, em suas entranhas, abrigo para mil homens a pé, ou a cavalo. Até mesmo os malditos ingleses perderiam se tentassem sitiar este castelo. Ah, perdão, milady.
— Não precisa se desculpar. Sou só metade inglesa e, em poucos dias serei totalmente O’Hara — Deirdre declarou com um sorriso. — É… com as mulheres deles, os ingleses arranjaram mais um jeito de invadir nossas terras — resmungou o cocheiro ao sacudir as rédeas para que os cavalos retomassem a caminhada que os levaria ao castelo.
2 - Os Aventureiros
Na Guerra e no Amor, O Irlandês entregava o coração e a própria vida!
Nesses anos, turbulentos Rory O’Hara volta para a sua atormentada Irlanda, na ânsia de reconstruir o castelo destruído pelo invasor inglês e recuperar o orgulho perdido de seu povo humilhado.
Enquanto isso, na Inglaterra, sua adorada Brena Coke trava uma luta insana contra o despotismo dos soberanos que a querem afastar para sempre de seu amado Rory.
Um desafio apaixonado de homens que não se deixam vencer facilmente...
Capítulo Um
Primavera de 1616 Paris
Qual é a sua opinião sobre este ponto, mademoiselle de Chinon? Mademoiselle? Minha querida, sente-se bem?
— O quê? — murmurou Shanna, abandonando os pensamentos distantes e voltando à realidade enquanto os olhos azul-violeta tentavam focalizar a mulher que, do outro lado da mesa, inclinava-se em sua direção.
— Eu... lamento dizer que minha mente andava longe. A senhora afirmava...
A conversa retomou o curso envolvente.
Shanna de Chinon costumava tomar parte ativa na prosa animada do salão de Rambouillet, sempre revelando interesse sobre qualquer assunto em pauta, fosse ele poesia, política ou ainda comentários maledicentes que os convidados de Catherine, marquesa de Rambouillet, trocavam entre si.
Afinal, não era qualquer refugiada irlandesa que se via requisitada a freqüentar aquele salão.
Ali se compartilhava do vinho e dos diálogos estimulantes entre os homens mais inteligentes e as mulheres mais lindas e procuradas de Paris.
Shanna, todavia, não se enquadrava em condições comuns, pois era neta de um lorde inglês, Henry, o primeiro conde de Haskins, e filha de um príncipe irlandês, Shane O’Hara, barão de Ballylee.
Mesmo assim, sabia que, entre os nobres franceses, sua linhagem de sangue azul pouco significava. C
onsideravam-na apenas como Shanna de Chinon, criada pelas freiras capuchinhas na abadia de Fontevrault.
Fora trazida a Paris como acompanhante e tutora de Henrietta Maria, a mais nova das três filhas do rei francês Henrique IV e da rainha Marie de Médicis. .
Apenas este último fato não lhe teria conquistado lugar no salão, mas a inteligência vibrante e a extraordinária beleza combinadas a haviam transformado numa das convidadas mais freqüentes e admiradas da marquesa.
Entretanto, nessa noite de primavera, Shanna não conseguia prestar atenção nos assuntos discutidos à sua volta.
Os últimos escândalos da corte, os desgovernos da rainha mãe, Marie de Médicis, a aliança recente com a Espanha e a tentativa de acordo semelhante com a Inglaterra não faziam outra coisa senão despertar-lhe o tédio.
Os pensamentos encontravam-se tumultuados com a notícia da chegada próxima do pai, Rory, The O’Donnell.
Ao entrar no salão, nessa mesma noite, seu irmão havia lhe contado a novidade.
O chefe do clã irlandês não era seu progenitor verdadeiro, porém, desde as mortes violentas de Shane O’Hara, seu pai, e lady Deirdre, sua santa mãe, sempre chamara O’Donnell de pai.
Fora ele quem a trouxera, e ao irmão Rory O’Hara, para a França depois da fuga dos condes irlandeses da região natal de Ulster, em 1607.
Também se devia à amizade entre O’Donnell e o padre Joseph, prior da abadia de Fontevrault, a admissão de sua babá Annie Carey, na ordem das capuchinhas, como irmã Anna.
Nesse convento, sob o olhar severo e a orientação dela, Shanna havia sido educada e aprendera a ser uma lady, ao mesmo tempo que seu pai adotivo não a deixara esquecer a herança irlandesa. Mas o padre Joseph compreendera que a jovem exilada, inteligente e linda, não merecia passar a vida isolada no convento do vilarejo de Fontevrault.
3 - Os Destemidos
Outono de 1649, Drogheda - Irlanda
O espectro da morte pairava sobre a cidade como uma mortalha, Há muito que o ribombar dos canhões havia cessado e não se ouvia mais pelas ruas o ruído estridente do aço contra o aço das espadas.
Uma quietude terrível envolvia o lugar, quebrada apenas pelos gritos agonizantes dos feridos, pela cadência solene da marcha dos soldados nas pedras do calçamento, pelo choro de algum bebê abandonado ou pelo ruído seco de mais uma casa que tombava, destruída pelo fogo.
Uma força de vinte mil soldados havia desembarcado na baía de Dublin e, inexoravelmente, marchado para o norte através de estradas precárias e por entre castelos em ruínas e fortes incendiados.
Ninguém se atrevia a interceptar-lhe a passagem, pois a sua reputação a havia precedido. Todos se acovardavam ao contemplar as túnicas dos soldados, rubras como sangue, que se destacavam, contra o verde brilhante da vegetação dos campos.
Sem um desafio sequer, eles haviam alcançado os portais do lado sul de Drogheda e, embora a cidade fosse defendida por três mil homens da elite da nobreza da Irlanda, conseguiram abrir uma brecha nos parapeitos de defesa, na terceira tentativa. O massacre que se seguira fora rápido, impiedoso e total.
Agora, o capitão Robert Hubbard, do Novo Exército Inglês reorganizado por Cromwell, encontrava-se no arco do portal Duleek, acima do pátio da igreja de St. Mary. A luz bruxuleante das chamas espalhadas pela cidade refletia-se no seu peitoral e no elmo com viseira.
O rosto de feições bem-feitas mostrava determinação e, sob as sobrancelhas escuras, os olhos negros brilhavam como brasas.
Robert Hubbard observava, impassível, os irlandeses derrotados que seguiam em fila pelo portal e se amontoavam como gado no pátio da igreja.
— Está feito — murmurou ele com voz grave — e, no entanto, está apenas começando.
O governador da cidade, sir Arthur Ashton, havia dito que quem conseguisse tomar Drogheda poderia conquistar o inferno também.
“Ótimo”, pensou Hubbard, “o inferno foi tomado”. Agora era apenas uma questão de tempo para o resto da Irlanda cair sob o domínio da espada dos puritanos.
Drogheda seria uma lição para as tropas rebeldes irlandesas menos fortes. Poucas, ou nenhuma, se atreveria a suportar um cerco sabendo que o Exército de Cromwell não teria misericórdia.
Em Drogheda, frades e padres tinham sido executados à espada assim que encontrados; nenhum homem de uniforme, ou portando armas, fora poupado. Civis apanhados no caminho dos soldados ingleses também haviam recebido morte impiedosa e todos os corpos foram saqueados. Os poucos que se esconderam foram descobertos e chacinados sem compaixão.
Inclemência constituía a lei marcial e a colheita sangrenta daqueles que haviam semeado a rebelião.
— Não considerem o que fazemos como algo monstruoso — o general Cromwell proclamara —, pois o sangue que derramamos é o trabalho de Deus feito por nós em seu santo nome.
Robert Hubbard sorriu e pensou consigo mesmo: “Pois eles que façam o trabalho de Deus porque eu farei o meu.”
Mais uma vez o olhar dele percorreu a massa humana comprimida no pátio da igreja e a fila que se perdia muito além do portal Duleek até quase as margens do rio Boyne. Um a um, os prisioneiros, homens, mulheres e crianças, caminhavam com morosidade até uma mesa junto ao portal, à qual se sentava um sargento inglês envolvido por uma grossa capa preta. Em frente a ele estava um grande livro aberto.
O processo parecia interminável. Cada rebelde irlandês era obrigado a declarar nome, idade, lugar de nascimento e religião. Só depois de anotar os dados no livro, o sargento ordenava em tom monótono:
— Em frente — e a pessoa se juntava às outras, no pátio da igreja. Enquanto observava indiferente o desenrolar vagaroso da cena, Robert
Hubbard viu uma criança de uns cinco anos parar em frente à mesa. A expressão dela não denotava culpa nem remorso e o capitão imaginou como morreria esse “rebelde”, à espada, ou de fome.
— Exterminem hoje as crianças e amanhã vocês não terão rebeldes contra quem lutar — os oficiais de Hubbard haviam repetido com freqüência.
O raciocínio possuía lógica, pensou ele ao ver a criança desaparecer entre os irlandeses segregados no pátio.
Tempestuosos Jogos de Amor e Paixão uniam os amantes nas cortes da Inglaterra e Irlanda!
Lady Elizabeth Hatton, inglesa e nobre, não sentia escrúpulos em usar sua posição e beleza para conseguir o que queria… E, mais do que qualquer coisa neste mundo, ela desejava Rory O’Donnell, o impetuoso rebelde irlandês. Essa paixão correspondida, alucinada e sem limites era um sentimento que só lhes traria sofrimentos.
O amor de Rory por Elizabeth punha em risco a lealdade jurada à família e à pátria, sua adorada Irlanda. E entre a paixão pela bela inglesa e sua ânsia de liberdade havia um abismo intransponível!
Primavera de 1590
O coche não passava de uma caixa quadrada presa por correias de couro à armação de madeira que, por sua vez, equilibrava-se precariamente sobre as quatro rodas. Durante as últimas três horas vinha sacolejando aos trancos pelos campos da Irlanda e a sua única passageira, pálida, rezava pela segurança da própria vida.
Os quatro cavalos, sob arreios que gemiam, resfolegavam com o esforço de puxar a carga colina acima. Finalmente, chegaram ao topo onde as árvores desapareciam para dar lugar ao campo aberto, e o coche parou de maneira brusca.
— Lá está, milady.
Deirdre, filha de lorde Haskins, soltou um suspiro profundo. Escorregou pelo banco incômodo e, apesar da saia farta e com anquinhas, conseguiu se debruçar na meia porta e olhar para o rosto de barbas grisalhas do camponês enviado para buscá-la no porto.
— Lá está, milady — repetiu ele ao fazer um gesto indicativo e, numa mistura de gaélico e inglês, completou: — Ballylee… a morada do clã O’Hara.
Deirdre deixou que os olhos enormes e arredondados percorressem a charneca larga e colorida de dourado, vermelho vivo e cobre escuro das flores que a inundavam e se fixassem no seu novo lar, o castelo de Ballylee. Um nó apertado de emoção subiu-lhe do peito e quase fechou-lhe a garganta enquanto ameaçava dificultar ainda mais a respiração ofegante.
O castelo majestoso erguia-se no cimo de outra colina, como que desligado do mundo que o rodeava. Gotas de orvalho brilhavam como jóias no verde do gramado que cobria as ondulações do terreno. O fosso era largo e a água dele, sob os raios do sol, produzia reflexos que se movimentavam pelos paredões cinzentos e marrons. Parapeitos dentados e torres imponentes apontavam para o azul do céu, num sorriso maldoso de recepção à sua nova dona.
— Ballylee… — murmurou ela.
— O castelo mais inexpugnável de todos os clãs do norte. Nem mesmo Dungannon, de O’Neill, ou Donegal, fortaleza ainda mais para o norte, pertencente a O’Donell, podem competir com Ballylee. As paredes altas, com três metros e tanto de largura, não conseguem ser escaladas e garantem, em suas entranhas, abrigo para mil homens a pé, ou a cavalo. Até mesmo os malditos ingleses perderiam se tentassem sitiar este castelo. Ah, perdão, milady.
— Não precisa se desculpar. Sou só metade inglesa e, em poucos dias serei totalmente O’Hara — Deirdre declarou com um sorriso. — É… com as mulheres deles, os ingleses arranjaram mais um jeito de invadir nossas terras — resmungou o cocheiro ao sacudir as rédeas para que os cavalos retomassem a caminhada que os levaria ao castelo.
2 - Os Aventureiros
Na Guerra e no Amor, O Irlandês entregava o coração e a própria vida!
Nesses anos, turbulentos Rory O’Hara volta para a sua atormentada Irlanda, na ânsia de reconstruir o castelo destruído pelo invasor inglês e recuperar o orgulho perdido de seu povo humilhado.
Enquanto isso, na Inglaterra, sua adorada Brena Coke trava uma luta insana contra o despotismo dos soberanos que a querem afastar para sempre de seu amado Rory.
Um desafio apaixonado de homens que não se deixam vencer facilmente...
Capítulo Um
Primavera de 1616 Paris
Qual é a sua opinião sobre este ponto, mademoiselle de Chinon? Mademoiselle? Minha querida, sente-se bem?
— O quê? — murmurou Shanna, abandonando os pensamentos distantes e voltando à realidade enquanto os olhos azul-violeta tentavam focalizar a mulher que, do outro lado da mesa, inclinava-se em sua direção.
— Eu... lamento dizer que minha mente andava longe. A senhora afirmava...
A conversa retomou o curso envolvente.
Shanna de Chinon costumava tomar parte ativa na prosa animada do salão de Rambouillet, sempre revelando interesse sobre qualquer assunto em pauta, fosse ele poesia, política ou ainda comentários maledicentes que os convidados de Catherine, marquesa de Rambouillet, trocavam entre si.
Afinal, não era qualquer refugiada irlandesa que se via requisitada a freqüentar aquele salão.
Ali se compartilhava do vinho e dos diálogos estimulantes entre os homens mais inteligentes e as mulheres mais lindas e procuradas de Paris.
Shanna, todavia, não se enquadrava em condições comuns, pois era neta de um lorde inglês, Henry, o primeiro conde de Haskins, e filha de um príncipe irlandês, Shane O’Hara, barão de Ballylee.
Mesmo assim, sabia que, entre os nobres franceses, sua linhagem de sangue azul pouco significava. C
onsideravam-na apenas como Shanna de Chinon, criada pelas freiras capuchinhas na abadia de Fontevrault.
Fora trazida a Paris como acompanhante e tutora de Henrietta Maria, a mais nova das três filhas do rei francês Henrique IV e da rainha Marie de Médicis. .
Apenas este último fato não lhe teria conquistado lugar no salão, mas a inteligência vibrante e a extraordinária beleza combinadas a haviam transformado numa das convidadas mais freqüentes e admiradas da marquesa.
Entretanto, nessa noite de primavera, Shanna não conseguia prestar atenção nos assuntos discutidos à sua volta.
Os últimos escândalos da corte, os desgovernos da rainha mãe, Marie de Médicis, a aliança recente com a Espanha e a tentativa de acordo semelhante com a Inglaterra não faziam outra coisa senão despertar-lhe o tédio.
Os pensamentos encontravam-se tumultuados com a notícia da chegada próxima do pai, Rory, The O’Donnell.
Ao entrar no salão, nessa mesma noite, seu irmão havia lhe contado a novidade.
O chefe do clã irlandês não era seu progenitor verdadeiro, porém, desde as mortes violentas de Shane O’Hara, seu pai, e lady Deirdre, sua santa mãe, sempre chamara O’Donnell de pai.
Fora ele quem a trouxera, e ao irmão Rory O’Hara, para a França depois da fuga dos condes irlandeses da região natal de Ulster, em 1607.
Também se devia à amizade entre O’Donnell e o padre Joseph, prior da abadia de Fontevrault, a admissão de sua babá Annie Carey, na ordem das capuchinhas, como irmã Anna.
Nesse convento, sob o olhar severo e a orientação dela, Shanna havia sido educada e aprendera a ser uma lady, ao mesmo tempo que seu pai adotivo não a deixara esquecer a herança irlandesa. Mas o padre Joseph compreendera que a jovem exilada, inteligente e linda, não merecia passar a vida isolada no convento do vilarejo de Fontevrault.
3 - Os Destemidos
Outono de 1649, Drogheda - Irlanda
O espectro da morte pairava sobre a cidade como uma mortalha, Há muito que o ribombar dos canhões havia cessado e não se ouvia mais pelas ruas o ruído estridente do aço contra o aço das espadas.
Uma quietude terrível envolvia o lugar, quebrada apenas pelos gritos agonizantes dos feridos, pela cadência solene da marcha dos soldados nas pedras do calçamento, pelo choro de algum bebê abandonado ou pelo ruído seco de mais uma casa que tombava, destruída pelo fogo.
Uma força de vinte mil soldados havia desembarcado na baía de Dublin e, inexoravelmente, marchado para o norte através de estradas precárias e por entre castelos em ruínas e fortes incendiados.
Ninguém se atrevia a interceptar-lhe a passagem, pois a sua reputação a havia precedido. Todos se acovardavam ao contemplar as túnicas dos soldados, rubras como sangue, que se destacavam, contra o verde brilhante da vegetação dos campos.
Sem um desafio sequer, eles haviam alcançado os portais do lado sul de Drogheda e, embora a cidade fosse defendida por três mil homens da elite da nobreza da Irlanda, conseguiram abrir uma brecha nos parapeitos de defesa, na terceira tentativa. O massacre que se seguira fora rápido, impiedoso e total.
Agora, o capitão Robert Hubbard, do Novo Exército Inglês reorganizado por Cromwell, encontrava-se no arco do portal Duleek, acima do pátio da igreja de St. Mary. A luz bruxuleante das chamas espalhadas pela cidade refletia-se no seu peitoral e no elmo com viseira.
O rosto de feições bem-feitas mostrava determinação e, sob as sobrancelhas escuras, os olhos negros brilhavam como brasas.
Robert Hubbard observava, impassível, os irlandeses derrotados que seguiam em fila pelo portal e se amontoavam como gado no pátio da igreja.
— Está feito — murmurou ele com voz grave — e, no entanto, está apenas começando.
O governador da cidade, sir Arthur Ashton, havia dito que quem conseguisse tomar Drogheda poderia conquistar o inferno também.
“Ótimo”, pensou Hubbard, “o inferno foi tomado”. Agora era apenas uma questão de tempo para o resto da Irlanda cair sob o domínio da espada dos puritanos.
Drogheda seria uma lição para as tropas rebeldes irlandesas menos fortes. Poucas, ou nenhuma, se atreveria a suportar um cerco sabendo que o Exército de Cromwell não teria misericórdia.
Em Drogheda, frades e padres tinham sido executados à espada assim que encontrados; nenhum homem de uniforme, ou portando armas, fora poupado. Civis apanhados no caminho dos soldados ingleses também haviam recebido morte impiedosa e todos os corpos foram saqueados. Os poucos que se esconderam foram descobertos e chacinados sem compaixão.
Inclemência constituía a lei marcial e a colheita sangrenta daqueles que haviam semeado a rebelião.
— Não considerem o que fazemos como algo monstruoso — o general Cromwell proclamara —, pois o sangue que derramamos é o trabalho de Deus feito por nós em seu santo nome.
Robert Hubbard sorriu e pensou consigo mesmo: “Pois eles que façam o trabalho de Deus porque eu farei o meu.”
Mais uma vez o olhar dele percorreu a massa humana comprimida no pátio da igreja e a fila que se perdia muito além do portal Duleek até quase as margens do rio Boyne. Um a um, os prisioneiros, homens, mulheres e crianças, caminhavam com morosidade até uma mesa junto ao portal, à qual se sentava um sargento inglês envolvido por uma grossa capa preta. Em frente a ele estava um grande livro aberto.
O processo parecia interminável. Cada rebelde irlandês era obrigado a declarar nome, idade, lugar de nascimento e religião. Só depois de anotar os dados no livro, o sargento ordenava em tom monótono:
— Em frente — e a pessoa se juntava às outras, no pátio da igreja. Enquanto observava indiferente o desenrolar vagaroso da cena, Robert
Hubbard viu uma criança de uns cinco anos parar em frente à mesa. A expressão dela não denotava culpa nem remorso e o capitão imaginou como morreria esse “rebelde”, à espada, ou de fome.
— Exterminem hoje as crianças e amanhã vocês não terão rebeldes contra quem lutar — os oficiais de Hubbard haviam repetido com freqüência.
O raciocínio possuía lógica, pensou ele ao ver a criança desaparecer entre os irlandeses segregados no pátio.
Série Dinastia O'Hara
1 - Os Rebeldes
2 - Os Aventureiros
3 - Os Destemidos
Série Concluída
1 - Os Rebeldes
2 - Os Aventureiros
3 - Os Destemidos
Série Concluída
Um Casamento Imprevisto
Série Whirlwind
Austin Randolph Jamison, brilhante duque de Bradford,passeia por sua grande e jardinada propriedade com o olhar cansado enquanto, dentro da mansão familiar, os convidados desfrutam de uma animada festa.
Não parece existir uma comemoração capaz de lhe devolver a honra de seu irmão William: um herói abatido na guerra de Waterloo a quem um vergonhoso anônimo aponta como traidor.
Quando a advinha Elizabeth Matthews, uma norte-americana recém desembarcada na Londres de 1816, aparece nos jardins de sua opulenta residência, Austin logo suspeita que os lábios escarlate dessa mulher contêm a resposta a todos os segredos que a moral da época pretende dissimular.
Elizabeth e William empreenderão o ardente caminho de seus lábios, perturbados pelas visões que convulsionam o frágil corpo dela cada vez que acaricia uma mão entre as suas.
Elizabeth nasceu com o dom de ver o futuro e antes que Austin a despreze como bruxa, suas predições semearão incógnitas e mistérios no doce caminho do casal em busca da honra.
Então, Elizabeth terá renunciado ao amor de seu príncipe, convencida de que depois do casamento o destino só existe para lhe proporcionar um filho morto. Só o jugo ardente do desejo poderá desafiar o fatalismo das premonições.
Capítulo Um
Inglaterra, 1816
Austin Randolph Jamison, nono duque do Bradford, observava seus convidados de um canto sombrio. Os casais davam voltas sobre a pista de dança: um arco-íris de mulheres que luziam jóias e trajes caros acompanhadas por cavalheiros impecavelmente vestidos.
Centenas de velas de cera de abelha cintilavam nos lustres, envolvendo com um brilho quente o salão onde se celebrava a festa. Mais de duzentos membros da alta sociedade se reuniram naquela casa, e teria bastado a Austin estender o braço para tocar a uma dúzia de pessoas.
Mas nunca havia se sentido tão sozinho.
Saiu da sombra, agarrou uma taça de brandy da bandeja de prata de um criado que passava por ali e a levou aos lábios.
—Ah, por fim o encontro, Bradford. Estive buscando-o por toda parte.
Austin ficou paralisado, reprimindo uma imprecação. Não sabia com certeza quem lhe tinha falado, mas não importava.
Sabia, no entanto, o motivo pelo qual a pessoa que se encontrava atrás dele o estava procurando, por isso o nó em seu estômago. Não tinha escapatória, assim que bebeu a metade de seu brandy de um gole, preparou-se mentalmente e se voltou.
Lorde Digby se encontrava ante ele.
—Acabo de visitar a galeria, Bradford - disse Digby — O novo retrato de William com seu uniforme militar é magnífico. Parece-me uma comemoração muito adequada — O redondo rosto adotou uma expressão carrancuda enquanto sacudia a cabeça — Que espantosa tragédia, morrer em sua última missão.
Austin se obrigou a fazer um cortês gesto de assentimento.
—Estou de acordo.
—Mesmo assim, é uma honra morrer como um herói de guerra.
Austin notou uma pressão crescente no peito. Herói de guerra.
Deus fosse verdade. Entretanto, a carta que guardava trancada na gaveta de seu escritório tinha confirmado suas suspeitas de que não o era.
De repente lhe veio à mente uma fugaz imagem de William, essa última imagem diliradora que nada poderia apagar.
Um sentimento de culpa e arrependimento se apoderou dele, e seus dedos apertaram com força a taça de brandy.
Ar. Necessitava desesperadamente respirar ar fresco para clarear seus pensamentos. Depois de dar uma desculpa, encaminhou-se para as portas envidraçadas.
Caroline, sua irmã, sorriu ao vê-lo, fazendo-o devolver-lhe um sorriso forçado. Embora as reuniões sociais o aterrorizassem, agradava-lhe ver Caroline tão contente. Fazia muito tempo que essa faísca de alegria despreocupada não lhe iluminava o formoso rosto, e se para fazê-la feliz ele tinha que desempenhar o papel de anfitrião nesse maldito baile, isso era precisamente o que faria.
Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
Austin Randolph Jamison, brilhante duque de Bradford,passeia por sua grande e jardinada propriedade com o olhar cansado enquanto, dentro da mansão familiar, os convidados desfrutam de uma animada festa.
Não parece existir uma comemoração capaz de lhe devolver a honra de seu irmão William: um herói abatido na guerra de Waterloo a quem um vergonhoso anônimo aponta como traidor.
Quando a advinha Elizabeth Matthews, uma norte-americana recém desembarcada na Londres de 1816, aparece nos jardins de sua opulenta residência, Austin logo suspeita que os lábios escarlate dessa mulher contêm a resposta a todos os segredos que a moral da época pretende dissimular.
Elizabeth e William empreenderão o ardente caminho de seus lábios, perturbados pelas visões que convulsionam o frágil corpo dela cada vez que acaricia uma mão entre as suas.
Elizabeth nasceu com o dom de ver o futuro e antes que Austin a despreze como bruxa, suas predições semearão incógnitas e mistérios no doce caminho do casal em busca da honra.
Então, Elizabeth terá renunciado ao amor de seu príncipe, convencida de que depois do casamento o destino só existe para lhe proporcionar um filho morto. Só o jugo ardente do desejo poderá desafiar o fatalismo das premonições.
Capítulo Um
Inglaterra, 1816
Austin Randolph Jamison, nono duque do Bradford, observava seus convidados de um canto sombrio. Os casais davam voltas sobre a pista de dança: um arco-íris de mulheres que luziam jóias e trajes caros acompanhadas por cavalheiros impecavelmente vestidos.
Centenas de velas de cera de abelha cintilavam nos lustres, envolvendo com um brilho quente o salão onde se celebrava a festa. Mais de duzentos membros da alta sociedade se reuniram naquela casa, e teria bastado a Austin estender o braço para tocar a uma dúzia de pessoas.
Mas nunca havia se sentido tão sozinho.
Saiu da sombra, agarrou uma taça de brandy da bandeja de prata de um criado que passava por ali e a levou aos lábios.
—Ah, por fim o encontro, Bradford. Estive buscando-o por toda parte.
Austin ficou paralisado, reprimindo uma imprecação. Não sabia com certeza quem lhe tinha falado, mas não importava.
Sabia, no entanto, o motivo pelo qual a pessoa que se encontrava atrás dele o estava procurando, por isso o nó em seu estômago. Não tinha escapatória, assim que bebeu a metade de seu brandy de um gole, preparou-se mentalmente e se voltou.
Lorde Digby se encontrava ante ele.
—Acabo de visitar a galeria, Bradford - disse Digby — O novo retrato de William com seu uniforme militar é magnífico. Parece-me uma comemoração muito adequada — O redondo rosto adotou uma expressão carrancuda enquanto sacudia a cabeça — Que espantosa tragédia, morrer em sua última missão.
Austin se obrigou a fazer um cortês gesto de assentimento.
—Estou de acordo.
—Mesmo assim, é uma honra morrer como um herói de guerra.
Austin notou uma pressão crescente no peito. Herói de guerra.
Deus fosse verdade. Entretanto, a carta que guardava trancada na gaveta de seu escritório tinha confirmado suas suspeitas de que não o era.
De repente lhe veio à mente uma fugaz imagem de William, essa última imagem diliradora que nada poderia apagar.
Um sentimento de culpa e arrependimento se apoderou dele, e seus dedos apertaram com força a taça de brandy.
Ar. Necessitava desesperadamente respirar ar fresco para clarear seus pensamentos. Depois de dar uma desculpa, encaminhou-se para as portas envidraçadas.
Caroline, sua irmã, sorriu ao vê-lo, fazendo-o devolver-lhe um sorriso forçado. Embora as reuniões sociais o aterrorizassem, agradava-lhe ver Caroline tão contente. Fazia muito tempo que essa faísca de alegria despreocupada não lhe iluminava o formoso rosto, e se para fazê-la feliz ele tinha que desempenhar o papel de anfitrião nesse maldito baile, isso era precisamente o que faria.
Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
Série Concluída
Um Romance Imprevisto
Série Whirlwind
Ao ficar viúva como conseqüência de um escandaloso duelo,
Alberta Brown foi deixada desamparada e na posse de objetos adquiridos desonestamente.
Decidida a reparar os erros de seu inescrupuloso marido, ela embarca para a Inglaterra para localizar o dono de um anel masculino adornado com um misterioso selo.Uma série de estranhos episódios a bordo a convence de que se encontra envolvida num jogo perigoso.
Entretanto, nada será mais perigoso e tentador que o atraente desconhecido que a espera no cais.
Lorde Robert Jamison desejava contrair matrimônio com uma mulher que despertasse nele algo especial, mas nunca imaginou encontrá-la nessa americana de beleza peculiar e espírito independente que lhe tinham pedido para escoltar de volta para uma esplêndida mansão no campo inglês.
Allie, por sua parte, jurou a si mesma não voltar a casar-se...
Capítulo Um
Alberta Brown se agarrou com força ao corrimão de madeira do Seaward Lady enquanto um calafrio lhe percorria as costas.
Com a esperança de aparentar uma calma que não sentia, jogou uma rápida olhada a seu redor.
Os homens da tripulação gritavam uns com os outros e riam enquanto davam grandes piruetas e recolhiam as velas, preparando-se para a iminente chegada a Londres.
O ar, carregado com o penetrante aroma do mar, arrastava do buliçoso porto o som de vozes, convertidas em um murmúrio indecifrável.
Os passageiros se reuniram em grupos junto ao corrimão, conversado nervosamente, sorrindo ou saudando com a mão alguém no cais.
Todos pareciam perfeitamente tranqüilos e desejosos de pisar em terra depois dos três meses que tinha durado a viagem da América. Ninguém a estava olhando.
Mesmo assim, não podia livrar-se de uma estranha sensação de ameaça.
O peso de um olhar a cobria como um sudário.
O coração lhe golpeava o peito com lentas e pesadas pulsações.
Obrigou-se a respirar fundo para acalmar-se e a devolver sua atenção à próxima ponte.
“Estou totalmente a salvo. Ninguém quer me fazer nada de mal.” Rogou a Deus que estivesse certa.
Mas não conseguia desfazer-se da desagradável sensação de que não estava. Baixou o olhar para a espuma que golpeava o casco enquanto o navio cortava brandamente as ondas, e o estômago lhe deu voltas.
Deus, não faziam nem três horas que tinha caído nessas águas azuis...
Fechou os olhos com força, estremecendo-se.
Recordou a impressão ao sentir que a empurravam por trás, a queda... eterna, dando tapas desesperados ao ar, enquanto gritos de pânico lhe surgiam da garganta e se sossegavam de repente quando a água gelada se fechou sobre ela.
Estaria eternamente agradecida ao trio de cães que, com seus latidos, alertaram a um atento marinheiro do acidente.
Mesmo assim, apesar da rápida reação do homem e de suas próprias habilidades de nadadora, Allie tinha estado a ponto de afogar-se.
O acidente. Sim, assim o chamava todo mundo.
Um cabrestante mau segurado se soltou e lhe tinha golpeado entre os ombros, empurrando-a por cima da amurada.
O capitão Whitstead tinha repreendido toda a tripulação.
Mas tinha sido realmente um acidente? Ou alguém tinha soltado intencionalmente o cabrestante e o tinha empurrado sobre ela?
Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
Ao ficar viúva como conseqüência de um escandaloso duelo,
Alberta Brown foi deixada desamparada e na posse de objetos adquiridos desonestamente.
Decidida a reparar os erros de seu inescrupuloso marido, ela embarca para a Inglaterra para localizar o dono de um anel masculino adornado com um misterioso selo.Uma série de estranhos episódios a bordo a convence de que se encontra envolvida num jogo perigoso.
Entretanto, nada será mais perigoso e tentador que o atraente desconhecido que a espera no cais.
Lorde Robert Jamison desejava contrair matrimônio com uma mulher que despertasse nele algo especial, mas nunca imaginou encontrá-la nessa americana de beleza peculiar e espírito independente que lhe tinham pedido para escoltar de volta para uma esplêndida mansão no campo inglês.
Allie, por sua parte, jurou a si mesma não voltar a casar-se...
Capítulo Um
Alberta Brown se agarrou com força ao corrimão de madeira do Seaward Lady enquanto um calafrio lhe percorria as costas.
Com a esperança de aparentar uma calma que não sentia, jogou uma rápida olhada a seu redor.
Os homens da tripulação gritavam uns com os outros e riam enquanto davam grandes piruetas e recolhiam as velas, preparando-se para a iminente chegada a Londres.
O ar, carregado com o penetrante aroma do mar, arrastava do buliçoso porto o som de vozes, convertidas em um murmúrio indecifrável.
Os passageiros se reuniram em grupos junto ao corrimão, conversado nervosamente, sorrindo ou saudando com a mão alguém no cais.
Todos pareciam perfeitamente tranqüilos e desejosos de pisar em terra depois dos três meses que tinha durado a viagem da América. Ninguém a estava olhando.
Mesmo assim, não podia livrar-se de uma estranha sensação de ameaça.
O peso de um olhar a cobria como um sudário.
O coração lhe golpeava o peito com lentas e pesadas pulsações.
Obrigou-se a respirar fundo para acalmar-se e a devolver sua atenção à próxima ponte.
“Estou totalmente a salvo. Ninguém quer me fazer nada de mal.” Rogou a Deus que estivesse certa.
Mas não conseguia desfazer-se da desagradável sensação de que não estava. Baixou o olhar para a espuma que golpeava o casco enquanto o navio cortava brandamente as ondas, e o estômago lhe deu voltas.
Deus, não faziam nem três horas que tinha caído nessas águas azuis...
Fechou os olhos com força, estremecendo-se.
Recordou a impressão ao sentir que a empurravam por trás, a queda... eterna, dando tapas desesperados ao ar, enquanto gritos de pânico lhe surgiam da garganta e se sossegavam de repente quando a água gelada se fechou sobre ela.
Estaria eternamente agradecida ao trio de cães que, com seus latidos, alertaram a um atento marinheiro do acidente.
Mesmo assim, apesar da rápida reação do homem e de suas próprias habilidades de nadadora, Allie tinha estado a ponto de afogar-se.
O acidente. Sim, assim o chamava todo mundo.
Um cabrestante mau segurado se soltou e lhe tinha golpeado entre os ombros, empurrando-a por cima da amurada.
O capitão Whitstead tinha repreendido toda a tripulação.
Mas tinha sido realmente um acidente? Ou alguém tinha soltado intencionalmente o cabrestante e o tinha empurrado sobre ela?
Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
2 - Um Romance Imprevisto
Série Concluída
16 de junho de 2010
Coração Leal
Trilogia Coração
Krista Hart, editora de um jornal para damas londrinas,
ganhou inimigos por escrever sem fazer rodeios.
Quando se encontra com um guerreiro viking preso em uma jaula como se fosse uma atração de feira, exige sua imediata liberação.
Embora diga a si mesma que liberar Leif Draugr é simplesmente o correto, não pode negar a atração que sente por ele, especialmente depois de que seu pai o transforme em um "perfeito" cavalheiro inglês...
Capítulo Um
Inglaterra, 1842
Leif tremia sob a fina manta, quão único possuía para proteger seu corpo quase nu contra o frio. Ainda não era primavera, os caminhos estavam cheios de lodo e inclusive congelados em alguns lugares.
Os débeis raios de sol apareciam esporadicamente entre as nuvens, brilhando durante breves momentos, antes de desaparecer de novo.
O frio vento agitou a manta e Leif a rodeou ainda mais ao corpo.
Não tinha nem ideia de onde estava, só sabia que estava atravessando uma campina salpicada ocasionalmente por pequenas aldeias com atalhos irregulares delimitados por muretas de pedra.
Devia levar nessas terras mais de quatro luas, mas o mais provável era que a essas alturas tivesse perdido a noção do tempo.
A única coisa que sabia com certeza era que seu pequeno navio fora jogado contra as rochas em alguma parte da costa ao norte de onde se encontrava, levando consigo nove de seus companheiros ao fundo do mar e deixando seu corpo maltratado.
Um pastor o resgatara do mar gelado acolhendo-o em sua casa e cuidando-o durante a febre que sofreu. Leif mal se recuperou quando chegaram ao mercado, pagaram ao pastor e o levaram junto.
Queriam-no porque parecia distinto, porque era "diferente" de qualquer um dos homens que povoavam essa terra estranha.
Não falava sua língua, nem compreendia uma palavra do que diziam, o qual parecia diverti-los e aumentar seu valor de algum jeito. Eram pelo menos quinze centímetros mais alto que a maioria deles, e seu corpo era muito mais musculoso.
Embora houvesse alguns homens loiros, como ele, poucos tinham barba e nenhuma era tão longa e povoada como a sua. Levavam o cabelo curto, enquanto que o seu chegava aos ombros.
Leif estava muito fraco e fora incapaz de defender-se quando o colocaram à parte traseira de uma carreta para transladá-lo da cabana do pastor.
Quando sua força começou a ressurgir, os homens que o mantinham cativo começaram a temer, e imobilizaram seus braços e as pernas com pesados grilhões de aço.
Colocaram-no à força em uma jaula que não era o suficientemente grande para um homem de seu tamanho, por isso se via forçado a permanecer agachado sobre a palha do chão como se fosse um animal.
Era prisioneiro em uma terra hostil, consideravam-no uma raridade digna de ser exibida para as pessoas do campo, uma maneira cruel de entretê-los.
Foram vê-lo, sabia.
Um homem gordo com uma cicatriz na cara levava comida para ele e arrecadava moedas das pessoas que se reuniam ao redor de sua jaula.
O homem - que se chamava Snively - o feria e perseguia, tentando tirar para fora um temperamento violento, o que parecia agradar ao povo que pagara para lhe ver.
Leif odiava a esse homem. Odiava a todos.
Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída
Krista Hart, editora de um jornal para damas londrinas,
ganhou inimigos por escrever sem fazer rodeios.
Quando se encontra com um guerreiro viking preso em uma jaula como se fosse uma atração de feira, exige sua imediata liberação.
Embora diga a si mesma que liberar Leif Draugr é simplesmente o correto, não pode negar a atração que sente por ele, especialmente depois de que seu pai o transforme em um "perfeito" cavalheiro inglês...
Capítulo Um
Inglaterra, 1842
Leif tremia sob a fina manta, quão único possuía para proteger seu corpo quase nu contra o frio. Ainda não era primavera, os caminhos estavam cheios de lodo e inclusive congelados em alguns lugares.
Os débeis raios de sol apareciam esporadicamente entre as nuvens, brilhando durante breves momentos, antes de desaparecer de novo.
O frio vento agitou a manta e Leif a rodeou ainda mais ao corpo.
Não tinha nem ideia de onde estava, só sabia que estava atravessando uma campina salpicada ocasionalmente por pequenas aldeias com atalhos irregulares delimitados por muretas de pedra.
Devia levar nessas terras mais de quatro luas, mas o mais provável era que a essas alturas tivesse perdido a noção do tempo.
A única coisa que sabia com certeza era que seu pequeno navio fora jogado contra as rochas em alguma parte da costa ao norte de onde se encontrava, levando consigo nove de seus companheiros ao fundo do mar e deixando seu corpo maltratado.
Um pastor o resgatara do mar gelado acolhendo-o em sua casa e cuidando-o durante a febre que sofreu. Leif mal se recuperou quando chegaram ao mercado, pagaram ao pastor e o levaram junto.
Queriam-no porque parecia distinto, porque era "diferente" de qualquer um dos homens que povoavam essa terra estranha.
Não falava sua língua, nem compreendia uma palavra do que diziam, o qual parecia diverti-los e aumentar seu valor de algum jeito. Eram pelo menos quinze centímetros mais alto que a maioria deles, e seu corpo era muito mais musculoso.
Embora houvesse alguns homens loiros, como ele, poucos tinham barba e nenhuma era tão longa e povoada como a sua. Levavam o cabelo curto, enquanto que o seu chegava aos ombros.
Leif estava muito fraco e fora incapaz de defender-se quando o colocaram à parte traseira de uma carreta para transladá-lo da cabana do pastor.
Quando sua força começou a ressurgir, os homens que o mantinham cativo começaram a temer, e imobilizaram seus braços e as pernas com pesados grilhões de aço.
Colocaram-no à força em uma jaula que não era o suficientemente grande para um homem de seu tamanho, por isso se via forçado a permanecer agachado sobre a palha do chão como se fosse um animal.
Era prisioneiro em uma terra hostil, consideravam-no uma raridade digna de ser exibida para as pessoas do campo, uma maneira cruel de entretê-los.
Foram vê-lo, sabia.
Um homem gordo com uma cicatriz na cara levava comida para ele e arrecadava moedas das pessoas que se reuniam ao redor de sua jaula.
O homem - que se chamava Snively - o feria e perseguia, tentando tirar para fora um temperamento violento, o que parecia agradar ao povo que pagara para lhe ver.
Leif odiava a esse homem. Odiava a todos.
Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída
Toque-me Com Fogo
Escapando de um indesejado pretendente,
fugiu de seu lar com uma tribo cigana...
Para cair diretamente nos braços de um apaixonado aristocrata.
Com seus brilhantes olhos violetas, sua determinação, e sua beleza oculta debaixo das apagadas roupas de uma serva.
Blaise Saint James prefere escapar de sua vida cheia de privilégios antes que casar-se com algum cavalheiro inglês insensível, por mais adequado que este seja.
Mas no momento em que conhece Julian Morrow, o Visconde Lynden, fica preso sob o seu feitiço.
Com seu cabelo dourado, o rosto e o físico de um Adônis, e um carisma que só se pode conseguir com o dinheiro e o fato de ter nascido em uma família de alta linhagem, sem duvida que está frente a um verdadeiro aristocrata.
E, embora sua alma sofra pelas cicatrizes emocionais que lhe deixaram a guerra e a traição de uma mulher, seus penetrantes olhos azuis falam de uma paixão que contradiz seu sangue nobre.
Logo, Blaise estremece ante a um simples contato e responde aos seus beijos ardentes indefesa.
Ele deseja tê-la , se tratar da inocente fugitiva que afirma ser, como sedutora experiente que ele suspeita que seja, mas a proposta que lhe faz não é a que um cavalheiro faria para uma dama...
Capítulo Um
Hertfordshire, Inglaterra Setembro de 1813
Em circunstâncias normais, Blaise St. James nunca tinha considerado fazer algo tão drástico como escapar com uma tribo de ciganos, mas as circunstâncias não eram normais: estava desesperada.
Seu padrasto a tinha enviado a Inglaterra com ordens expressas de encontrar um marido.
Não é que eu tinha objeção alguma contra o matrimônio; de fato, se pudesse escolher voltaria encantada a sua casa na Filadélfia para iniciar a busca lá.
Mas as colônias da América estavam em guerra com a Inglaterra, o que fazia extremamente perigoso uma viagem transatlântica, e ainda todos seus parentes ingleses haviam conspirado contra ela, determinados a dobrá-la.
Não entanto, Blaise estava tão decidida quando eles, em seu caso, a desbaratar os planos de sua família.
Sob nenhum conceito queria por marido a um aristocrata inglês estirado e arrogante como seu padrasto ou seus primos ingleses; como tampouco desejava casar-se com o rico fazendeiro que sua tia escolheu para ela: o latifundiário Digby Featherstonehaugh não se ajustava precisamente aos sonhos de uma moça jovem, e muito menos aos de Blaise.
Tão somente pensar na possibilidade de acabar casada com ele para o resto de seus dias lhe provocava um calafrio.
— Os homens ingleses são umas aves frias — murmurou Blaise enquanto puxava o vestido emprestado de áspero tecido e de inofensiva cor acastanhada — e ninguém me vai convencer do contrário.
— Como disse senhorita?
A criada da estalagem Bell & Thistle, incapaz de explicar o estranho comportamento das classes superioras, contemplou desconcertada como o cabelo negro daquela dama desaparecia por entre as dobras de seu melhor vestido.
— Nada, nada, não importa. — A cabeça do Blaise emergiu finalmente pelo pescoço do singelo objeto de duvidosa feitura — Mas confie em minha palavra: vivi em uma dúzia de países e posso dizer que não há nada mais frio e insensível que um cavalheiro inglês; até as trutas de rio são mais apaixonadas. — Acabou de apertar o sutiã e ajustou bem às mangas. — Bom! Que tal, como me vê?
A criada piscou.
— Pois… eeeh, bem, senhorita… é mais ou menos sua altura, mas mesmo assim duvido que possa enganar a ninguém.
— E por que não?
— É que… mesmo com tudo, parece muito elegante. Seu cabelo, seu rosto…
— Não terá um espelho por aí… — Blaise percorreu com o olhar o sótão com pouco espaço e percebeu a estupidez da sua pergunta: à exceção de um catre frágil e uma pequena cômoda, a habitação estava completamente vazia, desprovida das comodidades mais básicas, e era uma prova fidedigna das tremendas diferenças que separavam aos empregados dos nobres ingleses. — Bom, terá que servir. Posso sujar a cara com um pouco de fuligem e cobrir o cabelo… E um lenço, tem? Pagarei uma guiné a mais.
— Ai, senhorita… já me pagou demais… Tomarão por uma ladra se eu ficar rica derrepente… Mas eu tenho um lenço.
Quando a moça deu meia volta para remexer na cômoda entre seus escassos pertences, Blaise ajoelhou para espreitar pela janela que se abria justo sob o flap do telhado. A carruagem de sua tia ainda esperava em meio do ocupado pátio da estalagem.
Blaise enrugou a testa: lady Agnes jamais iria até que encontrasse a sua sobrinha.
No entanto, o toque estrondoso de trompetista que anunciava a saída da carruagem do correio lhe deu uma idéia.
Rapidamente tirou os alfinetes que seguravam seu elaborado penteado e sacudiu a cabeça, deixando que os seus cabelos longos cabelos negros caindo até a cintura como uma nuvem espessa.
Então pegou o lenço que lhe oferecia a faxineira, cobriu com ele seus sedosos cabelos e o amarrou ao pescoço. Então ficou em pé e, tirando dois punhados de xelins de prata de uma bolsinha, depositou o que sem dúvida era o salário do meio ano na palma da mão da moça, que a olhava com olhos arregalados.
Prendeu a bolsinha sob sua saia e cobriu os ombros com um singelo manto marrom que também pertenceu à criada.
— Bom!
14 de junho de 2010
Fuga das Terras Altas
Tess Delgado suspeitava que seu tio fosse aliado dos traidores que planejavam depor o rei Jaime II.
Mas foi somente depois de libertar sir Revan Halyard do calabouço do castelo que ela teve noção da gravidade da intriga e dos extremos de que o tio seria capaz para tira-la do caminho e reivindicar a herança que, caso contrário, seria dela.
Quando, durante a fuga, Revan raptou Tess, ela acabou se tornando sua aliada... se bem que cautelosa... além de refém.
Porque, embora Tess relutasse em confiar no guerreiro do rei e em entregar-se ao desejo que ele lhe despertava, ela não podia negar o destino que ambos compartilhavam.
E, enquanto se lançavam numa fuga alucinada dos traidores, ávidos para aniquilá-los e para usurpar o trono, Tess e Revan arriscariam tudo por amor ao rei, à pátria... e um pelo outro!
Capítulo Um
Escócia, 1455
— Veio até aqui para rir da desgraça alheia?
— O quê? Quem foi que falou? — Tess assustou-se. Um voz masculina fez seu coração disparar.
Na ida, passara pela masmorra do castelo de seu tio e a encontrara vazia. Com extremo cuidado, aproximou-se da cela e ergueu o castiçal para iluminar aquele canto da prisão.
Tess não conteve um gemido gutural. Acorrentado na parede, com os braços e pernas estendidos, o homem mais bonito que ela já vira. Nem os hematomas, nem o sangue, nem a sujeira ofuscavam-lhe a beleza. Aquele gigante loiro que a encarava não lhe era estranho.
— Quando foi que chegou aqui? — Tess indagou.
Revan estranhou o rosto adorável e malicioso encostado nas grades de ferro.
E também os olhos negros e arregalados pela surpresa. Imaginou se Fergus Thurkettle estaria fazendo algum tipo de brincadeira. Nesse caso, seria melhor entrar no jogo.
— Hum.. há pouco mais de duas horas.
— E resolveu cochilar pendurado nas correntes de ferro?
— Pelo menos é mais limpo de que a cama.
Tess reparou no catre roído pelos ratos e teve de concordar.
O que seu tio Fergus estaria tramando no momento? Ele exagerava um pouco em suas pretensões de ser o senhor absoluto e todo-poderoso de tudo que o rodeava. Esse seu objetivo transformara-se em uma obsessão que a deixava com calafrios.
— O senhor não diria isso se soubesse quem estava aqui a semana passada.
— Quem era?
— Um homem magro e sujo.
— O que aconteceu com ele?
— Eu não sei. — Tess resolveu guardar para si a teoria que elaborara a respeito. — Eu o vi aqui, chorando como uma criança. Pelo que pude entender, ele não havia cometido nenhum crime. Eu o teria libertado, mas não tinha as chaves. Quando voltei, o homem já não estava mais aqui.
— Ele sumiu assim de repente?
— Bem, não foi tão de repente. Demorei dois dias para voltar. Eu não podia simplesmente roubar as chaves. Por isso falei com Ian, o ferreiro. Não foi fácil persuadi-lo, mas afinal consegui que ele fizesse uma duplicata das chaves. Quando retornei com elas, o homenzinho tinha desaparecido.
— E para onde acha que ele foi?
— Não sei por que estava aqui nem como foi que deixou de estar. Bem, agora me responda. Por que o senhor está aqui?
— Acredito que minhas aspirações ultrapassaram os limites da minha posição social.
Tess não entendeu ao que ele se referia e notou a amargura na voz envolvente do prisioneiro. Seu tio, quando ainda era uma pessoa racional, jamais prendera ninguém por isso. Aos poucos uma idéia desagradável invadiu-lhe a mente.
— O senhor andou se aproveitando de Brenda?— Aproveitando? Eu a estava cortejando
11 de junho de 2010
O Romance da Rosa
Série Rose
O cavaleiro Armand D'Avigny iria lembrar-se de Alexandria de Fontaine sempre que aspirasse o perfume de rosas.. e levaria para as cruzadas a lembrança da bela jovem que lhe salvou a vida.
Agora, ao contemplar novamente o rosto encantado jurou que nunca se afastaria do lado de sua doce amada.
O coração de Alexa bateu mais forte ao reconhecer os olhos verdes de seu salvador. Mas, durante a fuga para a liberdade, soube que jamais poderia se entregar ao amor de Armand D'Avigny, porque o transformaria em vítima do inimigo que a estava perseguindo. Enquanto Pierre de Villiers, seu impiedoso raptor, vivesse, Alexa de Fontaine nunca seria 1 mulher livre para amar!
Capítulo Um
Setembro de 1242
Um raio de sol iluminou as pedras cobertas da limo das cavalariças, atraindo um olhar curioso de Armand. Ele continuava a pensar naquela cons¬trução como sendo de seu pai, esquecendo-se sempre que agora todo o feudo pertencia a seu irmão Guillaume.
Armand jamais compreendera a pressa de seu pai em legar todos os bens e o título de senhor de Avigny a Guillaume. Nos últimos três anos, essa decisão demons¬trara ser ainda mais incompreensível.
A pesada porta de madeira fechou-se com um estalido seco mas Armand continuou a escovar seu cavalo apesar de ouvir os passos leves e a risada sensual, característica da cunhada. Ele cerrou os maxilares, controlando o im¬pulso de raiva.
— O que quer de mim agora, Margrethe? — perguntou ele, sem virar para trás.
Ele fora completamente idiota e imprudente ao dis¬pensar o escudeiro a fim de tratar pessoalmente de seu cavalo. Passara três anos aperfeiçoando as táticas ideais para fugir da sensual Margrethe e, aparentemente, ainda tinha muito a aprender.
— Não sei como você pode ter dúvidas a esse respeito, querido...
Armand a viu se aproximar com passos lentos e um sorriso malicioso nos lábios cheios e, irritado por ter sido interrompido, voltou a se concentrar no trabalho, igno¬rando a presença dela. Era uma esperança muito tênue mas talvez sua grosseria ofendesse Margrethe.
Enquanto se aproximava da baia, Margrethe examinou o cunhado da cabeça aos pés e soltou um suspiro de antecipação. Esperava há muito tempo por esse momento e nada a impediria de realizar seu maior desejo.
Os ombros largos e os quadris estreitos de Armand revelavam uma juventude dedicada aos exercícios físicos. Ele era um dos cavaleiros mais famosos do reino e manejava a espada com uma perícia rara. Sem a menor dú¬vida, os dois irmãos não tinham nada em comum e Mar¬grethe desejava com desespero aquele jovem viril que não se deixava conquistar.
Antecipando os prazeres que descobriria sobre a palha dourada das cavalariças naquela tarde, Margrethe avançou, aproximando-se demais do cavalo que Armand con¬tinuava a escovar.
Tiberias relinchou, recuando subitamente. Forçado a se encostar ainda mais de encontro às pedras da baia, Armand praguejou em voz alta. Quantas vezes ele repetira àquela idiota que seu cavalo reagia mal à proximidade de qualquer mulher?
Com gestos deliberadamente lentos, Armand tentou acalmar o animal. Tiberias virou a cabeça e os olhos negros pareciam pedir desculpas ao seu dono.
— Quantas vezes já lhe pedi para manter uma prudente distância de Tiberias, madame? — Armand não disfarçava a raiva e seus olhos verdes brilhavam como esmeraldas na penumbra da cocheira. — Como pode perceber, ele não gosta de mulheres.
— Ora... que tolice...
Série Rose
1 - O Romance de Rosa
2 - A Feiticeira
3 - Insensatez
Série Concluída
O cavaleiro Armand D'Avigny iria lembrar-se de Alexandria de Fontaine sempre que aspirasse o perfume de rosas.. e levaria para as cruzadas a lembrança da bela jovem que lhe salvou a vida.
Agora, ao contemplar novamente o rosto encantado jurou que nunca se afastaria do lado de sua doce amada.
O coração de Alexa bateu mais forte ao reconhecer os olhos verdes de seu salvador. Mas, durante a fuga para a liberdade, soube que jamais poderia se entregar ao amor de Armand D'Avigny, porque o transformaria em vítima do inimigo que a estava perseguindo. Enquanto Pierre de Villiers, seu impiedoso raptor, vivesse, Alexa de Fontaine nunca seria 1 mulher livre para amar!
Capítulo Um
Setembro de 1242
Um raio de sol iluminou as pedras cobertas da limo das cavalariças, atraindo um olhar curioso de Armand. Ele continuava a pensar naquela cons¬trução como sendo de seu pai, esquecendo-se sempre que agora todo o feudo pertencia a seu irmão Guillaume.
Armand jamais compreendera a pressa de seu pai em legar todos os bens e o título de senhor de Avigny a Guillaume. Nos últimos três anos, essa decisão demons¬trara ser ainda mais incompreensível.
A pesada porta de madeira fechou-se com um estalido seco mas Armand continuou a escovar seu cavalo apesar de ouvir os passos leves e a risada sensual, característica da cunhada. Ele cerrou os maxilares, controlando o im¬pulso de raiva.
— O que quer de mim agora, Margrethe? — perguntou ele, sem virar para trás.
Ele fora completamente idiota e imprudente ao dis¬pensar o escudeiro a fim de tratar pessoalmente de seu cavalo. Passara três anos aperfeiçoando as táticas ideais para fugir da sensual Margrethe e, aparentemente, ainda tinha muito a aprender.
— Não sei como você pode ter dúvidas a esse respeito, querido...
Armand a viu se aproximar com passos lentos e um sorriso malicioso nos lábios cheios e, irritado por ter sido interrompido, voltou a se concentrar no trabalho, igno¬rando a presença dela. Era uma esperança muito tênue mas talvez sua grosseria ofendesse Margrethe.
Enquanto se aproximava da baia, Margrethe examinou o cunhado da cabeça aos pés e soltou um suspiro de antecipação. Esperava há muito tempo por esse momento e nada a impediria de realizar seu maior desejo.
Os ombros largos e os quadris estreitos de Armand revelavam uma juventude dedicada aos exercícios físicos. Ele era um dos cavaleiros mais famosos do reino e manejava a espada com uma perícia rara. Sem a menor dú¬vida, os dois irmãos não tinham nada em comum e Mar¬grethe desejava com desespero aquele jovem viril que não se deixava conquistar.
Antecipando os prazeres que descobriria sobre a palha dourada das cavalariças naquela tarde, Margrethe avançou, aproximando-se demais do cavalo que Armand con¬tinuava a escovar.
Tiberias relinchou, recuando subitamente. Forçado a se encostar ainda mais de encontro às pedras da baia, Armand praguejou em voz alta. Quantas vezes ele repetira àquela idiota que seu cavalo reagia mal à proximidade de qualquer mulher?
Com gestos deliberadamente lentos, Armand tentou acalmar o animal. Tiberias virou a cabeça e os olhos negros pareciam pedir desculpas ao seu dono.
— Quantas vezes já lhe pedi para manter uma prudente distância de Tiberias, madame? — Armand não disfarçava a raiva e seus olhos verdes brilhavam como esmeraldas na penumbra da cocheira. — Como pode perceber, ele não gosta de mulheres.
— Ora... que tolice...
Série Rose
1 - O Romance de Rosa
2 - A Feiticeira
3 - Insensatez
Série Concluída
7 de junho de 2010
O Highlander Seduzido
Trilogia MacLeod de Skye
Floresce MacLeod está decidida a evitar o amargo destino de sua mãe, ser um mero peão no jogo político do matrimônio.
Trilogia MacLeod de Skye
1 - O Highlander Indomável
2 - O Segredo do Highlander
3 - O Highlander Seduzido
Trilogia Concluída
Floresce MacLeod está decidida a evitar o amargo destino de sua mãe, ser um mero peão no jogo político do matrimônio.
Com essa determinação, enfrenta seu captor e muito em breve a batalha de vontades e uma grande paixão explodirá entre ambos. Lachlan MacLean se encontrou com bem mais do que esperava.
Este chefe de clã talhado em mil batalhas, que fará o que for para proteger aos seus, acaba de sequestrar à bela herdeira de um clã inimigo e tem intenção de cortejá-la e pedi-la em matrimônio.
Mas a este brusco gigante não se dá muito bem com as artes da sedução, e muito menos com esta mulher exasperante e teimosa. Entretanto, quando uma maldição põe em perigo a vida de Flora, Lachlan se dá conta de que seu estratagema possivelmente acabe arrojando rendimentos amorosos.
Trilogia MacLeod de Skye
1 - O Highlander Indomável
2 - O Segredo do Highlander
3 - O Highlander Seduzido
Trilogia Concluída
Quase Perfeitos
Londres, 1812
Um convidado indesejável... Uma dama inocente...
O nome de Lionel St. James, definitivamente, não consta da lista de convidados para a festa na casa dos Blakely.
Apesar disso, ele vai até lá com um único propósito em mente: ver — mesmo que de longe — a srta. Mary Ann Whittaker.
Anos atrás, numa escura noite de inverno, a visão daquele rosto adorável aqueceu seu coração, e inspirou nele uma generosidade que ele não imaginava possuir...
Lionel se surpreende ao constatar que os anos não diminuíram a beleza de Mary Ann, e que ela continua doce e inocente como naquela noite, tanto tempo atrás.
Mas à medida que trocam um olhar, o coração de Lionel se enche de pesar.
Pois a passagem do tempo não foi nada gentil com sua própria reputação, e sua alma só se tornou ainda mais marcada e sombria a cada dia.
Ele teme que, se fizer a corte a Mary Ann, acabe arruinando-a.
Porém, naquela noite, tudo que ele quer é tê-la em seus braços, e uma chance de se tornar o homem que ela merece ter, por todos os dias de sua vida...
Capítulo Um,
Londres, 23 de Dezembro, 1812
Durante toda a vida, Mary Ann Wbittaker ouviu sua mãe falar dos perigos de caminhar sozinha pelas ruas da cidade.
No crepúsculo daquela tarde de inverno, enquanto lutava contra um ladrão defendendo sua bolsa, concluiu que a mãe tinha razão.
Com apenas quatorze anos, ela não era tola, e sabia dos perigos.
Mas naquele dia acreditou que chegaria à loja em plena luz do sol, e estaria em casa antes que notassem sua falta. No entanto, subestimou o tempo que levaria para chegar ao local.
— Entregue logo essa bolsa, e eu não a machucarei — ameaçou o assaltante, obviamente surpreso com a disposição da garota em brigar pelo que era seu.
— Nunca! — ela protestou.
Se ele roubasse sua única joia antes que chegasse à loja de penhores, estaria tudo perdido.
O homem se zangou. A expressão nos olhos malévolos dizia que, enquanto no início ele apenas se divertia, aterrorizando a garota desamparada e roubando seus poucos valores, agora a machucaria.
O pânico deu forças a Mary Ann, mas o ladrão, evidentemente mais forte, logo a derrubou no chão.
Ela podia sentir o hálito malcheiroso dele empesteando seu rosto enquanto lutava para se libertar.
— Solte-me! — gritava.
Então ela fez algo que jamais fizera na vida. Abriu a boca e gritou a plenos pulmões. O homem vacilou e a esbofeteou.
— Basta, sua vadia!
Fora estupidez desperdiçar fôlego gritando, ela pensou.
Havia pessoas na rua quando o ladrão a atacou e ninguém veio socorrê-la.
Sentia as bochechas arderem como fogo, e isso deu vida nova à sua luta.
Não tinha a menor intenção de terminar a vida naquele lugar sujo, fedorento, e nas mãos de um bruto.
Contudo, o peso dele a esmagava, fazendo-o rir em descarado escárnio.
Na certa a mataria, e jogaria seu corpo em um rio imundo. Sua mãe e irmãs jamais saberiam seu fim.
Sua visão escureceu enquanto os dedos grossos do brutamontes apertavam-lhe o pescoço.
De súbito, o ar retornou a seus pulmões, e o peso do homem repentinamente foi afastado do seu corpo.
Piscando para se livrar das lágrimas, olhou para o rosto do que parecia ser um deus dourado, moldado pela luz do pôr-do-sol.
Com fria eficiência, a surpreendente aparição girou o ladrão e o golpeou duramente na mandíbula. Depois de agarrá-lo pelo colarinho do casaco, atirou-o na rua.
— Suma daqui, canalha!
6 de junho de 2010
O Segredo do Highlander
Trilogia MacLeod de Skye
Meg Mackinnon sabe que precisa encontrar um marido leal e o suficientemente forte para defender seu clã.
Seu pai confiou nela para tomar essa decisão e lhe decepcionar não é uma opção. Assim sai para a corte para levar a cabo sua particular busca de marido, uma busca interrompida por um foragido, moreno e misterioso, que desperta paixões que Meg não pode ignorar.
Alex parece ser um mercenário, um homem sem lealdades, mas Meg suspeita que é mais do que parece ser e que deverá aprender a confiar nele correndo o risco de perder seu coração.
Dominado pelos demônios de seu passado, Alex MacLeod briga contra a injustiça do rei, e com a missão bem clara de proteger seu clã.
Mas quando descobre os detalhes de um complô real para colonizar as Terras Altas com habitantes das Terras Baixas, quão último precisa é que a presença dessa mulher interfira em seus planos.
Unidos por uma mortífera trama de intrigas, ambos deverão enfrentar sua última batalha e escolher entre o amor e o dever.
Comentário tevisora Tessy: A história é lindíssima, cheia de intrigas, perigos e paixão e possui cenas muito sensuais. Como é baseada e uma história real ela te prende em um enredo muito bem escrito sem deixar de ser uma romântica história de amor.... Adorei!!!
Capítulo Um
Lochalsh, Inverness-shire, junho de 1605
Dirigia-se a casa.
Alex MacLeod apressou sua montaria através do estreito atalho.
O corpulento cavalo de guerra respondeu imediatamente aumentando o ritmo da marcha pelo denso bosque povoado de árvores, como se aquela fosse a primeira milha que percorria.
O ritmo frenético que Alex tinha estabelecido três dias antes não tinha feito mais que intensificar-se à medida que se aproximavam de seu destino final.
Sabia que estava pressionando seus homens, mas eles já estavam acostumados, melhor dizendo, cresciam-se diante de tal rigor.
De fato, não tinham se tornado o grupo de guerreiros mais temidos das Highlands escocesas por levar uma vida cômoda. Seu irmão, Rory MacLeod, chefe do clã MacLeod, tinha pedido que retornasse a casa para uma importante missão.
Era seu chefe e o necessitava. Alex não se atrasaria.
A mensagem de Rory era reservada e breve, mas ele sabia muito bem o que queria dizer.
A oportunidade que tinha estado esperando chegara e Alex estava preparado. Curtido pelas batalhas e tão afiado como sua própria espada claymore, estava preparado para qualquer tarefa que seu irmão necessitasse.
Tinham passado quase três anos desde que tinha visto pela última vez as rochosas costas de Skye e as imponentes muralhas de pedra do castelo de Dunvegan, residência dos MacLeod durante quase quatrocentos anos.
Sua ideia inicial não era passar tanto tempo longe, mas tinha encontrado sua vocação vivendo como um fugitivo, na mais brutal e primitiva das condições.
Sentia-se melhor no campo de batalha.
Aquele era o único lugar onde podia aplacar seus demônios e o desassossego que o dominavam. Entretanto, todos esses anos de constante luta não tinham podido apagar o fogo que ardia em seu interior, pelo contrario, essa chama não tinha feito mais que aumentar.
A batalha estava se aproximando de seu lar.
Lar. Uma onda de algo parecido à nostalgia o invadiu.
Em estranhas ocasiões Alex se permitia pensar no que tinha deixado atrás, família, paz, segurança… Mas tais coisas não eram pra ele, sabia que seu destino apontava em outra direção.
Dirigiu-se a uma clareira e diminuiu a marcha, permitindo assim que seus homens o alcançassem. Seu escudeiro, Robbie, colocou-se junto a ele.
Embora o moço ainda não tivesse completado dezessete anos, estava se convertendo em um bom guerreiro.
Viver da espada não deixa muita margem de engano, os meninos que não se tornam rapidamente homens… Morrem.
Trilogia MacLeod de Skye
Meg Mackinnon sabe que precisa encontrar um marido leal e o suficientemente forte para defender seu clã.
Seu pai confiou nela para tomar essa decisão e lhe decepcionar não é uma opção. Assim sai para a corte para levar a cabo sua particular busca de marido, uma busca interrompida por um foragido, moreno e misterioso, que desperta paixões que Meg não pode ignorar.
Alex parece ser um mercenário, um homem sem lealdades, mas Meg suspeita que é mais do que parece ser e que deverá aprender a confiar nele correndo o risco de perder seu coração.
Dominado pelos demônios de seu passado, Alex MacLeod briga contra a injustiça do rei, e com a missão bem clara de proteger seu clã.
Mas quando descobre os detalhes de um complô real para colonizar as Terras Altas com habitantes das Terras Baixas, quão último precisa é que a presença dessa mulher interfira em seus planos.
Unidos por uma mortífera trama de intrigas, ambos deverão enfrentar sua última batalha e escolher entre o amor e o dever.
Comentário tevisora Tessy: A história é lindíssima, cheia de intrigas, perigos e paixão e possui cenas muito sensuais. Como é baseada e uma história real ela te prende em um enredo muito bem escrito sem deixar de ser uma romântica história de amor.... Adorei!!!
Capítulo Um
Lochalsh, Inverness-shire, junho de 1605
Dirigia-se a casa.
Alex MacLeod apressou sua montaria através do estreito atalho.
O corpulento cavalo de guerra respondeu imediatamente aumentando o ritmo da marcha pelo denso bosque povoado de árvores, como se aquela fosse a primeira milha que percorria.
O ritmo frenético que Alex tinha estabelecido três dias antes não tinha feito mais que intensificar-se à medida que se aproximavam de seu destino final.
Sabia que estava pressionando seus homens, mas eles já estavam acostumados, melhor dizendo, cresciam-se diante de tal rigor.
De fato, não tinham se tornado o grupo de guerreiros mais temidos das Highlands escocesas por levar uma vida cômoda. Seu irmão, Rory MacLeod, chefe do clã MacLeod, tinha pedido que retornasse a casa para uma importante missão.
Era seu chefe e o necessitava. Alex não se atrasaria.
A mensagem de Rory era reservada e breve, mas ele sabia muito bem o que queria dizer.
A oportunidade que tinha estado esperando chegara e Alex estava preparado. Curtido pelas batalhas e tão afiado como sua própria espada claymore, estava preparado para qualquer tarefa que seu irmão necessitasse.
Tinham passado quase três anos desde que tinha visto pela última vez as rochosas costas de Skye e as imponentes muralhas de pedra do castelo de Dunvegan, residência dos MacLeod durante quase quatrocentos anos.
Sua ideia inicial não era passar tanto tempo longe, mas tinha encontrado sua vocação vivendo como um fugitivo, na mais brutal e primitiva das condições.
Sentia-se melhor no campo de batalha.
Aquele era o único lugar onde podia aplacar seus demônios e o desassossego que o dominavam. Entretanto, todos esses anos de constante luta não tinham podido apagar o fogo que ardia em seu interior, pelo contrario, essa chama não tinha feito mais que aumentar.
A batalha estava se aproximando de seu lar.
Lar. Uma onda de algo parecido à nostalgia o invadiu.
Em estranhas ocasiões Alex se permitia pensar no que tinha deixado atrás, família, paz, segurança… Mas tais coisas não eram pra ele, sabia que seu destino apontava em outra direção.
Dirigiu-se a uma clareira e diminuiu a marcha, permitindo assim que seus homens o alcançassem. Seu escudeiro, Robbie, colocou-se junto a ele.
Embora o moço ainda não tivesse completado dezessete anos, estava se convertendo em um bom guerreiro.
Viver da espada não deixa muita margem de engano, os meninos que não se tornam rapidamente homens… Morrem.
Trilogia MacLeod de Skye
1 - O Higlander Indomável
2 - O Segredo do Highlander
2 - O Segredo do Highlander
3 - O Highlander Seduzido
Trilogia Concluída
Trilogia Concluída
O Conquistador
Alana de Brynwald, uma camponesa selvagem e impetuosa, filha bastarda de um lorde saxão assassinado, resiste com valentia aos brutais invasores normandos, mas teme ao misterioso espectro que assedia seus sonhos.
Agora, Merrick da Normandía está diante dela.Ele é o amo e ela é a cativa.
Mas Merrick não pode cantar vitória, até que ela compartilhe sua paixão... E seu amor.
Merrick da Normandía deveria se afastar da bela saxã, que o quer morto.Entretanto, o fogo sensual de Alana o atrai e acende sua alma de guerreiro.Ele é o amo e ela, a cativa.
No entanto, Merrick não pode considerar sua vitória completa até que a orgulhosa saxã compartilhe sua paixão e o aceite como o amo e senhor de seu coração.
Capítulo Um
Inglaterra, 1066
Tudo ao redor se encontrava na escuridão, uma escuridão como ela nunca tinha visto. Mais escuro que o poço mais profundo do inferno. As sombras se moviam e ameaçavam, corriam para trás e para frente, dentro e fora, como se tentassem capturá-la com dedos ansiosos, ambiciosos...Podia pressentir algo... Algo mau.
Um sentimento de perigo que ameaçava por toda parte, tão forte, grande e evidente como as sombras.
O vento soprava com fúria, com lamentos e uivos. Um raio retumbou no céu, um esplendor de luz dilaceradora. Um trovão rugiu na terra, fazendo tremer o chão debaixo de seus pés.
Enormes poças de sangue manchavam a terra. O ar estava impregnado com o fedor nauseabundo de sangue e destruição.Então, correu.
Os batimentos do coração rugiam em seus ouvidos, por cima do chiado do vento. Passos golpeavam a terra atrás dela.Corria às cegas, assediada pela escuridão. Acossada pelo perigo. Por todas essas sombras horríveis que rondavam em toda a parte.
O espectro da morte ameaçava de perto, ao alcance da mão.
Pressionava, asfixiava de tal maneira que mal podia respirar...Entretanto, de repente, apareceu diante dela uma sombra imensa.
Saindo da sombra... Homem e besta. Um cavalheiro e seu cavalo.
Estava montado sobre um grande corcel negro, em sua soberba armadura.
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