20 de março de 2011
Pecado
É um amor proibido.
Uma orda de políticos e ambiciosos os mantêm separados; homens com fortunas e títulos, homens do Senhor que conspiram para negar seu verdadeiro amor e apagar a valente chama.
E estão a ponto de conseguir.
Para a Baronesa Charlotte Bourbon-Condé, 1356 não é o ano da Peste Negra, do fim da Guerra dos Cem Anos contra os ingleses nem no que aumentou o poder e o alcance da Igreja Católica.
Tampouco é o ano do vasto império dos Borbones do qual ela é herdeira, nem das grandes revoltas ou pequenos milagres que se produziram na França, sua terra natal.
Estes são tempos difíceis para o irmão Gautier, o filho bastardo de um nobre, um cruzado atormentado pelos horrores da Terra Santa e um valentão apaixonado pela vontade da Igreja.
Embora desesperadamente tente, Gautier não pode negar seus sentimentos para Charlotte, nem tampouco pode passar por cima da sagrada tarefa que se impôs e as privações que vêm com sua escolha.
Ele deve cumprir sua missão. Inclusive se isto significa trair seu próprio coração.
Seu amor é proibido. Sucumbir à tentação asseguraria um lugar no inferno.
Mas viver separados era, por certo, um destino muito cruel.
Nota da Revisora Ana Paula G: Gostei muito deste livro.
Mas gostei principalmente da heroína!
Totalmente resolvida, decidida a ser feliz.
O herói , na minha opinião , ficou a desejar. Muito indeciso.
Somente lá pelo final, resolve seguir o coração e defender a sua amada.
Mesmo assim, livro muitoooooooo hot, cheio de trechos de pegar fogo...kkkkkkkk..como a capa!
Capítulo Um
Ressoava uma tormenta lá fora. A chuva golpeava o vidro fortemente enquanto o vento rugia como uma besta moribunda.
Charlotte preencheu a página do livro de contabilidade com garrancho quase ilegível e desenhou uma linha oblíqua sob a última entrada.
Depois de assinar o documento, ocupando a metade do espaço reservado, datou a entrada e pôs a pluma de novo em sua capa sobre o desgastado tampo da escrivaninha. O nome de Baronesa Charlotte Bourbon-Condé reluzia em azul prussiano antes de escurecer e secar.
Charlotte se reclinou em sua cadeira e tomou o último gole de líquido âmbar do sifão acobreado. Doçura na língua e um gosto picante na garganta. Perfeito.
O bourbon de barril tinha sido o primeiro lote do que se encarregou sozinha.
Uma amostra da safra do verão de quarenta e oito, oito anos atrás, logo depois da morte de seus pais por malária e antes que Jean-Louis partisse para a cruzada para não retornar jamais.
A pequena ardência de seus olhos se transformou em um rio de lágrimas.
Beijou o anel que seu irmão tinha lhe deixado e que antigamente tinha pertencido a seu pai. Só servia no polegar, embora não pudesse suportar a idéia de usá-lo em seus dedos. Jean-Louis voltaria para reclamá-lo.
O que diria se o anel não lhe coubesse?
Sem dúvida poderia ter usado a ajuda que evocava o anel de seu irmão todo este tempo, mas preferia andar nua pela cidade antes que admitir tal coisa.
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Liberte Meu Coração
Capítulo Um
Inglaterra, 1291
O gavião estava de volta. Finnula o viu no instante em que abriu a persiana de madeira da janela do seu quarto para ver se o xerife e seus homens já tinham partido nos cavalos.
O enorme pássaro marrom de olhar maligno estava empoleirado, o mais calmo possível, no topo do telhado de sapê do galinheiro.
Ele tinha matado duas das galinhas favoritas de Mellana na semana anterior e agora mirava a terceira, a que Mel chamava de Greta, enquanto a galinha malhada ciscava o chão enlameado do galinheiro em busca das migalhas que restaram da ração.
Embora o gavião não se mexesse, mesmo com a chuva fria de primavera caindo constantemente sobre seu dorso, Finnula sabia que ele estava pronto para atacar.
Rápida como as gazelas premiadas do conde, Finnula pegou seu arco, que estava pendurado na cabeceira da cama, e as flechas, e mirou a ave de rapina, embora estivesse em um ângulo de visão ruim, pois as vigas de madeira do teto perto da janela que dava para o telhado eram baixas demais.
Forçando a corda do velho arco para trás, Finnula concentrou-se totalmente no alvo abaixo dela: o peito arrepiado do gavião assassino de galinhas.
Não escutou a irmã subindo as escadas para o quarto que já tinham dividido, nem sequer o barulho da porta raspando no chão ao se abrir.
—Finn! A voz horrorizada de Christina assustou Finnula, e ela soltou a corda cedo demais.
Com uma vibração musical, a flecha atravessou a janela, arqueando através da chuva, e fixou-se inofensivamente no sapê aos pés do gavião, fazendo o pássaro alçar voo com o susto e dar gritos agudos de indignação.
— Meu Deus, Christina! — resmungou Finnula, desfazendo a posição de arqueira e apontando um dedo acusador para o caminho feito pela flecha.
— Era uma flecha perfeita, e, agora, olhe para ela! Como vou pegá-la de volta? Está presa no telhado do galinheiro!
Christina estava apoiada no batente da porta, o rosto redondo com as bochechas rosadas pelo esforço de subir as escadas estreitas. Uma das mãos no peito farto demonstrava a tentativa de recuperar o fôlego.
— Que vergonha, Finnula! — disse ela, ofegante, quando finalmente conseguiu falar. — No que você estava pensando? O xerife foi embora há menos de cinco minutos, e aqui está você, atirando em pobres pássaros inocentes de novo!
— Inocentes! — Finnula pendurou a alça de couro surrado da aljava sobre o ombro delgado. — Se você quer saber, aquele era o gavião que anda matando as galinhas de Mellana.
— Você perdeu a cabeça que o bom Senhor lhe deu, Finn? Se o xerife tivesse olhado para trás e visto a flecha voando da janela do quarto, teria dado meia-volta e prendido você aqui mesmo. Finnula riu de forma debochada.
—Ah! Ele nunca faria isso. Imagine, prender uma donzela meiga como eu. Ele se tornaria odiado de Shropshire na hora. — Não. Sendo o primo do conde, não se tornaria. — No oitavo mês de gravidez, Christina não conseguia mais subir as escadas até o antigo quarto com a mesma rapidez. Acomodou-se na cama das irmãs mais novas e suspirou, os cachos ruivos que haviam escapado da touca de linho balançando. você não deveria
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Era Uma Vez Um Cavaleiro...
E uma dama apaixonada...
O charmoso e atraente Vincent Danzel nunca recusa um desafio.
Por isso, quando é incumbido de fazer uma certa jovem apaixonar-se por ele, sem
levá-la para a cama, ele aceita sem vacilar, entusiasmado com a ideia de ter uma donzela chorando a seus pés...
As visões de Sybil Eschoncan a avisam de que um pretendente indesejável está prestes a entrar em sua vida, e a súbita chegada de Vincent a seu castelo confirma a previsão.
Mas ela não estava preparada para a atração que sentiria por aquele cavaleiro, e fica perplexa com a relutância dele em possuí-la...
Vincent jura a si mesmo resistir ao desejo crescente que sente pela intrigante Sybil.
Mas quando outro homem, monstruoso e repulsivo, pede a mão dela em casamento, com a anuência da madrasta, ele decide arriscar tudo para lutar por um amor que nunca pensou que iria encontrar...
Capítulo Um
1457 d.C.
Aquela seria muito fácil. Vincent Danzel empurrou uma mecha de cabelo para atrás da orelha e viu a figura coberta por um manto se esconder atrás de um arbusto.
Mudando de posição, ele ouviu o ranger da árvore sobre a qual estava encolhido.
A bolsa ainda estava pesada. Bem pesada. Não se deixaria entorpecer pela bebida.Iria precisar dela.
Vincent mudou novamente de posição, e o galho rangeu outra vez.
O barulho era constante desde que se encolhera ali em cima para vigiar a moça que perdia tempo procurando sapos. Vincent torceu o nariz. Sapos?Ele a viu se aproximar de um deles na beira do lago, e quase sentiu pena da criatura.
Assim que conseguia pôr as mãos no animal, ela o sacudia e esbofeteava, fazendo ruídos estranhos até o sapo reagir como ela queria.
Depois, ainda fazendo ruídos esquisitos, ela usava um pano que levava sob o manto para esfregar as costas do animal.
Não sabia que tipo de substância ela pretendia absorver, mas depois de limpar completamente o sapo, a jovem o libertava no lago com toda a delicadeza.
Vincent a viu dobrar o tecido na forma de um pequeno triângulo e guardá-lo dentro de um frasco junto com outros quatro que ela havia obtido anteriormente.
Em seguida, ela fechava o recipiente com uma rolha.
A jovem nada tinha que a recomendasse.
Era pequena, sem forma definida e sem-graça, a julgar por como se encolhia sob o manto. E era estranha. Vincent a observava com extrema atenção.
Ela se levantou, e a mudança de posição pouco aumentou sua estatura, vista de onde ele estava.
Vincent agarrou o galho, rolou o corpo para a frente e se pendurou na árvore, aterrissando no chão à direita da jovem, sobre a margem encharcada do lago.
Ao receber o peso de seu corpo, o solo cedeu, e ele se viu imerso até os tornozelos na lama.
A estranha criatura o encarou e riu.
— Não deveria espionar — ela disse finalmente, quando conseguiu conter o riso.
Vincent franziu a testa. Ela não parecia surpresa com sua repentina aparição.
— Eu não estava espionando.
— O que estava fazendo, então?
— Estava realizando um desejo seu.
Vincent recuava passo a passo, tentando pisar solo firme.
— Um desejo meu? E qual foi o pedido que eu fiz? — ela indagou.
— Um príncipe. Esse é o propósito de beijar sapos. Encontrar um príncipe.
— Não beijei nenhum sapo.
— O que explica por que ainda não encontrou seu príncipe.
— Então, você não é um príncipe?
— Sou Vincent Danzel, cavaleiro. A seu dispor. — Ele se curvou para dar mais efeito à apresentação.— Que pena...
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Sonho de Cinderela
Série Noivas Herdeiras
No jogo do amor...
O avô de Sophie Blake deixou sua fortuna em testamento para a primeira de suas netas que se casasse com um duque.
Como sua prima, Deirdre, está prestes a cumprir a cláusula, a tranquila e intelectual Sophie pode deixar de lado a ideia e dedicar-se ao único homem a quem ama de verdade:
Graham Candevish.
Não que esse charmoso libertino tenha planos com relação a ela, Sophie sabe disso...
Mas ela se contenta em estar junto dele, trocar ideias, vencê-lo nos jogos de cartas... e sondar os mistérios que se ocultam por trás daquele sorriso sensual...
Deve-se agir com o coração!
E então, inesperadamente, Graham herda um título de nobreza e uma propriedade à beira da ruína, afundada em dívidas.
Sua única chance de salvação é encontrar uma mulher rica, o mais rápido possível! Quando a procura de Graham por uma noiva começa, Sophie percebe que nem mesmo tem chance de ser uma pretendente.
Subitamente cansada de ser ignorada, ela passa por uma impressionante transformação e se torna a bela da noite.
Todos os olhares se voltam em sua direção, inclusive o de Graham. Mas essa beldade também guarda segredos... Ela será sua salvação ou sua ruína?...
Capítulo Um
Inglaterra, 1815
Se alguém tivesse dito a Sophie um ano antes que nessa noite ela estaria esparramada no tapete, diante da lareira, com um dos mais atraentes e cobiçados homens de Londres, ela teria dado uma gargalhada.
Mas lá estava ela, espreguiçando-se no calor do fogo e olhando carinhosamente para lorde Graham Cavendish, um homem de estatura alta e semblante espirituoso, que percorria os dedos longos pela palma de sua mão...
— Ai! — Sophie puxou a mão de supetão.
— Consegui! — Graham levantou a mão, triunfante, e examinou a lasca de vidro azul, com expressivos olhos verdes.
— Como você conseguiu enfiar isso na mão?
Para Sophie, a questão não era como tinha conseguido e, sim, por que não brilhava como a janela de vidro colorido depois de quebrar tantos objetos de valor com seus modos desajeitados durante vinte e sete longos anos.
Ela simplesmente deu de ombros e respondeu a Graham:
— Não tenho a mínima idéia. Mas obrigada, isso estava me incomodando muito.
Ele fez uma mesura, bem-humorado.
— Tudo por causa de um bom dia de trabalho. — Ele se afastou então da lareira, para onde havia arrastado Sophie por causa da luz.
Os dois estavam na sala de visita da casa alugada na Primrose Street, perto do distrito da moda de Mayfair, embora não exatamente nele.
Sophie não tivera escolha quanto a casa, mas bem que gostaria que a tia, lady Tessa, não morasse lá, como sua acompanhante.
Não que a falsa e insolente Tessa passasse muito tempo a ciceroneá-la... graças a Deus, não!... pois logo ficava entediada e sumia por semanas com o amante da ocasião.
Como Tessa acreditasse que Sophie estava em Londres para arrumar um dos poucos duques solteiros e competir pela herança, essa talvez também fosse uma estratégia sutil de relegá-la a uma vida solitária.
Série Noivas Herdeiras
1 - Procura-se um Duque
2 - No Quarto Ao Lado
3 - Sonho de Cinderela
Série Concluída
No jogo do amor...
O avô de Sophie Blake deixou sua fortuna em testamento para a primeira de suas netas que se casasse com um duque.
Como sua prima, Deirdre, está prestes a cumprir a cláusula, a tranquila e intelectual Sophie pode deixar de lado a ideia e dedicar-se ao único homem a quem ama de verdade:
Graham Candevish.
Não que esse charmoso libertino tenha planos com relação a ela, Sophie sabe disso...
Mas ela se contenta em estar junto dele, trocar ideias, vencê-lo nos jogos de cartas... e sondar os mistérios que se ocultam por trás daquele sorriso sensual...
Deve-se agir com o coração!
E então, inesperadamente, Graham herda um título de nobreza e uma propriedade à beira da ruína, afundada em dívidas.
Sua única chance de salvação é encontrar uma mulher rica, o mais rápido possível! Quando a procura de Graham por uma noiva começa, Sophie percebe que nem mesmo tem chance de ser uma pretendente.
Subitamente cansada de ser ignorada, ela passa por uma impressionante transformação e se torna a bela da noite.
Todos os olhares se voltam em sua direção, inclusive o de Graham. Mas essa beldade também guarda segredos... Ela será sua salvação ou sua ruína?...
Capítulo Um
Inglaterra, 1815
Se alguém tivesse dito a Sophie um ano antes que nessa noite ela estaria esparramada no tapete, diante da lareira, com um dos mais atraentes e cobiçados homens de Londres, ela teria dado uma gargalhada.
Mas lá estava ela, espreguiçando-se no calor do fogo e olhando carinhosamente para lorde Graham Cavendish, um homem de estatura alta e semblante espirituoso, que percorria os dedos longos pela palma de sua mão...
— Ai! — Sophie puxou a mão de supetão.
— Consegui! — Graham levantou a mão, triunfante, e examinou a lasca de vidro azul, com expressivos olhos verdes.
— Como você conseguiu enfiar isso na mão?
Para Sophie, a questão não era como tinha conseguido e, sim, por que não brilhava como a janela de vidro colorido depois de quebrar tantos objetos de valor com seus modos desajeitados durante vinte e sete longos anos.
Ela simplesmente deu de ombros e respondeu a Graham:
— Não tenho a mínima idéia. Mas obrigada, isso estava me incomodando muito.
Ele fez uma mesura, bem-humorado.
— Tudo por causa de um bom dia de trabalho. — Ele se afastou então da lareira, para onde havia arrastado Sophie por causa da luz.
Os dois estavam na sala de visita da casa alugada na Primrose Street, perto do distrito da moda de Mayfair, embora não exatamente nele.
Sophie não tivera escolha quanto a casa, mas bem que gostaria que a tia, lady Tessa, não morasse lá, como sua acompanhante.
Não que a falsa e insolente Tessa passasse muito tempo a ciceroneá-la... graças a Deus, não!... pois logo ficava entediada e sumia por semanas com o amante da ocasião.
Como Tessa acreditasse que Sophie estava em Londres para arrumar um dos poucos duques solteiros e competir pela herança, essa talvez também fosse uma estratégia sutil de relegá-la a uma vida solitária.
Série Noivas Herdeiras
1 - Procura-se um Duque
2 - No Quarto Ao Lado
3 - Sonho de Cinderela
Série Concluída
Se uma Estrela Aparecer...
Um pedido às estrelas...
Lady Letitia e lady Viola não entendem nada de casamento!
As duas insistem que é preciso ter amor... Pois eu, Hannah Chillton, afirmo que basta aproximar um homem e uma mulher e deixar que a natureza faça o resto. E para provar que estou certa, tenho um plano secreto para fazer aquelas duas subirem ao altar! Claro que é um desafio e tanto, considerando-se que ambas já passaram um pouquinho da idade de casar...
E desde quando o amor tem algo a ver com o casamento que elas estão providenciando para mim?
Confesso que quando conheci St. Albans, fiquei um pouco sem fôlego, mas depois que nossa carruagem acidentalmente o atropelou, estou convencida de que ele pertence àquela desprezível categoria de homens infames e conquistadores.
A arrogância dele é insuportável... Verdade que às vezes ele parece tão tímido e carinhoso que chego a pensar se não existem dois St. Albans, totalmente diferentes um do outro. Mas isso seria impossível... Ou não?
Capítulo Um
Cemitério da Abadia Kirkwell, Inglaterra, Devon
Aquele não era o dia de sorte do conde de Devonsfield. Para completar, seu descanso eterno também estava ameaçado.
Aborrecido, o conde levantou a cartola e removeu a peruca para coçar com suas unhas roídas a calva brilhante.
— Bem, o que me diz, Pinkerton?
Seu criado pessoal, um cavalheiro elegante e perspicaz, equilibrava-se perigosamente num dos galhos da imensa sorveira brava que ficava ao lado do mausoléu.
— Acho que o funcionário do cemitério está certo, milorde. Não há outra opção; pelo menos nenhuma que eu possa imaginar. Não vejo como adicionar mais um andar ao mausoléu sem comprometer a estrutura.
A resposta não agradou ao conde. Ele, porém, era um homem que aprendera com a vida que as mudanças eram necessárias e invitáveis, e não iria se render diante do primeiro obstáculo.
— Nesse caso, não nos resta alternativa. Teremos de aumentar nas laterais, Pinkerton. — O elegante cavalheiro olhou paras as lápides vizinhas ao mausoléu de sua família. — Poderemos tentar persuadir os Anatole a remover seus familiares para outro terreno.
A expressão que surgiu no rosto do criado deixava claro que ele não acreditava num desfecho favorável para a idéia, mas acima de tudo vinha sua lealdade e ele aquiesceu.
— Entrarei em contato com os Anatole para verificar a viabilidade de seus planos, milorde.
Com cartola e peruca nas mãos, lorde Devonsfield caminhou pelo gramado que circundava o local de repouso de seus antepassados. Em seguida, suspirou ao tocar as paredes de mármore, imaginando se aquilo tudo não era conseqüência de seu terrível azar. Após duzentos anos, o mausoléu dos Devonsfield estava lotado, justamente quando sua passagem pela Terra estava com os dias contados. E a culpa era de seu irmão, sem sombra de dúvida. Mesmo depois do trágico falecimento de todos os familiares do conde num terrível acidente — que matara seus dois filhos —, ainda havia um espaço vago que lhe pertencia de direito. Mas então seu irmão mais jovem, Thelonius, morrera de repente, utilizando seu lugar no mausoléu.
— Milorde, posso descer da árvore agora? — Pinkerton, como sempre vestido de preto dos pés à cabeça, oscilava nervoso no galho.
— O quê? Oh, claro! Já terminamos. — O conde acenou-lhe para que descesse. — Por falar em árvore, poderia me explicar melhor o que descobriu sobre minha árvore genealógica. Mais especificamente sobre o ramo em que podemos encontrar meu herdeiro? Já faz um mês que aconteceu o acidente e você ainda não localizou aquele que herdará o condado de Devonsfield.
Pinkerton apoiou-se com cautela num galho mais baixo.
— Fique tranqüilo, sir. Sei, por exemplo que o cavalheiro mora na Cornualha. É filho de seu primo em segundo grau.
O conde encarou-o incrédulo e, aproximando-se da árvore, bateu com a bengala no tronco.
— Maldição, Pinkerton. Por que não me disse antes? Preciso falar com o rapaz sem demora. Qual é o nome dele?
Lady Letitia e lady Viola não entendem nada de casamento!
As duas insistem que é preciso ter amor... Pois eu, Hannah Chillton, afirmo que basta aproximar um homem e uma mulher e deixar que a natureza faça o resto. E para provar que estou certa, tenho um plano secreto para fazer aquelas duas subirem ao altar! Claro que é um desafio e tanto, considerando-se que ambas já passaram um pouquinho da idade de casar...
E desde quando o amor tem algo a ver com o casamento que elas estão providenciando para mim?
Confesso que quando conheci St. Albans, fiquei um pouco sem fôlego, mas depois que nossa carruagem acidentalmente o atropelou, estou convencida de que ele pertence àquela desprezível categoria de homens infames e conquistadores.
A arrogância dele é insuportável... Verdade que às vezes ele parece tão tímido e carinhoso que chego a pensar se não existem dois St. Albans, totalmente diferentes um do outro. Mas isso seria impossível... Ou não?
Capítulo Um
Cemitério da Abadia Kirkwell, Inglaterra, Devon
Aquele não era o dia de sorte do conde de Devonsfield. Para completar, seu descanso eterno também estava ameaçado.
Aborrecido, o conde levantou a cartola e removeu a peruca para coçar com suas unhas roídas a calva brilhante.
— Bem, o que me diz, Pinkerton?
Seu criado pessoal, um cavalheiro elegante e perspicaz, equilibrava-se perigosamente num dos galhos da imensa sorveira brava que ficava ao lado do mausoléu.
— Acho que o funcionário do cemitério está certo, milorde. Não há outra opção; pelo menos nenhuma que eu possa imaginar. Não vejo como adicionar mais um andar ao mausoléu sem comprometer a estrutura.
A resposta não agradou ao conde. Ele, porém, era um homem que aprendera com a vida que as mudanças eram necessárias e invitáveis, e não iria se render diante do primeiro obstáculo.
— Nesse caso, não nos resta alternativa. Teremos de aumentar nas laterais, Pinkerton. — O elegante cavalheiro olhou paras as lápides vizinhas ao mausoléu de sua família. — Poderemos tentar persuadir os Anatole a remover seus familiares para outro terreno.
A expressão que surgiu no rosto do criado deixava claro que ele não acreditava num desfecho favorável para a idéia, mas acima de tudo vinha sua lealdade e ele aquiesceu.
— Entrarei em contato com os Anatole para verificar a viabilidade de seus planos, milorde.
Com cartola e peruca nas mãos, lorde Devonsfield caminhou pelo gramado que circundava o local de repouso de seus antepassados. Em seguida, suspirou ao tocar as paredes de mármore, imaginando se aquilo tudo não era conseqüência de seu terrível azar. Após duzentos anos, o mausoléu dos Devonsfield estava lotado, justamente quando sua passagem pela Terra estava com os dias contados. E a culpa era de seu irmão, sem sombra de dúvida. Mesmo depois do trágico falecimento de todos os familiares do conde num terrível acidente — que matara seus dois filhos —, ainda havia um espaço vago que lhe pertencia de direito. Mas então seu irmão mais jovem, Thelonius, morrera de repente, utilizando seu lugar no mausoléu.
— Milorde, posso descer da árvore agora? — Pinkerton, como sempre vestido de preto dos pés à cabeça, oscilava nervoso no galho.
— O quê? Oh, claro! Já terminamos. — O conde acenou-lhe para que descesse. — Por falar em árvore, poderia me explicar melhor o que descobriu sobre minha árvore genealógica. Mais especificamente sobre o ramo em que podemos encontrar meu herdeiro? Já faz um mês que aconteceu o acidente e você ainda não localizou aquele que herdará o condado de Devonsfield.
Pinkerton apoiou-se com cautela num galho mais baixo.
— Fique tranqüilo, sir. Sei, por exemplo que o cavalheiro mora na Cornualha. É filho de seu primo em segundo grau.
O conde encarou-o incrédulo e, aproximando-se da árvore, bateu com a bengala no tronco.
— Maldição, Pinkerton. Por que não me disse antes? Preciso falar com o rapaz sem demora. Qual é o nome dele?
19 de março de 2011
Tudo por um Beijo
Série Canalhas
Lydia Grenville é a autora de um bem sucedido folhetim de aventuras.
Vere Mallory o Duque de Ainswood faz honra a sua estirpe e cultiva uma fama
de homem libertino Lydia iniciou uma campanha na imprensa contra o auge
da prostituição em Londres.
E Quando Vere a conhece não pode evitar apaixonar-se
perdidamente, embora tente disfarçar como simples luxúria.
Entre ambos nasce uma faiscante batalha amorosa enquanto às suas costas
enfraquece a ameaça de um inimigo secreto.
Uma mulher determinada a manter intactos corpo e coração, e um homem dedicado
seduzi-la.
Lydia Grenville é a autora de um bem sucedido folhetim de aventuras.
Vere Mallory o Duque de Ainswood faz honra a sua estirpe e cultiva uma fama
de homem libertino Lydia iniciou uma campanha na imprensa contra o auge
da prostituição em Londres.
E Quando Vere a conhece não pode evitar apaixonar-se
perdidamente, embora tente disfarçar como simples luxúria.
Entre ambos nasce uma faiscante batalha amorosa enquanto às suas costas
enfraquece a ameaça de um inimigo secreto.
Uma mulher determinada a manter intactos corpo e coração, e um homem dedicado
seduzi-la.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
A Noiva do Conde Louco
Série Canalhas
Um Conde cujas enxaquecas são consideradas um sintoma de loucura e que está à beira da morte, e uma ruiva de olhos verdes capaz de lhe dar o herdeiro que tanto deseja.
Capítulo Um
Dartmoor, Devon Princípios de maio de 1828
Dorian estava de pé na biblioteca do Radmorc Manor, olhando pela janela ao longe, os paramos estendiam sua lúgubre beleza.
Atraíam-no com força, como tinha acontecido em suas fantasias doentias durante os meses de sua enfermidade em Londres, quando caiu doente tão gravemente que estava muito fraco para sustentar a pluma sequer.
Em agosto, Hoskins, o empregado de um advogado, encontrou-o quase inconsciente, jogado sobre um documento manchado de tinta.
— Irei procurar a um médico.
— Não. Médicos não, pelo amor de Deus. Dartmoor, me leve a Dartmoor. Tenho dinheiro economizado guardado debaixo das pranchas do chão.
Hoskins poderia haver fugido com o pequeno cofre, e o céu sabia que necessitava de dinheiro, vivendo, como o fazia, de seu magro salário de empregado.
Mas não só fez o que Dorian lhe pedia mas também ficou a cuidá-lo.
Ficou inclusive depois de que Dorian se recuperou... ou isso pareceu.
Mas essa aparente recuperação não enganou o mesmo Dorian.
Do primeiro momento dessa enfermidade, igual à de sua mãe, anos antes, suspeitou que não era mais que o princípio do fim.
Em janeiro, quando começaram as dores de cabeça, confirmaram-se suas suspeitas.
À medida que passavam as semanas, os ataques se voltaram cada vez mais cruéis, como tinha ocorrido com os de sua mãe.
A noite anterior à passada teve vontades de golpear a cabeça contra a parede. ... dor... dilaceradora na cabeça... não podia ver bem... não podia pensar.
Agora compreendia bem o que sua mãe tinha querido dizer.
Mas, mesmo assim, teria suportado a dor, não teria mandado procurar o Kneebones a manhã do dia anterior se não tivesse sido pelo espectro de débil luminosidade que viu.
Foi então quando Dorian compreendeu que teria que fazer algo antes que as tênues ilusões visuais se convertessem em fantasmas, como tinha acontecido a sua mãe, e o levasse a violência, tal como tinha passado com ela.
— Eu sei o que é — havia dito Dorian ao médico, quando o foi ver no dia anterior
— Sei que é a mesma enfermidade do cérebro, e que é incurável. Mas preferiria terminar meus dias aqui, se puder. Preferiria não terminar como minha mãe, se pode evitar-se.
Naturalmente Kneebones devia satisfazer-se a si mesmo e chegar a suas próprias conclusões.
E Dorian sabia que havia uma só conclusão possível.
A mãe tinha morrido oito meses depois da aparição da "quimera visual", os "fantasmas" que começasse a ver acordada, e não só em sonhos, como havia dito.
O máximo que Kneebones podia lhe prometer eram seis meses.
Disse que a degeneração avançava mais rápido que no caso de sua mãe, mercê a um "modo de vida insalubre".
Não obstante, Kneebones lhe tinha assegurado que os ataques violentos podiam moderar-se com grandes doses de láudano.
— Seu pai, por temor a uma overdose, foi muito parco com o láudano — lhe explicou o médico — Logo, quando foi seu avô, recriminou-me ter convertido à desventurada mulher em uma viciada no ópio. E depois apareceram os falsos peritos, que o denominaram "veneno" e disseram que tinha sido a causa das alucinações, se o único que fazia era as diminuir e tranqüilizar a sua mãe!
Recordando a conversação, Dorian sorriu. O vício aos opiáceos era a menor de suas preocupações, e uma overdose ao seu devido tempo poderia lhe brindar um
bem-aventurado alívio.
Ao seu devido tempo, mas ainda não.Por fora, o viam saudável e forte, e no Dartmoor se viu livre do ódio a si mesmo que o perseguia desde seu último ano no Eton, quando o atraiu a tentação em forma de mulher e descobriu que não podia confrontá-la.
Tal como havia dito sua mãe, neste lugar não havia tentações.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
Um Conde cujas enxaquecas são consideradas um sintoma de loucura e que está à beira da morte, e uma ruiva de olhos verdes capaz de lhe dar o herdeiro que tanto deseja.
Capítulo Um
Dartmoor, Devon Princípios de maio de 1828
Dorian estava de pé na biblioteca do Radmorc Manor, olhando pela janela ao longe, os paramos estendiam sua lúgubre beleza.
Atraíam-no com força, como tinha acontecido em suas fantasias doentias durante os meses de sua enfermidade em Londres, quando caiu doente tão gravemente que estava muito fraco para sustentar a pluma sequer.
Em agosto, Hoskins, o empregado de um advogado, encontrou-o quase inconsciente, jogado sobre um documento manchado de tinta.
— Irei procurar a um médico.
— Não. Médicos não, pelo amor de Deus. Dartmoor, me leve a Dartmoor. Tenho dinheiro economizado guardado debaixo das pranchas do chão.
Hoskins poderia haver fugido com o pequeno cofre, e o céu sabia que necessitava de dinheiro, vivendo, como o fazia, de seu magro salário de empregado.
Mas não só fez o que Dorian lhe pedia mas também ficou a cuidá-lo.
Ficou inclusive depois de que Dorian se recuperou... ou isso pareceu.
Mas essa aparente recuperação não enganou o mesmo Dorian.
Do primeiro momento dessa enfermidade, igual à de sua mãe, anos antes, suspeitou que não era mais que o princípio do fim.
Em janeiro, quando começaram as dores de cabeça, confirmaram-se suas suspeitas.
À medida que passavam as semanas, os ataques se voltaram cada vez mais cruéis, como tinha ocorrido com os de sua mãe.
A noite anterior à passada teve vontades de golpear a cabeça contra a parede. ... dor... dilaceradora na cabeça... não podia ver bem... não podia pensar.
Agora compreendia bem o que sua mãe tinha querido dizer.
Mas, mesmo assim, teria suportado a dor, não teria mandado procurar o Kneebones a manhã do dia anterior se não tivesse sido pelo espectro de débil luminosidade que viu.
Foi então quando Dorian compreendeu que teria que fazer algo antes que as tênues ilusões visuais se convertessem em fantasmas, como tinha acontecido a sua mãe, e o levasse a violência, tal como tinha passado com ela.
— Eu sei o que é — havia dito Dorian ao médico, quando o foi ver no dia anterior
— Sei que é a mesma enfermidade do cérebro, e que é incurável. Mas preferiria terminar meus dias aqui, se puder. Preferiria não terminar como minha mãe, se pode evitar-se.
Naturalmente Kneebones devia satisfazer-se a si mesmo e chegar a suas próprias conclusões.
E Dorian sabia que havia uma só conclusão possível.
A mãe tinha morrido oito meses depois da aparição da "quimera visual", os "fantasmas" que começasse a ver acordada, e não só em sonhos, como havia dito.
O máximo que Kneebones podia lhe prometer eram seis meses.
Disse que a degeneração avançava mais rápido que no caso de sua mãe, mercê a um "modo de vida insalubre".
Não obstante, Kneebones lhe tinha assegurado que os ataques violentos podiam moderar-se com grandes doses de láudano.
— Seu pai, por temor a uma overdose, foi muito parco com o láudano — lhe explicou o médico — Logo, quando foi seu avô, recriminou-me ter convertido à desventurada mulher em uma viciada no ópio. E depois apareceram os falsos peritos, que o denominaram "veneno" e disseram que tinha sido a causa das alucinações, se o único que fazia era as diminuir e tranqüilizar a sua mãe!
Recordando a conversação, Dorian sorriu. O vício aos opiáceos era a menor de suas preocupações, e uma overdose ao seu devido tempo poderia lhe brindar um
bem-aventurado alívio.
Ao seu devido tempo, mas ainda não.Por fora, o viam saudável e forte, e no Dartmoor se viu livre do ódio a si mesmo que o perseguia desde seu último ano no Eton, quando o atraiu a tentação em forma de mulher e descobriu que não podia confrontá-la.
Tal como havia dito sua mãe, neste lugar não havia tentações.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
Rose E Julian
Inglaterra, 1856
O amor pode acontecer nos lugares mais improváveis...
Jovem e sem recursos, Rose Cranmer fez o possível e o impossível para propiciar um teto e conforto à mãe enferma.
Porém, após a morte da mãe, ela fugiu do lugar onde morava, no interior, e do senhorio que roubara sua inocência.
Arrumar um emprego em Londres, como enfermeira era um sonho que se realizava para ela, que havia aprendido com a mãe a preparar e utilizar remédios com ervas medicinais.
Contudo, um paciente, em especial, o teimoso Julian Livingston, filho de um conde e ferido na guerra, inspirava em Rose sonhos de outra natureza.
Sonhos impossíveis, pois ela acreditava que Julian a desprezaria se descobrisse a verdade sobre seu passado.
Conseguiria Julian convencê-la de que amava a mulher que ela se tornara, a mulher que ele queria como esposa?...
Capítulo Um
Rose Cranmer encostou-se no pilar de pedra e prendeu a respiração. Perscrutou ao redor do pórtico e além da rua.
Até então, nenhum dos convidados do casamento a havia notado, encolhida em um canto distante da mansão em Grosvenor Square.
Sabia que, se fosse vista, iriam se lembrar dela. Era a melhor amiga da noiva. Porém, estava ali como convidada do baronete, e poucos a conheciam.
Trajava um vestido de seda rosa, com rendas que pendiam do decote.
A criada de Catherine Stanhope a ajudara com os cabelos, e ninguém que não a conhecesse poderia suspeitar que era filha de um arrendatário de terras, que, fugindo ao padrão, concluíra quatro anos de instrução formal.
As únicas pessoas que sabiam de tal fato eram Catherine e Lucinda Harrowby, uma outra amiga querida, que, assim como elas, também exercera a função de enfermeira no Exército da Criméia.
Ou melhor, essas duas e.mais a pessoa de quem Rose estava se escondendo.
— Com licença, mademoiselle. — O sotaque gaulês da condessa de Eversleigh a trouxe de volta à realidade.
— Sim, madame. — Rose não sabia como se dirigir a uma condessa, então optou por usar o termo "madame". Sempre dera certo na aldeia.
— Você está bem? — perguntou a mulher. Embora vestida na última moda, com um vestido lilás e chapéu da mesma cor, parecia ser bem gentil. — Posso ajudá-la?
— Oh, estou bem. Não se preocupe. — Rose sabia que não soara convincente, mas rezou para que a mulher não insistisse. — Não quero perturbar ninguém.
— Mas as pessoas já estão alvoroçadas. Você não chegou há alguns minutos da casa da srta. Harrowby? — Os olhos castanhos e astutos da condessa revelavam tudo.
— Houve um acidente lá, não houve?
— Sim, o sr. Bancroft se feriu, mas eu... eu... — Rose não pôde continuar. Não era adepta a mentiras.
— Está se escondendo. Ouça, mademoiselle, Catherine nos contou tudo sobre suas habilidades. Ela gostaria que você ajudasse Julian. Disse que era a única que poderia fazê-lo.
— Na verdade, madame, não faço nada que não possa ser feito por qualquer pessoa.
A condessa continuou como se Rose não tivesse dito nada.
— David Blankenship, que também se feriu na guerra, afirmou que você é notável, que faz maravilhas. E eu gostaria que ajudasse meu filho.
— Mas... planejo deixar Londres o mais breve possível. — Ela pensou em sua condição financeira.
— Ah... — A condessa pareceu entender o que fora dito nas entrelinhas. — Ouça, mademoiselle, percebo que está com problemas.
— Não... eu...
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Series Angels of Mercy
1-Guarding an Angel
2-More Than a Dream
3-Rose e Julian
4-True to Her Heart
Abandonada em Seus Braços
Série Canalhas
O livro do o Belzebu Lorde Dain!
Chamam-lhe muitos nomes, mas Angelical não é um deles. . . Sebastian Ballister, o famoso Marquês de Dain, é grande, ruim, perigoso e de saber.
Nenhuma mulher Respeitável teria nada a ver com o "Bane e Malogro da Ballister, e ele não quer nada a ver com as mulheres respeitáveis.
Ele está determinado a continuar fazendo o que ele faz melhor pecar e o pecar novamente, e tudo o que está acontecendo às mil maravilhas, obrigado...
Até o dia em uma loja abre portas e ela entra...
Ela é muito inteligente para cair para o pior homem do mundo. . . Jessica Trent é uma jovem mulher determinada, e ela vai arrastá-la para fora da estrada irmão imbecil à ruína, não importa o que for preciso.
Se poupando-lhe e com ele, sua família e futuro, tendo em meio ao próprio demônio, ela não irá recuar.
O problema é o diabo em questão é tão chocante irresistível, e a pessoa que necessita a maioria está salvando-se frente!
Capítulo Um
Paris, março de 1828
— Não pode ser — sussurrou sir Bertram Trent, horrorizado.
Com os redondos olhos azuis saindo das órbitas de puro espanto, apertou a fronte contra a janela que dava para a rua de Provence.
—Eu acredito que sim, senhor — replicou seu criado, Withers.
Sir Bertram passou a mão pelos alvoroçados cachos castanhos. Eram as duas da tarde e acabava de tirar a bata.
—Geneviéve —disse com voz abafada—. OH, Deus, é ela.
—É sua avó, lady Pembury, sem dúvida alguma, e sua irmã, a senhorita Jessica.
Withers reprimiu um sorriso. Estava reprimindo muitas coisas naquele momento, como a imperiosa necessidade de dançar, por exemplo, gritando aleluia.
Pensou que estavam salvos. Com a senhorita Jessica ali, as coisas se endireitariam em seguida. Tinha sido um grande risco escrever aquela carta, mas tinha que fazê-lo, pelo bem da família.
Sir Bertram se unira a más companhias, as piores do mundo cristão na opinião do Withers: uma turma de folgados degenerados encabeçados por aquele monstro, o quarto marquês de Dain.
Mas a senhorita Jessica poria fim naquilo muito em breve, dizia-se o criado ancião enquanto atava rapidamente o lenço ao pescoço de seu amo.
A irmã de sir Bertram, de vinte e sete anos, tinha herdado a sedutora beleza de sua avó: o sedoso cabelo negro azulado, os olhos amendoados de um cinza esverdeado, a pele de alabastro e a figura graciosa, no qual, no caso de lady Pembury, fora imune aos estragos do tempo.
Mais importante, do ponto de vista prático de Withers, era que a senhorita Jessica tinha herdado a inteligência, a agilidade física e o valor de seu pai.
Montava a cavalo, praticava esgrima e disparava, e em tudo podia competir com os melhores.
Quando se tratava de pistolas, era a melhor da família, que não era pouco dizer. Durante seus dois breves matrimônios, sua avó tinha tido seis filhos, quatro com seu primeiro marido, sir Edmund Trent, e dois com o segundo, o visconde do Pembury, e tanto os filhos como as filhas tinham engendrado numerosos varões.
Entretanto, nenhum deles eclipsava à senhorita Jessica.
Podia desarrolhar uma garrafa de vinho com um disparo a vinte passos, e o próprio Withers a tinha visto fazê-lo.
Não se importaria ver como a lorde Dain tirava a cortiça.
Aquele animal era abominável, uma desonra para seu país, um réprobo e um folgado com menos consciência que um escaravelho.
Tinha atraído sir Bertram —que, infelizmente, não era o mais inteligente dos cavalheiros— a seu nefasto círculo, e o levara pelo miserável e escorregadio pendente da ruína.
Uns meses mais em companhia de lorde Dain e sir Bertram estaria na bancarrota, se não moresse antes por sua incessante vida dissoluta.
Mas não haveria mais meses, refletiu Withers, contente, enquanto empurrava para a porta o seu amo, que resistia.
A senhorita Jessica solucionaria tudo.
Sempre o fazia.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
O livro do o Belzebu Lorde Dain!
Chamam-lhe muitos nomes, mas Angelical não é um deles. . . Sebastian Ballister, o famoso Marquês de Dain, é grande, ruim, perigoso e de saber.
Nenhuma mulher Respeitável teria nada a ver com o "Bane e Malogro da Ballister, e ele não quer nada a ver com as mulheres respeitáveis.
Ele está determinado a continuar fazendo o que ele faz melhor pecar e o pecar novamente, e tudo o que está acontecendo às mil maravilhas, obrigado...
Até o dia em uma loja abre portas e ela entra...
Ela é muito inteligente para cair para o pior homem do mundo. . . Jessica Trent é uma jovem mulher determinada, e ela vai arrastá-la para fora da estrada irmão imbecil à ruína, não importa o que for preciso.
Se poupando-lhe e com ele, sua família e futuro, tendo em meio ao próprio demônio, ela não irá recuar.
O problema é o diabo em questão é tão chocante irresistível, e a pessoa que necessita a maioria está salvando-se frente!
Capítulo Um
Paris, março de 1828
— Não pode ser — sussurrou sir Bertram Trent, horrorizado.
Com os redondos olhos azuis saindo das órbitas de puro espanto, apertou a fronte contra a janela que dava para a rua de Provence.
—Eu acredito que sim, senhor — replicou seu criado, Withers.
Sir Bertram passou a mão pelos alvoroçados cachos castanhos. Eram as duas da tarde e acabava de tirar a bata.
—Geneviéve —disse com voz abafada—. OH, Deus, é ela.
—É sua avó, lady Pembury, sem dúvida alguma, e sua irmã, a senhorita Jessica.
Withers reprimiu um sorriso. Estava reprimindo muitas coisas naquele momento, como a imperiosa necessidade de dançar, por exemplo, gritando aleluia.
Pensou que estavam salvos. Com a senhorita Jessica ali, as coisas se endireitariam em seguida. Tinha sido um grande risco escrever aquela carta, mas tinha que fazê-lo, pelo bem da família.
Sir Bertram se unira a más companhias, as piores do mundo cristão na opinião do Withers: uma turma de folgados degenerados encabeçados por aquele monstro, o quarto marquês de Dain.
Mas a senhorita Jessica poria fim naquilo muito em breve, dizia-se o criado ancião enquanto atava rapidamente o lenço ao pescoço de seu amo.
A irmã de sir Bertram, de vinte e sete anos, tinha herdado a sedutora beleza de sua avó: o sedoso cabelo negro azulado, os olhos amendoados de um cinza esverdeado, a pele de alabastro e a figura graciosa, no qual, no caso de lady Pembury, fora imune aos estragos do tempo.
Mais importante, do ponto de vista prático de Withers, era que a senhorita Jessica tinha herdado a inteligência, a agilidade física e o valor de seu pai.
Montava a cavalo, praticava esgrima e disparava, e em tudo podia competir com os melhores.
Quando se tratava de pistolas, era a melhor da família, que não era pouco dizer. Durante seus dois breves matrimônios, sua avó tinha tido seis filhos, quatro com seu primeiro marido, sir Edmund Trent, e dois com o segundo, o visconde do Pembury, e tanto os filhos como as filhas tinham engendrado numerosos varões.
Entretanto, nenhum deles eclipsava à senhorita Jessica.
Podia desarrolhar uma garrafa de vinho com um disparo a vinte passos, e o próprio Withers a tinha visto fazê-lo.
Não se importaria ver como a lorde Dain tirava a cortiça.
Aquele animal era abominável, uma desonra para seu país, um réprobo e um folgado com menos consciência que um escaravelho.
Tinha atraído sir Bertram —que, infelizmente, não era o mais inteligente dos cavalheiros— a seu nefasto círculo, e o levara pelo miserável e escorregadio pendente da ruína.
Uns meses mais em companhia de lorde Dain e sir Bertram estaria na bancarrota, se não moresse antes por sua incessante vida dissoluta.
Mas não haveria mais meses, refletiu Withers, contente, enquanto empurrava para a porta o seu amo, que resistia.
A senhorita Jessica solucionaria tudo.
Sempre o fazia.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
O Encanto de um Patife
Série Canalhas
Para Esme Brentmor não importa que a vingança não seja coisa de mulheres.
Está determinada a vingar o assassinato de seu amado pai, um enigmático aristocrata inglês que passou os últimos anos de sua vida em um exílio auto-imposto.
A honra a obriga a não permitir que nada nem ninguém se interponha em seu caminho.
E isso inclui o bonito desonesto que, desde que apareceu em sua vida organizada, colocou tudo de pernas para o ar e cujos encantos não compensam seu caráter preguiçoso e irresponsável.
Tendo perdido toda sua herança nas mesas de jogo, Varian St. George, Lorde Edenmont, trata de viver o dia a dia graças a seu engenho e encantadoras maneiras.
Sendo um homem cujo lema na vida é a lei do «mínimo esforço» - preferivelmente sob os suaves lençóis das camas de mulheres bem dispostas - não quer ver-se envolvido em uma amalucada busca com uma ruiva de mau gênio armada até os dentes.
E dessa maneira, obrigados a viajar juntos por terras exóticas, o peculiar casal descobrirá muito em breve que tocar pode produzir perigosas faíscas…
Capítulo Um
Otranto (Itália), finais de setembro de 1818
Varian St. George se apoiou no muro do terraço e olhou por volta do mar.
A brisa marinha o acariciava prazerosamente, movendo apenas os brilhantes cachos negros que caíam sobre sua fronte.
Como um mar inflamado de azul sob o abrasador sol de outono, o Adriático avançava lentamente para a linha de escarpados da borda oposta.
Em sua imaginação via montanhas de gelo que o mar se esforçava em engolir em suas profundidades.
Por mais que aquelas chamas azuis arranhassem as montanhas, elas continuavam ali, imperturbáveis, tão impenetráveis como o Vasto Império Turco que pareciam defender.
Lorde Byron havia dito que ali podia encontrar a mulher mais formosa do mundo.
Pode ser que assim fosse. Mas parecia um caminho muito longo, mesmo para ir procurar à própria Afrodite.
É obvio, Varian não precisava ir tão longe em busca de beleza.
As mulheres perseguiam um lorde Edenmont de vinte e oito anos onde estivesse, e estava seguro de ter no oeste da Europa mulheres suficientes para satisfazer até ao homem mais voluptuoso.
Aquela noite, por exemplo, tinha uma entrevista com a esposa de olhos escuros de um banqueiro, e isso era o futuro mais longínquo que Varian necessitava ou estava disposto a preocupar-se.
O resultado daquele encontro estava fora de questão.
Poderia fingir que acreditava nos virtuosos protestos que a senhora expôs durante a primeira hora, ou talvez menos, dependendo de quanto tempo ele gostasse de interpretar aquela comédia.
Mas no final acabariam fazendo exatamente o que desde o começo os dois estavam dispostos a fazer.
Entretanto naquele momento os pensamentos de lorde Edenmont não estavam postos na senhora do banqueiro, mas na família que o tinha agasalhado e alimentado durante aquele verão.
Uma semana antes tinham espalhado as cinzas de Lady Brentmor sobre o Adriático. Havia falecido segurando entre as mãos a mão de seu filho, no mesmo dia que toda a casa se dedicava a procurar freneticamente uma valiosa peça de xadrez perdida.
Embora Variem já soubesse que tinha uma enfermidade incurável, sua morte o havia emocionado e afligido.
Apesar de sua crescente debilidade, aquela mulher nunca pareceu estar doente.
Agora suspeitava que tivesse vivido aqueles poucos meses finais lançando mão de suas últimas forças só por causa de Percival.
Mesmo assim, não tinha ocultado a verdade de seu filho. De fato tinha sido o mesmo Percival quem tinha explicado a Varian as regras do jogo de Lady Brentmor do pouco que conhecia.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
Para Esme Brentmor não importa que a vingança não seja coisa de mulheres.
Está determinada a vingar o assassinato de seu amado pai, um enigmático aristocrata inglês que passou os últimos anos de sua vida em um exílio auto-imposto.
A honra a obriga a não permitir que nada nem ninguém se interponha em seu caminho.
E isso inclui o bonito desonesto que, desde que apareceu em sua vida organizada, colocou tudo de pernas para o ar e cujos encantos não compensam seu caráter preguiçoso e irresponsável.
Tendo perdido toda sua herança nas mesas de jogo, Varian St. George, Lorde Edenmont, trata de viver o dia a dia graças a seu engenho e encantadoras maneiras.
Sendo um homem cujo lema na vida é a lei do «mínimo esforço» - preferivelmente sob os suaves lençóis das camas de mulheres bem dispostas - não quer ver-se envolvido em uma amalucada busca com uma ruiva de mau gênio armada até os dentes.
E dessa maneira, obrigados a viajar juntos por terras exóticas, o peculiar casal descobrirá muito em breve que tocar pode produzir perigosas faíscas…
Capítulo Um
Otranto (Itália), finais de setembro de 1818
Varian St. George se apoiou no muro do terraço e olhou por volta do mar.
A brisa marinha o acariciava prazerosamente, movendo apenas os brilhantes cachos negros que caíam sobre sua fronte.
Como um mar inflamado de azul sob o abrasador sol de outono, o Adriático avançava lentamente para a linha de escarpados da borda oposta.
Em sua imaginação via montanhas de gelo que o mar se esforçava em engolir em suas profundidades.
Por mais que aquelas chamas azuis arranhassem as montanhas, elas continuavam ali, imperturbáveis, tão impenetráveis como o Vasto Império Turco que pareciam defender.
Lorde Byron havia dito que ali podia encontrar a mulher mais formosa do mundo.
Pode ser que assim fosse. Mas parecia um caminho muito longo, mesmo para ir procurar à própria Afrodite.
É obvio, Varian não precisava ir tão longe em busca de beleza.
As mulheres perseguiam um lorde Edenmont de vinte e oito anos onde estivesse, e estava seguro de ter no oeste da Europa mulheres suficientes para satisfazer até ao homem mais voluptuoso.
Aquela noite, por exemplo, tinha uma entrevista com a esposa de olhos escuros de um banqueiro, e isso era o futuro mais longínquo que Varian necessitava ou estava disposto a preocupar-se.
O resultado daquele encontro estava fora de questão.
Poderia fingir que acreditava nos virtuosos protestos que a senhora expôs durante a primeira hora, ou talvez menos, dependendo de quanto tempo ele gostasse de interpretar aquela comédia.
Mas no final acabariam fazendo exatamente o que desde o começo os dois estavam dispostos a fazer.
Entretanto naquele momento os pensamentos de lorde Edenmont não estavam postos na senhora do banqueiro, mas na família que o tinha agasalhado e alimentado durante aquele verão.
Uma semana antes tinham espalhado as cinzas de Lady Brentmor sobre o Adriático. Havia falecido segurando entre as mãos a mão de seu filho, no mesmo dia que toda a casa se dedicava a procurar freneticamente uma valiosa peça de xadrez perdida.
Embora Variem já soubesse que tinha uma enfermidade incurável, sua morte o havia emocionado e afligido.
Apesar de sua crescente debilidade, aquela mulher nunca pareceu estar doente.
Agora suspeitava que tivesse vivido aqueles poucos meses finais lançando mão de suas últimas forças só por causa de Percival.
Mesmo assim, não tinha ocultado a verdade de seu filho. De fato tinha sido o mesmo Percival quem tinha explicado a Varian as regras do jogo de Lady Brentmor do pouco que conhecia.
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
Cativos da Noite
Série Canalhas
Quando o intrigante Conde D’Esmond entra em qualquer ambiente as mulheres desmaiam e os homens chiam os dentes.
O Conde está mais que acostumado a essa reação e tenta tirar o máximo proveito dela.
Mas nada o preparou para enfrentar Leila Beaumont e com apenas um olhar a seus dourados olhos fica perigosamente cativado.
O que é um problema, já que Esmond não pode se permitir nenhum tipo de distração, por muito apaixonada que prometa ser.
Supõe-se que está trabalhando, nada mais nem nada menos, para o Governo Britânico, e seus superiores querem levar adiante a justiça ao corrupto e traidor marido de Leila.
E, quando o marido desta, como era de esperar, é assassinado, tudo o que Esmond tem que fazer é deixar Leila livre de toda suspeita e seguir com sua seguinte missão.
Mas, livrá-la da forca pelo assassinato de seu marido não é suficiente para Leila. Ela quer saber a verdade —toda a verdade— sobre o Esmond, um homem que passou toda sua vida mentindo.
Capítulo Um
Paris, março de 1828
— Não quero conhecê-lo. —De um puxão, Leila liberou seu braço das garras de seu marido—. Devo terminar uma pintura e não posso perder tempo falando de tolices com outro aristocrata devasso enquanto você se embebeda.
Francis encolheu os ombros.
— Estou seguro de que o retrato de madame Vraisses pode esperar uns minutos. O conde d'Esmond morre por te conhecer, preciosa minha. Admira seu trabalho. —Agarrou-lhe a mão—. Vamos, não se zangue. Só dez minutos. Logo poderá sair correndo e fechar-se em seu estúdio.
Leila olhou com frieza a mão que sustentava a sua. Com uma risadinha zombadora, Francis a retirou.
Separando-se de seu rosto dissoluto, foi para o espelho de pé... e franziu o cenho diante sua imagem refletida. Tinha planejado trabalhar no estúdio, por isso levava sua entupida cabeleira orlada de mechas douradas atada com uma fita puída simplesmente para limpar o rosto.
— Se quiser que dê uma boa impressão, será melhor que me pinte um pouco — disse.
Foi para a escada, mas Francis lhe bloqueou o passo.
— É formosa — lhe disse—. Não precisa te pintar. Eu gosto despenteada.
— Porque é incapaz de apreciar.
—Não, porque assim te vê tal como é. Intensa. Apaixonada. —Sua voz era cativante. Percorreu com o olhar o generoso decote da Leila para logo se deter em seus, por desgraça, igualmente abundantes quadris—. Uma destas noites... possivelmente esta mesma noite, meu amor... lhe recordarei isso.
Leila reprimiu um gesto de repulsa e um medo que, disse-se, era completamente irracional. Fazia anos que não permitia que a tocasse. A última vez que Beaumont tentou abraçá-la, rompeu-lhe sua urna oriental predileta na cabeça. Leila lutaria até a morte —e ele sabia— antes de voltar a render-se a esse corpo libertino que tinha compartilhado com incontáveis mulheres e à humilhação que ele chamava fazer o amor.
— Não viverá para contá-lo. —Esboçou um sorriso gélido e acomodou um cacho rebelde atrás da orelha—. Acaso não sabe, Francis, que os jurados franceses tendem a ser solidários com as assassinas que lhes parecem atrativas?
Ele se limitou a sorrir.—Converteste-te em uma besta selvagem. E pensar que antes foi uma gatinha tão doce. Mas é dura e implacável com todos, não é mesmo? Se alguém se interpuser em seu caminho, passas por cima dele. É melhor assim, estou de acordo. No entanto, é uma lástima. É uma coisinha tão adorável...
Quando o intrigante Conde D’Esmond entra em qualquer ambiente as mulheres desmaiam e os homens chiam os dentes.
O Conde está mais que acostumado a essa reação e tenta tirar o máximo proveito dela.
Mas nada o preparou para enfrentar Leila Beaumont e com apenas um olhar a seus dourados olhos fica perigosamente cativado.
O que é um problema, já que Esmond não pode se permitir nenhum tipo de distração, por muito apaixonada que prometa ser.
Supõe-se que está trabalhando, nada mais nem nada menos, para o Governo Britânico, e seus superiores querem levar adiante a justiça ao corrupto e traidor marido de Leila.
E, quando o marido desta, como era de esperar, é assassinado, tudo o que Esmond tem que fazer é deixar Leila livre de toda suspeita e seguir com sua seguinte missão.
Mas, livrá-la da forca pelo assassinato de seu marido não é suficiente para Leila. Ela quer saber a verdade —toda a verdade— sobre o Esmond, um homem que passou toda sua vida mentindo.
Capítulo Um
Paris, março de 1828
— Não quero conhecê-lo. —De um puxão, Leila liberou seu braço das garras de seu marido—. Devo terminar uma pintura e não posso perder tempo falando de tolices com outro aristocrata devasso enquanto você se embebeda.
Francis encolheu os ombros.
— Estou seguro de que o retrato de madame Vraisses pode esperar uns minutos. O conde d'Esmond morre por te conhecer, preciosa minha. Admira seu trabalho. —Agarrou-lhe a mão—. Vamos, não se zangue. Só dez minutos. Logo poderá sair correndo e fechar-se em seu estúdio.
Leila olhou com frieza a mão que sustentava a sua. Com uma risadinha zombadora, Francis a retirou.
Separando-se de seu rosto dissoluto, foi para o espelho de pé... e franziu o cenho diante sua imagem refletida. Tinha planejado trabalhar no estúdio, por isso levava sua entupida cabeleira orlada de mechas douradas atada com uma fita puída simplesmente para limpar o rosto.
— Se quiser que dê uma boa impressão, será melhor que me pinte um pouco — disse.
Foi para a escada, mas Francis lhe bloqueou o passo.
— É formosa — lhe disse—. Não precisa te pintar. Eu gosto despenteada.
— Porque é incapaz de apreciar.
—Não, porque assim te vê tal como é. Intensa. Apaixonada. —Sua voz era cativante. Percorreu com o olhar o generoso decote da Leila para logo se deter em seus, por desgraça, igualmente abundantes quadris—. Uma destas noites... possivelmente esta mesma noite, meu amor... lhe recordarei isso.
Leila reprimiu um gesto de repulsa e um medo que, disse-se, era completamente irracional. Fazia anos que não permitia que a tocasse. A última vez que Beaumont tentou abraçá-la, rompeu-lhe sua urna oriental predileta na cabeça. Leila lutaria até a morte —e ele sabia— antes de voltar a render-se a esse corpo libertino que tinha compartilhado com incontáveis mulheres e à humilhação que ele chamava fazer o amor.
— Não viverá para contá-lo. —Esboçou um sorriso gélido e acomodou um cacho rebelde atrás da orelha—. Acaso não sabe, Francis, que os jurados franceses tendem a ser solidários com as assassinas que lhes parecem atrativas?
Ele se limitou a sorrir.—Converteste-te em uma besta selvagem. E pensar que antes foi uma gatinha tão doce. Mas é dura e implacável com todos, não é mesmo? Se alguém se interpuser em seu caminho, passas por cima dele. É melhor assim, estou de acordo. No entanto, é uma lástima. É uma coisinha tão adorável...
Série Canalhas
1 - O Encanto de um Patife
2 - Cativos da Noite
3 - Abandonada em seus Braços
4 - A Noiva Do Conde Louco
5 - Tudo por um Beijo
Série Concluída
14 de março de 2011
Promessa De Amor Eterno
Puro fascínio!
Desde os catorze anos, Alyson de Olverton sonhava em se casar com um cavaleiro bonito, atraente e corajoso.
O nome dele era Guillelm de La Rochelle, mas o pai de Alyson não consentiu no casamento, e tomou providências para que Guillelm partisse para a Terra Santa, nas Cruzadas, partindo o jovem e inocente coração de Alyson.
Sete anos depois, o valente cavaleiro volta para casa, desmentindo os rumores de sua morte, e sem a menor ideia de que irá encontrar tudo muito diferente de quando partiu...
Guillelm fica perplexo ao ver Alyson no ancestral castelo de sua família, e mais ainda ao descobrir que ela estava prometida a seu pai, antes que este morresse.
Dividido entre o ciúme e um desejo avassalador, Guillelm surpreende Alyson ao
pedi-la em casamento pela segunda vez, com o pretexto de que será mais fácil
mantê-la em segurança se ela for sua mulher.
Guillelm e Alyson nem sonham que há um inimigo entre eles, que não descansará enquanto não destruir aquela paixão, que promete ser eterna...
Capítulo Um
Inglaterra, verão de 1138
Sir Guillelm voltou! O filho de sir Robert está de volta!
— Deus seja louvado, estamos salvos! O jovem mestre retornou!
Alyson ouviu os gritos dos soldados, esperançosa.
— Milorde Dragon — murmurou.
Esquecendo-se das orações que fazia, esforçou-se para pôr-se de pé, ergueu o véu e corou.
— Será mesmo verdade? — perguntou-se, com o coração acelerado.
Ela havia esperado tanto tempo que mal podia acreditar... Guillelm, no castelo da família, em Hardspen!
Por um momento, sentiu-se invadida por uma profunda felicidade.
— Minha senhora! — A voz do criado, Sericus, sobressaía em meio ao burburinho dos grandes salões do castelo enquanto ele claudicava à procura de Alyson.
— Estou aqui — ela respondeu do interior da capela.
Sericus era aleijado, e para poupar-lhe os frágeis membros, ela segurou a barra do vestido marrom e adiantou-se pela escada em espiral.
Era uma jovem esguia, não muito alta, de longos e volumosos cabelos negros, profundos olhos azul-escuros e traços delicados, ofuscados pelo cansaço e pelo sofrimento dos últimos tempos.
Será que Guillelm se lembraria dela? Alyson tinha apenas catorze anos quando fora convocado por um parente, Raymond de Poitiers, e o acompanhara até a Terra Santa.
Guillelm passara sete longos anos nas exóticas e empoeiradas terras de ultramar enquanto ela era consumida por um verdadeiro desespero de vê-lo mais uma vez.
Nos últimos três anos, sem qualquer notícia dele, ouvira até rumores de que ele estaria morto.
Mas não... Ele estava vivo!
Teria mudado muito? De repente, Alyson imaginou se teria de ser ela a informá-lo de que as forças inimigas aquarteladas do lado de fora do portão principal estavam posicionadas para o ataque... que o austero e intimidador lorde Robert estava morto havia dez dias... e que, desde o mês passado, ela estava morando em Hardspen, seguindo a vontade do nobre recém-falecido.
Angustiada com tais pensamentos, deixou para trás o último degrau da escada.
Com o dedo indicador sobre os lábios, pediu silêncio a Sericus.
Então, o criado seguiu, claudicante, e passou por ela e pelos homens sujos e
mal-ajambrados que se reuniam em torno da grande lareira de pedra no centro do salão que os abrigava.
— Milady, onde estão suas criadas? — ele indagou em um sussurro nervoso.
— Gytha e Osmoda estão no meu quarto, acamadas, como muitos neste castelo.
Alyson as havia deixado dormir.
Não tinham mais febres, mas ainda estavam fracas.
— Permita-me reunir parte da criadagem para acompanhá-la, ao menos uma, que seja...
— Você estará a meu lado, Sericus, é o suficiente — ela respondeu com um sorriso de gratidão. — Cuidou para que nossos convidados fiquem à vontade?
Ela corou ao se referir ao novo senhor de Hardspen como um convidado.
— Sim, milady. — Sericus assentiu com a cabeça. — Foi-lhes servido pão e cerveja.
— Então, rogo que me dê um instante para que me componha. Sente-se um pouco, por favor.
Assim como Alyson, fazia três noites que Sericus estava sem dormir, ocupado em cuidar dos doentes e supervisionar os recursos humanos e bélicos enquanto os inimigos se reuniam do lado de fora, numa arrogante demonstração de força.
— Milady é sempre muito amável.
Sentando-se em um banco de pedra, o homem exausto, barbudo e grisalho apresentava uma expressão de dor e alívio ao mesmo tempo.
De pé, no poço escuro da escadaria, Alyson observava a cena no salão nobre.
Com pé-direito alto, aquele cômodo era o coração do castelo, onde, em tempos mais auspiciosos, lorde Robert jantava com seus homens em grandes mesas e bancadas, agora amontoadas em um canto do recinto.
Naquela noite, já bem depois do crepúsculo, os guerreiros e homens ainda leais a Hardspen acomodavam-se no chão empoeirado para ter algumas horas de sono.
Era visível em seus semblantes que estavam exaustos, assim como ela mesma, mas havia uma nova esperança nos olhos de Alyson, devido ao retorno de um cavaleiro em especial.
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Passado De Sombras
Um homem nas sombras...
Ninguém conhece a verdade sobre Marshall Ross, o misterioso lorde de Ambrose.
Ele evita o convívio com a sociedade, decidido a não permitir que seu terrível segredo venha à tona...
Uma mulher desesperada...
Só mesmo o desespero poderia levar Davina McLaren a um castelo em Edimburgo para tornar-se esposa de um homem que ela nunca viu.
Atormentada pelo escândalo, sem escolha, ela fez uma barganha com o demônio, e agora precisa dividir a cama com ele...
Uma paixão como eles nunca viram igual!
Do momento em que se vêem pela primeira vez, Davina e Marshall são abalados por uma atração inesperada.
Mas a paixão não pode protegê-los dos pecados do passado.
Com um inimigo de Marshall fechando cada vez mais o cerco, e tudo o que eles mais prezam em risco, ele e Davina têm de lutar para preservar a paixão que não podem mais negar!...
Capítulo Um
1870, Edimburgo, Escócia
O dia do casamento estava lindo e claro.
Um brilhante céu azul pairava sobre Edimburgo. A brisa era tépida, o ar carregava o frescor da primavera.
Havia silêncio na praça, nenhum barulho perturbava a serenidade da mais fortuita das manhãs. Até o brilho do sol aprovava as núpcias entre o conde de Lorne e Davina McLaren. À janela, a noiva observava o dia.
Sua emoção predominante não era nem antecipação e nem medo. Davina McLaren estava muito irritada.
Sua tia, a mulher que orquestrara aquele fiasco de casamento, estivera ausente nos últimos três dias.
Justamente quando o furor das costureiras chegava a níveis insuportáveis, Theresa pegara um trem para Londres.
E por fim, ela chegara em casa na noite anterior, clamando exaustão e prometendo explicações para a manhã seguinte.
Contudo, aquela não era a maior origem do aborrecimento de Davina e sim o fato de que ainda não tinha conhecido seu noivo.
Em tempos tão modernos, ela continuava a ser tratada como uma peça de mobília.
A situação era muito desagradável.
Nenhuma das mulheres que ela conhecia havia se casado daquela maneira.
Todas elas tinham conhecido seus futuros maridos meses antes do casamento.
Como seria a aparência de um homem apelidado de demônio?
O que havia feito para ser rotulado com tal apelido?
O demônio de Ambrose. Sem dúvida, devia ter cabelo preto.
E talvez penetrantes olhos negros, nariz grande e um queixo pontudo.
Provavelmente suas orelhas eram esticadas em um ângulo apontando para cima.
Como seriam os filhos que certamente teriam? Filhos! Deus do céu, filhos!
Aquela seria sua noite de núpcias, e ela teria de se despir na presença de um estranho e permitir que ele fizesse aquilo com ela.
Graças a Alisdair e a sua própria tolice, ela sabia muito bem o que aconteceria na noite do seu casamento.
Alisdair Cannemot, o aventureiro, conhecedor de mulheres e espoliador de inocentes. Bem, talvez a descrição não estivesse inteiramente correta.
Se ele a deflorara, tinha sido com sua inteira cooperação.
Fora para seu cadafalso armada de curiosidade e não apenas de uma ligeira antecipação, logo suplantada por uma surpreendente realidade.
Davina estava errada em atribuir a Theresa a culpa por aquele casamento.
Apesar de ser verdade que sua tia aceitara o pedido do conde de imediato, também era fato que ela estava completa e indignamente arruinada, e talvez aquela fosse a única oferta de casamento que receberia.
A possibilidade de ser uma solteirona era quase tão desconcertante quanto ser casada com um homem que ainda não conhecia.
O Conquistador
Dinastia Warenne
O conquistador chegou para dominar e possuir...
Como um deus pagão, Rolfe o Implacável cavalgou dentro do castelo Aelfgar para reclamá-lo como seu prêmio e Lady Alice como sua prometida.
Um homem entre a lealdade ao rei e a loucura do amor...
Premiado por sua coragem na França, Rolfe era um odiado inimigo na Inglaterra.
Uma vez estabelecido em seu novo domínio, Rolfe se determinou a domar a beleza saxã Ceidre, a irmã ilegítima de Alice, cujo espírito e sensualidade o fizeram arriscar-se à traição para tê-la – e não Lady Alice — em sua cama... Uma mulher entre a lealdade familiar e a loucura do amor... Misteriosa e sedutora, Ceidre não era uma dama da nobreza a não ser uma espiã que apóia fielmente a rebelião de seus dois meios irmãos.
Recusando—se a dobrar—se ante o novo Conquistador que despertou nela uma paixão proibida, Ceidre se verá envolta em uma relação perigosa atada ao destino da Inglaterra e de seus reis. E ela terá que lutar para não render—se ao Conquistador e para não trair a sua família.
Comentário revisora Sandra Martino: Este livro é simplesmente sensacional, e tive muito prazer em revisá—lo. A história é empolgante e prende desde o começo. Os personagens são intensos, o enredo é forte.Mas o que mais emociona é o amor do guerreiro pela bela moça, sua luta por não sucumbir. Ela se apaixona pelo inimigo e não pode controlar seus sentimentos. Sinceramente chorei em muitas partes e principalmente no final. As cenas de sedução são empolgantes e assustadoras, mas o amor que há é que faz com que sejam tão intensas. Espero que vocês gostem tanto quanto eu.
Capítulo Um
York, junho de 1069
— Meu lorde?
— Acorda a todos os aldeões.
Rolfe de Warenne observou inexpressivamente como seu vassalo Guy O Chante manobrava girando seu enorme cavalo, chamando os cavaleiros.
Ele ficou sentado imóvel em seu garanhão cinza no meio do caminho. Tirou o elmo; que colocou na curva de seu braço esquerdo.
Seu cabelo, claro e ondulado, estava escuro e úmido pelo suor. Sua cota de malha se pegava à extensa estrutura de seu corpo, e sua mão direita descansava relaxadamente no punho de sua espada.
Ele observou seus homens despertando o restante dos aldeãos.
Só teve que girar sua cabeça ligeiramente à esquerda para ver a dúzia de rebeldes saxões mortos, seus corpos já emanavam esse peculiar fedor de morte com o quente sol de Junho.
Seu sangue ainda corria pela batalha recente, seus músculos ainda estavam quentes pela luta.
Outro ninho de rebeldes saxões, e, entretanto o rei não estaria satisfeito.
Longe disso.
A guerra nestes climas selvagens do norte parecia ser interminável. Tinham passado quinze dias desde que o punho de ferro do William descendeu o suficientemente forte para sacudir a mesa enquanto estava sentado com seus vassalos em York.
Eles acabavam de derrotar aos invasores de dinamarqueses, e tinham retomado York, e tinham feito que os saxões fugissem às terras galesas.
Essa foi a segunda insurreição em muitos anos, e o rei William tinha estado furioso, especialmente porque os lordes saxões Edwin e Morcar tinham escapado. Novamente.
— Nada de clemência, ele rugiu.
— Queimaremos todos os cultivos até que esses bárbaros aprendam quem é o santo rei eleito!
Dinastia Warenne
1 - O Conquistador
2 - A Promessa da Rosa
3 - O Jogo
4 - O Prêmio
5 - A Farsa
6 - A Noiva Roubada
7 - A Filha do Pirata
8 - A Noiva Perfeita
9 - Um Amor Perigoso
10 - Uma Atração Impossível
11 - A Promessa
12 - Casa dos Sonhos
13 - Amor Escandaloso
14 - Depois da Inocência
Série concluída
O conquistador chegou para dominar e possuir...
Como um deus pagão, Rolfe o Implacável cavalgou dentro do castelo Aelfgar para reclamá-lo como seu prêmio e Lady Alice como sua prometida.
Um homem entre a lealdade ao rei e a loucura do amor...
Premiado por sua coragem na França, Rolfe era um odiado inimigo na Inglaterra.
Uma vez estabelecido em seu novo domínio, Rolfe se determinou a domar a beleza saxã Ceidre, a irmã ilegítima de Alice, cujo espírito e sensualidade o fizeram arriscar-se à traição para tê-la – e não Lady Alice — em sua cama... Uma mulher entre a lealdade familiar e a loucura do amor... Misteriosa e sedutora, Ceidre não era uma dama da nobreza a não ser uma espiã que apóia fielmente a rebelião de seus dois meios irmãos.
Recusando—se a dobrar—se ante o novo Conquistador que despertou nela uma paixão proibida, Ceidre se verá envolta em uma relação perigosa atada ao destino da Inglaterra e de seus reis. E ela terá que lutar para não render—se ao Conquistador e para não trair a sua família.
Comentário revisora Sandra Martino: Este livro é simplesmente sensacional, e tive muito prazer em revisá—lo. A história é empolgante e prende desde o começo. Os personagens são intensos, o enredo é forte.Mas o que mais emociona é o amor do guerreiro pela bela moça, sua luta por não sucumbir. Ela se apaixona pelo inimigo e não pode controlar seus sentimentos. Sinceramente chorei em muitas partes e principalmente no final. As cenas de sedução são empolgantes e assustadoras, mas o amor que há é que faz com que sejam tão intensas. Espero que vocês gostem tanto quanto eu.
Capítulo Um
York, junho de 1069
— Meu lorde?
— Acorda a todos os aldeões.
Rolfe de Warenne observou inexpressivamente como seu vassalo Guy O Chante manobrava girando seu enorme cavalo, chamando os cavaleiros.
Ele ficou sentado imóvel em seu garanhão cinza no meio do caminho. Tirou o elmo; que colocou na curva de seu braço esquerdo.
Seu cabelo, claro e ondulado, estava escuro e úmido pelo suor. Sua cota de malha se pegava à extensa estrutura de seu corpo, e sua mão direita descansava relaxadamente no punho de sua espada.
Ele observou seus homens despertando o restante dos aldeãos.
Só teve que girar sua cabeça ligeiramente à esquerda para ver a dúzia de rebeldes saxões mortos, seus corpos já emanavam esse peculiar fedor de morte com o quente sol de Junho.
Seu sangue ainda corria pela batalha recente, seus músculos ainda estavam quentes pela luta.
Outro ninho de rebeldes saxões, e, entretanto o rei não estaria satisfeito.
Longe disso.
A guerra nestes climas selvagens do norte parecia ser interminável. Tinham passado quinze dias desde que o punho de ferro do William descendeu o suficientemente forte para sacudir a mesa enquanto estava sentado com seus vassalos em York.
Eles acabavam de derrotar aos invasores de dinamarqueses, e tinham retomado York, e tinham feito que os saxões fugissem às terras galesas.
Essa foi a segunda insurreição em muitos anos, e o rei William tinha estado furioso, especialmente porque os lordes saxões Edwin e Morcar tinham escapado. Novamente.
— Nada de clemência, ele rugiu.
— Queimaremos todos os cultivos até que esses bárbaros aprendam quem é o santo rei eleito!
Dinastia Warenne
1 - O Conquistador
2 - A Promessa da Rosa
3 - O Jogo
4 - O Prêmio
5 - A Farsa
6 - A Noiva Roubada
7 - A Filha do Pirata
8 - A Noiva Perfeita
9 - Um Amor Perigoso
10 - Uma Atração Impossível
11 - A Promessa
12 - Casa dos Sonhos
13 - Amor Escandaloso
14 - Depois da Inocência
Série concluída
Shanna
Por trás das paredes da prisão de Newgate um pacto é selado em segredo: um arrojado criminoso irá se casar com uma rica herdeira em troca de uma inesquecível noite de prazer.
Os frágeis votos de casamento se perderam e a promessa foi quebrada.
Com seu espírito sensual e livre Shanna foge para o paraíso luxuriante das Caraíbas, abandonando o belo estranho com quem se casou a força.
Mas Ruark Beauchamp estará eternamente entrelaçado no destino de Shanna e não há grades que o impedirá de buscar o que é legitimamente seu.
Capítulo Um
Meia-noite - 18 de novembro de 1749 Londres.
A noite envolveu a cidade em sua escuridão fria e nebulosa.
A ameaça de inverno pairava no ar. Fumaça ácida atacava as narinas e a garganta, pois em todas as casas havia fogos acesos e alimentados contra o friozinho vindo do mar que atravessava os ossos.
Nuvens baixas gotejavam finas gotículas de umidade que se misturavam, à ferrugem vomitada pelas altas chaminés de Londres antes de desintegrar-se em fina película que cobria todas as superfícies.
A deplorável noite mascarou a passagem de uma carruagem que se inclinava pelas ruas estreitas como se fugisse de alguma pavorosa calamidade.
Ia aos solavancos e cambaleava precariamente sobre os paralelepípedos enquanto suas rodas altas espalhavam água e lama.
Na tranqüilidade que se seguia à passagem da carruagem, o denso líquido escoava-se lentamente de volta a poças espelhadas, salpicadas por gotinhas ou harmoniosamente decoradas com águas encrespadas.
O cocheiro, sinistramente volumoso e vestido de preto, puxando as rédeas, praguejava contra a parelha de cavalos malhados, mas sua voz se perdia em meio ao ruído surdo dos cascos e das rodas que se agitavam.
O estrépito da cavalgada ecoava na noite gelada até dar a impressão de que vinha de todas as direções.
O formato escuro da carruagem corria por opacas poças de luz lançadas pelas bruxuleantes lanternas às portas das fachadas barrocas pelas quais passava.
Gárgulas sorridentes contemplavam a rua do alto de seus postos, onde se agachavam em beirais de telhados de pedra, enquanto finos túneis de chuva escorriam de suas bocas de granito, como se estivessem esfaimadas pelas presas que passavam abaixo de seus pousos.
Shanna Trahern recostou-se no assento de veludo vermelho da carruagem para firmar-se contra a velocidade vertiginosa.
Não se preocupava com a lama na rua; na verdade, apenas seus pensamentos lhe ocupavam a mente.
Estava sentada sozinha e em silêncio.
Seu rosto não tinha expressão, mas de vez em quando a lanterna oscilava a um solavanco da carruagem e sua luz débil captava o brilho dúbio e instável da profundidade dos olhos azul-esverdeados.
Se algum homem os olhasse naquele instante, não vislumbraria qualquer traço de cordialidade para animá-lo nem nenhum sinal de amor para lhe consolar o coração.
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11 de março de 2011
Surpresas Do Destino
De repente, seus corações foram capturados pelo fogo da paixão!
A viúva Abigail Cooprel ficou arrasada ao saber que a filha havia morrido ao nascer e que fora substituída por um bebê saudável.
Agora, seis anos mais tarde, ela cuidava com carinho do menino, como se fosse seu filho legitimo, e faria qualquer coisa para continuar com ele.
Os anos que passara vagando pelos campos de mineração do Colorado, em busca da esposa desaparecida e do filho que jamais vira, causaram muito sofrimento a Willem Tremain.
Solitário e desolado, ele quase chegara a perder as esperanças, até que Abigail e seu filho o fizeram amar outra vez.
Capítulo Um
Guston, Colorado Julho de 1888
Willem parou para recuperar o fôlego e pôs no chão a surrada valise. Olhou para a pensão de janelas brancas, empoleirada no mínimo duzentos metros ladeira acima, e fez uma careta.
— Quem construiu aquela casa só pode ter parentesco com cabra montês — ele resmungou, respirando fundo, antes de prosseguir.
Cem metros adiante, fez outra parada, tirou o chapéu e olhou para a cidade lá embaixo. O vento agitou seus cabelos, agora muito compridos, e jogou-lhe uma mecha sobre os olhos. Tão logo estivesse instalado, ele procuraria algum barbeiro barato para resolver o problema.
Guston era igual às outras cidades surgidas da corrida do ouro. Tinha ruas bem traçadas e um ativo comércio. Na periferia, viam-se muitas construções em andamento. Havia uma profusão de bandeiras entre os prédios, e o som de uma fanfarra chegou até os ouvidos de Willem.
— Qual será o grande acontecimento? — ele se perguntou.
Aquilo o deixou aborrecido. Se Moira estivesse mesmo naquela cidade, como os investigadores da Agência Pinkerton acreditavam, seria difícil encontrá-la no meio de uma multidão agitando bandeiras. Willem pôs outra vez o chapéu na cabeça, irritado, e retomou a caminhada ladeira acima.
Não parou nem para bater a poeira das botas, quando alcançou a pensão. Abriu a larga porta e foi entrando, mas estancou ao ver o interior asseadíssimo e os imaculados tapetes espalhados pelo lustroso assoalho de madeira. Imediatamente, recuou para limpar o pó das botas e das calças.
Aquela não era uma pensão como as de outras cidades de mineradores. Willem parou no meio da sala bem-arrumada, decorada por peças de cerâmica esmaltada, enquanto esperava por alguém para atendê-lo. Um enorme relógio de pêndulo encostado na parede marcava os minutos com suas batidas firmes e compassadas. Pouco depois, de caminhou até uma mesa envernizada nos fundos da sala. Uma plaqueta indicava ser ali o balcão de registros. Na parede de lambris, viam-se fileiras de ganchos, mas dois deles estavam ocupados por chaves numeradas. Havia também uma campainha de bronze ao lado do uma outra plaqueta que dizia: "Toque para chamar a recepcionista". Willem perguntou-se que tipo de velhota dirigia aquele lugar. Evidentemente, deveria ser alguém restasse de fazer letreiros para indicar o óbvio.
Mal ele tocou a campainha, ouviu passos rápidos.
— Em que posso servi-lo?
Uma mulher que não tinha nada de velha ou desmazelada irrompeu na sala, limpando no avental as mãos sujas de farinha de trigo. Trazia com ela o cheiro de canela, maçã e pão assado. Willem fez uma careta quando o estômago dele escolheu justamente aquela hora para roncar alto.
— Preciso de um quarto — ele se apressou em dizer.
Por alguns instantes os olhos azuis da mulher o fitaram, como se o avaliassem. Com a barba por fazer havia dias, vestindo roupas empoeiradas, ele devia estar com uma aparência horrível.
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Mágica Atração
Paixão e aventura envolviam a todos que se atrevessem a entrar no encantado Castelo de Cairn
Escócia, 1720
Elizabeth Cameron nem sequer suspeitava de que as passagens estreitas e sinuosas do castelo guardassem segredos de seu próprio passado...
E de que também a levariam ao encontro de seu único e verdadeiro amor!
Ian MacLaurin fora à Escócia para desvendar os mistérios de sua juventude.
E as imensas paredes de pedras da morada de seus ancestrais conspiraram para
atirá-lo nos braços de uma incrível feiticeira... a fascinante Elizabeth Cameron!
Capítulo Um
Montanhas da Escócia.
Julho de 1720.
Quando saiu de sua carruagem para a sombra da construção antiga à sua frente, Elizabeth Cameron deixou a imaginação correr solta.
O Castelo de Cairn era uma monstruosa pilha de rochas cobertas de líquen, com alas espalhadas nas direções mais estranhas, unidas por torres.
Mesmo naquele dia ensolarado, havia uma atmosfera sombria em cada canto da fachada imensa, que parecia uma carranca.
Com sua imaginação fértil, Elizabeth não teve dificuldade em imaginar a estrutura como um monstro mítico, transformado em pedra por um mago poderoso.
Satisfeita com sua fantasia extravagante, desviou os olhos do monstro adormecido, e procurou por seu anfitrião: Robert MacLaurin, Lorde Mure.
Espiou entre os diversos tecidos axadrezados no pátio, e logo identificou o lorde pelo kilt de tartan verde e marrom dos MacLaurin.
Encaminhou-se para ele.
Quando o lorde a viu, desvencilhou-se dos outros convidados.
— Ora, ora, senhorita Elizabeth! — exclamou. — Estou feliz em vê-la! — Beijou-a ruidosamente nas faces. — Também estou surpreso, uma vez que já me desapontou tantas vezes, recusando meus convites!
Ela sorriu.
— Fiquei muito mais desapontada que o senhor, por ter de recusar seus agradáveis convites. No entanto, desta vez, estava determinada a participar da reunião de verão de nossa sociedade, e aqui estou.
— Ora, está dizendo que, até agora, não havia sentido a determinação necessária para comparecer à nossa humilde reunião? — ele provocou.
— O senhor sabe que, na verdade, o que me faltou foi aprovação paterna.
— Nesse caso, devo entender que seu pai mudou de idéia e acha que o fato de a filha ser um membro da Royal Historical Society não é mais uma vergonha para o clã Cameron?
— Meu pai — Elizabeth explicou com uma piscadela maliciosa — partiu há dez dias para Glasgow, em viagem de negócios, e não voltará antes da próxima semana.
— Veio sem a aprovação de seu pai? — o lorde inquiriu.— Como eu poderia saber quais são os desejos de meu pai? — ela se defendeu com fingida inocência.
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De Menina A Mulher
Deixada pelo pai de seu filho, como Cassandra iria realizar seu grande sonho?
Quando o doutor McPherson pediu-a em casamento, mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem, Cassandra Mitchum ficou atônita. Afinal, como poderia ser o tipo de mulher de que ele precisava - e merecia?
Phillippe McPherson sabia que Cassandra era a resposta a suas preces. Sua vida precisava de um toque feminino; e ela precisava de um homem que a protegesse. Parecia ser uma troca perfeita.
Mas quando o pai verdadeiro do filho de Cassandra retornou, Phillippe percebeu que "casamento" é uma coisa séria, mesmo que tenha sido realizado por conveniência.
Capítulo Um
Agosto, 1897
— Acho que vou morrer...
Se aqueles olhos não estivessem absolutamente cheios de lágrimas e aquela expressão tão infeliz, Phillippe McPherson poderia até ter achado o comentário engraçado.
Mas julgou melhor ajeitar os óculos e pigarrear, atento ao que fazia.
Com certeza, a mulher que se sentava na cadeira, diante de sua escrivaninha, estava em apuros.
Mas morrendo? Se a pele clara, os suaves olhos castanhos e os longos cabelos escuros e ondulados fossem alguma indicação de seu estado de saúde, poderia afirmar que ela se encontrava muito bem.
Era verdade que estava um tanto magra, mas não demais.
Ainda assim, sua cintura se mostrava um pouco mais grossa do que se poderia supor em sua silhueta esbelta, como numa sugestão de ganho de peso recente.
— Por que está tão preocupada? — ele quis saber, observando-a erguer a mão delicada para passá-Ia pelo rosto molhado.
Phillippe podia ver que a jovem parecia tensa demais e, de repente, a vontade de sorrir o abandonou.
Levantou-se, então, dando a volta na mesa e puxando outra cadeira para se acomodar mais próximo dela.
A garota ergueu o olhar para encará-Io, e seus lábios tremeram, como se estivesse na iminência de uma crise de choro convulsivo.
— Minha mãe morreu depois que sua barriga inchou — explicou ao médico, num sussurro, enquanto colocava a outra mão sobre o ventre. — Eu tinha seis anos, mas me lembro de como a pobrezinha foi emagrecendo à medida sua abdome crescia sem parar, até que, numa manhã, sem mais nem menos, parou de respirar.
O dr. McPherson conhecia muito bem o sofrimento quando o confrontava, e constatou que aquela moça precisava muito de conforto. Sua mão direita buscou a dela, apertando-a com gentileza.
— E você acredita que pode estar padecendo do mesmo mal — comentou, com incrível suavidade.
A mulher assentiu, e de imediato mais lágrimas passaram a escorrer por seu rosto meigo.
— Nao tenho me sentIdo muito bem de uns tempos para cá. Faz quase três meses que minha barriga vem crescendo sem parar.
Com toda a experiência que tinha, Phillippe sabia muito bem qual era o problema que afligia a mocinha.
— Há alguma possibilidade de que esteja aumentando sua família? — indagou, gentil.
Ela o encarou com os enormes olhos castanhos muito arregalados e negou com a cabeça.
— Pelo amor de Deus, não!
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O Milagre Do Coração
A proposta de casamento do viúvo Gar Lundstrom dera a Leah a oportunidade de começar uma vida nova cuidando de duas crianças adoráveis.
No entanto, o que aconteceria com sua recém-conquistada felicidade quando o atraente fazendeiro descobrisse o terrível segredo que a obrigara a fugir do passado?
Uma mãe dedicada e carinhosa para seus filhos era tudo o que Gar procurava quando tomara Leah Gunderson como esposa.
Mas Leah iluminou sua existência triste e solitária e o fez ansiar por libertá-la dos medos que a atormentavam.
Só assim ambos poderiam recomeçar e construir uma vida sem temores, e com muito amor...
Capítulo Um
Kirby Falls, Minnesota
Janeiro, 1892
— Uma pena que além de tão bonito também seja um homem proibido!
— Bonnie Nielsen lançou um olhar demorado na direção do alvo de seu interesse.
— Lembre-se de que ele é casado, Bonnie — comentou Leah, calculando mentalmente o valor de sua conta, antes de abrir a bolsinha a procura das moedas e dar uma rápida olhada no cavalheiro em questão.
Ele estava parado próximo ao grupo que se reunia em torno do fogão do armazém geral. Os braços tinham sido cruzados na altura do peito e os lábios cerrados formavam uma linha dura, mas, ainda assim, a figura máscula destacava-se entre os presentes.
Diante da leve reprimenda de Leah, as bochechas de Bonnie foram cobertas pelo rubor. Com um suspiro, a moça olhou para a freguesa do armazém.
— Bem, os mais bonitos são sempre casados, não? Isso é uma pena! — Suas mãos trabalhavam rapidamente para embrulhar as poucas mercadorias que Leah acabava de comprar. — Você nunca olha para os homens com admiração, minha cara? — inquiriu, aceitando as moedas que lhe eram entregues.
— Não, para mim basta ter de lavar a roupa deles todos os dias.
Por que deveria admirá-los se já tenho muito trabalho para cuidar das coisas dos distintos cavalheiros da cidade?
—. tornou, espirituosa, pegando o pacote que lhe era entregue e dirigindo um rápido olhar ao grupo de homens que riam de algum gracejo secreto que um deles proferira.
Como sempre, seus olhos se detiveram por mais tempo do que o necessário na figura alta e enigmática de Garlam Lundstrom.
Ele era essencialmente um fruto proibido.
Sim, maravilhoso, mas proibido.
Bonnie tinha razão, Gar era bonito, muito bonito, com cabelos claros que não escureciam nem mesmo no inverno, como acontecia com os dela própria.
Os olhos, então, eram de um azul intenso que contrastava com cílios e sobrancelhas escuras como as noites sem luar.
Aliás, estas também eram mais um enigma na figura silenciosa do belo sr. Lundstrom. Sendo loiro, os cílios e sobrancelhas deveriam ser claros como os cabelos, não? Mas talvez os pêlos do peito e da…
Leah fechou os olhos consternada com a natureza dos pensamentos que invadiam sua mente.
Ora, talvez estivesse passando muitas noites sozinhas e muitas horas falando consigo mesma para quebrar o silêncio da solidão que a envolvia num abraço impiedoso, o que, às vezes, roubava-lhe o ar e a torturava.
Nessas ocasiões, até conseguia banir a imagem de Gar Lundstrom de seus pensamentos, mas, como agora, ao tê-lo a poucos metros de si, era mais difícil fazê-lo.
De qualquer forma, de que adiantava se torturar com tais sentimentos e emoções!?
O homem era casado.
Sim, casado com Hulda Lundstrom, a mulher que ele escolhera para esposa.
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