29 de dezembro de 2010
Brincando com o Perigo
Beijos roubados...
Ao afastar-se do grupo que acendia fogueiras na praia durante uma comemoração, Rosalind decidiu explorar uma caverna e acabou refém de um grupo de malfeitores.
O que um visconde bonito e atraente como Rafe Lawless fazia naquele lugar, Rosalind não sabia, nem se interessava em saber...
Tudo o que ela queria era ser beijada por aquele homem irresistível!
A atração que Rafe sentia pela adorável Rosalind era abalada pela profunda irritação que ela lhe provocava.
Como confiar numa mulher impertinente e imprevisível, que além de não se intimidar perante ele, ainda se atrevia a desafiá-lo?
Mas talvez os beijos de Rosalind, roubados à luz das fogueiras à beira-mar, tivessem o poder de convencer Rafe de que ele finalmente encontrara o verdadeiro amor...
Capítulo Um
Fogueiras brilhantes como os diamantes em um colar cobriam quase um quilômetro da costa inglesa.
Parecia que todos os moradores de Hasting, e talvez de Brighton e Rye, tinham vindo ali para celebrar o Dia de Guy Fawkes, um soldado inglês que, em 1605, tentara matar o rei James I, da Inglaterra.
Como sua traição havia sido descoberta a tempo e Fawkes preso e executado, seguia-se desde então a tradição dos britânicos de acenderem fogueiras no dia 5 de novembro e queimarem nelas imagens de Guy Fawkes.
Era uma celebração divertida.
Naquela noite em especial, não se via uma estrela no céu, mas a claridade devido às fogueiras era grande.
A srta. Rosalind Yardley estava ali, como em todos os anos, naquela exata data. E apesar de que todos à sua volta pareciam alegres e animados, Rosalind achava a celebração muito sem graça.
— Não se aventure por aí sem a sua governanta, querida. Não vai demorar e logo estaremos voltando para Brighton nas nossas carruagens. — A voz de lady Dovie Yardley, madrasta de Rosalind, soou aguda, combinando com sua silhueta empertigada. O rosto iluminado pelas chamas das fogueiras e sua visível animação não lembravam em nada um ar maternal.
— E onde está a sra. Childress? — lady Dovie quis saber. — Sua governanta a deixou sozinha?
Rosalind forçou um sorriso antes de responder à madrasta.
Não revelaria jamais que sua governanta era um pouco chegada à bebida e naquele momento devia estar tomando seu gole às escondidas dentro da carruagem da família Yardley.
— A sra. Childress foi até a carruagem para fugir um pouco deste frio.
Se não se importar, vou me reunir a ela — Rosalind mentiu, sem nenhuma intenção de ir ter com a governanta.
Esperou que sua madrasta e seu pai lhe dessem as costas e rumou para uma das praias, exatamente aquela onde havia muitas cavernas.
Tinha aprendido muito bem a sorrir para seu pai e madrasta, fingindo concordar com tudo o que lhe diziam ou sugeriam.
Mas, então, fazia exatamente o que ela própria queria.
Rosalind não aceitara o segundo casamento de seu pai.
Ele parecia entretido o tempo todo com a nova esposa e não tinha muito tempo para ficar com a filha.
E Rosalind, talvez por razões reais ou por ciúme, antipatizava com a madrasta e contava os dias para quando estivesse livre de seu controle, livre das restrições que o pai e sua nova esposa lhe impunham.
Mas como ficaria livre?
Uma mulher saía do controle do pai para submeter-se ao do marido.
Rosalind preferia permanecer solteira a ter um marido dando-lhe ordens.
Não perdia as esperanças, porém, de que houvesse um homem especial que respeitasse os direitos da esposa.
Se ela encontrasse alguém assim, afastaria sua intenção de não se casar. Até o momento só havia sido cortejada por rapazes tolos e sem graça.
Rosalind não conseguia e nem mesmo tentava esconder a animosidade que sentia contra Dovie.
A celebração do Dia de Guy Fawkes, ali em Hastings, constituía a prova de como sua madrasta era levada por impulsos.
Por que ela não escolhera ficar em Brighton, onde seu pai mantinha uma suntuosa casa?
E por que exatamente tinha resolvido festejar em uma praia deserta, em uma noite sem lua nem estrelas, noite ideal apenas para os contrabandistas e assaltantes exercerem suas atividades criminosas?
27 de dezembro de 2010
Segredos Marcantes
Quando o Coronel Ancroft aceita escoltar uma viuva idosa para Yorkshire, nem imagina que a dama em questão é a linda herdeira Caroline Duval.
Seu disfarce só é revelado quando ele a surpreende, sem as vestes de viúva, nadando nua em um lago perto de uma cachoeira... Caroline ainda tem muitos segredos guardados e um deles é capaz de provocar um escândalo que pode arrumar sua vida e também a de Ancroft.
Prólogo
Bruxelas, 15 de junho de 1815
O coronel John Ancroft assistia da tribuna enquanto seus melhores oficiais juntavam-se à multidão no salão de baile da duquesa de Richmond.
A noite estava abafada, e o salão estava cheio.
Observou com aprovação Adam Calthorpe tranqüilizar a condessa Karnska, depois dos boatos sobre o avanço francês.
Ivo Trenchard estava, claro, cortejando a mulher mais bonita do salão. Tom Payne estava girando uma pobre menina pelo salão com mais energia do que estilo. Voltou para o pequeno cômodo, pegando os papéis.
Relatórios, nenhum deles preciso nem tranqüilizador.
Onde estava Bonaparte? Alguns patrulheiros diziam que estava a poucos quilômetros da fronteira, mas tudo era vago, nada estava claro.
Entretanto, havia uma certeza: os dois maiores generais da Europa, Wellington e Napoleão, se enfrentariam em breve numa batalha.
Enquanto a nata da sociedade européia dançava e ria no salão da duquesa de Richmond, Wellington estava trancado na biblioteca do duque de Richmond, com sua equipe de oficiais superiores, planejando estratégias de batalha.
Quando terminassem, caberia a ele, coronel Ancroft, providenciar para que Calthorpe, Trenchard e os homens sob seu comando levassem as ordens de avanço para os regimentos fora de Bruxelas.
Até lá, não teria nada a fazer, a não ser esperar escutando a música vinda do salão.
O coronel era um homem extremamente disciplinado.
Não costumava deixar-se vagar pelo passado nem pensar no futuro.
O passado era muito doloroso; o futuro, muito incerto.
Mas naquela noite permitiu que esses pensamentos vagassem.
Se ele, John Ancroft, sobrevivesse a próxima batalha, o que faria de sua vida? Para onde iria?
Enquanto seu tio vivesse, ainda remoendo o ódio que tomara conta depois da morte do filho, o castelo Marrick estaria fechado para John Marrick...
Evitara até pensar em Marrick por anos, afastando as lembranças de sua infância com Philip, de estar sempre em segundo lugar, após Philip, na atenção e no carinho do tio.
Era muito jovem quando seus pais morreram, e ele e Philip foram criados como irmãos em Marrick.
Enquanto cresciam, é claro que houve rivalidade.
Mas antes de Gabriella Ainderby aparecer, tudo era natural.
Foi o amor por Gabriella que fez o relacionamento entre os primos mudar drasticamente, e desde aquela época ele quase esquecera o que era o amor... Quatorze anos atrás, mas a lembrança ainda tinha força para machucar...
Isso não podia dar certo!
A Amante Perfeita
Coração roubado!
A responsabilidade pelo sumiço de três das amantes do conde Ranson Baldwin tem pouco a ver com o objetivo de Lavínia de ajudar mulheres a encontrar uma vida digna, e tudo a ver com vingança.
Um ninho de amor vazio é o que aquele libertino infiel merece, depois de partir o coração de sua irmã. Pelo menos, é assim que Lavínia pensa, até ser inesperadamente beijada por ele...
Para cumprir sua missão de desmascarar o suspeito de liderar uma quadrilha de tráfico de mulheres, Ranson precisa de uma mulher que se faça passar por sua amante para que ele possa se infiltrar nas festas exclusivas oferecidas por Hayley.
No entanto, enquanto procura a amante perfeita, Ranson fica conhecendo a mulher dos seus sonhos. Lavínia é intrigante, encantadora... e estranhamente hostil.
Ele quer muito conquistá-la, mas a honra o impele a levar um malfeitor à Justiça, mesmo que isso lhe custe perder a única mulher que já amou...
Capítulo Um
Ranson Baldwin, o conde de Weston, tomava seu café da manhã quando descobriu, não muito surpreso, que sua terceira amante o abandonara sem despedidas ou explicações. O desaparecimento da primeira e o da segunda foram frustrantes. Mas esse terceiro sumiço poderia arruinar seus planos por completo.
Ele olhou novamente para o bilhete que seu mordomo trouxera para certificar-se de que não fora um engano:
— Droga! — praguejou, atirando o bilhete sobre a mesa.
Os dois amigos haviam voltado de uma cavalgada matutina e tomavam o desjejum.
— Problemas? — perguntou Andrew, o visconde de Stanford, sentado diante de Ranson.
Ele esfregou o rosto. Seu cenho franzido e o olhar perdido expressavam o profundo desagrado que a notícia causara. Drew duvidou de que o amigo tivesse ouvido a pergunta. Entretanto, antes que a repetisse, Ranson falou:
— Outro desaparecimento misterioso! — esbravejou, encarando a própria xícara.
Drew obviamente não entendeu a resposta vaga do amigo, mas relutava em seguir com o assunto. Esperava que Ranson continuasse a falar por conta própria, mas este permanecia absorto em seus pensamentos.
— Desaparecimento de quem? — quis saber Drew.
Ranson recostou-se no espaldar da cadeira.
— Da minha amante — murmurou, em tom de desgosto e frustração.
Drew sabia que diversas mulheres haviam estado na casa de Ranson desde o início da temporada. A última fora uma loira delicada que Ranson lhe apresentara uns quinze dias antes, no teatro. Drew vasculhou na memória e arriscou:
— Felicity?
Ranson balançou a cabeça em gesto afirmativo.
— Mulher adorável!
26 de dezembro de 2010
Dádiva De Amor
Série Edgewater
O único compromisso do xerife Walter Tanner era com a lei... Ate conhecer Angelena.
Ela era uma cantora de saloon, linda, sedutora, um verdadeiro anjo... E estava grávida!
A tímida beldade precisava desesperadamente de alguém que a protegesse... e Tanner estava convencido de que era o homem certo para aquela incumbência.
Só faltava convencer Angelena!
Embora soubesse o próprio nome e que a música era sua vida, Angelena não sabia de onde viera nem o que estava fazendo em Edgewood, no Texas.
Com um bebê a caminho, a oferta de Tanner lhe parecia uma bênção divina, mas como permitir que o charmoso xerife se responsabilizasse por um passado que ela própria desconhecia?
Capítulo Um
Edgewood, Texas Agosto, 1897
Agora ele entendia por que todos a chamavam de Anjo. Dos brilhantes cabelos dourados aos sapatos cor de prata, aquela mulher era a epítome de um ser divino. Mas o que ela fazia no palco do saloon Golden Slipper? Walter Tanner apoiou-se no balcão do bar, intrigado com o repentino silêncio enquanto o pianista dedilhava uma simples introdução.
Observou a mesa repleta de espectadores e vários vaqueiros encostados à parede perto da porta.
Chapéus tinham sido removidos como se a mulher fosse uma criatura merecedora de honrarias.
Um homem pediu silêncio a outro quando este sussurrou algo.
Um vaqueiro sorriu ao companheiro. Walter também sentia certa expectativa.
Nas últimas semanas ouvira falar da nova cantora que Jason Stillwell havia contratado. Até aquela noite, não se permitira entrar no saloon para assistir ao espetáculo.
Talvez porque duvidasse dos boatos. Ou então, porque seu cinismo não admitisse a imagem de um anjo no palco do Golden Slipper.
Como xerife de Edgewood, Texas, precisava refrear a tentação de frequentar o saloon.
Mesmo que não fosse o representante da lei, teria de evitar o lugar. Sendo filho de Nate Pender, Walter criara certa aversão ao mundo ébrio que o pai habitara. O pianista silenciou.
A mulher ergueu o rosto e, fitando o ambiente esfumaçado, esboçou um leve sorriso.
Em seguida, inspirou, movendo os seios sob o vestido azul, e soltou um suspiro suave dos lábios que fascinavam todos os homens. Walter reparou no decote modesto e mexeu-se, incomodado.
De súbito, ela entreabriu os lábios, e uma melodia doce, tão pura a ponto de causar lágrimas, ecoou pelo recinto.
Acompanhada pelos simples acordes do piano, a canção fluía pelo saloon, deixando os ouvintes imóveis.
— O que acha? — Jason Stillwell sussurrou, rompendo a concentração de Walter.
— Eles não a chamam de Anjo por nada. Walter olhou o homem atrás do balcão.
— Garanto que está lhe custando muito dinheiro. Um rancheiro lançou um olhar raivoso a Walter.
O pedido de silêncio possuía mérito.
Ele escutou, ponderou e resolveu guardar seus comentários para mais tarde.
Uma coisa era certa, a mulher sabia cantar. Angelena fechou os olhos, sentindo a profunda emoção que a invadia através da canção. Nunca atuara tão bem.
Série Edgewater
1 - Um Bom Negócio
2 - Dádiva De Amor
3 - One Christmas Wish - não tem ebook
O único compromisso do xerife Walter Tanner era com a lei... Ate conhecer Angelena.
Ela era uma cantora de saloon, linda, sedutora, um verdadeiro anjo... E estava grávida!
A tímida beldade precisava desesperadamente de alguém que a protegesse... e Tanner estava convencido de que era o homem certo para aquela incumbência.
Só faltava convencer Angelena!
Embora soubesse o próprio nome e que a música era sua vida, Angelena não sabia de onde viera nem o que estava fazendo em Edgewood, no Texas.
Com um bebê a caminho, a oferta de Tanner lhe parecia uma bênção divina, mas como permitir que o charmoso xerife se responsabilizasse por um passado que ela própria desconhecia?
Capítulo Um
Edgewood, Texas Agosto, 1897
Agora ele entendia por que todos a chamavam de Anjo. Dos brilhantes cabelos dourados aos sapatos cor de prata, aquela mulher era a epítome de um ser divino. Mas o que ela fazia no palco do saloon Golden Slipper? Walter Tanner apoiou-se no balcão do bar, intrigado com o repentino silêncio enquanto o pianista dedilhava uma simples introdução.
Observou a mesa repleta de espectadores e vários vaqueiros encostados à parede perto da porta.
Chapéus tinham sido removidos como se a mulher fosse uma criatura merecedora de honrarias.
Um homem pediu silêncio a outro quando este sussurrou algo.
Um vaqueiro sorriu ao companheiro. Walter também sentia certa expectativa.
Nas últimas semanas ouvira falar da nova cantora que Jason Stillwell havia contratado. Até aquela noite, não se permitira entrar no saloon para assistir ao espetáculo.
Talvez porque duvidasse dos boatos. Ou então, porque seu cinismo não admitisse a imagem de um anjo no palco do Golden Slipper.
Como xerife de Edgewood, Texas, precisava refrear a tentação de frequentar o saloon.
Mesmo que não fosse o representante da lei, teria de evitar o lugar. Sendo filho de Nate Pender, Walter criara certa aversão ao mundo ébrio que o pai habitara. O pianista silenciou.
A mulher ergueu o rosto e, fitando o ambiente esfumaçado, esboçou um leve sorriso.
Em seguida, inspirou, movendo os seios sob o vestido azul, e soltou um suspiro suave dos lábios que fascinavam todos os homens. Walter reparou no decote modesto e mexeu-se, incomodado.
De súbito, ela entreabriu os lábios, e uma melodia doce, tão pura a ponto de causar lágrimas, ecoou pelo recinto.
Acompanhada pelos simples acordes do piano, a canção fluía pelo saloon, deixando os ouvintes imóveis.
— O que acha? — Jason Stillwell sussurrou, rompendo a concentração de Walter.
— Eles não a chamam de Anjo por nada. Walter olhou o homem atrás do balcão.
— Garanto que está lhe custando muito dinheiro. Um rancheiro lançou um olhar raivoso a Walter.
O pedido de silêncio possuía mérito.
Ele escutou, ponderou e resolveu guardar seus comentários para mais tarde.
Uma coisa era certa, a mulher sabia cantar. Angelena fechou os olhos, sentindo a profunda emoção que a invadia através da canção. Nunca atuara tão bem.
Série Edgewater
1 - Um Bom Negócio
2 - Dádiva De Amor
3 - One Christmas Wish - não tem ebook
Um Bom Negócio
Série Edgewater
A ÚLTIMA COISA QUE ELE QUERIA ERA TRANSFORMAR SUA CASA EM UM LAR!
América do Norte, 1882.
O fazendeiro Gabriel Tanner estava decidido a cuidar de seu rebanho e permanecer solteiro para sempre. E, se fosse pelo maldito imposto para solteiros, teria sido assim. Mesmo que cada olhar que lançasse para Rosemary Gibson, filha do pastor, o advertisse de que ele não tinha a menor chance de continuar solteiro!
Os sonhos comuns da vida ― amor, um lar, filhos — sempre escapariam de Rosemary Gibson. Ou, ao menos era o que ela pensava. Até o dia em que o destino juntou o tentador Gabriel Tanner, duas crianças angelicais e a puritana filha de um pastor, formando assim uma família "instantânea" um tanto incomum...!
Capítulo Um
Das páginas do Edgewood Gazette... 6 de julho de 1882
Foi aprovado o uso do novo imposto para solteiros em nossa cidade. A menos que nossos cidadãos solteiros possam provar que propuseram casamento a, no mínimo, uma mulher solteira, durante o último ano, terão de pagar um imposto. O propósito de tal medida é promover o casamento entre nossos cidadãos. Todos os homens maiores de idade estão sujeitos à cobrança...
Edgewood, Texas, 25 de julho de 1882
Aquele seria, sem a menor sombra de dúvida, dia mais importante em sua vida. Rosemary Gibson examinou com atenção a imagem refletida no espelho, erguendo uma das mãos para ajeitar uma mecha de cabelos que pendia sobre a orelha esquerda.
Esse fora o único sinal de vaidade feminina que ela se permitira exibir, além, é claro, do caracol pendente do outro lado de seu rosto. Exceto pelas duas pequenas indulgências, concluiu que exibia a imagem perfeita da mulher virtuosa, abstêmia e assídua frequentadora da igreja.
Com um pouco de sorte, tal imagem seria o bastante para atrair o homem que deveria chegar no trem da manhã, que estaria na estação dentro de dez minutos. Ergueu o pequeno relógio que levava na corrente presa ao pescoço, a fim de verificar as horas mais uma vez. Então, assentiu com determinação. Uma caminhada vigorosa faria com que ela chegasse na estação no exato momento em que a locomotiva atravessasse os limites da cidade.
Saiu da casa pela porta da frente, atravessou o jardim com passos rápidos e, uma vez na rua, seguiu para o centro da cidade. A bainha da saia agitava-se pouco mais de um centímetro acima de seus sapatos, e ela franziu o cenho, ao perceber a fina camada de poeira que já cobria o couro negro. Justamente quando ela precisava desesperadamente causar uma boa impressão! Bem, certas coisas não podiam ser evitadas.Série Edgewater
1 - Um Bom Negócio
3 - One Christmas Wish - não tem ebook
23 de dezembro de 2010
Feiticeira
Série Guerreiros
Na Escócia do século XIII, a prática da feitiçaria podia ser punida com a morte na fogueira.
Esta é a história, divertida e terna, da relação que surge entre Gwendolyn, uma bela mulher acusada de bruxaria, e Alex MacDunn, um feroz guerreiro que procura nesta misteriosa jovem um milagre que salve a vida de seu filho.
Só existe um problema: Gwendolyn não tem poderes para enfeitiçar ou curar...
Gwendolyn MacSween, acusada injustamente de assassinato e bruxaria, é condenada por seu próprio clã a morrer queimada na fogueira.
No último instante, o resgate chega do lugar mais inesperado: Alex MacDunn, chefe do poderoso clã rival dos MacDunn... Mas Gwendolyn logo descobrirá que seu resgate não significa a salvação…
Alex MacDunn, guerreiro e chefe do clã MacDunn, está marcado por um passado repleto de perdas e tragédias.
Agora, seu único desejo é capturar a feiticeira dos McSween para que salve a vida de seu filho gravemente doente... E quando esperava encontrar uma velha bruxa, na realidade encontra uma doce mulher de beleza sobrenatural...
Comentário revisora Marlene: Adorei revisar este livro. Os personagens são bem reais, com defeitos e qualidades inerentes aos seres humanos. A mocinha é forte e corajosa, apesar das dificuldades que enfrenta e o mocinho é um guerreiro “tudo de bom”. O livro não é hot, tem poucas cenas amorosas, mas prende a atenção do começo ao fim.
Capitulo Um
As Highlands, Escócia, verão de 1209
Doía-lhe as costas por estar apoiada contra o gélido muro e se esforçava para levantar com tranqüila dignidade.
Entrecerrando os olhos frente ao tênue véu de luz que piscavam de uma tocha, vislumbrou a robusta silhueta de seu carcereiro. Sim. Outros dois rondavam atrás dele, seus rostos virtualmente enegrecidos pela escuridão. Estudou-os por um momento, logo deixou de apertar a pequena pedra de pontas afiadas que tinha na mão.
Robert não estava com eles.
— Estão preparados te esperando. — anunciou —. Além disso, faz um dia esplêndido para a ocasião — acrescentou torcendo com malévolo prazer a caverna negra de sua putrefata boca—. O vento é perfeito.
Lutando contra o desejo de socar o punho contra seu rosto, Gwendolyn avançou.
— Dê-me as mãos — ordenou brandindo uma longa corda.
Fechou os dedos em um punho, escondendo sua insignificante arma enquanto a corda se cravava em seus pulsos. Não podia entender o medo de Robert de que pudesse fazer algo enquanto era escoltada para a morte por aqueles musculosos guerreiros. Uma vez assegurado que os nós estavam apertados até lhe causarem dor, os dois homens a agarraram pelos braços e a empurraram para o escuro corredor. O fedor corporal, a comida podre e os excrementos humanos, encheram seus pulmões. Apressou-se pela passagem embarrizado, seus pés chapinhavam nos escuros atoleiros de água. Uma massa de cabelo deslizou em seu caminho. Deteve-se sobressaltada.
Os guerreiros riram.
— Uma bruxa assustada por um rato minúsculo! — disse com um bufo um deles— Não arrancam cabeças de uma dentada antes de sangrá-los em suas beberagens?
— Por que não lhe joga um malefício, como fez com seu pobre pai? —mofou o outro.
—Estou reservando meus poderes para o feitiço que estou planejando para você — respondeu Gwendolyn, que sentiu uma alegria amarga ao notar seu repentino medo.
Série Guerreiros
1 - Guerreiro Lendário
2 - Feiticeira
3 - A Rosa e o Guerreiro
Série Concluída
Na Escócia do século XIII, a prática da feitiçaria podia ser punida com a morte na fogueira.
Esta é a história, divertida e terna, da relação que surge entre Gwendolyn, uma bela mulher acusada de bruxaria, e Alex MacDunn, um feroz guerreiro que procura nesta misteriosa jovem um milagre que salve a vida de seu filho.
Só existe um problema: Gwendolyn não tem poderes para enfeitiçar ou curar...
Gwendolyn MacSween, acusada injustamente de assassinato e bruxaria, é condenada por seu próprio clã a morrer queimada na fogueira.
No último instante, o resgate chega do lugar mais inesperado: Alex MacDunn, chefe do poderoso clã rival dos MacDunn... Mas Gwendolyn logo descobrirá que seu resgate não significa a salvação…
Alex MacDunn, guerreiro e chefe do clã MacDunn, está marcado por um passado repleto de perdas e tragédias.
Agora, seu único desejo é capturar a feiticeira dos McSween para que salve a vida de seu filho gravemente doente... E quando esperava encontrar uma velha bruxa, na realidade encontra uma doce mulher de beleza sobrenatural...
Comentário revisora Marlene: Adorei revisar este livro. Os personagens são bem reais, com defeitos e qualidades inerentes aos seres humanos. A mocinha é forte e corajosa, apesar das dificuldades que enfrenta e o mocinho é um guerreiro “tudo de bom”. O livro não é hot, tem poucas cenas amorosas, mas prende a atenção do começo ao fim.
Capitulo Um
As Highlands, Escócia, verão de 1209
Doía-lhe as costas por estar apoiada contra o gélido muro e se esforçava para levantar com tranqüila dignidade.
Entrecerrando os olhos frente ao tênue véu de luz que piscavam de uma tocha, vislumbrou a robusta silhueta de seu carcereiro. Sim. Outros dois rondavam atrás dele, seus rostos virtualmente enegrecidos pela escuridão. Estudou-os por um momento, logo deixou de apertar a pequena pedra de pontas afiadas que tinha na mão.
Robert não estava com eles.
— Estão preparados te esperando. — anunciou —. Além disso, faz um dia esplêndido para a ocasião — acrescentou torcendo com malévolo prazer a caverna negra de sua putrefata boca—. O vento é perfeito.
Lutando contra o desejo de socar o punho contra seu rosto, Gwendolyn avançou.
— Dê-me as mãos — ordenou brandindo uma longa corda.
Fechou os dedos em um punho, escondendo sua insignificante arma enquanto a corda se cravava em seus pulsos. Não podia entender o medo de Robert de que pudesse fazer algo enquanto era escoltada para a morte por aqueles musculosos guerreiros. Uma vez assegurado que os nós estavam apertados até lhe causarem dor, os dois homens a agarraram pelos braços e a empurraram para o escuro corredor. O fedor corporal, a comida podre e os excrementos humanos, encheram seus pulmões. Apressou-se pela passagem embarrizado, seus pés chapinhavam nos escuros atoleiros de água. Uma massa de cabelo deslizou em seu caminho. Deteve-se sobressaltada.
Os guerreiros riram.
— Uma bruxa assustada por um rato minúsculo! — disse com um bufo um deles— Não arrancam cabeças de uma dentada antes de sangrá-los em suas beberagens?
— Por que não lhe joga um malefício, como fez com seu pobre pai? —mofou o outro.
—Estou reservando meus poderes para o feitiço que estou planejando para você — respondeu Gwendolyn, que sentiu uma alegria amarga ao notar seu repentino medo.
Série Guerreiros
1 - Guerreiro Lendário
2 - Feiticeira
3 - A Rosa e o Guerreiro
Série Concluída
Entre o Amor e o Dever
O destino tece sua teia...
Edmund Fitzhugh resolveu se casar com Julianna com o único objetivo de protegê-la. Além do mais, ela era uma moça comprometida... e com o sobrinho de Edmund!
Assim, o casamento, realizado secretamente, foi apenas no papel.
Mas a companhia de uma jovem linda inflamou-lhe a paixão que ele imaginava enterrada havia muito tempo... Julianna Ramsay sentia-se confusa.
Quem diria que o tratamento carinhoso de Edmund poderia lhe despertar sentimentos mais ardentes do que aqueles dedicados ao noivo ausente? A cada dia que passava, tornava-se mais difícil ficar longe daquele homem. Mas seu noivo estava para chegar... Teria ela coragem de escolher entre o amor e o dever?
Capítulo Um
Londres, outubro de 1742
— Amados irmãos...
A voz trêmula e fanhosa do sacerdote ecoou pela nave imensa, mas vazia, da St. Martins in the Fields, uma das igrejas mais prestigiadas de Londres.
— Estamos reunidos aqui, diante de Deus, para unir este homem e esta mulher pelos laços do matrimônio, um estado digno...
Estado digno?, Julianna Ramsey indagou-se. Servidão, certamente.
Ela gostaria de arrancar o livro de orações das mãos gorduchas do ministro e atirá-lo pela janela atrás do altar.
— Se alguém souber de algo que impeça esta união, manifeste-se agora ou cale-se para sempre.
Os dedos grossos de Jerome, o irmão por afinidade, apertaram seu pulso. Julianna olhou de soslaio para ele.
Com a barba por fazer e as roupas amarfanhadas, resultado da noite de orgia, ele a encarou com os olhos tão negros e impiedosos como a própria consciência.
Os lábios dele curvaram-se num ríctus ameaçador, lembrando-a do aviso feito: Caso se dê ao luxo de ter um acesso de fúria histérica, providenciarei para que seja posta a ferros, nas entranhas de Bedlam, antes que o sol se ponha.
Julianna lutou para conter a raiva impotente. Apertou os lábios a fim de barrar as palavras de protesto que não poderia pronunciar.
Contra a vontade, ela olhou para o noivo, sir Edmund Fitzhugh.
Ele não podia se parecer menos com Crispin Bayard, o homem com quem ela sonhara se casar.
A lembrança do namorado jovem e atraente aumentou o peso em seu coração. As palavras que teria de pronunciar destruiriam para sempre qualquer chance de um futuro com Crispin.
Ah, meu amor, como você pôde me abandonar desta forma?, sua alma protestou apesar dos milhares de quilômetros que os separavam.
Enquanto a indagação angustiosa repercutia em sua mente, o bom senso argumentou.
Como Crispin, ao partir para os mares do Sul, poderia adivinhar que seu pai faleceria falido, deixando-a à mercê do temido e desprezível irmão por afinidade?
Um vento cortante de outono assobiou pela nave, abafando a voz do ministro. Ele pigarreou e tentou um tom mais alto.
— Quem dá esta mulher, em casamento, a este homem?
— Eu — respondeu Jerome.
Aos ouvidos de Julianna, o monossílabo soava como um grito de triunfo. Jerome a dava, a um total estranho, por interesse monetário. Vendida, como todos os objetos do pai, para quem pagasse mais.
— Edmund, aceita esta mulher como sua legítima esposa...
Edmund Fitzhugh resolveu se casar com Julianna com o único objetivo de protegê-la. Além do mais, ela era uma moça comprometida... e com o sobrinho de Edmund!
Assim, o casamento, realizado secretamente, foi apenas no papel.
Mas a companhia de uma jovem linda inflamou-lhe a paixão que ele imaginava enterrada havia muito tempo... Julianna Ramsay sentia-se confusa.
Quem diria que o tratamento carinhoso de Edmund poderia lhe despertar sentimentos mais ardentes do que aqueles dedicados ao noivo ausente? A cada dia que passava, tornava-se mais difícil ficar longe daquele homem. Mas seu noivo estava para chegar... Teria ela coragem de escolher entre o amor e o dever?
Capítulo Um
Londres, outubro de 1742
— Amados irmãos...
A voz trêmula e fanhosa do sacerdote ecoou pela nave imensa, mas vazia, da St. Martins in the Fields, uma das igrejas mais prestigiadas de Londres.
— Estamos reunidos aqui, diante de Deus, para unir este homem e esta mulher pelos laços do matrimônio, um estado digno...
Estado digno?, Julianna Ramsey indagou-se. Servidão, certamente.
Ela gostaria de arrancar o livro de orações das mãos gorduchas do ministro e atirá-lo pela janela atrás do altar.
— Se alguém souber de algo que impeça esta união, manifeste-se agora ou cale-se para sempre.
Os dedos grossos de Jerome, o irmão por afinidade, apertaram seu pulso. Julianna olhou de soslaio para ele.
Com a barba por fazer e as roupas amarfanhadas, resultado da noite de orgia, ele a encarou com os olhos tão negros e impiedosos como a própria consciência.
Os lábios dele curvaram-se num ríctus ameaçador, lembrando-a do aviso feito: Caso se dê ao luxo de ter um acesso de fúria histérica, providenciarei para que seja posta a ferros, nas entranhas de Bedlam, antes que o sol se ponha.
Julianna lutou para conter a raiva impotente. Apertou os lábios a fim de barrar as palavras de protesto que não poderia pronunciar.
Contra a vontade, ela olhou para o noivo, sir Edmund Fitzhugh.
Ele não podia se parecer menos com Crispin Bayard, o homem com quem ela sonhara se casar.
A lembrança do namorado jovem e atraente aumentou o peso em seu coração. As palavras que teria de pronunciar destruiriam para sempre qualquer chance de um futuro com Crispin.
Ah, meu amor, como você pôde me abandonar desta forma?, sua alma protestou apesar dos milhares de quilômetros que os separavam.
Enquanto a indagação angustiosa repercutia em sua mente, o bom senso argumentou.
Como Crispin, ao partir para os mares do Sul, poderia adivinhar que seu pai faleceria falido, deixando-a à mercê do temido e desprezível irmão por afinidade?
Um vento cortante de outono assobiou pela nave, abafando a voz do ministro. Ele pigarreou e tentou um tom mais alto.
— Quem dá esta mulher, em casamento, a este homem?
— Eu — respondeu Jerome.
Aos ouvidos de Julianna, o monossílabo soava como um grito de triunfo. Jerome a dava, a um total estranho, por interesse monetário. Vendida, como todos os objetos do pai, para quem pagasse mais.
— Edmund, aceita esta mulher como sua legítima esposa...
22 de dezembro de 2010
Guerreiro Domado
A Clarise DuBoise fora lhe dado um ultimato!
Ela deveria se infiltrar no castelo do Matador e matar este notório assassino.
Como poderia ela matar o pai da criança do qual ela fingia ser babá, especialmente quando ele não era o guerreiro sanguinário que ela esperava?
Seu faminto olhar implicava certa retidão.
Sua habilidade com uma espada roubava sua respiração. Seria ousadia esperar que esse campeão desafiasse seu padrasto malvado?
Ou o Matador a atingiria com um golpe baixo por fingir ser algo que não era?
Capítulo Um
Os Mouros do Norte de York A.D 1150
Na batalha, ele lutou como um homem possesso.
Ao inimigo ele não deu nenhuma trégua.
Seu nome de guerra provocava calafrios de horror nas espinhas dos aldeões.
Agora, refletido nas profundezas cinza dos olhos do seu refém renascido, o Matador parecia com um homem ordinário.
Um homem profundamente humilhado.
Seu bebê herdou sua coloração morena e sua natureza teimosa especificando que ainda estava vivo.
Ele era pequenino com os membros escorregadio, mas seu tórax inchava em uma saudável respiração, e seus punhos de ferro eram semelhantes a maretas.
Com um choro que chegava ao teto e aumentava, Simon anunciava seu próprio nascimento.
Além das venezianas, trovão estrondou e o raio estalou.
O Matador quase sorriu, Simon de La Croix seria o próximo Barão de Helmesly, não seria um guerreiro bastardo como seu pai. Não seria um homem forçado a lutar por tudo que tinha.
A porta abriu repentinamente, surpreendentemente silenciando o bebê.
Uma corrente de ar bateu na luz da tocha e iluminou a oscilação das mangas da parteira enquanto ela apressava-se para a cama.
- Dê-me o bebê – gritou a ama-seca. Ela o agarrou com suas mãos trêmulas- Eu devo batizá-lo agora!
Christian ergueu o filho para a mulher que se aproximava. Essa maldita parteira! – Ela pensava que Simon tinha a marca do diabo!
- Eu falei para você partir – ele disse em sua voz serena.
A velha mulher, ainda moveu seus olhos além dele para a forma inanimada da esposa do Matador.
- Mãe de Deus o que você fez. – ela sussurrou.
Christian sentira seu horror borbulhando, e rapidamente ele reprimiu isto.
- O que eu fiz. – ele rosnou – Eu não fiz nada apenas salvei meu filho de falecer com a mãe – E foi você que a deixou morrer. Vá embora antes que eu possa pensar em encarcerá-la por assassinato!
21 de dezembro de 2010
Meu Mundo é Você
Eles viviam em mundos diferentes, mas seus corações foram unidos pelo amor!
A guerra acabou e Rebeca, enfermeira voluntária no campo de batalha, enfim vai retornar para a Filadélfia.
Mas a jornada de volta se torna tão perigosa quanto as frentes de batalha. Seqüestrada por renegados rebeldes, é obrigada a cuidar dos ferimentos de um dos soldados capturados da União.
Mas logo percebe que é ela quem precisa da ajuda e do amor daquele homem...
Jacob Fuller conseguiu escapar das agonias da guerra e não pretende ser o príncipe encantado de nenhuma dama em apuros.
Rebeca, porém, penetra em sua alma e em seu coração, fazendo-o sentir um desejo que ele luta para esconder, pois sabe que seus mundos são muito diferentes.
Jacob nada tem a lhe oferecer além da honestidade de seu amor.
Ainda assim, jura a si mesmo lutar por Rebeca, a despeito do que o futuro possa lhes reservar.
Capítulo Um
26 de abril de 1865
Ianques estúpidos faziam um maldito piquenique, enquanto homens morriam de fome a cinqüenta metros dali.
Com a visão de um único olho, Asa Graves fitou a vegetação rasteira e focalizou o homem trajando uniforme da União. Sua atenção concentrou-se na risada alegre e na expressão do sujeito.
Não importava quem fossem, apenas o que possuíam.
Um plantel de elegantes cavalos marrom, uma excelente carruagem e, é claro, aquele piquenique.
Tinham o que ele precisava e eram inimigos. Apenas isso.
Desviou o olhar para duas das três mulheres que compunham o grupo.
Ambas jovens e esbeltas. De vez em quando, os prisioneiros de guerra eram doces, pensou.
Virando-se com cautela, acenou com a cabeça aos compatriotas, e as batidas de seu coração estimularam em antecipação o grito rebelde e sangrento.
Nem uma única gota de sangue por aqui.
Rebeca sorriu, permitindo que a folhagem que brotava em miríades de tons verdes aliviasse a tensão que a consumia havia tempo.
Enquanto Drew parava os cavalos, saltou da carruagem sem esperar ajuda.
Era tão bom estar longe do hospital do Exército e poder sentir o aroma fresco e intenso do mato!
Contemplar os brotos verdes, escutar as rãs e os pássaros entoando canções de nascimento, crescimento e vida.
Não muito distante da clareira, o rio Mississipi corria para o sul, umedecendo a terra com sua abundância de água.
Agradeceu a Deus pelo primo haver tido a idéia de comemorar o aniversário dela com um piquenique no campo.
Não tinha idéia de quanto precisava escapar daquela enfermaria, com suas filas de corpos mutilados e membros amputados.
Não tinha consciência de quanto precisava ficar longe de seu próprio fracasso.
20 de dezembro de 2010
A Última Chance
O centro das atenções... Outra vez!
Elizabeth Hill teve a má sorte de ver-se envolvida em um ousado assalto a um banco, em plena luz do dia.
Como se não bastasse já ter sido alvo de comentários na cidade, agora todos olhariam para ela como uma pobre vítima, enquanto que o misterioso Connor Wade seria aclamado como herói.
Na verdade, tudo o que ela queria era que a deixassem em paz.
Connor Wade não imaginara que Elizabeth Hill fosse tão... atraente.
Todos em Sterling a tratavam como se ela fosse uma espécie em extinção, uma solteirona sem a menor chance de arranjar marido.
Mas, em seu íntimo, Connor tinha uma convicção... tinha a certeza de que, se conseguisse derrubar a barreira de altivez e agressividade que Elizabeth erguera à sua volta, encontraria uma mulher que valeria todo e qualquer sacrifício!
Capítulo Um
Texas, América do Norte, 1882
Péssima, hora para um assalto. Connor Wade balançou a cabeça em sinal de desaprovação ao olhar pela janela do Cattleman's Café.
Aquilo tinha de acontecer, justamente agora, mal ele chegara à cidade e sentara-se para almoçar, sendo essa a sua primeira refeição quente em semanas?
Do outro lado da rua, na frente do banco, um suposto assaltante agachava-se atrás do bebedouro de animais, enquanto outro entrava no banco, cada um armado com uma pistola reluzente.
Connor comeu a última batata do prato e inclinou-se, ficando mais perto da janela.
A sua direita, na rua, o xerife, protegido por uma carroça de carga disparou sua arma.— Malditos imbecis... — Connor murmurou, empurrando o prato para o lado, mordendo em seguida a torta de maçã.
Aqueles assaltantes deviam ser novatos. Inexperientes.
Meio-dia era a pior hora de se roubar um banco.
E os idiotas tinham deixado seus cavalos longe demais.
Para piorar, escolheram um banco a pouca distância do gabinete do xerife.
Connor murmurou outra praga.
Aquele era, sem dúvida, o assalto mais mal planejado que já presenciara.
E de assaltos ele entendia. E muito. Mais do que devia, realmente.Connor levou a xícara de café aos lábios, depois olhou dentro dela. Vazia.— Por favor, madame! — ele chamou.
A mulher, que, a julgar pelo tamanho da cintura, era a dona do café, ignorou o chamado e correu com mais quatro fregueses para a porta da frente, onde ficaram, vendo pela vidraça o que se passava na rua.
Connor olhou ao redor. Era o único ainda sentado, comendo.
E o único que queria mais café.— Madame! Com licença... — Ele ergueu a xícara. — Posso ir até o balcão pegar mais café?Ninguém lhe deu atenção.
Todos tinham o nariz encostado no vidro, sussurravam e apontavam para a rua.— Madame! — Connor tornou a chamar, impaciente. Mais uma vez não houve resposta."Droga!", pensou.
Queria apenas mais café para terminar de comer a torta. Seria isso pedir demais?Carrancudo, Connor olhou para o grupo reunido à porta. Bateu a xícara na mesa, limpou a boca com o guardanapo e ficou de pé.— Afastem-se! — ordenou, tendo atravessado o salão.
Os dois homens e as três mulheres reunidos à porta olharam para ele e abriram caminho.
Um dos homens estava pálido e duas mulheres pareciam prestes a desmaiar.Inclinando a cabeça, Connor espiou pelo vidro para inteirar-se da situação.
Teve certeza de que os dois assaltantes, que tinham a atenção voltada para o xerife, mesmo que quisessem, não poderiam, daquele ângulo, vê-lo ali no café.
De mais a mais, os dois eram tão idiotas que não sabiam como se manter em guarda.
Numa ruazinha, perto da esquina, mas fora do alcance da vista do xerife, estavam os cavalos dos bandidos. Três deles.
Isso queria dizer que havia um outro homem dentro do banco.
E o xerife provavelmente não sabia disso.
Colocando o chapéu Stetson, preto, meio caído sobre a testa, Connor abriu a porta.— Não pode sair, senhor! — exclamou um dos homens. — Está havendo um tiroteio aí fora!Connor olhou sobre o ombro.— Por favor, encha minha xícara de café enquanto eu estiver fora.
17 de dezembro de 2010
Desta vez para sempre
O Sonho mais lindo...
Depois de uma viagem de seis dias numa diligência, percorrendo estradas esburacadas e poeirentas, Tess Kinley mal podia esperar para cair sobre a maior cama que já havia visto. Doce repouso, afinal... e o anjo que vira?
Bem... só podia ser um sonho. Gabe Calloway não era um anjo, e sim, um homem de verdade.
E ele sequer podia imaginar o que uma fina dama de Boston como Tess estava fazendo no Oeste.
Tudo bem... então, ela vira um anúncio sobre rancheiros honestos trabalhadores precisando de esposas. Mas quem disse que Gabe queria se casar?
Ele tentou mandá-la de volta... mas, havia algo na bela Tess que fazia derreter seu coração... e despertava nele o desejo de compartilhar seu lar no campo...
Capítulo Um
Porter Creek, Território de Montaria, 1885
Tess Kinley queria morrer. Seis dias na diligência dirigida pela personificação do demônio! Era mais do que um corpo podia suportar.
Não havia um único buraco entre Butte e Porter Creek pelo qual não houvesse passado; nem uma parada imunda onde não houvesse estado; e não comera uma só refeição decente.
Não tomava banho há uma semana, nem lavara ou mudara as roupas.
O estômago delicado há muito se revoltara contra tais ofensas, e embora ainda não se houvesse desgraçado diante de testemunhas, não teria se importado em nada com tal ocorrência.
A diligência havia tombado em duas diferentes ocasiões, e um dos cavalos fora sacrificado por ter fraturado uma das patas no acidente.
Haviam permanecido atolados no lago até a metade das rodas depois de três dias de chuva intensa, e durante esse período o vocabulário de Tess ganhara inesperadas e lamentáveis aquisições graças às aulas do sr. Forbes, o cocheiro.
Podia ter abandonado a diligência em qualquer ponto do caminho, e provavelmente devia ter tomado essa decisão, mas cada quilômetro percorrido significava um quilômetro a menos a percorrer; um quilômetro mais distante de seu pesadelo, um quilômetro mais perto de seu sonho.
Dolorida, coberta por hematomas, arranhada e exausta, ela havia, por algum milagre, sobrevivido à experiência e chegado inteira na estação de Porter Creek; mais enjoada do que jamais imaginara ser possível, mas viva.
O estômago permaneceu embrulhado por horas depois do fim da viagem, a náusea ameaçando-a a cada respiração mais profunda.
Houve um momento em que pensou ter morrido e ido para o inferno, mas a paz elusiva que acompanha a morte continuava ausente de seus sonhos estilhaçados.
14 de dezembro de 2010
Casada com um Estranho
Lady Meleri Weatherby estava disposta a fazer qualquer coisa para escapar do casamento com um homem cruel e que não amava.
Assim decidiu romper seu compromisso com lord Phillip e saiu de Northumberland com a promessa de casar com o primeiro homem que encontrasse... sem pensar nas consequências de sua decisão.
Robert Douglas também havia sido castigado por seu destino: o orgulhoso escocês devia casar-se com uma inglesa para não perder seu castelo e o título que ostentava.
Estava quase desistindo quando cruzou com aquela jovem tão teimosa e decidida como ele.
Ambos acreditavam que o casamento era sua salvação, mas não haviam contado com a existência de um fantasma , a sede de vingança e com a mais poderosa força do universo: O Amor!!
Capítulo Um
Northumberiand, Inglaterra, 1785
Quase todas as mulheres fariam algo por casar-se com o filho de um duque.
Lady Meleri Weatherby não era uma delas.
Prometida ao Philip Ashton, marquês do Waverly, desde seu nascimento, faria algo por liberar-se daquele compromisso... Algo.
De menina, tinha adorado o, lorde Waverly. Philip era dez anos mais velho que ela e o idolatrava.
Alto, loiro e arrumado, de sorriso cativante, não era capaz de fazer nenhum mal.
Eram os dias em que se considerava a mulher mais afortunada do planeta.
Mas já nada era o mesmo.
Tinham transcorrido os anos e Meleri tinha amadurecido. Observava o mundo com olhos de mulher. O que antes adorava já não era mais que um fino verniz rachado e descascado.
Depois dele, via o homem que era Philip em realidade... Um homem cruel com os animais e com os subordinados.
De repente, compreendia que lorde Waverly não era o amor de sua vida a não ser o último homem do universo com quem queria contrair matrimônio.
Ia dando-se conta pouco a pouco, mas abriu os olhos de forma repentina em um tarde quente, quando retornava a casa depois de um longo passeio a cavalo.
Ao subir uma colina, presenciou uma cena horripilante que a deixou atônita e enojada.
Philip sustentava as rédeas de seu apavorado cavalo e açoitava ao pobre animal sem piedade com a vara.
Havia sangue por toda parte. Instintivamente, Meleri desmontou e correu para ele, gritando:
-Pare! Pelo amor de Deus, Philip, pare! Quando se voltou para ela, com a vara levantada, Meleri acreditou que ia goleá-la, e ficou gelada, com os olhos muito abertos ante aquela faceta do Philip desconhecida até aquele momento.
Viu a raiva em seus olhos vermelhos e raiva e a mandíbula fortemente contraída. Sabia que combatia o impulso de castigá-la.
-Não se meta nisso, Meleri. Não é de sua incumbência.
-Perdoe, mas uma crueldade desta magnitude não só me irrita, mas também me magoa profundamente.Jamais tinha visto a fúria nua em uns olhos.
13 de dezembro de 2010
Querido Inimigo
Doce rendição...
A revolta por ter sido condenado pela morte da esposa gerou em Dominic um profundo desejo de vingança.
Ele não descansaria enquanto não punisse o homem que destruíra sua vida, e a melhor maneira de alcançar seu intento seria tomar para si um precioso bem do duque de Dalmont: a virtude de sua noiva.
Mas depois de raptar a encantadora Victoria Tarrent, a sede de vingança deu lugar ao tormento do desejo...
Victoria se negava a crer que seu noivo fosse capaz de cometer os atos desprezíveis dos quais Dominic o acusava.
Afinal, quem se tornara conhecido em Londres por sua crueldade? E quem a mantinha em cativeiro num chalé isolado? Ainda assim, o comportamento de Dominic a intrigava, e sua proximidade despertava nela uma intensa atração... E se a chance de escapar era mínima, a de se apaixonar era imensa...
Capítulo Um
Londres, Março de 1751
Com o coração na mão, Victoria aceitou a ajuda que o pai lhe oferecia e desceu do coche. O vento fresco fez com que algumas mechas de seus cabelos castanhos se erguessem e caíssem em suas faces rosadas.
A casa enorme, toda branca, que se erguia diante de seus olhos, era imponente.
Ela observou as flores bem cuidadas do jardim que antecedia os degraus da entrada, notando-as muito suaves e delicadas.
Estaria casada no dia seguinte, imaginou de repente. E seus olhos ergueram-se, involuntariamente, para seu pai. Os dele, muito azuis, brilhavam.
— Você será uma belíssima noiva — ouviu-o dizer com satisfação.
— Isso porque o senhor e mamãe me ensinaram como deve ser o verdadeiro amor — respondeu Victoria.
Com um breve sorriso e tapinhas de encorajamento nas costas da mão da filha, sir Tarrent encaminhou-se com ela até a casa do noivo, o duque de Dalmont.
Victoria tinha sorte por seus pais quererem que se casasse por amor.
E, mesmo tendo visto o duque por apenas três vezes, não via motivos para que não se apaixonassem.
Ele era, pelo menos até o dia seguinte, um dos solteiros mais cobiçados da capital. E apreciava a arte, a paixão de Victoria.
Além de tudo, era bonito. Como se os pensamentos dela o tivessem chamado, Dalmont apareceu à porta. Victoria admirou-lhe o porte atlético, elegante, e prendeu um suspiro.
— Olá, Montgomery! — Dalmont saudou, passando a mão pelos cabelos claros e sorrindo para os recém-chegados. — É um prazer revê-lo!
Sir Tarrent sorriu ao responder, bem como Victoria, cuja ansiedade estava tirando-lhe o ar.
— O prazer é todo meu — sir Tarrent garantiu.
—Lady Victoria—Dalmont tomou-lhe a mão direita e levou-a aos lábios — está, como sempre, encantadora. Terei de contratar um poeta para escolher as palavras mais certas para descrevê-la.
Ela sorriu e enrubesceu. Imaginou-se tola, mas adorava os elogios que Dalmont sabia fazer tão bem.
Não seria nada difícil acostumar-se a eles.
Seus olhos voltaram a admirar seu futuro marido, e encantaram-se. Dalmont era a imagem viva da beleza e da perfeição da aristocracia.
Elegante, bem vestido, bem-falante e culto. Alto, de cabelos quase loiros e olhos penetrantes.
O que mais uma moça poderia desejar no mundo? Alegre e galante ao extremo, Dalmont era o marido com o qual Victoria sempre sonhara.
No dia seguinte, estariam começando uma vida nova, juntos, na qual partilhariam afeto, alegrias e amor. Nada poderia impedi-la de encontrar a verdadeira felicidade nos braços dele. Nada.
9 de dezembro de 2010
Apaixonada por Ele
Convite à sedução...
Quando Colin morreu, Amélia achou que nunca mais se apaixonaria por outro homem.
Mas sua intensa reação ao misterioso desconhecido que se aproximou dela num baile de máscaras veio provar o contrário...
Colin Mitchell sempre soube que uma união entre um rapaz pobre e a filha de um aristocrata era impossível.
A crença de Amélia de que ele estava morto lhe proporcionou a oportunidade de voltar para ela anos depois, como um homem rico e com uma posição estável na vida. Só que era tarde demais... Amélia estava se preparando para se casar com outro homem, e o perigo o impediu de revelar a verdade.
Só restava, então, a Colin partir para sempre, após uma breve despedida.
Mas ele subestimou a determinação de Amélia de descobrir a identidade de seu admirador secreto. Um beijo proibido levou a uma ardente perseguição e a uma entrega mais ardente ainda... No entanto, a mentira e a traição estavam apenas esperando para separá-los mais uma vez...
Capítulo Um
Londres, 1780
O homem de máscara branca a seguia!
Amélia Benbridge não sabia há quanto tempo o desconhecido se movia sorrateiramente atrás dela, mas tinha certeza de que a seguia.
Fingindo não notar, ela caminhou para o perímetro do salão repleto, notando que ele fazia o mesmo.
Outra mulher em tal situação talvez não notasse o que ocorria, pois seria difícil não sucumbir à profusão de estímulos do baile de máscaras: os vistosos vestidos longos, o burburinho de vozes e risos, a música, a mistura de diferentes perfumes, o brilho das velas dos imensos candelabros.
Amélia, contudo, não era uma mulher qualquer.
Tendo vivido sempre sob guarda e com cada movimento vigiado, ela percebia quando a seguiam. Mas nunca fora seguida por alguém de presença tão marcante.
O estranho impressionava, apesar da distância e da máscara que lhe cobria a metade superior do rosto.
Era alto e forte, e seu traje elegante não escondia as coxas musculosas e os ombros largos.Ao atingir um canto do salão, Amélia parou e virou-se, como que para observar os casais dançando.
Erguendo delicadamente a máscara, ela notou com o canto dos olhos que o desconhecido também parara e a fitava intensamente, sem saber que ela acompanhava seus movimentos.
Ele estava inteiramente vestido de preto, a não ser pela camisa, gravata e polainas brancas.
E, naturalmente, a meia máscara presa atrás da cabeça por uma fita.
Ao contrário dos outros cavalheiros, que usavam cores fortes para chamar a atenção, aquele primava pela discrição, como se preferisse passar despercebido, embora isto não fosse muito fácil, por causa de seu porte vistoso.
Os cabelos negros e ondulados brilhavam sob a luz das velas.
Sua boca, ressaltada pela meia máscara, convidava ao pecado: os lábios firmes e carnudos tinham a medida exata, nem finos, nem grossos.
O queixo quadrangular intensificava o ar masculino, e a pele morena sugeria que era estrangeiro.
Seguramente, qualquer mulher que o visse apreciaria a beleza viril daquele homem.
Mas o que realmente chamou a atenção de Amélia não foram os atributos físicos do desconhecido, e sim a maneira como se movia, como um predador caçando a presa, determinado, sem ostentar o ar afetado ou entediado dos lordes da alta sociedade.
No momento, ele somente a seguia, nada mais.
A intensidade de seu olhar parecia aquecer a pele dos ombros desnudos de Amélia, provocando uma onda de calor que descia ao longo dos braços enluvados.
Antiga Paixão
Uma intriga perigosa... Um inegável prazer!
Marcus Ashford já sobreviveu a várias situações de perigo. Nada, porém, o excita mais do que a paixão que sua ex-noiva lhe desperta.Faz quatro anos que Elizabeth terminou o noivado para se casar com lorde Hawthorne, e agora, viúva, ela está sendo ameaçada, e a tarefa de Marcus é protegê-la.
Ele está mais do que disposto a fazer isso, pois será uma excelente oportunidade de mostrar a ela a profundidade de seu desejo...
Segredos perigosos levaram ao assassinato de Hawthorne, segredos anotados em um diário que muitos matariam para possuir.
Mas como Elizabeth poderá confiar sua segurança ao homem de quem ela fugiu no passado?... E agora, esse mesmo homem está a seu serviço, em todos os sentidos! E
Elizabeth só tem duas escolhas: resistir à tentação, ou entregar-se por completo...
Capítulo Um
Marcus viu Elizabeth assim que entrou no salão.
Ela estava ainda mais bonita, depois de quatro anos. As palavras e gestos dos outros convidados que se aglomeravam diante da porta se perderam com a imagem que se apoderava não só de seus olhos como também de sua mente.
Elizabeth sempre fora linda. Ou a saudade o estava fazendo enxergá-la com o coração?
Uma ponta de mágoa apagou o sorriso que se anunciara.
Obviamente Elizabeth não correspondia ao seu sentimento por ela. A um breve encontro de olhares, Marcus permitiu que o prazer de revê-la se revelasse.
Em retribuição, Elizabeth ergueu o queixo e virou-se para o outro lado.
Outro golpe. Ele não deveria ter estranhado.
O importante era não sofrer. A ferida profunda de anos antes já estava cicatrizada, protegendo-o de novas agressões.
No final das contas, não importava o que Elizabeth fizesse, porque nada poderia impedir que os caminhos do destino se cruzassem.
Como agente a serviço da Coroa, Marcus vivera grandes aventuras.
Em defesa de seu país, ele travara inúmeras batalhas, já tendo sido ferido pela lâmina de uma espada e por duas balas de pistola.
Nesse processo, perdera três de seus navios e afundara seis dos inimigos.
No entanto, fora Elizabeth a única a fazê-lo tremer até aquele momento.
— Acabo de localizar a viscondessa, milorde — informou Avery James, o parceiro de Marcus, fazendo um sinal disfarçadamente para o lado direito. — Ela está perto da pista de dança, com um vestido lilás.
— Eu sei quem ela é.
— Você a conhece?
— Sim. Lady Hawthorne e eu somos velhos amigos. Aproveite a festa. Eu o chamarei em caso de necessidade.
Avery hesitou por um instante, mas acabou cedendo. Enquanto ele seguia em meio à multidão, Marcus foi detido por um grupo de cavalheiros. Detestava ser abordado em reuniões sociais para falar de assuntos de negócios, não gostava de misturar trabalho e lazer.
Ao menos até aquela noite. Elizabeth seria a exceção a essa regra.
Com uma taça de vinho na mão, Marcus se portava como qualquer outro convidado. Ninguém que o visse pensaria que estava ali com uma incumbência.
Elizabeth era a mulher mais linda e elegante de todas.
Negara-se, contudo, a acompanhar a extravagância da moda que exigia o uso de perucas. Seus cabelos escuros estavam adornados por plumas brancas.
O contraste era notável. Todos os olhares convergiam para ela, inexoravelmente.
3 de dezembro de 2010
O Tirano de Cherbon
Bela e a Fera....
Depois de anos de tumultos e combates, Roderick Cherbon abandona as Cruzadas e regressa para casa, completamente transformado pela guerra.
O rapaz que antigamente sonhava em compensar as injustiças cometidas pelo pai é hoje um homem amargurado, com cicatrizes no corpo e na alma.
Ele se recusa a se aproximar das pessoas e a falar com elas, e só sai de dentro dos muros de sua fortaleza para se misturar às sombras da noite.
E até mesmo na morte, o pai Continua a atormentá-lo: para ter direito a receber sua herança e título, Roderick precisa se casar.
Michaela Fortune é menosprezada por ser pobre, ridicularizada por seus sonhos e por ter bom coração.
A humilhação e a necessidade atormentam sua família, e orgulho é um sentimento que ela não pode permitir-se ter.
O atual lorde Cherbon e seu decadente castelo podem ser uma solução... Mas para conquistar um homem que chegou ao fundo do poço, Michaela precisará de toda a sua beleza, graciosidade e doçura, se quiser ter um fio de esperança de amansar aquele coração...
Capítulo Um
Maio de 1103
Tornfield Manor, Inglaterra
A festa estaria esplêndida não fossem pelos cutucões e cochichos.
E pela maneira com que ela era empurrada para fora da pista cada vez que tentava participar de uma dança.
E pela presença daquela horrível mulher que atravessara seu caminho e esquecera um dos pés para trás, fazendo-a tropeçar e tombar sobre uma criada, obrigando a pobrezinha a soltar a bandeja que carregava, e deixar cair os adoráveis potes de cerâmica pintada, quebrando-os e derramando as porções de pudim que seriam servidas aos convidados.
Para escapar aos rumores e achaques, Michaela Fortune se refugiou numa saleta logo atrás dos músicos, onde as pesadas cortinas poderiam resguardá-la das más línguas e permitir que ela entregasse seus sentidos ao prazer das notas musicais.
E também onde ninguém poderia ver as manchas brancas de pudim espalhadas pelo único vestido que se encontrava em bom estado em seu humilde guarda-roupa.
Ali, sentada em uma banqueta, Michaela podia assobiar a melodia em acompanhamento aos instrumentos, ou ouvir a música de olhos fechados e fingir que estava se divertindo como uma convidada igual as outras, embora sua real vontade fosse localizar aquela mulher infame no meio do salão e grudar em seus cabelos.
Vire a outra face.
As palavras que a mãe sempre lhe dizia ecoaram em seus ouvidos.
Os dóceis herdarão a Terra.
Como se a lembrança das incansáveis lições sobre a bondade do espírito os tivesse evocado, os pais de Michaela apontaram do outro lado do salão naquele exato momento.
Lorde Walter e Agatha Fortune estavam de braços dados como de costume.
O pai de Michaela olhava para a esposa como se estivesse permanentemente à espera de ouvir o pedido, que ele pudesse satisfazer de pronto.
Amavam-se como se fossem jovens ainda.
Era gratificante notar que eles estavam se divertindo.
Uma vez que os pais raramente tinham condições de sair de sua pequena propriedade.
Como a filha, Agatha Fortune era alvo constante dos sórdidos mexeriqueiros.
Com uma diferença significativa: enquanto lady Fortune era vista como uma mulher fraca do juízo e inconseqüente em seus atos, a jovem Michaela era ostensivamente repudiada e encarada com evidente desprezo.
Filha do Diabo.
Mensageira do Inferno.
Irmã de Satã.
Era assim que costumavam se referir a ela no vilarejo.
29 de novembro de 2010
Os Espinhos da Paixão
O amor vence todas as adversidades!
Sir Gareth de Hugues é conhecido como um combatente aguerrido. Ansioso para provar sua capacidade também fora dos campos de batalha, ele decide ir administrar a propriedade rural da família em Devon.
No caminho, porém, cai na emboscada de um saqueador de estradas, e depois de recobrar os sentidos sai em perseguição ao seu assaltante, apenas para descobrir que se trata de uma jovem linda e corajosa, que rouba para alimentar o irmão e a mãe doente.
Nem sua consciência nem a súbita atração que sente por ela lhe permitem que a deixe escapar, mas levar aquela família para o seu castelo poderá colocar a todos em perigo...
Criada no submundo de Londres, Zetta conseguiu sobreviver até hoje valendo-se de sua esperteza e agilidade.
Ela aprendeu com a mãe que confiar nos homens só leva a sofrimento, porém a gentileza e sinceridade de Gareth exercem sobre ela um apelo poderoso.
Contudo, quando a beleza de Zetta atrai a atenção do rei, ela e Gareth se veem envolvidos numa teia de ambição e cobiça da qual somente os corações mais audazes... e apaixonados... conseguirão escapar!
Capítulo Um
Inglaterra, 1174
Sob um precário toldo feito com panos presos a galhos secos, Zetta sentou no, solo úmido, encolhendo-se para se proteger do frio.
Observou desolada a neblina e a garoa que caía sem parar. O barulho da chuva a mantivera acordada a noite toda.
Se não parasse logo de chover, ela enlouqueceria.
Fechou melhor o casaco úmido em volta do corpo miúdo e tentou não dar atenção aos ruídos das outras duas pessoas que dormiam embaixo daquela cobertura.
Estava com inveja da mãe e do irmão por terem conseguido adormecer em condições tão desfavoráveis, ao contrário dela, que não pregará os olhos desde que haviam saído de Londres.
Não esperava sentir tanta falta daquela cidade grande, barulhenta e imunda.
Mas estava até com saudades do quartinho apertado que tinham ocupado junto às docas e ao lado da peixaria.
Haviam vivido ali por pouco tempo, porque a doença da mãe os forçara a se mudar de novo. O quarto era pequeno demais para três pessoas e muitas vezes cheirava a peixe, mas, mesmo assim, Zetta tinha saudades dele.
Respirou fundo, sentindo o aroma das folhagens da floresta ao seu redor.
Detestava aquelas árvores altas e agora molhadas.
Na verdade, detestava todos os outros lugares ermos e solitários como aquele.
Já andara de sobra por campos e a florestas e odiava o isolamento, o silêncio e os perigos desconhecidos que a mata ocultava.
Daria tudo o que possuía, que por sinal não era muito, para ter de volta o barulho dos vendedores ambulantes, dos pedestres, dos ladrões e das meretrizes, andando pelas ruas da cidade.
Qualquer coisa seria melhor do que aquele interminável e sufocante silêncio.
Começava a amanhecer e o canto de um pássaro chegou a seus ouvidos.
Nesse momento viu uma pequena ave, com as penas encharcadas, pousar perto de onde estavam.
Apertou os olhos e, num impulso, pegou uma pedrinha para atingi-la sem se importar com a maldade que estava prestes a cometer.
— Zetta, o que vai fazer?
Com um sobressalto, ela largou a pedra e olhou para o irmão.
Ele estava deitado no chão, enrolado em cobertas, no fundo do abrigo. Sorria sonolento para ela.
— Você me assustou, seu tonto!
Edrit se espreguiçou e deu um longo bocejo.
— Só perguntei o que você ia fazer.
— Fale baixo! Mamãe precisa dormir — ela ralhou. Livrando-se das cobertas, Edrit se levantou e veio acocorar-se ao lado dela.
— Não se preocupe. Ultimamente mamãe tem um sono muito pesado e não costuma acordar com qualquer barulho.
Zetta encarou o rapaz que ainda tinha ares de menino. Era muito ingênuo e inocente, mesmo sendo um pouco mais velho que ela. Edrit via o mundo de uma forma toda peculiar. Para ele, não existia maldade, nem morte, nem tristeza. Sua mente infantil não concebia a perversidade humana.
Ela já havia desistido de fazê-lo compreender a seriedade da doença que atingira a mãe de ambos.
Com as palavras mais suaves que encontrara, tentara explicar-lhe aquilo que o experiente farmacêutico havia diagnosticado. No caso de Joan, não havia mais nada a fazer. Ela morreria em breve.
Edrit, contudo, teimava em não entender esse fato. Não queria perder a mãe e se convencera de que isso nunca ia acontecer. Como se nada estivesse acontecendo, acompanhava-as alegremente naquela viagem conturbada e cheia de contratempos. Não entendia que a mãe só queria volta à aldeia onde crescera para poder morrer ali.
Carinhosamente Zetta passou a mão pelos cabelos loiros e rebeldes do irmão.
— Mesmo assim, é melhor falar baixo — sussurrou.
— Está bem. Mas o que temos para comer?
— Um pouco de pão e queijo que sobrou de ontem à noite.
— Só isso? Estou com muita fome!
— Eu também, mas não posso fazer aparecer comida do nada. As provisões acabaram porque eu não previa que íamos ter de viajar tanto depois que nos expulsaram daquela maldita aldeia onde mamãe nasceu.
— A culpa não foi minha, Zetta...
Refém nas Terras Altas
Uma paixão proibida!
As Terras Altas da Escócia são uma região de grande beleza, mas também de imenso perigo.
Por isso, quando Aimil Mengue é capturada por um clã inimigo, ela tem razão em temer por sua vida... e também por sua castidade, pois seu captor é o infame guerreiro Parlan MacGuin.
A reação inicial de Aimil é odiá-lo, porém, Parlan é muito mais honrado, e infinitamente mais atraente, do que ela imaginava.
Embora esteja prometida a outro homem, Aimil não pode negar o desejo que sente pelo homem que a mantém cativa.
Parlan MacGuin conhece sua fama de guerreiro destemido e implacável, e faz uso disso para conquistar terras e corações femininos.
Aimil, contudo, representa outro tipo de conquista. Parlan sente um desejo novo e inexplicável pela mulher que mantém prisioneira, à medida que a paixão proibida que os une ameaça deflagrar uma batalha sangrenta entre os clãs... ou preencher seus corações para sempre!
Capítulo Um
Escócia, 1500
O espanto congelou as feições do belo jovem quando o cavalo no qual ele montou deitou-se, lançando-o ao chão.
Por um instante, ele simplesmente encarou o garanhão branco se levantar devagar. Limpando as roupas ao se erguer, olhou fixamente para a moça pequena e delicada que, sentada pouco além, ria convulsivamente.
— Pirralha! — disse ele com afeição na voz.
Um sorriso começando a surgir em seus lábios. — Quando foi que lhe ensinou esse truque?
— Enquanto você se divertia em Aberdeen, Leith. Leith sorriu ao se deitar ao lado da irmã, acomodando a cabeça sobre os braços cruzados.
— E que dias gloriosos eu tive...
— Você não toma jeito mesmo, não é? — Os olhos cor de água marinha de Aimil brilhavam de contentamento. — O que tia Morag diria?
— Deus me livre disso! — ele observou ao se sentar. — É melhor voltarmos, está ficando tarde.
— Temos mesmo? Não saí sequer uma vez daquele castelo o mês inteiro.
— É mais seguro já que os MacGuin estão à solta de novo. Eu não deveria ter permitido que você me convencesse a sair.
Nem mesmo estando vestida como um rapaz. Nós até podemos passar despercebidos, mas não esse seu garanhão. — Segurando-a pela mão, Leith conduziu-a até o cavalo. — Agora me conte sobre esse casamento do qual ouvi comentários. — Viu que ela empalidecia.
— Ah, não!... É o que estou pensando?
— Sim, mas não consigo me conformar. Eu não gosto de Rory Fergueson.
Nem Leith gostava, mas refreou o comentário.
— Vou falar com papai.
— Isso de nada adiantará, o casamento foi arranjado há muito tempo. E papai parece ansioso para se livrar de mim.
Não havia como Leith negar essa triste verdade.
O fato era que, desde que Aimil havia começado a mostrar os primeiros traços de mulher, era ignorada pelo pai. As irmãs mais velhas sabiam disso, e os dois irmãos mais novos também, bem como o restante do clã.
Qualquer tentativa de tocar no assunto com o pai resultava num ataque de fúria ou num silêncio resoluto.
E, agora, ele estava disposto a entregá-la a um homem sobre o qual se ouviam os boatos mais hediondos.
— Mesmo assim tentarei falar com ele. Papai lhe deu alguma explicação sobre o porquê de o casamento ser realizado agora?
— Disse simplesmente que já era hora de eu me casar
— Aimil falou com um tom de frustração na voz. — E que havia prometido isso a um velho amigo.
— Isso não é um bom motivo. Se você está sendo obrigada a se casar com. um homem que não quer, ele ao menos precisa lhe dar um bom motivo. Ainda que o arranjo tenha sido feito enquanto você era apenas um bebê.
Aimil sorriu diante da zanga do irmão. Leith era tão parecido com o pai... Ele distribuía ordens que esperava ver cumpridas imediatamente.
Clique aqui o download do ebook
Pecados
O sabor do proibido!
A arte erótica não é nem um pouco desconhecida para Venetia Hamilton: as pinturas exuberantes de seu pai constituem um dos prazeres secretos da sociedade. Entretanto, Venetia nunca tinha experimentado um verdadeiro desejo até que conheceu Marcus Wyndham, Conde de Trent, um homem poderoso que tem o futuro dela em suas mãos e acorda sua curiosidade com um intenso beijo.
Seu hábil tato é só o começo do ensino carnal, mas é possível que o preço que tenha que pagar por esse prazer inimaginável seja ainda mais perigoso que a submissão...Venetia Hamilton é a mais velha das filhas ilegítimas de um famoso ilustrador erótico. Desde que seu pai ficou aleijado, foi ela que se encarregou de pintar as ilustrações de seu pai. E uma conhecida e decadente cortesã, Lydia Harcourt, descobriu o ardil e está chantageando-a para obter uma importante soma de dinheiro as suas custas.
Com o propósito de proteger a sua mãe e irmãs, Venetia decide aliar-se com Marcus Wyndham, o atraente Conde de Trent, que está sendo chantageado pela mesma pessoa sob a ameaça de descobrir um escuro segredo de sua família, e que está furioso por ser o involuntário modelo das ilustrações de Venetia. Agora, ambos devem ir a uma orgia que acontece em uma casa de campo, a qual também irá Lydia. E uma vez ali não só enfrentarão a chantagista, mas também um assassinato e, sobretudo, a seus próprios desejos e paixões.
Prólogo
Londres – Abril de 1818
“Não há nada como o dinheiro para estimular o desejo de uma mulher... Lydia Harcourt sorriu triunfante diante das duas cartas abertas que estavam no prato. Cantarolando feliz, renovou seu chocolate com um jorro do bule de porcelana.
Promessas de pagamento generoso. Suficiente para saldar as contas, se assim o quisesse.
Mas os credores, tão desesperados ante as dívidas, também podiam ser facilmente dissuadidos.
Agarrou a carta mais próxima e a releu enquanto sorvia o chocolate, saboreando sua vitória: mil libras. Embora em realidade, Norton pagasse mais. Possivelmente, se o pressionasse... Lydia apoiou a taça no prato e com um luxurioso bocejo espreguiçou.
Ela era uma das poucas incógnitas que sabia que manhã era essa. Agarrou a terceira carta recebida no correio da manhã. Esta prometia ser seu Golpe de Sorte. Nenhum de seus amantes pôde jamais ocultar segredo algum dela.
Um talento que agora lhe serviria. Com um movimento rápido, tirou brandamente a magra folha. Para ser um duque, Montberry usava o papel mais barato. Tampouco tinha gasto muita tinta. Uma simples linha cruzava a página.
“Pública, maldita seja.”
E debaixo, assinado “Montberry”.Maldito seja!
Realmente desejava que a alta sociedade soubesse quão espantosamente ele era aborrecido na cama? Ou que conhecesse suas preferências?
A alta sociedade o considerava um herói, um grande homem, que transcendia à vida. Que gracioso quando todos soubessem a verdade!
22 de novembro de 2010
Duelo de Paixões
Série Contos de Fadas
O valente Lorde Bannor de Elsinore necessitava com urgência de uma mulher sensata que cuidasse de seus filhos órfãos e o mantivesse afastado da tentação carnal.
Enquanto isso, a jovem Willow sonhava com um príncipe encantado que a libertasse de sua mesquinha família. Ambos contraem matrimônio, mas nenhum dos dois encontra o que procurava.
Willow se sente como uma intrusa no castelo, com um aprumado marido que não a quer em seu leito.
Logo descobrirá que não é a indiferença o que está no coração do impetuoso guerreiro, a não ser um desejo tão real que acabará por derrubar todos os muros, uma paixão tão ardente que nada poderia apagá-la.
Entre o ardor da batalha
Aceitar uma oferta de matrimônio era a única maneira que tinha Willow de escapar de sua detestável família.
Como ia adivinhar que lorde Bannor, seu bonito marido, já era duas vezes viúvo e pai de uma penca de meninos, legítimos e naturais, dos quais ela teria que cuidar?
Decepcionada e ferida, convencida de que não tinha nenhum atrativo para seu marido, Willow se rebela.
Com feliz assombro, descobrirá que seu inimigo conta com armas secretas e é capaz de converter a rendição no maior dos prazeres.
Capítulo Um
Inglaterra, 1360
Sir Bannor o Audaz corria precipitadamente pelos escuros corredores de pedra do castelo.
O suor lhe escorria sobrancelhas abaixo e o coração pulsava desbocado no peito como um tambor de guerra.
Dobrou a esquina a toda pressa e se escondeu no oco de uma janela afundada no muro, lutando por acalmar a rouca respiração que não o permitia escutar se aproximavam seus perseguidores.
Durante um instante bendito, houve silêncio.
Depois ouviu o implacável golpear de seus pés contra o chão, seguido dos gritos selvagens que pressagiavam sua sorte.
A mão tremente dirigiu-se instintivamente ao punho da espada, antes que recordasse que a arma seria inútil contra eles.
Estava indefeso.
Se qualquer dos homens que tinham brigado a seu lado contra os franceses durante os últimos quatorze anos tivesse visto o calafrio de terror que percorreu seu volumoso corpo naquele momento, teria duvidado de seus próprios sentidos.
Tinham-lhe visto escalar a parede de um castelo sem mais ajuda que suas mãos, se esquivando do azeite que caía ardendo do céu como se tratasse de fogo do inferno. Tinham-lhe visto descer de um salto de seu cavalo e correr em meio de uma chuva mortal de flechas, para recolher a um homem cansado em combate sobre seu ombro e levá-lo a um lugar seguro.
Tinham visto romper a folha de uma espada francesa contra sua própria coxa, sem indício de vacilação a causa da dor, e depois usar essa mesma espada para acabar com o homem que o tinha atacado.
Para deleite do rei Edward, sabia-se que alguns de seus inimigos tinham deposto as armas e se renderam somente ante o rumor de que Sir Bannor se achava no campo de batalha.
Mas nunca antes enfrentou a um adversário tão formidável, tão carente de piedade e de compaixão cristã.
Enquanto passavam em correria diante de seu esconderijo, encolheu-se contra a parede, enquanto movia os lábios silenciosamente em uma oração, para que Deus, que sempre tinha estado ao seu lado nas batalhas, o resgatasse.
Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
O valente Lorde Bannor de Elsinore necessitava com urgência de uma mulher sensata que cuidasse de seus filhos órfãos e o mantivesse afastado da tentação carnal.
Enquanto isso, a jovem Willow sonhava com um príncipe encantado que a libertasse de sua mesquinha família. Ambos contraem matrimônio, mas nenhum dos dois encontra o que procurava.
Willow se sente como uma intrusa no castelo, com um aprumado marido que não a quer em seu leito.
Logo descobrirá que não é a indiferença o que está no coração do impetuoso guerreiro, a não ser um desejo tão real que acabará por derrubar todos os muros, uma paixão tão ardente que nada poderia apagá-la.
Entre o ardor da batalha
Aceitar uma oferta de matrimônio era a única maneira que tinha Willow de escapar de sua detestável família.
Como ia adivinhar que lorde Bannor, seu bonito marido, já era duas vezes viúvo e pai de uma penca de meninos, legítimos e naturais, dos quais ela teria que cuidar?
Decepcionada e ferida, convencida de que não tinha nenhum atrativo para seu marido, Willow se rebela.
Com feliz assombro, descobrirá que seu inimigo conta com armas secretas e é capaz de converter a rendição no maior dos prazeres.
Capítulo Um
Inglaterra, 1360
Sir Bannor o Audaz corria precipitadamente pelos escuros corredores de pedra do castelo.
O suor lhe escorria sobrancelhas abaixo e o coração pulsava desbocado no peito como um tambor de guerra.
Dobrou a esquina a toda pressa e se escondeu no oco de uma janela afundada no muro, lutando por acalmar a rouca respiração que não o permitia escutar se aproximavam seus perseguidores.
Durante um instante bendito, houve silêncio.
Depois ouviu o implacável golpear de seus pés contra o chão, seguido dos gritos selvagens que pressagiavam sua sorte.
A mão tremente dirigiu-se instintivamente ao punho da espada, antes que recordasse que a arma seria inútil contra eles.
Estava indefeso.
Se qualquer dos homens que tinham brigado a seu lado contra os franceses durante os últimos quatorze anos tivesse visto o calafrio de terror que percorreu seu volumoso corpo naquele momento, teria duvidado de seus próprios sentidos.
Tinham-lhe visto escalar a parede de um castelo sem mais ajuda que suas mãos, se esquivando do azeite que caía ardendo do céu como se tratasse de fogo do inferno. Tinham-lhe visto descer de um salto de seu cavalo e correr em meio de uma chuva mortal de flechas, para recolher a um homem cansado em combate sobre seu ombro e levá-lo a um lugar seguro.
Tinham visto romper a folha de uma espada francesa contra sua própria coxa, sem indício de vacilação a causa da dor, e depois usar essa mesma espada para acabar com o homem que o tinha atacado.
Para deleite do rei Edward, sabia-se que alguns de seus inimigos tinham deposto as armas e se renderam somente ante o rumor de que Sir Bannor se achava no campo de batalha.
Mas nunca antes enfrentou a um adversário tão formidável, tão carente de piedade e de compaixão cristã.
Enquanto passavam em correria diante de seu esconderijo, encolheu-se contra a parede, enquanto movia os lábios silenciosamente em uma oração, para que Deus, que sempre tinha estado ao seu lado nas batalhas, o resgatasse.
Série Contos de Fadas
1 - Duelo de Paixões
2 - A Maldição do Castelo
Série Concluída
Não Traias meu Coração
Série Medieval
Lady Reina de Champeney olhava com desprezo certo gigante louro que apareceu repentinamente a sua frente.
Este gigante era de fato o cavaleiro Ranulf Fitz Hugh, o seu seqüestrador, que se comprometeu a entregá-la para o pior tipo de escravidão: O casamento com o Senhor Craven Rothwell.
Mas Reina era uma lutadora uma guerreira e não ia se curvar a esse destino. Para salvar-se de tal situação, ela propôs a Ranulf uma troca: ser sua esposa – Em troca de sua proteção, o faria um grande senhor.
E a cama nupcial fazia parte do negócio. Mas Reina acredita que ela não é o tipo de mulher que seu marido desejasse.
Uma paixão violenta floresce em seus corações e esta não pode ser negada; apesar do grave perigo, um amor turbulento os espera.
Capítulo Um
Castelo Claydon, Inglaterra, 1192
Bang! Uma e outra vez: Bang! O ruído do aríete se impunha sobre a confusão que reinava nas muralhas interiores, os gritos de agonia no recinto exterior, iam aumentando a já ensurdecedora enxaqueca que pulsava na cabeça de Reina de Champeney. Bang! Outra vez.
O ataque ocorreu de surpresa. Reina foi despertada de seu sonho pelo grito de "às armas!”, encontrou o recinto exterior já tomado à mercê de uma ardilosa artimanha.
O falso peregrino a quem deu amparo na noite anterior tinha aberto o portão da muralha exterior ao amanhecer, permitindo a entrada de um pequeno exército.
Graças a Deus, não havia permitido que o canalha dormisse no pátio interior nem no torreão, do contrário ela não estaria dirigindo a defesa das ameias, por cima da guarida da guarda interior.
Mas isso era tudo o que havia para agradecer.O exército atacante provavelmente não superava uma centena de homens, mas Clydon estava nesse instante muito abaixo da guarnição correspondente a um castelo de seu tamanho.
Desde que seu pai teve que dizimar o exército para organizar aquele que levaria consigo as Cruzadas, só ficaram cinqüenta e cinco homens.
E nem todos estavam presentes.
Havia ali vinte homens de arma e dez arqueiros.
Mas ao menos seis deles haviam morrido ou estavam presos nas muralhas exteriores, que os atacantes nem se quer se incomodavam em reforçar, posto que lá não houvesse arqueiros destros que pudessem danificar seus flancos.
-Atirem mais combustível a esse fogo!- gritou Reina a um de seus servos, os quais haviam sido recrutados para colaborar com a defesa. - Necessito dessa água fervendo agora, não quando as portas tenham cedido!
Série Medieval
1 - Não Traias meu Coração
2 - A Fúria de Amor
Série Concluída
Lady Reina de Champeney olhava com desprezo certo gigante louro que apareceu repentinamente a sua frente.
Este gigante era de fato o cavaleiro Ranulf Fitz Hugh, o seu seqüestrador, que se comprometeu a entregá-la para o pior tipo de escravidão: O casamento com o Senhor Craven Rothwell.
Mas Reina era uma lutadora uma guerreira e não ia se curvar a esse destino. Para salvar-se de tal situação, ela propôs a Ranulf uma troca: ser sua esposa – Em troca de sua proteção, o faria um grande senhor.
E a cama nupcial fazia parte do negócio. Mas Reina acredita que ela não é o tipo de mulher que seu marido desejasse.
Uma paixão violenta floresce em seus corações e esta não pode ser negada; apesar do grave perigo, um amor turbulento os espera.
Capítulo Um
Castelo Claydon, Inglaterra, 1192
Bang! Uma e outra vez: Bang! O ruído do aríete se impunha sobre a confusão que reinava nas muralhas interiores, os gritos de agonia no recinto exterior, iam aumentando a já ensurdecedora enxaqueca que pulsava na cabeça de Reina de Champeney. Bang! Outra vez.
O ataque ocorreu de surpresa. Reina foi despertada de seu sonho pelo grito de "às armas!”, encontrou o recinto exterior já tomado à mercê de uma ardilosa artimanha.
O falso peregrino a quem deu amparo na noite anterior tinha aberto o portão da muralha exterior ao amanhecer, permitindo a entrada de um pequeno exército.
Graças a Deus, não havia permitido que o canalha dormisse no pátio interior nem no torreão, do contrário ela não estaria dirigindo a defesa das ameias, por cima da guarida da guarda interior.
Mas isso era tudo o que havia para agradecer.O exército atacante provavelmente não superava uma centena de homens, mas Clydon estava nesse instante muito abaixo da guarnição correspondente a um castelo de seu tamanho.
Desde que seu pai teve que dizimar o exército para organizar aquele que levaria consigo as Cruzadas, só ficaram cinqüenta e cinco homens.
E nem todos estavam presentes.
Havia ali vinte homens de arma e dez arqueiros.
Mas ao menos seis deles haviam morrido ou estavam presos nas muralhas exteriores, que os atacantes nem se quer se incomodavam em reforçar, posto que lá não houvesse arqueiros destros que pudessem danificar seus flancos.
-Atirem mais combustível a esse fogo!- gritou Reina a um de seus servos, os quais haviam sido recrutados para colaborar com a defesa. - Necessito dessa água fervendo agora, não quando as portas tenham cedido!
Série Medieval
1 - Não Traias meu Coração
2 - A Fúria de Amor
Série Concluída
Assinar:
Postagens (Atom)